Mi Vida Comienza Contigo. escrita por Caroline Bottura


Capítulo 6
Capitulo 6


Notas iniciais do capítulo

Boa noite... Como prometido esse capitulo é dedicado a uma das pessoas que mais admiro e adoro... Bya nossas histórias...

Bjssss



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Quando a casa veio abaixo graças a Deus eu já tinha conseguido sair pelos fundo com a menina, estava um pouco machucado, com escoriações mais nada serio, peguei a adolescente no colo e fui para frente da casa, com certeza estavam todos desesperados achando que estava lá dentro. Quando me viram com a menina no colo vieram correndo, avisei que estava bem, eles pegaram ela do meu colo e levaram até a ambulância, avistei João que quando me olhou vi alivio em seus olhos, tinha muita gente, todos amontoados para ver o que tinha acontecido, foi quando meu olhos se encontraram com os dela, tive que piscar para saber se era verdade, ela me olhou, os olhos cheios de lagrimas que caiam sem vergonha, ela se livrou da multidão e veio correndo em minha direção, quando chegou perto de mim se lançou e me abraçou, soluçava, eu retribui a apertando forte, quando estava lá dentro a imagem de Pedro e dela não saiam da minha mente, ela se afastou me olhando.

— Meu Deus que susto, tive tanto medo de te perder. – Passou a mão pelo meu rosto, peguei as mãos dela, beijei.

— Eu estou bem, sai antes... – ela não me deixou terminar me abraçou novamente, forte como se pedindo para não deixa-la, vi João se aproximando.

— Você enlouqueceu, poderia ter morrido. – A senti tremer nos meus braços, de medo, a apertei mais.

— Eu estou bem, calma João. – Ele entendeu, balançou a cabeça, sabia que depois não ia me safar de uma dura dele. Maria se afastou, limpou as lagrimas do rosto.

— Tem uma ambulância para você também, vamos. – Olhei para João, estava bem, um pouco dolorido e com alguns machucados, não era necessário ir para o hospital.

— Não é necessário, estou bem, apenas com alguns machucados, nada que um banho não melhore. – Ele e Maria iam contestar então falei de novo. – Se doer alguma coisa amanha vou fazer um raio-X, mas hoje só quero ir tomar um banho e descansar.

— Certo, mas amanha se estiver sentindo qualquer dor promete que vai para o hospital, sei que você é um pé no saco, mas consigo ser pior que você quando quero. – Disso não tinha duvidas.

— Prometo João. – Ele balançou a cabeça pra mim e pra Maria, e saiu, olhei para ela, estava mais calma, me olhou sabia que ouvir dela também.

— Você foi um inconsequente, não pensou no seu filho...em mim. -  Vi ela respirar fundo. – Vamos, você precisa tomar um banho, Pedro não pode te ver assim vai se assustar e querendo ou não precisa cuidar desses fermentos pode infeccionar.

— Pedro esta em casa dormindo, a minha vizinha fica com ele quando tenho que ir para os bombeiros, ele vai me ver assim de qualquer jeito. – Ela olhou pra mim e levantou uma das sobrancelhas.

— Eu sei esperto, por isso vamos pra minha casa, você se recompõe e depois va para casa. – Nós saímos a multidão já tinha ido embora, quase todos, fomos ate meu carro, ela pegou minhas chaves, sem tempo para contestar e subiu no lugar do motorista, senti ao lado e fomos para casa dela.

— Entre, vou pegar uma toalha pra você tomar um banho.

Ela ia saindo, eu a puxei com delicadeza, precisávamos conversar, precisava saber o que ela estava sentindo, necessitava de tê-la junto a mim.

— Precisamos conversar. – Falei próximo a boca dela, queria beija-la, não só a boca e sim ela por inteira.

— Sim, nós vamos, mas primeiro toma um banho e vamos cuidar desses machucados ai falamos. – Ela se afastou, pegou minha mão e subimos a escada, entramos no banheiro, vi que ela saiu por alguns minutos e voltou com uma toalha e um roupão.

— Aqui tem toalha e um roupão, essas suas roupas vão precisar ir para o lixo. – Ela saiu do banheiro sem ao menos me deixar agradecer.

Precisava sair daquele banheiro, entrei no meu quarto e sentei na poltrona, chorei, chorei por medo de perdê-lo, esse meu medo foi maior do que todos os outros que tive desde o conheci, não dava mais para negar, precisava dele. Não sei por quanto tempo ele ficou no banho, apenas sai dos meus pensamentos com ele me chamando, me levantei e abri a porta. 

— Me espera na sala, vou pegar o kit e depois que cuidar dos seus machucados conversaremos. – Ele balançou a cabeça e desceu, eu peguei o kit e desci, ele estava sentado no sofá, eu sentei na mesa de centro de frente para ele. Ele estava machucado um pouco na testa que tinha sangue, as mãos estavam raladas e reparei conforme ele se mexia fazia uma cara de dor, limpei a testa e vi que tinha um pequeno corte, nada muito fundo não precisava de pontos, apenas um band aid, fiz isso nas mãos dele também, ele apenas me olhava, sem tirar os olhos, pra mim era tortura, queria me jogar nos braços dele e o beijar, para sempre. Quando terminei deixei a caixa de lado e o olhei.

— Você esta com dor aonde...não adianta negar, cada vez que se mexeu fez uma careta.

Ele sorriu pra mim – Um pouco a costela, mas não é nada grave, foi apenas uma batida.  

Me levantei sob os olhares dele e fui até a cozinha, peguei um remédio para a dor e um copo de agua, voltei para sala, e entreguei a ele, ele tomou e colocou o copo na mesinha, se levantou e veio até mim.

— Podemos conversar agora Maria? – Esses olhos dele é minha perdição.

— Vamos, mas com você sentado sem esforço. – O levei de volta para o sofá, ele sentou e eu me sentei ao lado dele, ficamos nos olhando até que ele começou a fala.

— Obrigado por tudo, o banho, os cuidados tudo. – Ele parou de fala, era minha vez, mas apenas as imagens da casa vindo ao chão estavam na minha cabeça, meus olhos se encheu de lagrimas.

— Quando vi que estava dentro daquela casa, quando ela caiu tomada pelo fogo eu me senti sem chão, imaginei nunca mais te ver, a única coisa que senti quando o vi ali bem e vivo foi correr para seus braços te abraçar e nunca mais soltar. – Toquei o rosto dele, passando por todo espaço, memorizando. – Tentei tanto te esquecer, fala para mim mesmo que esse sentimento ia ir embora, negando o que mais desejo. – Os olhos dele estavam iluminados.

— E o que mais deseja Maria? – Deu um sorriso.

— Desejo te fala sim, todos os nãos foi por medo, mas hoje vi que meu maior medo é não te ter Estevão...- Ele beijou minha mão, olhou pra mim...

— Você não sabe como é ouvir essas palavras vindo de você.

— Melhor ainda é dize-las, agora é a hora que você me beija. – Ele abre um lindo sorriso, se aproximou e eu senti seus lábios nos meus, abri para dar espaço, foi um beijo de entrega, sem medos, um beijo desejoso, senti as mãos dele na minha cintura, deslizando pelas costas, passei a mão pelo cabelo dele, estava um pouco molhado pelo banho, o beijo estava ficando mais intendo, nos separamos por falta de ar. Ele encostou a testa dele na minha.

— Eu estava louco pra te beijar, acho que tenho que agradecer a casa por ter caído. – Olhei pra ele seria.

— Nunca mais fala isso, você não sabe o medo que senti. – Ele me abraçou, me puxou para ele, encostei minha cabeça no peito dele.

— Eu sei o medo que senti, pois eu senti esse medo todas as vezes que me disse não. – Levantei a cabeça para olha-lo, dei um beijo.

— Agora não falo mas não, só sim pra você. – Percebi o sorriso travesso,  dei risada.

— Então, posso te convidar para jantar amanha, como agradecimento por tudo.

— Eu aceito. – Ele beijou minhas mãos.

— E será que podemos contar ao Pedro que estamos juntos, ou quer manter segredo por enquanto? – Pensei na pergunta, mas porque esconder, somos livres.

— Não quero manter nada em segredo, sei que é muito cobiçado pelas mulheres, então é bom que vejam que não esta mais dando sopa por ai... – Ele da risada, e nos beijamos.

Eu preparei alguma coisa para comermos, peguei umas roupas do meu irmão que ficava aqui e dei para ele.

— Eu preciso ir, mas amanha Pedro e eu te esperamos, vou cozinhar para você.

Me aproximei dele, passei os braços no pescoço dele, dei um beijo de leve. – Humm que delicia, mande um beijo para o Pedro por mim.

Nos despedimos e ele foi embora, naquela noite estava feliz como a muito tempo não me sentia, amanha era domingo não via a hora de chegar a noite.

Cheguei em casa por volta das 5:00, Pedro estava dormindo ainda, agradeci a vizinha, mesmo depois de tudo eu estava nas nuvens, deitei para descansar um pouco, foi difícil pegar no sono estava eufórico demais.  Acordei com Pedro me chamando, olhei para o relógio apontava 10:00, sentei na cama, ele estava esfregando os olhos de sono.

— Papai o senhor esta bem, nunca acorda tarde? – O abracei.

— Estou bem campeão, ontem o fogo foi complicado, estava cansado mas já estou de pé, vai escovar os dentes que vou preparar o café. 

Ele foi para o banheiro social e eu para o banheiro do meu quarto, depois de me arruma fui preparar o café, encontrei Pedro sentado no sofá assistindo desenho, ele olhou pra mim e arregalou os olhos.

— Papai esta machucado. – Apontou para minha testa.

Dei um sorriso tranquilo. – Não foi nada, foi só um arranhão, vamos tomar café.

Fomos para a cozinha, comemos apenas cereal. – Pedro hoje a Maria vem jantar com a gente tudo bem?

Ele abriu um sorriso. – Serio, que legal pai, vou mostrar pra ela todos meus brinquedos.

Terminamos de comer e saímos para comprar as coisas para o jantar, resolvi fazer risoto de camarão, compramos  tudo o que precisamos, almoçamos alguma coisa na rua e voltamos para casa. Comecei a preparar o jantar, enquanto Pedro brincava na sala. Por volta das 19:00 tocam a campainha, nem precisei me preocupar Pedro já correu para atender, parei na porta da cozinha e a vi interagir com meu filho.

— Maria que bom que chegou. – Ele a abraçou, ela abaixou para ficar da altura dele.

— Oi meu príncipe como você esta? – E o abraçou, ele se separou e olhou para tras, ela se levantou e sorriu pra mim, minha vontade era ir até ela e a beijar, mas precisávamos fala com o Pedro primeiro.

Ela veio até mim, me abraçou e me entregou uma garrafa de vinho. – Boa noite, o cheiro esta ótimo.

Sussurrei no ouvido dela. – O meu ou o risoto. – Ela deu risada.

— os dois. – Piscou pra mim, e Pedro já arrastou para conhecer a casa, o quarto dele, terminei o jantar e sentamos para comer. Entre brincadeiras e conversas, Pedro adorava Maria e ela a ele, eu parecia um bobo olhando os dois, depois de jantarmos ela me ajudou com a louça, não deu para roubar um beijo sequer, meu filho não desgrudava dela, depois da sobremesa sentamos na sala com Pedro para contarmos a ele.

— Filho queremos fala com você. ,

— Sobre o que papai. – Ele me olhou sapeca, estranhei.

— É sobre a Maria e eu, filho...- Ele me interrompeu, nos deixando surpresos.

— A Maria aceitou papai ser sua namorada?

Olhei para Maria, e depois para o Pedro. – Filho como soube.

— A papai, não sou cego, o senhor todo dia era Maria isso e Maria aquilo, Maria, Maria, Maria...

— Certo já entendi. – Os dois riram, Pedro se levantou e sentou no meio de nós dois  nos abraçou, Maria estava emocionada.

Depois de ficarmos um pouco na sala, Pedro dormiu no colo da Maria, o peguei e levei para a cama, desci ela estava me esperando não perdi mais tempo, fui até ela e a beijei, precisava daquilo, a noite inteira ela me provocou.

— Nossa estava com tanta saudades assim. – Ela sorriu.

— Você me provocou a noite toda, estava louco pra isso. – A beijei de novo, me separei e fui pegar as taças e o vinho, nos sentamos no chão encostado no sofá e ela encostada em mim, tomei coragem e fiz a pergunta.

— Maria, porque tinha tanto medo de me dizer sim?

Eu estava encostada no peito dele, quando ouvi a pergunta levantei e o olhei, precisava contar a ele a verdade, mesmo que depois ele me deixe, respirei fundo.

— Só me prometa que vai me ouvir até o final. – Ele assentiu e eu coemecei.

— Eu cursei a faculdade, quando estava no ultimo ano conheci uma pessoa, começamos a namorar, nos apaixonamos, ele era incrível, ele era um grande empresário, a família dele era uma das famílias mais ricas, ele me pediu em casamento depois de um ano eu aceitei na hora claro... – Tomei um gole do vinho, respirei e continuei sobre os olhares dele. – O casamento foi perfeito, um sonho de qualquer mulher, a nossa vida era ótima, não precisei trabalhar, a casa era enorme com piscina e tudo o que poderia imaginar. – Olhei para ele, estava atento, balançou a cabeça me incentivando a continuar, tomei mais um pouco da bebida.

— Depois de um ano de casados, queríamos um filho, paramos com as proteções, mas depois de 6 meses nada, fomos ao medico fizemos uma bateria de exames e no dia de busca já passamos no médico ele disse que eu não poderia engravidar, depois disso meu casamento foi por agua abaixo, um belo dia ele me pede o divorcio, disse que foi um erro se casar comigo e que queria filhos e isso não podia dar, nos separamos e uma ano depois ele se casou com outra. – Terminei e o olhei, não conseguia decifrar o que estava pensando. Com ele calado todos os medos voltaram, como podia imaginar que algum homem ficaria comigo, sem poder ter filhos, eu tornaria mais fácil para ele.

— Por isso o medo, de me machucar e principalmente de privar você de uma família maior, por isso tantos nãos, eu vou entender se você quiser terminar... – Ele me impediu de continuar, colocando o dedo em meus lábios, sorriu pra mim.

— Esse cara é o maior babaca que eu já vi na vida, e agradeço a ele por ser um idiota, pois agora você esta aqui comigo, não me importa que não possa me dar filhos, o Pedro ocupa muito do meu tempo e sei que do seu também, o que me importa é você, é te provar que não precisa ter medo, como você fez comigo. – Ele pegou minhas mãos. – Você foi a única que entrou na minha vida para ficar.

Sorri emocionada, e o beijei, forte e apaixonante, ele me deitou no tapete e ficou por cima de mim, distribuía beijos em todo meu rosto, e desceu para o pescoço, estava com um vestido, senti suas mãos passeando delicadamente pelas minhas coxas, queria me entregar a ele e como queria, mas hoje não era o momento, com Pedro dormindo no andar de cima, ele desceu os beijos pelo meu colo, eu o chamei ele parou.

— Estevão, calma. – Ele levantou a cabeça e me deu um sorriso sem graça.

— Desculpa, é que você me enlouquece Maria.

— Você também me deixa louca, quero me entregar a você mas hoje é melhor não, o Pedro esta lá em cima. – Peguei o rosto dele com as mãos e o beijei.

— Eu sei meu amor, mas quando eu for te fazer minha, quero a noite toda. – Ele me deu um beijo gostoso.

— Pode ter certeza disso, já esta tarde tenho que ir amanha preciso acordar cedo e você também. - Nos despedimos com mais beijos e fui para a casa.

A semana passou tranquila, Estevão e eu nos encontramos todos os dias depois da escola, levamos Pedro para comer, tomamos sorvete, hoje sexta iriamos sair só nós dois, dona Carmen e João ficaram essa noite com Pedro, terminei de me arrumar, estava usando um vestido preto até os joelhos, frente única e sandálias, cabelo soltos natural e a maquiagem estava perfeita, ele chegou e abri a porta. Estava perfeito, calça jeans, camisa social preta, cabelos bem arrumados e um perfume maravilhoso, com um buque de tulipas lindas, pequei o buque e o beijei.

— Você esta perfeita Maria. – Ele me da um sorriso.

— Obrigada, você não fica atrás.

Saímos  fomos para um dos melhores restaurantes da cidade, tivemos um jantar ótimo, Estevão a cada dia me surpreendia mais, depois que comemos eu esperei ele pegar o carro, quando um pai de um aluno se aproxima.

— Boa noite prof, esta perdida. – Sorri educada para ele.

— Não, estou esperando apenas e você?

— Vim jantar com a minha esposa, a proposito quero te agradecer pela ajuda com meu filho, ele vem melhorando muito.

— Não tem que agradecer. – Por um descuido minha bolsa cai no chão por impulso ele abaixou e pegou, me devolveu quando peguei da mão dele Estevão buzina.

— Obrigada, tenho que ir, boa noite. – Nos cumprimentamos e entrei no carro. Percebi a cara de Estevão fechada.

— Aconteceu alguma coisa, esta serio. – Ele apenas balançou a cabeça, tentei puxar assunto mais ele apenas respondia, estava bem irritado, com o que não fazia ideia. Ele estacionou na casa dele, saiu do carro e eu o segui, abriu a porta da casa.

— Da pra me dizer o que aconteceu pra ficar desse jeito. – Ele me olhou nervoso.

— Ainda pergunta o que estava conversando com aquele homem de mãos dadas e tudo? – Me assustei a forma dele fala, o tom de voz estava fora do normal.

— Que mãos dadas, ele é pai de um aluno, minha bolsa caiu e ele pegou e me deu, não estava nada de mãos dadas. Todo esse nervoso é só por isso.

— Só por isso?! – Ele gritou e veio em minha direção, não ia mostrar medo, quem ele pensa que é para gritar comigo.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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