Mi Vida Comienza Contigo. escrita por Caroline Bottura


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Hola meninas voltei com mais uma historia para vcs. Espero que gostem e aproveitem.

Dedico a esse primeiro cap a três pessoas que amo muito, que ajudaram para que eu escrevesse outra história.

Debora Silva, Raquel Silva e Jairane.

Bjs a todas e claro espero comentários.



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Se completam 5 anos da morte de minha esposa, aquele dia ficara gravado em minha memoria para o resto de minha vida, me lembro como se fosse hoje, os policias amigos em minha porta dando aquela noticia devastadora, ‘’ Sua esposa foi atropelada.’’, sai correndo para o hospital mas ela já estava sem vida.  E mesmo depois desses anos jamais consegui esquecer e deixar para atrás, tenho o inquérito inteiro do acidente, revisei todos os dias por 5 anos e nunca consegui pegar o desgraçado que a matou, isso me coroe.  Se hoje estou de pé, vivendo é pelo meu filho, Pedro é meu alicerce, com 8 anos é uma criança alegre, mas sempre vejo aquele olhar de tristeza por não ter a mãe, meu trabalho ajuda eu dar toda a atenção a ele, tenho uma marcenaria na cidade, modesta a parte faço muito bem meu trabalho, de esculturas a móveis e também trabalho como voluntario no bombeiro, foi como consegui as cópias do inquérito da morte de Lara, tenho muito amigos policiais. Como moramos em uma cidade pequena todos se conhecem. Olho para o relógio, seis e meia, hora de acordar o tratorzinho, apelidei ele carinhosamente assim por ele não parar, mesmo sendo tímido e não conseguir se socia tão bem com as pessoas ele com os amigos brinca sem parar. Entro para acorda-lo, olho ele dormir tão sereno e calmo, nunca tive problemas com ele na escola, mas ontem a professora nova que estava substituindo a senhora Robles que esta de licença a maternidade mandou um bilhete marcando uma reunião hoje depois da aula, chego perto da cama para chama-lo.

— Ei campeão vamos acordar, esta na hora. – Mexo nos cabelos dele, ele se vira para mim com aquela carinha de sono esfregando os olhos azuis herdado da mãe.

— Papai quero dormir mais. – Resmunga, dou um sorriso.

— Esta vendo o que da dormir tarde, vamos Pedro estou te esperando com o café na mesa.

Saio do quarto direto para a cozinha, depois de uns 15 min Pedro aparece com as mochilas nas costas, uniforme, senta na mesa e começa a tomar o café em silencio, sei que ele esta preocupado com a minha reunião com a prof, tento puxar algo dele.

— Filho, você sabe o que sua professora quer comigo? Ele me olhou confuso, nem ele mesmo sabia.

— Não sei papai, mas juro que não fiz nada de mal.

Sento do lado dele. – Tem certeza que não tem nada para me contar?

— Não pai, juro não fiz nada. – os olhos dele me mostram sinceridade, nem ele mesmo sabia o porque dessa reunião. Tento puxar mais alguma coisa agora sobre a nova professora.

— E a nova professora, como chama, é legal, gostou dela? – Ele me olha e levanta os ombros.

— O nome dela é Maria, sim ela é bem legal, a turma toda gosta dela. – Ele sorri pra mim, eu bagunço os cabelos dele.

— Termina o café.

Depois que deixei ele na escola fui direto para o trabalho, a oficina de marcenaria, tenho apenas dois empregados, o Carlos e o Gustavo, são meus amigo, e ótimos funcionários, quando chego encontro João, ele é chefe dos bombeiros, vou até ele.

— João, bom dia. – Damos a mãos.

— Bom dia Estevão, como esta?

— Bem, vem vamos ao meu escritório. – Entramos e ele senta na cadeira a minha frente. – Esta tudo bem? A que devo a honra da sua visita. – Eu brinco, é difícil ele sair do quartel.

— Na verdade quero te pedir um favor.

— Claro o que quiser. – João além de ser meu melhor amigo, é como se fosse meu pai, devo muito a ele e a sua esposa Carmem, me ajudaram muito nesses 5 anos, e faria tudo por eles.

— Meu aniversario de casamento esta chegando, e minha veia quer uma mesa nova para fora, a parte da churrasqueira, e quero que você faça. Não é para agora, só daqui um mês, o que me diz?

— Mas é claro que sim, Carmem vai ter a mesa mais linda dessa cidade.

— Muito obrigado, vou deixa tudo nas suas mãos, confio no seu gosto, e depois me fale quanto ficou.

Ficamos conversando por um bom tempo, quando olhei o relógio já estava quase na hora de ir para a escola de Pedro.

Escola Ortiz.

Faltava menos de 5 min para acabar a aula, hoje conversaria com o pai do Pedro, já ouvi falar dele, cidade pequena, pelo que me contaram era um bom homem, ótimo pai e era um maravilhoso marido, mas ai veio a tragédia, olho para o Pedro, meu coração aperta por aquela criança viver sem a mãe, embora o pai o cubra de amor pelo que parece ainda não é o suficiente, o amor de uma mãe é incondicional, saio dos meus pensamentos com o sinal tocando, me despeço dos alunos e vejo meu predileto vindo até mim, mesmo fechado Pedro ganhou meu coração. Sorrio para ele, ele para diante de mim.

— Querido pode ir la fora brincar, quando seu pai chegar conversarei com ele aqui.

Ele me da um sorriso desconfiado e sai. Ele nunca me deu trabalho, sempre foi comportado, mas o que me preocupa é que ele esta muito atrasado nas aulas, não consegue ler direito nem fazer uma conta simples, dever de casa quase sempre incompleto, eu e o Senhor San Roman teremos que ajuda-lo.  Olho ao redor da sala, minha primeira turma depois de formada, mudei para essa cidade para fugir dos meus problemas, aqui passei um pouco da minha infância, depois meus pais resolveram mudar, além de ser pequena era muito aconchegante, quando decidir mudar meus pais não pensaram duas vezes e regressaram comigo, compraram uma casa perto da minha, uma mulher separada de 35 anos morando com os pais é a morte. Meu irmão mais novo esta na faculdade, em outra cidade. Saindo dos meus devaneios, escuto alguém chamar na porta, me viro, era um homem, deduzir ser o pai do meu aluno, encontrei os olhos dele,  meio preocupados, Estevão era um homem muito bonito, muito mais que bonito, era alto e forte, cabelos negros lisos e olhos verdes, além da cor o olhar dele era hipnotizante, vi ele entrar na sala e me aproximei, estendendo a mão.

— Prazer senhor San Roman, sou Maria Acuña, professora do Pedro.

Cumprimentei retribuído o aperto de mão, ela é linda, cabelos negros um pouco a baixo dos ombros, um olhar calmo mais ao mesmo tempo seguro, a cor chama atenção, era um verde lindo e os lábios bem desenhados, definitivamente linda.

— Prazer Senhora Acuña.

— Pode me chamar apenas de Maria, por favor sente-se.

Ela se sentou e eu sentei a sua frente, estava nervoso por saber o que houve com meu filho para ser chamado em uma reunião com a prof.

— O que aconteceu, Pedro fez algo errado?

Ela balançou a cabeça, se levantou foi até sua mesa, o andar dela é gracioso, não consegui não reparar, vi voltar com uma pasta.

— Senhor San Roman Pedro é um menino maravilhoso, nunca me deu trabalho, o motivo que o chamei é pelos atrasos dele nas matérias.

Atraso, isso era uma surpresa, nunca as outras professoras me disse nada parecido.  – Atraso, como assim, nunca nenhuma outra prof disse nada a respeito.

— Imaginei, Pedro esta na segunda serie e ainda não lê direito, matemática simples ele tem dificuldade, e isso pode prejudicá-lo, ele pode perder o ano.

Me levantando, meu Deus meu filho com problemas e eu não reparei, ela também se levantou.

— A culpa não é dele, apenas não recebeu a atenção necessária aqui na escola, precisamos ver uma forma de ajudá-lo.

Me viro para olhá-la, me deu um sorriso tentando me confortar. – Como, me diga que farei o que precisar.

— Ler com ele, fazer os deveres de casa juntos, mais precisa demais coisas e estou disposta a ajuda-los.

— Como Prof, como me ajudaria?

— Posso ficar três vezes por semana depois da aula para dar apoio a ele, estudarmos juntos, por duas horas, pode ajudar e muito, o que diz, aceita minha proposta?

Ela estava abdicando três vezes da tarde dela para ajudar meu filho, isso me deixava reação. – Vai ficar três vezes por semana aqui na escola para ajudar o Pedro, tem certeza que quer mesmo?

Ela deu um sorriso encantador, não sei porque mais esse sorriso me inebriou.

— Não costumo fazer isso, mas Pedro conquistou meu coração, ele é um menino encantador e muito esperto, tenho certeza que vai ser rápido para ele estar acompanhando a classe, acho que sua missão vai ser mais difícil que a minha.

— Minha missão, qual?

Ela abriu um sorriso mais largo e perfeito, me senti nervoso, que era isso?

— Convencê-lo a passar as tardes comigo.

Ela deu uma risada, impossível não retribuir.

— Não se preocupe, conseguirei.

— Então estamos acertados, de segunda, quarta e sexta por duas horas ficarei com ele, e vendo o progresso diminuiremos os dias, mas  em casa ele também tem que treinar.

— Combinados, muito obrigado, na verdade não sei como agradecer. – Passo a mão pela minha nuca sem graça.

— Apenas o ajude-o, isso seria o melhor pagamento para mim.

Saimos juntos e fomos em direção a Pedro, ele me viu, percebi que estava preocupado, pegou a mochila e veio em nossa direção.

— Oi papai.

— Oi campeão. – Passei a mão pelo cabelo dele. – Vamos?

Ele balançou a cabeça, e fez  algo que me surpreendeu, foi até Maria e a abraçou, ela retribuiu com carinho. Percebi que se eu falasse com ele ali ela me ajudaria a faze-lo entender que esses dias fariam bem  a ele, e acho que ela entendeu o que queria, balançou a cabeça.

— Filho, sua prof me disse que esta com problemas nas aulas de leitura e matemática.

Ele levantou os olhos. – Esta chateado comigo papai?

Me abaixei para o olhar, dei um sorriso. – Não Pedro, claro que não, mas precisamos fazer você acompanhar a sala p não perder o ano, e sua prof deu uma idéia que você terá que fazer.

Olhei para ela e ela ainda estava com as mãos nos ombros dele, se abaixou também e eu continuei. -  Ela ofereceu para ficar três vezes por semana depois da aula por duas horas para te ajudar, certo.

Ele arregalou os olhos, e tentou contestar. – Mas papai a tarde, eu brinco, tem treino de futebol e...- Começou a divagar tentando nos fazer desistir dessa idéia.

— Filho, as aulas serão de seg, terça e sexta não te treino e é preciso, para seu bem.

Ele abaixou a cabeça, vi Maria levantar delicadamente o rosto dele e fazer ele olhar para ela.

— Pedro sei que gostaria de brincar com seus amigos, mas não será por muito tempo, você é muito esperto e quando eu ver que esta bem, vamos diminuir as aulas extras, não vou deixar você perder o ano, não posso e não vai ser chato como esta achando, ou você me acha uma prof chata?

Vi Pedro reagir de imediato, ele a olhou e balançou a cabeça afirmando o não e disse.

— Não, você é a prof mais legal que já tive. -  Ele a abraçou.

— Então, prometo que vamos nos divertir, e deixo você me pedir o que quiser se aceitar com o coração.

Pedro pensou. – Posso pedir o que quiser mesmo?

— Prof não sei se foi muito bom isso. -  Dei uma risada, ela sorriu.

— Pode, o que quiser.

— Amanha tenho o jogo da final do campeonato, queria que fosse ver.

Intervir, afinal amanha era sábado ela devia ter alguma coisa. – Filho a sua prof pode ter já um compromisso.

Ela me olhou, e voltou a sorrir para Pedro. – Fechado príncipe, vou ver seu jogo amanha, e torcerei como ninguém, mas quero um gol p mim, combinado. – Meu filho sorriu como nunca havia visto.

— Combinado. – Ele abraçou de novo, certo essa prof tinha o poder de fazerem  gostar dela, mesmo quem não queira.

Ela me olhou, pegou um papel e caneta de dentro da pasta. -  Qual o endereço e o horário do jogo?

Passei o endereço e nos despedimos, com um até amanhã.

Depois de ter conversado com o pai do Pedro fiquei mais aliviada, é difícil hoje em dia um pai abdicar de seu trabalho para ajudar o filho, Estevão era realmente um grande pai, e parecia ser um grande homem, fui direto para casa de meus pais, fiquei de passar lá após as aulas, fiquei um pouco com eles, me contaram que Luiz estava bem na faculdade, ao cair a noite fui pra casa o jogo seria as 10 da manha. Fiz uma coisa rápida para jantar, tomei um banho e deitei, peguei um livro e comecei a ler, mas um certo pai sempre insistia em aparecer em meus pensamentos.

Acordei as 8, tomei um banho, um café, fiz algumas coisas em casa e sai para o jogo, não era longe, de carro dava uns 15 min, demorei um pouco para achar vaga para estacionar, quando entrei no ginásio estava cheio de pais, familiares dos jogadores, pelo uniforme percebi que cada lado era torcida de um time, procurei por Pedro, ele já estava na quadra com o time, olhei na arquibancada e encontrei Estevão, ele estava concentrado olhando a quadra, aproximei devagar, quando estava do lado me fiz presente.

— Creio que esta mais nervoso do que Pedro.

Ao ouvir a voz dela virei a olhando, estava mais linda ainda, estava calor, ela estava com uma saia cumprida branca, uma blusa de alcinha verde como a cor dos seus olhos, o cabelo em um rabo de cavalo bem feito e uma maquiagem leve apenas realçando a beleza. Precisava reagir, levantei.

— Oi, que bom que veio...Pedro esta perguntando a toda hora de você e sempre olha pra cá p ver se já chegou.

Olho para quadra e ele estava olhando novamente, olhei de novo para ela e estava sorrindo acenando para ele.

— Demorei para achar uma vaga. – Disse se sentando, sentei ao seu lado.

— Obrigado por ter vindo.

— Eu prometi a ele e sempre cumpro minhas promessas Senhor San Roman. – me olhou com um ar de brincadeira.

— Deixamos o San Roman de lado, me chame de Estevão.

— Só se me chamar de Maria, sem o professora na frente.

— Combinado. – Selamos com um aperto de mãos e troca de sorrisos, o que a Maria estava fazendo comigo eu não sabia, desde de ontem os olhos dela e o sorriso não saia de minha mente, desviamos os olhares quando o juiz apitou o inicio do jogo.

Continua.


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Notas finais do capítulo

O Pedro não consegui achar um ator para o personagem então deixarei para vcs imaginarem como ele é.