Mafia Princess escrita por CarolFonseca


Capítulo 2
Roar


Notas iniciais do capítulo

Hey, aqui é a Janis. Segundo capítulo, esperamos que vocês gostem!!! Boa leitura!!!



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Acho que me esqueci que tinha uma escolha

Deixei você me empurrar além do ponto

Suportei por nada, então eu caí por tudo (...)

Você me segurou, mas eu me levantei

Prepare-se, porque eu já cansei (...)

Eu tenho o olho do tigre, uma lutadora

Dançando pelo fogo

Porque sou uma campeã

E você vai me ouvir rugir

Roar – Katy Perry

 

Clarke

Ignorei os olhos astutos de Raven e Octavia, enquanto continuava a andar de um lado pro outro, tentando encontrar uma solução para os meus problemas. Estávamos no antigo escritório de papai, que ele gentilmente me deu de aniversário. Seu piso era inteiramente branco, e a parede era recoberta por um papel de parede onde triângulos se interligavam, alterando a cor entre branco, cinza e preto. A porta, assim como o teto onde habitava o lustre de cristal, era branca, com os puxadores em inox. Do lado direito, havia uma pequena estante preta encostada na parede, e em cima, uma Apple TV. Ocupando o resto do espaço, tanto na estante quanto nas prateleiras em formato cúbico na parede, estavam os meus prêmios e troféus escolares. Em sua frente, um confortável sofá branco ocupava espaço. No lado esquerdo, se encontrava uma estante exatamente igual à outra, com a diferença das prateleiras – que aliás, eram todas pretas – serem deitadas, em horizontal. Os dois estavam abarrotados de livros.

Na parede de trás, havia outra prateleira, só que dez vezes maior que as outras, ocupando a parede inteira e contendo só conteúdos jurídicos. Na primeira – e única – gaveta de minha mesa de mogno, se encontravam meu iPad Pro. Já em cima dela, estava meu iMac, e ao seu lado direito meu MacBook Air. Em sua frente, meu iPhone 6s Plus descansava solitariamente. A cadeira branca atrás da mesa era giratória.

— Clarke. – Raven revirou os olhos, me tirando de meus pensamentos. – Criar um buraco no chão de tanto andar de um lado para o outro não resolverá a situação.

— Tem razão. – proferi, já sentada em minha cadeira, atrás da mesa. Olhei para o reflexo que meu iMac refletia, encontrando uma garota loira com uma expressão desesperada em seu rosto. Não demonstre fraqueza Clarke, falei a mim mesma, você é a chefe da máfia. Consegue tudo o que quer. Endureci minha expressão. – Candidatos é que resolverão.

— Eu fiz uma lista de possíveis candidatos. – O se pronunciou. – Se você vai gostar deles... Aí já é outra questão. – arqueei uma sobrancelha. - Se vossa alteza me acompanhar até o sofá... – revirei os olhos. Já estava acostumada com as provocações de Octavia.

Assim que eu estava devidamente acomodada em meu sofá, com um pote de pipoca amanteigada em minha mão – cortesia de Raven –, Octavia conectou o AirPlay de seu iPhone na Apple TV, abrindo o programa do PowerPoint.

Imediatamente apareceu a imagem de um homem loiro com olhos azuis. Ao lado da foto, estavam algumas informações, como nome, idade, residência e posição na máfia.

Charles Matthew. – Raven o apresentou. – vinte e nove anos, mora em Sheffield, Reino Unido. É o atual representante de drogas da Máfia da Inglaterra.

— Bonito. – declarei. - Mas conheço sua fama de jogador. Próximo. – coloquei mais um pouco de pipoca na boca.

Cameron Suisson. – Octavia apresentou. Seus olhos também eram azuis, mas o cabelo era castanho escuro. Ele possuía uma fina barba. – vinte e cinco anos, mora em Cork, Irlanda.

— Gato e novo. Eu não me importaria de casar com ele.

— Infelizmente ele é o único herdeiro vivo de sua máfia. – O contou, o que me fez soltar um muxoxo. – Então... Próximo.

Raven mudou de slide. Eu engasguei com a pipoca.

— Ai. Meu. Deus. Não! Eu me recuso a casar com o Rodalf! Já esqueceram que eu dei um tiro nele hoje de manhã?

— Eu te avisei. – O disse olhando para Raven, enquanto roubava um pouco de minha pipoca. – Próximo.

A foto mostrava um garoto da minha idade, com cabelo castanho até o queixo e olhos da mesma cor. Esse eu conhecia. – Finn Collins. Vinte e três anos, trabalha como perseguidor. É da nossa máfia mesmo.

Finn Collins era um grande mistério pra todos na máfia, incluindo eu. Boatos falavam que, certa vez, ele reunira vários homens e saíra atirando neles com uma metralhadora, só para ver se sua mira continuava perfeita. Não que eu acreditasse em todos os boatos que rondavam a máfia, mas depois dos acontecimentos de hoje de manhã...

Eu havia acabado de entrar no elevador. As portas já estavam quase fechadas quando uma mão surgiu entre elas, fazendo-as se abrir novamente. Primeiro vi o cabelo castanho, e depois o sorriso convencido.

— Clarke. – saudou Finn, já dentro do elevador – Estava procurando você! Lenço? – me ofereceu, apontando pra minha mão ensanguentada.

Dei um passo para o lado, deixando um espaço maior entre nós. Não que fosse preciso, o elevador, modéstia à parte, era enorme, mas Finn insistia em ficar perto, o que estava começando a me irritar. Peguei o lenço de sua mão.

— O que você quer, Finn?

— Nossa, você é direta. – me lançou um sorriso que deveria ser charmoso. – Adoro isso em mulheres. – declarou, chegando mais perto.

Não me contive, revirei os olhos, fazendo Finn rir. Ele fez questão de caminhar ao meu redor, me olhando de cima a baixo e ficando bem na minha frente, me escorando no espelho. Imediatamente me imaginei empurrando-o assim que as portas abrissem.

— Olhe bem pra mim! – ele abriu os braços. – Sou exatamente a solução perfeita para os seus problemas.

— E posso saber de qual deles você está falando? – indaguei irônica.

— Senso de humor. – apontou. – Não gosto disso em mulheres, mas tenho certeza que podemos resolver isso juntos. – arqueei as sobrancelhas. – De qual problema eu estou falando Clarke? O do marido, é claro! – disse como se fosse óbvio. – Eu posso e vou ser seu marido!

Gargalhei. – Não, você não pode. E nem vai.

— E posso saber o porquê? – ele deu um passo à frente, ficando perigosamente próximo a mim. – Eu seria aprovado pelo conselho. Você sabe disso.

Meus lábios se alargaram em um sorriso metido e zombeteiro.

— Mas não seria aprovado por mim.

Ele me encarou, me analisando. Colocou um braço na parede, me cercando, e se aproximou ainda mais.

— Sou sua melhor opção.

— Então encontrarei outra.

— Impossível. – declarou, sorrindo com escárnio. – Até o fim da semana, você vai me procurar e me pedir em casamento. Guarde minhas palavras, Clarke

— Está sonhando alto demais, Collins. – informei. - Cuidado com o tombo que vai levar quando acordar.

As portas do elevador se abriram. Devolvi o lenço manchado de sangue a ele e o contornei, saindo do elevador.

— Arrogante demais. – informei a Raven. – Próximo.

Um homem negro de cabelo preto apareceu em minha visão.

— Thelonious Jaha.

Respirei fundo.

— Vou fingir que você não me apresentou meu ex-futuro-sogro. Próximo.

♕♛♕

— Chega! – declarei três horas depois. – Nenhum desses serve!

Comecei a andar de um lado para o outro novamente, estressada.

— Tente pensar assim então, - insistiu Raven. – Das fichas que te passamos, quem é o melhorzinho?

Parei, me sentando novamente no sofá. Estava com vontade de atirar em alguém ou até mesmo beber alguns drinks. Qualquer coisa que me acalmasse.

— O menos pior, você quer dizer, né? – Raven me mandou um olhar irritado. – O Collins. – Mas nem morta eu vou pedir pra ele se casar comigo, completei em pensamento, não depois de esnoba-lo e falar que eu arranjaria alguém melhor do que ele.

Ela assentiu com a cabeça, abrindo a boca para falar algo quando Octavia, que tinha ficado as últimas uma hora e meia calada, falou primeiro.

— Não precisa ser ele se você não quiser. Eu conheço outro cara, ele já foi da milícia, mas fica tranquila, ele já saiu de lá faz uns bons anos... E bem, não vai tentar tomar o poder de você.

Senti uma pontada de esperança – coisa que, geralmente não tínhamos muito na máfia.

— Quem?

— Meu irmão.

Raven escancarou os olhos: - Você tem um irmão?

— Tem muitas coisas que vocês não sabem sobre mim. – exclamou com irritação.

— O que tá esperando? – perguntei. – Me mostre a ficha dele então.


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