Photograph escrita por Day


Capítulo 2
I — Cabelo cor de fogo e olhos cor de esmeralda


Notas iniciais do capítulo

Oi, genteeee!

Eu quero, primeiramente, agradecer a todos os comentários do primeiro capítulo. Adorei cada um! Fiquei muito feliz de saber que vocês gostaram da fic ♥

Boa leitura!



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SEXTA

James estava, entre outras tantas coisas, encantado. Aquele cabelo tão vermelho quanto o fogo, somado aos olhos de um verde que beirava o surreal, era a personificação de tudo que ele queria, que ele precisava. Quais eram as chances de encontrar exatamente o que necessitava da maneira mais brusca e a aleatória possível?

Parecia um filme clichê, o exato tipo que Potter sempre odiou. Mas, diante dela, não tinha como odiar o eterno clichê que era a vida.

— Desculpe, moço, eu realmente não te vi. Tenho essa mania de fazer duas coisas ao mesmo tempo e quis carregar as bebidas enquanto tentava me comunicar com a minha amiga, que está perdida pelos cantos com algum cara que ela acabou de conhecer e...

— Menos palavras por minuto, senhorita. — embora dissesse isso, a voz dela não parecia tão ruim de ser ouvida. — Realmente está tudo bem sobre isso, ter me molhado com duas doses de... — James passou o dedo sobre parte de sua roupa, levando-o à boca em seguida. — Martini de maçã.

— Eu nem gosto dessa bebida, talvez até tenha sido bom que a derramei por completo. Essa minha amiga ama martini de maçã e é um saco, porque, por Deus, que coisa horrível. Quando bebi pela primeira vez, senti todos os meus órgãos murcharem, pior experiência. Ou não, já tive outros casos em que o álcool quase me...

— Você fala muito. — ele constatou o óbvio, interrompendo-a pela segunda vez. — Sou Potter, James Potter, alguém que precisa muito da sua ajuda.

Bond, James Bond. — ela forçou uma voz que, supostamente, deveria ser igual à do Daniel Craig. — Evans, Lily Evans, que não entendeu sua última frase.

E então, James contou. Falou, nos mínimos e mais ricos detalhes, sobre sua faculdade e, por fim, sobre seu TCC; não deixou nenhuma informação importante de fora, desde a escolha do tema, até a procura pelas mulheres que seriam suas modelos. Disse o quão difícil era encontrar alguém que se encaixasse perfeitamente no que queria, ou como tinha sido.

Aparentemente, a pessoa que faltava estava ali, à sua frente, com a expressão de mais pura dúvida e desentendimento.

A princípio, Lily foi incapaz de entender aquilo tudo. Olhou em volta, procurou câmeras ou microfones escondidos, aquilo parecia uma típica pegadinha de televisão, daquelas que ela costumava assistir quando criança e morria de rir. Esperou que, assim que dissesse algo, ele a mandasse olhar para algum lugar e anunciasse que estavam em uma transmissão ao vivo.

Nervosa e insegura, ela riu e enrolou uma mecha de cabelo no mindinho, exatamente como sempre fazia em situações desconfortáveis. Lily odiava fotos, de verdade, era uma de suas maiores aversões na vida — depois de aranhas e escuro, não necessariamente nessa ordem. Cogitar servir como modelo, para alguém que jamais tinha visto antes, era inconcebível.

Seus sorrisos eram sempre forçados em fotografias, quando ela não evitava sorrir, mantinha uma expressão semelhante à de quem comeu e não gostou. Suas amigas viviam dizendo que ela precisava aprender a se deixar ser fotografada e, com toda certeza, se Marlene ou Alice estivessem ali, diriam para aceitar aquele convite sem titubear.

Lily ajeitou a saia de bolinhas, que realmente não combinava com sua blusa com o desenho de bigodes de gatos, mesmo que não precisasse. Tinha a mania de mexer em qualquer coisa que estivesse ao seu alcance quando estava nervosa, ou quando não sabia como negar um pedido. Ela nunca soube dizer não, nem para seus conhecidos, e principalmente para os desconhecidos.

— Vejo que se deu bem, Evans. — Marlene apoiou-se sobre o ombro de Lily, vinda de algum canto, e com muitas chances de estar acompanhada. — Eu já consegui minha distração da noite, boa sorte com a sua.

Lily olhou rapidamente para a amiga, vendo-a de mãos dadas com um cara desconhecido. Marlene tinha dessas, de se entregar a quem não conhecia, com o pretexto barato de que era casual e, sendo assim, não haveria problemas futuros.

— Padfoot? — James perguntou, sem muita surpresa.

Ora, era claro que Black não viria até Londres sem garantir alguma garota — uma morena alta, de feições delicadas e olhos azuis que, mesmo na escuridão do bar, tinham um brilho intenso. O que Sirius não fazia questão de esconder era o quanto preferia as morenas a qualquer outra mulher.

— Boa sorte para você e boa noite para mim, Prongs. — ele respondeu, com o sorriso mais safado que existia.

— Que seja, vá embora logo.

Lily não tinha sido capaz de responder. Olhava de Marlene para o tal Padfoot — aquilo com certeza não era um nome de verdade — e, depois, para James. Aparentemente, todos se conheciam, uns de uma forma mais aprofundada que outros, mas ainda assim. McKinnon não era do tipo que se apegava fácil, e as chances de encontrar-se com o mesmo cara uma semana depois eram quase nulas.

Já James não conseguia compreender a incrível capacidade — e velocidade — que Sirius tinha em trocar de mulher. Há menos de um mês, havia posto fim a transas ocasionais com uma ruiva da faculdade. Ruiva esta que, naquele tempo, aceitou ser modelo do TCC de Potter, mas agora negava-se a vê-los. E então, tão fácil e simples quanto a chuva, ele tinha outra nos braços.

Marlene pendurou-se sobre os ombros do cara que a acompanhava e saíram, em meio a risadas e alguns beijos. Lily revirou os olhos, mesmo que ela não pudesse ver, repudiava as atitudes dela, mas sabia que não tinha nada que pudesse fazer.

Lene era e sempre seria uma grande aproveitadora do que a vida tinha a oferecer e, aparentemente, encontrara alguém que concordava.

— Desculpe, acho que minha amiga roubou o seu. Ela é sempre assim, não pode ver um cara andando ou um que a encare por mais de cinco segundos e já acha que devem dormir juntos, ou seja lá o que ela faz. De verdade, sinto muito por isso e...

— Você precisa parar de se desculpar e de falar tantas palavras por segundo. Sirius e ela que se comam com os olhos, ou qualquer outra parte do corpo, não é nossa culpa.

— Dizer essas coisas não vai me convencer a tirar as fotos.

James não podia negar, tampouco disfarçar, que a frase o deixou abalado. Conseguir que ela aceitasse ser fotografada era, no mínimo, o que o faria concluir a faculdade. E, àquela altura da vida, concluir a faculdade era o que ele mais almejava, era seu sonho mais precioso.

Outch. — ele fingiu ter sido atingido por alguma coisa. — Já que te fiz perder duas boas doses de martini de maçã, posso te recompensar com — James olhou quanto dinheiro ainda tinha. — trinta euros em doses de qualquer bebida que seja paga com isso?

— Claro.

E lá estava ela, prestes a beber com um cara que jamais tinha visto antes, porque era o que parecia melhor a ser feito. Ter aceitado o convite de Marlene para ir ao bar naquela noite havia sido um erro e Lily sabia disso, mas preferiu arriscar. Podia levar alguns minutos ou umas horas, mas McKinnon sempre saía acompanhada e, por consequência, Lily ficava sozinha.

Quando isso acontecia, ela juntava suas coisas e ia embora, mas, naquela noite, um aspirante a fotógrafo a manteve por ali.

Uma hora e doze doses de tequila barata depois, James se viu de frente a uma ruiva completamente bêbada. Ele sabia que existiam pessoas fracas para bebidas, mas não tanto quanto Evans. Ela parecia ficar cada vez animada quando o álcool caía em sua corrente sanguínea; Lily apertava os olhos com força e dava um gritinho antes de pedir outra dose.

Àquela hora, já não havia mais ninguém sóbrio, exceto, talvez, por James. Sua mãe sempre dizia que pedir alguma coisa a alguém quando esta pessoa não estivesse em sã consciência era errado, quase um pecado. Mas, ele cogitou, mais de uma vez, em se aproveitar da situação dela para torná-la sua modelo restante.

Nem pense nisso, mocinho, a voz de Dórea Potter se implantou em seu subconsciente.

— Um pouco de limão e sal pode ajudá-los. — o barman colocou um pouco das duas coisas sobre o balcão. — Beba a tequila, chupe o limão e, por fim, engula o sal.

Lily agradeceu com o maior sorriso que podia. Sempre via as pessoas fazendo tal combinação, mas nunca tivera a oportunidade de fazê-la também. Mais do que depressa, ela seguiu o passo a passo e sentiu todo seu corpo queimar, cada célula entrar em combustão e, incrivelmente, querer mais.

James colocou um pouco do sal no próprio pulso e avisou que ela teria de lambê-lo se quisesse continuar bebendo. Ela sempre gostou de desafios, especialmente quando se tratava de desconhecidos, então não negaria aquele. Em um ímpeto de coragem, Lily fez a sequência até, por muito pouco, não acabar aos beijos com ele.

Era uma distância mínima e que, por um erro de cálculo, poderia ser um desastre total.

— Ah, meu Deus, me desculpe, me desculpe mesmo. Estou tão bêbada que mal consigo ver um palmo à minha frente. Nem costumo beber tanto, mas, sei lá, hoje eu só quis beber tudo isso e olha só. Quase transformei isso em um momento desastroso e catastrófico, sem mencionar o quão vergonhoso seria, é claro. De verdade, mil desculpas por...

— Tudo bem. — James respondeu rindo. — Acontece.

Ela não quis discutir a forma como ele disse acontece, como se um quase beijo fosse normal, corriqueiro e que acontecesse o tempo inteiro. Ela estava bêbada demais, com uma quantidade alta demais de álcool no corpo para isso. Então, assentiu e sorriu, mesmo que não acreditasse que, para ele, estava tudo bem.

Era a terceira vez que Lily se desculpava, em menos de duas horas. Primeiro, a tragédia que foi toda aquela bebida derramada sobre a camisa dele. Segundo, pela cara de pau de Marlene em ir embora com a única companhia que ele tinha — além, de deixá-la sozinha também. E terceiro, por isso, seja lá o que fosse. Ela não tinha o costume de beijar qualquer um tão de repente.

James a observava com encantamento, ou outra coisa qualquer. Imaginava o quão magnífico seu projeto ficaria se a tivesse como modelo e, se a tivesse realmente, seria a principal — aquela cujas fotos seriam vistas primeiro, aquela que receberia mais elogios e comentários. Ele precisava de uma ruiva e a tinha à sua frente. Não podia ser coincidência do destino que a tivesse encontrado quando mais precisava.

ººº

— Vamos para casa, para sua casa! — Lily gritou por cima da música alta. O álcool corria forte em sua corrente sanguínea, levando-a a fazer coisas que, normalmente, não faria. Como convidar-se para a casa de um desconhecido. — Deve ser mais perto do que a minha, de qualquer jeito. Eu até iria para a casa da Lene, mas, você sabe... ela e seu amigo estão se divertindo.

Ele constatou que, até bêbada, Lily falava demais.

— Eu moro a quarenta minutos daqui. — tentou contestá-la, em vão.

— Eu moro a treze horas. — com um sorriso travesso, ela se deu como vencida. — Vamos. Você paga o táxi.

James não tinha dinheiro algum. Havia gasto tudo em cerveja e doses de tequila. Pagar um táxi era, literalmente — ou quase —, a última coisa que podia fazer.

— Bom... gastei todo meu dinheiro nas suas doses. Não me sobrou nada. — era um tanto patético admitir aquilo, mas, com certeza, nenhum dos dois se lembraria daquelas horas na manhã seguinte.

Lily riu e entregou uma nota de cinquenta libras, que havia sido discretamente furtada de Marlene. Sentou-se no banco de trás e, nos quarenta minutos seguintes, não pensou em nada. Apoiou a cabeça na janela e observou, atenta, o caminho — estava escuro para que os detalhes fossem notados, mas, ainda assim, ela não desgrudou os olhos do lado de fora.

Cansado, exausto e com um turbilhão de pensamentos, James sentiu-se relaxar pela primeira vez no dia. O balanço do carro o acalmou, mas não o suficiente para esquecer-se de que sua faculdade estava por um triz. James amaldiçoou-se pela procrastinação e por todas as vezes que havia decidido deixar para lá a procura pelas modelos.

Quando saiu de casa arrastado por Sirius, tinha interna e secretamente aceito que estava reprovado e que seus pais ficariam furiosos em um nível que ele jamais vira antes. Até uma ruiva desastrada e distraída o encharcar de martini de maçã. Parecia perfeito, claro, mas não passava de aparência.

Agora, ambos iam para sua casa e ele, mais uma vez, se viu reprovando.

A pequena cidade metropolitana se expandia no horizonte, deixando a imagem e barulho de Londres para trás. James preferia morar ali, com calma e silêncio do que toda a badalação da capital inglesa. Ao seu lado, Lily olhava cada pormenor que seus olhos alcançavam e, às vezes, ria sozinha.

Ela lembrava-se de sua infância, em uma cidade tão pequena ou menor do que aquela, quando brincava na rua até tarde e corria pelo bairro com seus antigos amigos. Eram boas memórias que, naquela noite, não passavam disso.

— Chegamos. — ele anunciou, assim que o carro parou.

Os prédios também eram diferentes. Não eram tão altos, nem tão barulhentos ou cheios; tinham menos de quinze andares e, depois de determinada hora, se calavam por completo. Lily pensou quão bom seria morar por ali ao invés de San Diego, sua vida seria mais pacífica e mais tranquila. E tranquilidade era tudo que ela queria àquela altura da vida.

Estava bêbada e sabia disso, mas não era impedimento para pensar racionalmente ou sorrir assim que entraram em um apartamento pequeno e bem arrumado. Era uma ideia muito diferente daquela que tinha sobre casa de homens.

As paredes cor de creme ornavam algumas fotos de infância, onde ele aparecia acompanhado dos pais ou amigos. Jogadas sobre a mesa de centro, estavam algumas fotografias, exatamente iguais, a mudar pela pessoa que sorria. Lily sabia que não gostava daquilo, mas teve um desejo súbito de fazer o mesmo.

— Tire uma foto minha. — Lily animou-se ao ver a câmera no canto do sofá.

Era efeito da bebida, com toda certeza, e ele não se preocupou em esconder a confusão na qual sua mente se tornou após aquela frase. Alcançou a máquina fotográfica e esperou, silenciosamente, que ela se recusasse ou negasse fazer qualquer coisa. Mas, não. Lily sorriu e colocou uma mão na cintura e a outra na barra da saia, levantando-a.

A bebida geralmente a tirava de sua sanidade, como naquele momento.

James agradeceu, em silêncio, e, pela primeira vez na noite, viu seu projeto concluído. Ela nem de longe parecia a mesma garota que recusou veementemente o convite às fotos; agora ela estava mais solta e à vontade diante da câmera.

— Ficaram boas?

— Ótimas. — ele respondeu, enquanto conferia o resultado das imagens.

Lily nem ao menos perguntou, apenas jogou-se no sofá. Não era tão confortável quanto aparentava e, com certeza, algumas horas mais tarde, ela teria dores nas costas. Mas, àquela altura de tudo, com sua cabeça a ponto de explodir e os olhos quase fechando-se de sono, aquele era o melhor lugar do mundo.

Não demorou dois minutos para que ela cedesse ao cansaço, ali mesmo, na casa de um completo estranho.

O que ele precisava fazer, urgentemente, era correr contra o tempo e, em pleno sábado de manhã, dar um jeito de ter as fotos de Lily em mãos — literalmente. Pouco se importou com a hora ou com o que Sirius deveria estar fazendo, mas o avisou mesmo assim que conseguira concluir seu TCC.

Potter, James

Consegui, Pads.

A resposta, que veio rápida e quase imediata, deu a James a ideia de que o amigo já não estava mais tão ocupado assim.

Black, Sirius

Eu também consegui, Prongs, se é que você me entende *emoji de risos*

Tô cansadão, cara, foi uma noite muito... intensa *emoji de risos*

Preciso descansar.

Beijinhos no coração, miguxo.

James odiava quando Sirius o chamava de apelidos nada convencionais.

Potter, James

Cala boca, Sirius.

Tchau.

ººº

SÁBADO

Lily acordou com dores severas por todo o corpo. Além de sua cabeça, que com certeza explodiria a qualquer segundo, suas costas pareciam carregar o peso do mundo e seu pescoço não se movia. Havia dormido de mau jeito por horas, mas estivera tão cansada na noite, ou madrugada, anterior que não se importou em cair em qualquer lugar e dormir.

Assim que abriu os olhos, se deu conta de que estava em um lugar completamente diferente de todos os que conhecia. Não era a casa dos seus pais, tampouco a sua e com certeza não era a de Marlene. Ela não tinha fotos na parede, menos ainda uma parece daquela cor. Lily imaginou mil e uma possibilidades acerca do porquê estava ali e nenhuma delas era boa.

Um estrondo alto vindo de algum cômodo paralelo a assustou e a fez sentir como se sua cabeça tivesse estourando. Era uma ressaca, talvez a pior que teve em toda a vida, não que ela sempre bebesse o bastante para ter aqueles momentos, mas era terrível da mesma forma.

James terminou seu café e, mesmo que odiasse tal bebida, era a única coisa que o faria se sentir melhor. Havia tido uma noite do cão, para não dizer menos; horas se revirando na cama até, por fim, dormir por alguns minutos e acordar com o corpo doendo. Além disso, havia uma ruiva desconhecida dormindo no sofá da sala. E, para completar, havia bebido mais tequila do que aguentava na noite anterior.

Porém, havia um lado positivo, no fim de tudo, conseguira a foto que precisava.

— Café? — ele ofereceu, escorado na batente da porta.

Claro que ela mal tinha aberto os olhos e definitivamente não pensava direito, talvez nem estivesse raciocinando o suficiente para saber o que lhe era oferecido. Mas, mesmo assim, ela aceitou.

Lily adorava café, se pudesse e tivesse escolha, beberia todos os dias. Não estava bom, estava forte e doce demais, mas ela bebeu tudo mesmo assim. Sentiu seu corpo se aquecer instantaneamente e seus sentidos voltaram pouco a pouco ao normal, até se estabilizarem.

— Deixa eu perguntar uma coisa. Nós não...?

James riu da suposição. Seria absurdo que aquilo acontecesse, afinal, não eram Sirius e Marlene — que provavelmente deveriam estar tendo um replay da última noite.

— Não, não aconteceu nada. — ele cogitou se deveria falar sobre as fotos, mas, se ela havia pedido, estava de acordo. — Só tomamos muita tequila.

— Eu odeio tequila. — ele pensou em responder aquilo com alguma frase nada agradável, mas preferiu se calar. — Preciso ir embora agora. Obrigada por me deixar dormir aqui e por... bancar a bebida de ontem.

— À disposição.

Lily sorriu e, mesmo que doesse, ela se pôs em pé. Alcançou sua bolsa e saiu, sem se despedir ou olhar para trás; parecia estar saindo de um caso de uma noite só e que jamais teria futuro. Talvez fosse isso mesmo, afinal, quais as chances de encontrá-lo de novo? Sabia que, se dependesse de Marlene para isso, não aconteceria jamais.

Seu celular apitou e o nome dela apareceu, deveria ser um sinal ou uma coincidência absurda. Lily não acreditava em coincidências.

McKinnon, Marlene

ONDE VOCÊ ESTÁ?????

RESPONDE LOGO

JÁ MANDEI MILHARES DE MENSAGENS

Evans, Lily

Estou indo para Londres, te explico depois.

Beijos, também te amo, linda.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem e comentem também ahahuehaue.

PS: Uma one muito amorzinha (ou não, depende, mas enfim) Jily também porque sim https://fanfiction.com.br/historia/706017/V_I_N_D_I_C_T_A/ ♥