Mi Vida Comienza Contigo. escrita por Caroline Bottura


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

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Bruno me deu um sorriso cínico, nunca nos demos bem, nem com o irmão dele, são uma família sem escrúpulos, e vê-lo se engraçando com a Maria me tirou do serio.

— O protetor chegou, qual é Estevão não pode mais conversar uma mulher.?

Falou debochando, e olhou para ela de uma maneira nojenta, não consegui me controlar, segurei pelo colarinho da camisa, e dei um soco nele, ele caiu com a boca sangrando  ele se levantou para vir pra cima de mim e eu fui mais rápido, me lancei sobre ele e caímos no chão, dei mais dois socos nele, tentavam me tirar de cima mas com a fúria que eu estava ninguém conseguia, até que ouvi a voz dela, senti o toque dela no meu braço, olhei pra cima esla estava com os olhos cheios de lagrimas, me suplicava com o olhar para parar, eu olhei para baixo e soltei ele, me levantei e o avisei.

— Fica longe Bruno.

Vi ele se levantar e me olhar ameaçador, virou as costas e foi embora, olhei novamente para Maria ela ainda estava me segurando, as pessoas em volta começaram a se dispersar, ela estava assustada, olhei para atrás Pedro estava com os olhos arregalados segurando na mão de Carmen, João estava mais perto de mim, meus olhos se encontraram com os dela novamente, precisava me desculpar, ela deve estar pensando que sou um monstro, encontro minha voz.

— Maria... me perdoe, perdi a cabeça, esse infeliz me faz perder a cabeça. – Ainda estava nervoso, vi ela se afastar, me deu medo, ela foi ate Carmen e disse alguma coisa, ela voltou, pegou na minha mão e disse calma.

— Vem, vamos andar um pouco. - Me puxou para fora da multidão,  caminhamos em silencio até perto de um chafariz, paramos e olhei para ela, que estava me olhando com os olhos cheios de pergunta, comecei a explicar.

— A família dele nunca foi boa, desde os pais ate os filhos, ele é mais novo que eu, só que sempre humilhava os mais fracos e eu nunca deixei passar em branco, até que essa rinxa piorou quando nos apaixonamos pela mesma mulher, só que ela se apaixonou por mim, e quando o vi te puxando e você não queria fiquei cego. – Ela estava me ouvindo atentamente, por um impulso ou por vontade pegue nas mãos dela. – Me desculpe te assustei e acabei com a festa, mas não sou assim te juro.

Confesso que Estevão me deu medo, mais tinha que fazer alguma coisa, graças a Deus consegui tira-lo de lá, e ele me contando isso entendo um pouco do que fez, aquele homem me incomodou, dei um sorriso.

— Não se preocupe, sei que não é assim, só acho que não se resolve a golpes.

— Com eles sim. – Disse em um tom marrento, achei graça e dei uma risada, olhei para as mãos dele nas minhas, estava machucada.

— Sua mão machucou. – Ele olhou também, deu de ombros.

— Não é nada, não se preocupe. – Ele me olhou, eu podia me perder naqueles olhos, o vi se aproximando não queria recuar, senti os lábios dele nos meus, dei espaço, e nos beijamos, ele passou o braço pela minha cintura e o abracei pelo pescoço, não sei se era certo mais não consegui dizer não, nos separamos, ele se afastou.

— Me desculpe Maria, foi sem querer... um erro, me perdoe.

Não esperava ouvi isso, um erro, fiquei sem reação, respirei, me recompus.

— Não se preocupe Estevão, como disse um erro que não voltara a acontecer, com licença preciso voltar para casa, amanha tem aula. Pedro esta na barraca do meus pais com a dona Carmen, boa noite.

Sai rápido de lá, precisava desaparecer, a voz dele se repetindo alto na minha cabeça ‘’ foi um erro’’, corri para o carro sai em disparada pra casa. Não queria chorar, mais era inevitável, as lagrimas já estavam rolando, entrei em casa e fui direto para o chuveiro, e ali chorei todas as magoas, não só pelo ‘’er              ro’’ do beijo, mas por tudo. O passado voltou com tudo, sempre fui um erro, me casei jovem, logo depois da faculdade, nunca precisei trabalhar, Lucas era um empresário sucedido, o amava e parecia que ele também, nos casamos, era tudo perfeito, queríamos uma família grande, depois de 1 ano de casados tentávamos um filho, mas nunca veio, por isso o casamento foi desgastando, e um belo dia depois de 4 anos de casados ele me pede o divorcio, as palavras dele ainda esta cravada em mim, ‘’ Foi um erro, você foi um erro’’, já estava me acostumando com isso. Os soluços escapavam sem pudor pela minha garganta, abaixei embaixo do chuveiro e chorei.

Acordei com um pouco de dor de cabeça, também depois de chorar a noite toda quase, me levanto um pouco atrasada, me arrumo rápido e tomo uma xícara de café e corro para a escola. Os alunos estão calmos hoje, agradeço a Deus mentalmente, essas crianças me alegram, a aula fluiu muito bem, terminando todos saíram e Pedro continuou sentado, fui até ele.

— Então meu amor, pronto para começar? – Ele me olhou meio tristonho, sabia que ele queria ir embora para poder brincar, mas estava preparando uma aula bem divertida. – Sei que queria ir brincar a tarde, mas te prometo que nossas aulas não vão ser chatas, e para começar vamos ler, olha o que trouxe para você.

Ele olhou a revista em quadrinhos e abriu um sorriso, me sentei ao lado dele e começamos a leitura, resolvi iniciar com o básico. Depois de duas horas terminamos.

— Pedro quarta vamos fazer as aulas de matemática, mas te garanto que será bem mais divertidas.

— Certo prof. – Ele pegou a mochila e veio até mim e me deu um beijo no rosto. – Vamos lá fora comigo prof?

Olhei para ele, não estava querendo ver Estevão, não conseguiria, precisava manter distancia, não vou me machucar de novo, me abaixei. – Preciso terminar de arrumar as coisas Pedro, e revisar a atividade de hoje, eu t espero amanha na aula. – Dou um abraço apertado nele e o vejo sair.

Espero Pedro fora do carro, quando vejo ele sair sozinho, me decepciono, me martirizei a noite toda por ter falado aquilo para ela depois do beijo. Sou um idiota, não foi um erro, mas não podia ter acontecido, eu queria e muito mais não posso brincar com ela, não sei o que sinto, estou confuso, nesses 5 anos sozinhos me envolvi com algumas e nunca consegui ir adiante, meu coração estava preso ainda em minha esposa e Maria não merece isso. Meu filho me abraça e entro no carro, olho novamente para a porta da escola n esperança de vê-la mais não passou daquilo, esperança.

E foi assim pelas duas semanas, não a vi, Pedro estava melhorando, lia bem em casa todas as noites, sempre eu lia uma pag e ele outra, sempre falando da Maria com um carinho impressionante. Estava com saudades dela, mas não tinha coragem de ir encontrá-la, se sentia envergonhado pelo jeito que reagiu ao beijo, até que Pedro lhe da uma maravilhosa noticia, a prof pediu para ele ir conversar com ela sobre os progressos dele, hoje ele iria vê-la e estava muito feliz por isso. Contou as horas o dia todo, até que ele se encontrava na frente da sala dela, respirou fundo e entrou, ela estava de costas como na primeira vez que se viram.

— Oi Maria, Pedro disse que queria conversar comigo.

Ela se virou, sem sorriso, nada.

— Boa tarde, sim preciso fala sobre o progresso dele, senta por favor. – Estava formal, fria e distante, merecia isso mais me deixava doido, me sentei.

— Pedro esta muito bem, podemos reduzir esses três dias para dois, na seg e quarta, ele aprendeu rápido e esta quase acompanhando a turma.

— Fico muito feliz e aliviado, ele realmente esta bem na leitura, a noite ele me surpreendi. – Vi ela dar um sorriso pequeno, se levantou e eu acompanhei.

— Bom era isso, a partir da semana que vem começamos com dois dias, obrigada por ter vindo.

Ela ficou de costas para mim, me aproximei, precisava fala com ela, me desculpar.

— Maria... preciso fala com você.

— Estevão se for sobre alguma coisa do Pedro fique a vontade para perguntar.

— Não é sobre o Pedro, é sobre o beijo.

— Você já disse, foi um erro ponto, não tem o que falar sobre isso.

Respirei fundo. – Eu me expressei mal...duas semanas que me evita, não quis dizer aquilo.

— E quis dizer o que? – Vi ela cruzando os braços.

— Achei falta de respeito o que fiz, não podia ter te beijado... não foi certo, sou casado...- Parei ao ver o olhar dela.

— Casado? Não quer dizer viúvo?

— Sim, mas ainda tenho ela no meu coração, e beijar você pensando... – Parei de fala, ia fala merda de novo, não era nada daquilo que queria dizer, mas Maria sabe me deixar sem palavras certas.

— Pensou na sua esposa, me beijou pensando nela, realmente Estevão não temos nada o que conversar, boa tarde.

Ela saiu e eu mais uma vez deixei, e estraguei tudo de novo, aquela mulher não saia dos meus pensamentos, o sorriso, o jeito, o cheiro e o beijo, mais estava travado. Não é como as outras, não mesmo, é diferente, muito diferente, precisava conversar e sabia exatamente onde ir. Parei na frente do quartel, entrei e fui direto para o escritório dele, entrei. Ele levantou os olhos do papel e e olhou, eu sentei.

— O que aconteceu? – Ele se levantou e pegou dois copos e a garrafa de tekila, nos serviu e eu comecei a explicar sobre os olhos atentos dele, depois de terminar de contar tudo, ele colocou a mão no queixo e balançou a cabeça.

— Você realmente é um idiota. – Olhei para ele.

— Obrigado pelo apoio.

— Estevão, pelo o que me disse esta apaixonado pela Maria, mais é tão cabeça dura que não entende. No dia da festa vi duas coisas inéditas, a primeira foi o jeito do Pedro com ela e a segunda ela te acalmou, ninguém consegue isso. Deixa o passado pra trás e vai ser feliz, ela vai te fazer feliz, claro quando você consegui conquistá-la né, fez só merda.

Ele estava certo, mas minha duvida dos meus sentimentos ainda eram grandes, e se for só carência como das outras vezes, não suportaria ver ela magoada, me despedir dele e fui para casa, Pedro voltaria logo da casa do amiguinho, amanha era sábado íamos ao parque, prometi a ele a uma semana. Ia levar ele e uns amigos para jogar bola, ele chegou jantamos, assistimos um filme, minha cabeça estava longe, em uma certa morena.

Sábado estávamos no parque, os meninos formaram dois times eu era o juiz, a quadra no parque era aberta e tinham algumas pessoas vendo o jogo, tudo foi muito rápido, a bola saiu por cima da quadra que era aberta e foi para rua, Pedro correu atrás dela e não olhou para os lados, me desesperei, sai correndo atrás dele, mas não conseguiria alcançar, quando vejo ele sendo empurrado para a calçada contraria, e a pessoa que o salvou caída no chão, o carro a pegou, ela caiu desacordada, corri, Pedro já estava ao lado dela chorando, quando eu vi quem era eu entrei em desespero, me agachei ao lado dela, toquei seu rosto.

— Maria...

Continua.


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Notas finais do capítulo

Não revisei meninas... BJs