Photograph escrita por Day


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, feliz aniversário pra Clene (/u/276920). O capítulo tá postado só por causa dela mesmo e.e

Boa leitura ♥



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James Potter estava completamente arrasado. Teve quase um ano inteiro para concluir um simples projeto de fotografia, mas, com um bom ascendente em Touro, deixou que a procrastinação vencesse. Adiou, dia após dia, a procura às modelos que precisava. Parecia simples, muito simples, na verdade, mas mostrou-se algo absurdamente difícil na prática.

Onde diabos ele encontraria uma ruiva disposta a posar para um completo desconhecido?

Talvez, se tivesse ouvido os pais e se mudado para Nova York, a encontraria com facilidade. Mas, trancafiado em uma cidade metropolitana de Londres, não havia muita variedade entre as pessoas. Estava mais do que comprovado: o TCC de James Potter estava por um fio de se tornar um fracasso absoluto, e não havia nada que ele pudesse fazer para reverter isso.

Não às dez e cinquenta e sete da noite de uma sexta-feira. Àquela hora, toda a cidade já dormia, ou preparava-se para isso, e não havia saída alguma para ele. Era hora de aceitar que teria de refazer seu último ano na faculdade por conta da preguiça.

Caminhando até a mesa de centro, pousou os olhos sobre aquele pequeno pedaço de papel. Eram poucas palavras, mas com um peso imensurável, principalmente naquele minuto.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ALUNO: JAMES POTTER

CURSO: FOTOGRAFIA

TÍTULO: A ATUAL MISCIGENAÇÃO NO REINO UNIDO.

PROFESSOR ORIENTADOR: MINERVA MCGONAGALL

E lá estava, sua pequena derrota pessoal. Seus pais surtariam ao saber que, quarenta e oito horas antes do prazo de entrega, o filho não havia concluído seu projeto. Todos os anos pareceram, em súbito, jogados fora, uma vez que o propósito único de todos eles não seria atingido.

Ao lado das anotações, as fotos das seis mulheres, que aceitaram posar para sua câmera, estavam dispostas lado a lado. Parecia simples e aceitável entrega-las daquela forma, mesmo que faltasse a modelo pela qual ele esperou durante todo o tempo. Encontrar morenas e loiras era tão simples quanto respirar. Negras, asiáticas e indianas também. James só não entendia o porquê de não achar uma ruiva, qualquer uma.

Prongs? Ei, Prongs, atende essa porta, estou aqui há horas.

— Você acabou de chegar e nem se deu ao trabalho de bater. — ele respondeu a um Sirius completamente bêbado. — Entre logo antes que o álcool te deixe mais irresponsável do que o normal.

— Entrar? Eu não quero entrar, eu quero beber. — Black fechou os olhos com força e James sabia que aquilo significava que a bebida o tinha subido à cabeça. — Anda, venha, vamos. Pegue a carteira e vamos, tem um bar ótimo no centro de Londres.

— No centro? De Londres? Porra, Sirius, esqueça isso e entre.

— No dia em que eu te obedecer, Potter, será o fim dos tempos.

James foi puxado pelo amigo e, sob protestos e uma imensa negação, levado ao tal bar.

Lotado. Era a melhor definição para o lugar. Dezenas de pessoas se espremiam pelo balcão e se abarrotavam na pista de dança. Uma música alta e chata preenchia o ambiente e todos pareciam saber cantar. Provavelmente, para pedir uma bebida, seriam necessários vários minutos, pelos quais James não estava disposto a esperar. Black perdeu-se do amigo logo de início, misturando-se à multidão e ingerindo a maior quantidade de álcool que podia.

Com trinta e cinco euros no bolso, não poderia dizer que era grande coisa. Pediria uma bebida qualquer e metade de seu dinheiro iria embora.

— Uma cerveja, por favor. — pediu ao barman. — Gelada.

— Aqui, senhor. — menos de um minuto depois, a garrafa com pequenos cristais de gelo foi posta à sua frente.

Não era sua bebida preferida, mas dava para o gasto. Caminhou em direção a um lugar em que pudesse sentar e que não fosse atrapalhado por alguém gritando o que gostaria de beber. Porém, desejar que não o atrapalhassem era algo que não iria acontecer, não naquela noite.

Dois passos distante do balcão, James sentiu algo colidindo contra si e sua camisa ser totalmente encharcada. Não acreditava em destino, era um pouco cético demais nesse ponto, mas aquilo não podia ser uma coincidência. Talvez, naquele momento, ter cogitado recusar a oferta de Sirius pareceu absurda.

Uma moça, aparentemente mais nova, por alguns anos, no máximo, se desculpava seguidamente, com um fortíssimo sotaque americano.

— Desculpe, eu não te vi, na verdade nem presto atenção por onde ando e faço essas coisas. Ai, por Deus, mil desculpas por estragar sua roupa, eu...

— Tudo bem. — ele respondeu, mas ela não parecia convencida. — De verdade, tudo bem.

James não sabia como dizer isso, mas ela era tudo o que precisava. Se quisesse concluir sua faculdade, precisaria daquela mulher sorrindo para sua lente.

 


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam!
Beijos ♥