12th Grade escrita por Nyna0202


Capítulo 2
Kendal


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Espero que gostem do capítulo. Qualquer coisa, só chamar ^^

Boa Leitura



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“Se você sair por aquela porta, nunca mais volte!”. A maior decisão da minha vida foi tomada, sem pensar muito nas consequências. Morar com os meus pais na Inglaterra ou morar sozinho em qualquer lugar do mundo?

Óbvio que escolhi a segunda opção. Parecia a melhor escolha, não posso dizer que estou triste por ter ido embora. Mas viver sozinho, não está sendo muito fácil. Saí da Inglaterra e fui para os Estados Unidos, o país das oportunidades e de você sentir-se um fracassado também.

Mais precisamente fui para Newton, achei um apartamento que não é digno de chegar levar alguém, mas para mim estava ótimo e eu podia pagar o aluguel. Ganhei bolsa na Newton High School. Já fiz muita merda lá por isso eu rodei duas vezes. E trabalho numa lanchonete perto da escola.

[...]

Suspirei quando vi Yua no corredor. Olhei para atrás de mim, procurando o John mas encontrei o irmão estranho. Ele a observava de longe, como se fosse a qualquer momento pegá-la para si. Isso me assustava, mas mesmo assim fui até ela. Ela estava cercada por nerds em geral.
— Oi Yua
— Olá - Ela virou a cabeça dando atenção somente para mim, logo os nerds se tocaram e saíram de perto da gente. Olhei para trás e lá ainda estava Yuuma, de fones de ouvindo e prestando muita atenção em mim
— É, qual é a do seu irmão? – Pergunto sem me incomodar com o desconforto dela
— Yuuma acha que eu preciso de proteção vinte quatro horas por dia.
— Entendi. É soube que você é muito inteligente em matemática avançada. Gostaria que você me ensinasse a matéria
— Kendal
— Sim? – Fiz com que meus dedos  ficassem na forma de figa, queria muito não ser rejeitado
— Você não faz essa matéria, não precisa disso – Disse rindo, a risada dela me constrangeu
— É verdade, então deixa para lá – Falei me retirando, ela pega no meu braço e sussurra
— Ainda não conheci a cidade.

Ela saiu da minha frente e vai até o irmão. Ok, isso é um sinal! Caralho, não fui rejeitado por ela. Mas com certeza que Yuuma não vai gostar nada disso. Depois de algumas aulas, finalmente o intervalo, onde eu poderia encontrar a galera e a Yua. Chamá-la para conhecer um dos museus da cidade parece uma boa, acho que ela iria gostar.
— Fala aí seus estúpidos – Diz Zoe sentando na nossa mesa
— Olá Zoe – Fala Jim e Martina quase juntos
— Então, Kendal soube de umas coisas – Zoe encara o sanduiche dela enquanto fala
— Que coisas? – Pergunto sem muito entusiasmo
— Sobre Jennifer, Lola, Agatha  - Ela recupera o folego — A lista é grande
— Não conheço essas
— Você não conhece, mas seu pênis sim – Yuuma me encara, mas não fala nada. Zoe e Martina ficaram rindo feito loucas, Yua apenas dá um sorrisinho e Jim concorda com que a Zoe acabará de dizer
— Prefiro não falar nada – Óbvio que preferia que a Zoe não falasse sobre o meu passado. Não sinto orgulho dele.
— Ai, tadinho não quer falar das meninas que você já transou. – Zoe revira os olhos
— Tão nos conte Zoe, com quantos rapazes você já levou para cama? – Revidei — Conte cada detalhe
— Vamos parar com isso. Estamos comendo, ninguém quer saber sobre as relações sexuais de vocês – Disse Martina, limpando sua boca com o guardanapo.
 Todos ficaram quietos, durante um momento. Mas entre olhares, começamos a rir da situação que acabará de acontecer.

Quando fui para casa e deitei na cama o meu passado veio em forma de sonho para me assombrar. Lembranças de noites, beijos, festas, drogas.  O que me deixou assustado foi que todas as meninas que Zoe citou, aparecia um borrão na minha memória. Como não me lembrava dos nomes e rostos? E quantos caras Yua já ficou?

Não, não quero me torturar a pensar nisso. Vendo outros fazendo ela feliz até parte o meu coração só de imaginar.  Queria conhecer ela antes de todas as outras, se eu pudesse esperar. Mas agora não adianta mais, o passado já foi.

Levanto da cama, ainda era de madrugada. Abro a geladeira e pego uma cerveja. Sento no meu sofá mofado e ligo a televisão, precisava me distrair. Assisto futebol e um pouco de desenho animado. Sim, tenho dezenove anos e adoro desenhos.
 

[...]

Toca a campainha e acordo no sofá só de cueca e minha garrafa de cerveja vazia na minha mão. Não me lembrava de muita coisa, olhei no meu celular que estava em cima da mesinha de centro, cinco horas da manhã.

Abro a porta pensando que era um vizinho chato, mas levei um susto quando minha irmã se jogou em cima de mim. Num abraço apertado, olhei para porta e lá estava meu pai sério quando percebeu onde eu morava.
— Kendal! – Grita a menina de seis anos
— Sophie – Grito de volta — E papai – Falo tentando ter algum animo  
— Nossa que cheiro de
— Cerveja – Meu pai completa a frase bravo — Então é aqui que está morando?
— Sim – Larguei a minha irmã e fui para o quarto, vesti minha calça e uma blusa. Voltei para cozinha, Sophie estava assistindo desenho e meu pai estava lavando a louça acumulada. — Pai, não precisa, descanse um pouco, senti ali e pegue uma cerveja. 
— Filho, você provou que não sabe se cuidar sozinho. Mês que vem vamos achar uma casa, sua mãe prefere assim, a Alisson ainda não concordou com isso, mas estamos resolvidos enquanto a isso.
— Sério? – Fingi um sorriso, óbvio que eu não queria morar com os meus pais, mas parece que eu não tenho muita escolha — Bom, vou indo para o colégio.

Dei um beijo na Sophie e saí de casa. Fui caminhando e pensando que não deveria ter saído de casa sem o café da manhã. Antes de atravessar a rua para ir para a minha aula, passei na lanchonete onde eu trabalho. Logo, o dono descontou os dois dólares  do meu salário.

[...]

—Ótimo, estava com fome – Disse Zoe, roubando um pedaço da minha salsinha empanada
— Eu tenho uma salsinha também, só que é de carne – Falou Jim rindo e chegando junto
— Você não desiste nunca né? – Respondeu a piadinha infame
— Ela quer a salsicha do Chris – Provoquei, ela me olha espantada — Eu também sei de coisas – Pisco e vou para minha aula, minha aula favorita. Porque é a única aula que a Yua faz comigo.
— Oi Japa
— Kendal.
— Tão, quer ir comigo no museu? – Ela olha o irmão dela que está encarando o celular
— Pode ser semana que vem? – Fala com voz doce, meio insegura
— Adoraria – Dei um sorriso, ela retribuiu, mas ficou séria quando a professora chegou. Pego o meu caderno e assim começo a enchê-lo de palavras, colocando todos os meus sentimentos e assim formando rimas.

Ninguém sabe que eu escrevo poesia, é um hobbie que eu tenho á muito tempo. Lembro-me a primeira vez que eu li um livro de poesia, me encantei na hora com a escrita e a prosa. Como cada palavra era carregada de emoções como raiva, angustia tristeza e o amor.

Sempre que posso vou a um recital de poesia, acontece raramente aqui em Newton, porque poucas pessoas vão. Não sei por quê. É tão lindo como as palavras se encaixam e saí da boca com um som suave, mesmo falando sobre coisas obscuras, mortes, dor e por aí vai.

Esse poema que escrevo, Yua só tenho que agradecer pela inspiração. Confesso, sou romântico, penso em leva-la a um dos recitais. Espero que ela goste desse tipo de coisa. Depois de mais duas aulas entediantes, eu e a turma se encontramos na nossa mesa.
— Yuuma, você é mudo ou algo assim? – Pergunta Zoe sem muito se importar com o espanto da Yua
— Não
— Nossa, você fala – Brincou Jim
— Por que você é tão quieto? – Fala Martina, o encarando
— Apenas não gosto de falar – Disse Yuuma olhando de volta
— Mas gosta de beijar e muito  - Todos encaram a Zoe — Que foi? Não, eu e o Yuuma não nos beijamos - Martina suspira de alivio, agora todos encaram ela
— Preciso ir – Ela fala rapidamente, saí da mesa com a bandeja correndo
—Isso foi estranho – Observei atentamente Yuuma acompanhar com os olhos a Martina se afastando porém  não se importou muito com a saída dela

Na volta para casa fui com o Jim até um pedaço. Conversamos sobre a queda que ele tem pela Zoe e todas as garotas que estudam na nossa escola, até que ele tocou no nome da japa, da minha japa.
— Yua?
— Sim, eu pegaria ela de jeito. Aqueles olhinhos puxados, imagina ela me olhando quando
— Escute aqui, você não vai encostar nela. Não na Yua – Gritei o interrompendo, perdi o controle? Talvez
— Calma, só falei que ela é gata
— Não interessa, quero que você não fale com ela, ela não merece você
— E ela merece você? – Ele revida. Só sinto minha raiva tomando conta de mim, minha mão já flexionando, fechando. A contração dos meus músculos do braço, os olhos fixados no alvo.


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Notas finais do capítulo

Sua opinião é muito importante para mim, não deixe de comentar ♥

Até a próxima. Beijinhos



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