Isso Está mesmo Acontecendo? escrita por Sam Simon


Capítulo 25
Um toque do Destino




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Pov Autora

Tudo estava em um completo silêncio, os nove sonserinos olharam em volta e o primeiro pensamento que tiveram foi “porque todo vilão vive no mato?”. Draco, Blaise, Pansy e Bernard não puderam deixar de notar que aquela velha mansão era familiar para eles, aquela casa caindo aos pedaços, o jardim que provavelmente um dia foi bonito, estava totalmente descuidado com apenas uma passagem aparada, larga o suficiente para duas pessoas de cada vez passarem entre a grama alta. Quanto mais eles se aproximavam, notavam que fleches de luz apareciam entre o mato alto.

–Logo teremos companhia. – comentou despreocupadamente Ashley, que fitava a casa com uma certa curiosidade.

Rox a olhou interessada, já que não era ela que não queria participar da seita!?

Ao chegar à frente da casa, outros grupos de adolescentes começaram a aparecer. Todos tinham aparências saudáveis, provavelmente eram de alguma família rica e sangue puro, além de pertencer a alguma escola de magia particular. Havia certo padrão nos estudantes, não eram todos que chegavam à mesma hora, podia-se notar que cada vez, em um intervalo de tempo, chegavam três grupos. Ao contrário do que achavam, os grupos iam se reunindo em uma planície aparada ao lado da mansão, grande o bastante para abrigar umas 200 pessoas.

Não foi surpresa ver que outros de sangue puro, estudantes de Hogwarts, estavam entre os grupos de alunos. Os que chegavam, alinhavam-se em um circulo e esperavam pacientemente em silêncio.

–Tem certeza que aqui não é uma academia militar? – perguntou Bernard tentando colocar humor na situação.

Blaise estava prestes a continuar a piada, mas um aluno que estava todo de preto (como a maioria) fez um sinal para ele se calar.

–Bernard. Só podemos falar quando for permitido e quando todos estiverem aqui. – falou Lílian os avisando. Ela, Diogo e Domi, não tinham contado para ninguém sobre as punições que já tinham sofrido por fazer comentários fora de hora.

Quando o último grupo de adolescentes se aproximou, os sonserinos não deixaram de notar que crianças, que provavelmente não estavam nem no 5º ano, estavam ali no meio.

–Olhe, é seu irmão Ash. – Rox murmurou e cutucou Asley apontando Dylan.

Ashley nem conseguiu observar direito Dylan, já que alguns grupos de pessoas começaram a aparatar no meio do círculo.

–Sejam todos bem vindos meus amigos. – falou um homem encapuzado, ele abriu os braços de um modo acolhedor, como se todos fossem conhecidos uns dos outros – Hoje eu serei seu anfitrião e estes – apontou para os outros encapuzados que haviam aparatado com ele – são seus conhecidos e serão seus comandantes a partir de hoje.

Um a um foram deixando cair os capuzes. Exclamações de espanto e de reconhecimento eram os únicos sons que se ouvia na planície. Não puderam deixar de notar que entre o grupo estava funcionários conceituados do ministério e a própria professora de dcat, Jane Smith, estavam entre os encapuzados.

–Estes são meus amigos que irão me ajudar a completar esse belíssimo plano para um futuro melhor. Chega de enrolação e vamos aos negócios - ele, o homem de estatura mediana, loiro e com olhos verdes brilhantes incrivelmente parecidos com o do Potter, bateu leves palmas entusiasmadas – Aqui estão seus colegas, todos os alunos das mais brilhantes escolas europeias que de algum modo se destacaram. Temos também o grupo dos veteranos, os primeiros a terem o privilégio de serem chamados e treinados com afinco e disciplina. Vamos, não se façam de tímidos, deem um passo à frente.

Apenas uns 12 ou 15 se movimentaram e entre eles estavam Lílian, Diogo e Domi, com suas máscaras de indiferença estampadas no rosto. O homem os cumprimentou com entusiasmo perguntando o nome de cada um e reconhecendo os três (Lílian, Diogo e Domi) da missão bem sucedida do ministério Frances.

–Agora que conheceram os alunos mais... Antigos do nosso pequeno grupo, quero que todos conheçam os nossos companheiros, os que provavelmente já tem treinamento e estão preparados para o combate, os nossos amigos: aprendizes de comensais da morte.

Draco, Pansy, Bernard e Blaise ficaram espantados por serem de cara apresentados como uma das peças importantes do jogo, já que ninguém daria o luxo de apresentar alguém que não serviria de nada à causa, e ficaram mais surpresos ainda por não serem os únicos que deram um passo a frente.

–Ah sim, vocês provavelmente não tinham conhecimentos de outros estavam sendo treinados, mas estão aqui, uns em frente ao outro. – ele sinalizou enquanto parava em frente de cada comensal – Beauxbatons – cinco pessoas, três meninos e duas meninas olharam em volta confirmando o que o homem disse – Durmstrang – seis pessoas, três meninos e três meninas – Avalon – com apenas quatro estudantes, dois de cada sexo - e finalmente Hogwarts – o homem parou em frente de Draco e seus amigos e lhes deu um leve sorriso – 19 alunos ao total que estavam se preparando para juntar-se a causa de Voldemort. Pena que alguns foram mortos, realmente, um desperdício de talento na minha opinião.

“Mas vamos continuar com os esclarecimentos – todos voltaram a se organizarem e os encapuzados saíram do meio do círculo para dar espaço para o homem falar – Acabei de me dar conta que vocês não sabem meu nome, podem me chamar de Lorenzo Linbus, sei, sei, não é um nome muito aterrorizante como o do Grindelward, e nem se compara ao nosso humilde Lord Voldemort, mas... a intenção não é que sintam medo, mas que se juntem a causa! Todos temos objetivos, não é?! Porque não lutar para uma comunidade bruxa mais unida, quem sabe até transformar isso que vivemos em um único país, em uma forma de não nos escondermos, nem usarmos disfarces e muito menos termos que nos preocupar com o sigilo, pelo menos não dentro do nosso território. Mas tudo isso não se conquista usando apenas palavras bonitas.”


Pov Bernard

O que ele estava pedindo, é o que estou pensando? Ele quer que nós sejamos seus assassinos bem treinados! Achei que depois de Voldemort nenhuma outra pessoa seria tão louca em ter essas ideias, pelo menos não em um tempo tão curto! Mal se passou um ano e ele já quer trazer as trevas novamente para nossas vidas!


Pov Autora

Don observou as crianças, algumas tentando conter as emoções e talvez a vontade de fazer perguntas, outras com seus rostos obedientes aguardando as próximas instruções, e os piores, os altamente treinados, com suas máscaras de indiferença absorvendo cada palavra e percebendo o real interesse da seita. Ele percebeu que pelo menos 34 deles, os altamente treinados, seriam os que deveria tomar mais cuidado, pois uma bomba depois de explodir não se pode medir os estragos.

–A primeira fase já está completa e com sucesso total, o recrutamento foi feito, alguns foi mais difíceis de convencer, outros não, mas no fim sei que todos tiveram pelo menos um tempo para treinarem e tiveram a paciência de aguardar novas instruções. Muito bem caros amigos. Agora vamos para o treinamento intensivo e as missões, sei que alguns veteranos já estavam com saudades das saídas de campo, não é!? Pequenos grupos irão ser mandados para os ministérios mais poderosos do mundo, França, Bulgária, Alemanha, Noruega e finalmente Inglaterra, não iremos chegar e tomar tudo e dizer que é nosso, não, vamos pegar um por um, quando estiverem sozinhos e fizer parecer que não foram assassinados. Alguém duvida que isso seja possível? Se lembram de Kingsley Shacklebolt?!

A reação que Don queria, conseguiu. Espanto absoluto de todos ali presentes, os próprios encapuzados ficaram meio surpresos também, os únicos que ficaram observando as reações foram Jane e Don.

–Claro que algumas medidas tiveram que ser tomadas para conter e lembrar os nossos opositores que estamos nos organizando. Todos tem conhecimento da tal Ordem da Fênix, não é. Fomos obrigados a enviar lembretes a eles e ao famoso trio de heróis, que nos livrou da última peste.


Pov Líli

Então esse era o plano!! Quem diria que as coisas ficariam assim tão loucas, e o pior é que ninguém iria saber quais seriam os próximos alvos. Mas o mais interessante foi saber o porque da briga entre a Ash e a Rox, provavelmente essa foi à missão delas para entrar na seita, torturar Harry, Ronny ou a Hermione. Pelo jeito foi a Hermione, pois elas nem olhavam nos olhos dela e tinha um ressentimento no ar naquele dia do jogo de verdade ou consequência. Sabia que iria descobrir o porquê da nossa animada Ashley se transformar em tão pouco tempo.


Pov Autora

Todos se mexiam desconfortáveis com a recente enxurrada de novidades. Quem iria imaginar que logo na primeira reunião iriam expor o plano, mesmo para os comensais que não estavam no círculo de sigilo.

–Por favor, vamos nos conhecer melhor, deem um tempo, conversem, se conheçam e depois estão dispensados para ir. As próximas instruções virão com o tempo então aproveitem enquanto tem tempo de conhecer seus aliados, já que de um jeito ou de outro, irão confiar suas vidas uns aos outros. Por favor, só peço que os comensais venham aqui um instante.


Pov Draco

Acho que é agora que ele nos “pede” para fazer o voto perpétuo.

Todo o plano e o finalmente o esclarecimento da morte do Shacklebolt fez aumentar a impressão de estar novamente em casa com o Voldemort aconselhando meus pais. Foi muito inteligente da parte dele, esse tal de Lorenzo, de fazer os comensais serem culpados da morte do, até então, ministro da magia.

Quanto mais chegávamos perto, mais esse tal Lorenzo, aumentava o tamanho do seu sorriso, como se zombasse de uma piada que apenas ele conhecesse.

–Posso falar o quanto estou feliz por ter vocês na causa? Principalmente por saber que não é preciso fazer muito, já que pelo visto são bem treinados. – todos paramos em sua frente para aguardar suas novas ordens, já que por experiência própria sabemos que manda quem pode, obedece quem tem juízo – Sim, antes que perguntem, eu pedi para os seus professores da seita observarem de vez em quando seus treinamentos, e me parece que vocês se acostumaram a brincar antes de comer, não é?

–Fomos ensinados assim. Não ter piedade, já que se fosse ao contrário nenhum auror iria ter receio de nos matar na primeira oportunidade. – falou um menino da Avalon, a única coisa que sei dessa escola é que é extremamente restrita a alunos escolhidos a dedo e é uma das mais antigas da Europa. Sei também que alguns dos inomináveis, aurores especiais e estudantes que criam inovações para o mundo bruxo eram treinados em alguma sessão da escola. Para a maioria é conhecida como uma faculdade do mundo bruxo, já que poucos são os estudantes menores de idade da escola.

–Mas aqui será diferente, vocês são os que têm mais conhecimento em técnicas antigas da magia e são os que já têm experiência no campo de batalha. Em cada missão, haverá um ou dois de vocês presentes, para o caso de algum... problema. E não será com seus companheiros habituais, vai ser misto, para evitar interferências.

–Mas como iremos saber se podemos confiar nossas vidas a eles – perguntou uma francesa carregada de sotaque – não podemos simplesmente chegar lá e falar “a tudo bem chegou a hora”. Me desculpem, mas eu não faria grandes coisas por nenhum de vocês.

Lorenzo a olhou com curiosidade por causa da sinceridade dela, já os amigos da menina, apenas a reprovaram por falar essas coisas a uma pessoa que bem podia tortura-la ali mesmo. Então eu percebi o que ela estava fazendo, queria ver até onde ele iria para ter-nos ao seus lado na causa.

–Então terão que dar um jeito, já que será assim e... A sobrevivência de todos é realmente necessária – e ele olhou intenso para cada um de nós, pude ver que não fui o único que se sentiu meio intimidado com a sua intensidade – Se caso morrerem espero que seja em batalha e não por terem confiado suas vidas no seu companheiro.

Uma mulher alta, de cabelos negros e olhos muito azuis cochichou algo para Lorenzo, que o fez suspirar de cansaço.

–É uma pena, mas... Sabem o protocolo não é.

–É agora que você nos faz jurar em voto perpétuo. – Blaise falou com total indiferença, mas a forma como ele cruzou os braços em frente ao peito, notava que não estava querendo fazer mais laços com ninguém.

–Voto perpétuo, por quê?! Assim vocês não seriam nosso Ás de espadas, ou nossa carta coringa, como preferirem. Alguém em algum momento vai ter que atiçar o governo, não é, e de que valerá se não puderem falar. – muito mais esperto, o que ele acha que isso é? Um jogo de xadrez? Pôquer? – Vocês só serão marcados para terem a ligação.

Marcados?! Estremecimento com essa palavra me trouxe a lembrança da marca negra sendo gravada a fogo em meu braço, a dor extrema, a vontade de arrancar o membro, a sensação de queimação do ferro em brasa ferrando com a minha pele, e a quantidade de feitiços que foi lançada para termos o laço de ligação com Voldemort. Abri os olhos e notei que não fui o único que tinha estremecido com a ideia de ser marcado novamente.

Lorenzo terminou de falar com a mulher e voltou à atenção para nós, sorrindo levemente espantado.

–Não, não é como vocês pensam, a dor não vai ser tanto física. Os meus métodos são mais avançados, é apenam uma poçãozinha.


Pov Rox

Depois de a sessão terror acabar, Ash não pode conter a emoção e foi correndo abraçar seu irmão. Admito ver John, Angel, Lyndsem, Cold, Clarissa e Dylan novamente me fez relembrar dos momentos que passávamos em Durms. E quanto era bom, e quanta saudade sentia deles.

–Olha que ótimo momento para nós nos encontrarmos hem maninha. – disse Dylan ainda sendo sufocado por Ash.

–Cala a boca e me deixa curtir meu abraço. – falou ela enterrando o rosto no pescoço dele. Lyndsem, Angel e John riram da cara que Dylan fez ao soltar um “então tá”.

–Me conta caramba como vocês estão! – Lyndsem estava mais nervosa que o normal, mas tentava disfarçar com seu jeito espalhafatoso de ser – Vocês esquecem que tem nós, nosso pobre grupo isolado em algum canto montanhoso e extremamente frio da Bulgária e quer que nos contentamos que um “oi” depois de MESES sem mandar uma cartinha. Como assim meninas!

Não pude deixar de rir, assim como os outros, era bom saber que pelo menos essa função da seita não tinha nos mudado, pelo menos aparentemente ainda não.

–SHIUT. – pulei nela e tentei tampar a boca dela por causa do escândalo. Ma ela conseguiu fugir de mim.

–Nem pense em fazer shiut para mim. – falou ela batendo o pé, uma piada interna nossa, já que nossa antiga professora de feitiços parecia uma formiga quando batia o pé.

–Okay senhorita. Mas nós ainda estamos nos acostumado com Hogwarts e as festinhas e preparativos nos deixam ocupadas. – disse atraindo a atenção deles, já que em Drums era difícil ter alguma festa, mesmo que proibida.

–AGORA eu fiquei bolado. – Cold comentou largando Clarissa e fazendo bico. A vontade dele era participar das festas que tinha nas escolas particulares e nas do vilarejo, mas depois de ser pego várias vezes pelos monitores da Drums ele desistiu.

–Te mando uma chave de portal da próxima vez... – tentei anima-lo.

–Jura, juradinho?! – perguntou ele me abraçando.

–Juro Cold. – falei sorrindo. Era bom ouvir a voz deles.

–Sabe, to fincando com ciúmes dessa cena. – Clarissa era super ciumenta e sabia que era só fazer manha que o Cold ia correndo todo apaixonadinho falar com ela.

Notei que Angel e John faziam perguntas a Ash e Dylan tentava fazer a irmã rir, acho que os três tinham notado que alguma coisa tinha mudado nela.

–Sabe, faz o que, uns 3,4 meses desde que vocês vieram para cá e já estão assim, estranhas...

Lyndsem foi cortada por um grito agudo vindo do lugar onde os comensais estavam reunidos. Uma menina estava atirada inconsciente no chão.


Pov Diogo

Silêncio. Eu, Lílian e Domi apenas nos olhamos quando o mestre [que Domi tinha a mania de chamar antigamente de San] dispensou todo mundo para nos “conhecermos”. Claro que sim, ele queria que tivéssemos algum laço para não haver traições e que conhecêssemos o bastante uns dos outros para não nos matarmos.

–Nisso você pode ter razão. – disse uma voz rouca me tirando dos meus pensamentos.

–Sabia que é muito, muito feio ler os pensamentos dos outros Emily. – falou Domi se sentando no chão e encarando a menina baixinha, loira de olhos cinza e seus dois amigos, León e Thomas.

–Não consegui me conter, ele estava distraído, pedindo para que lessem sua mente.

–Como vocês vão minhas queridas? – perguntou Léon sentando ao lado de Domi e lhe dando um beijo no rosto.

–Indo. Nós não fomos a Hog para brincar. Já que alguém sumiu do ministério quando as coisas começaram a dar errado. – Líli sentou ao lado de León e falou com ressentimento para eles. Os seis tinham sido designados a matar alguns dos funcionários da suprema corte francesa e sumir com algumas provas da investigação contra o grupo das trevas que estava se organizando. Mas quando eles estavam quase concluindo a missão e só faltava uma única prova para destruir, alertaram a presença deles e Léon, Thomas e Emily desaparataram na hora nos deixando para concluir sozinhos a missão. Por sorte eles coseguiram imobilizar quinze aurores desprevenidos e Domi, que iria sumir com a prova verdadeira e inserindo uma falsa no lugar, foi atacada por um e surtou completamente, acabando por matar ele e sendo expulsa de Beaux. por ser suspeita de estar envolvida no ataque.

–Ainda chateados com isso! É passado, e vocês acabaram conseguindo se livrar no final. – Thomas era o mais sério e calado de nós, mas, se ele achava que tínhamos esquecido disso só porque eles eram nossos amigos, estava muuuito enganado. Amigo não te deixa com dezesseis aurores vindo te atacar.

–Autopreservação gente! Achamos que vocês também iriam sair correndo dali. Nós que não ficaríamos para ter certeza, não é mesmo. – Emily comentou com descaso, para ela tudo era muito impulsivo, se na hora ela fez aquilo, era o que queria fazer e pronto, não media as consequências.

–E ainda bem que não saímos, porque seriamos severamente punidos por ter tido a chance e abandonado. – falei.

Não tive tempo de ver se eles teriam ficado ofendidos ou se iriam retrucar de alguma forma, já que qualquer tentativa de comunicação foi interrompida pelo grito de uma menina que estava entre o grupo de comensais, e ela estava caída no chão inconsciente.


Pov Blaise

A mulher alta de cabelos negros e olhos claros – e extremamente gostosa por sinal, não que eu tenha notado numa hora dessas, claro - voltou com alguns potes pequenos e algumas seringas.

–Método trouxa! – exclamou uma menina de Beaux.

–Calma é só para liga-los, geralmente nós não fazemos isso durante os ritos de iniciação, mas entre vocês é necessário, já que demonstraram certo receio ao se ligarem e confiarem uns os outros.

Agulhas não eram bem vista pela maioria de nós, notei que alguns até que estavam gostando de ver seu sangue nas seringas (doentes!) e outros praticamente desmaiaram, o que me surpreendeu, matam, mas não conseguem ver algumas gotas de sangue.

Depois que a mulher recolheu nosso sangue, misturou em uma poção e logo nos deu aquela água gosmenta para beber, odeio admitir, mas até que o gosto não era tão ruim, por exemplo, polissuco que era das características da pessoa tem o gosto horrível, pior que horrível, quase indigerível. Já essa água gosmenta tem quase gosto de... Sei lá, cerveja amanteigada.

As minhas observações foram muito antecipadas, já que quando terminamos de tomar alguma coisa nas costas, ali perto da região lombar, começou a arder demais, era como se a carne tivesse se abrindo, minha pressão sanguínea começou a aumentar e logo um por um estávamos acocados, paralisados, e praticamente nos contorcendo, em silêncio, de dor. Para terem uma noção é como se alguém caísse, fizesse um machucado muito feio e alguém vem e coloca um cigarro acesso nessa ferida aberta. Todos nós aguentamos no osso a transição, se tínhamos enfrentando a marca negra, que realmente tinha doido bem mais, podíamos enfrentar aquilo, mas como Lorenzo tinha falado, acabamos tendo essa ideia de que não aguentaríamos e na marca negra a dor era apenas física.

Nós nos recuperamos, e voltamos na formação de ficar em frente ao homem, que há essa hora estava surpreso com nossa capacidade de aguentar aquela dor.

–Vocês têm noção de quanto foi forte a poção? – perguntou como se comentasse o tempo – Nós não as aplicamos normalmente e alguns dos nossas cobaias acabaram enlouquecendo e outros... Bem, saibam que não deu muito certo na maioria dos testados. Apenas dois conseguiram se ligar, mas os gritos foram ouvidos na cidade inteira.

–Você foi marcado a ferro em brasa? – perguntou um garoto de Durmstrang meio abalado com a dor da poção – A dor da carne sendo queimada é tão intensa que dá vontade de arrancar o braço. Imagina um ferro em brasa ficar sobre seu braço por 1 minuto, é praticamente insuportável.

–Imagino como deve ser. – falou Lorenzo com sinceridade, voltando a ficar com seu ar de cansaço – Mas querem saber exatamente o que significa essa ligação para vocês? – perguntou ele voltando a ficar entusiasmado – vejam crucio. – ele mirou em uma menina aleatória de nós, e ela era da Beaux, estava se contorcendo silenciosamente até que outra voz gritou “verdimillious”, e a menina soltou um grito intenso e desmaiou.

Enquanto ela estava sendo torturada a nossa recente marca, que estava doendo, começou a arder muito, e uma sensação de se ajudar a menina e encontrar/atacar quem tivesse fazendo mal a ela. Se instalou em mim uma vontade de ir e protegê-la de todas as maneiras e quando ela desmaiou, a vontade foi de matar/amaldiçoar a pessoa que lançou o feitiço.

–Olhem para vocês, viram, essa é exatamente o significado da palavra ligados! – comentou Lorenzo feliz “acordando” a menina que tinha desmaiado.

Marionetes ligadas aos mesmos fios, esse é o real significado da palavra ligados a partir de agora ele quis dizer.


Pov Bernard

Lorenzo sussurrou um ennervate e a menina logo recuperou os sentidos e se sentou ofegante sendo acolhida pelos amigos. Ele parou, olhou em volta e percebeu que os que ainda estavam ali observava a cena atentamente.

–Não foi nada gente, apenas um teste para ver se a poção funcionava. – ele se virou e perguntou a menina para disfarçar, claro que sabia que tinha funcionado – e funcionou minha querida?

–Com toda certeza. – falou ela ainda zonza.

–Podem ir se quiserem, sei que amanhã vocês tem aula e não queremos que vocês sejam alvos de perguntas, não é! Aguardem as próximas instruções e boa noite. – terminou lançando um sorriso enigmático aos alunos e aparatando.

–Parece que não temos escolha não é. – falou irônico o cara de Avalon – Que prazer em conhecer vocês, nós pelo menos sabemos como é ser marcado por duas dolorosas vezes.

–Nem me fale, você não foi deixado inconsciente. – a menina que tinha sido atacada levantou se recuperando.

–Você não sabe a sensação de te ver sendo torturada e não poder fazer nada para ajudar. – Pansy foi até a menina e a disse isso olhando em seus olhos.

–Estamos intimamente ligados. – comentou um outro de Durms de um jeito como se explicasse tudo, o que nos fez rir, realmente, o humor negro é uma bosta.

– O papo está ótimo, mas daqui a pouco teremos aula – o cara de Beaux. Olhou no relógio surpreso – nem o fuso horário nos deixa dormir...

–Quem sabe a gente não se vê outra vez. – comentou uma menina de Avalon antes de aparatar.

É, humor negro realmente me mata.

Aos poucos pequenos grupos foram aparatando, alguns se despediram de nós outros foram sem dizer nada, mas estava claro, todos nós estávamos ligados, de uma maneira ou não, com feitiço ou não, nós éramos um grupo agora e a sensação de ter de proteger aquela garota não me deixou até termos aparatado em frente aos portões de Hog.


Pov Líli

Ver aquela menina ali no chão me lembrou das nossas séries de treinamentos e de como estávamos nos encaminhando para algo que finalmente, não podíamos controlar.

–O que será que eles estavam testando naquela menina? – perguntou Emily curiosa, ela, assim como todos nós, notou que eles não tinham sido marcados, pelo menos, não como nós tínhamos.

–É meio que uma falta de respeito com a gente não pedir para eles fazer o juramento na nossa frente. – comentou Thomas – Afinal eles são pareôs para a causa, tipo pesos em uma balança e como iremos confiar em alguém assim?!

–Simples meu caro, é isso que eles querem, que você confie neles somente por saber que são mais que nós. Ah e por também ser adolescentes e por saber que eles já passaram por isso. – León se levantou e começou a limpar a calça – eu vou indo meus queridos, tenho que pelo menos dormir uma hora antes de aguentar a tortura da rotina.

–Não fiquem ressentidos com a gente por algo que não podemos mudar – falou Emily com sinceridade – Talvez a gente se vê por ae, não é!?

–Quem sabe. – falei, tenho que admitir, ver eles ali me fez querer voltar para aqueles salões de Beaux e rever todos nossos antigos amigos.

Léon piscou galante como sempre e aparatou, assim com os outros dois. Apenas olhei para Domi, que estava estranhamente quieta desde que León, Thomas e Emily se aproximaram, e Diogo e aparatamos.


Pov Ashley

Ver meu irmão foi o mais doloroso do que toda a mudança que estava acontecendo, assim que ele me viu toda aquela pose de menina forte que eu vinha tendo desmoronou em o que? 1 segundo. E soube que não teria conseguido entrar na seita, não se estivesse em Drums, ao lado dele e dos meus amigos e sei que eles também não teriam tido essa coragem.

Nós nos despedimos rápido, com a promessa de cartas e as ameaças de Lyndsem de berradores. Como iríamos ser quando tudo isso acabasse? Será que teremos a oportunidade de nos ver de novo vivos ou no funeral ou no julgamento de alguém que foi pego em uma missão?!

Coloquei minha máscara de indiferença e logo estávamos em frente dos portões de Hog. Onde nosso inferno, ao contrário do que eu imaginava, estava apenas começando.



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Notas finais do capítulo

Depois de 11 meses estou de voltaaa!!! Juro potterianos, tive saudade de escrever aqui, mas incentivo que é bom nada né. Quero agradecer a amandagranger que me incentivou a voltar a escrever nessa fic.
Bjus pessoal, espero que curtam e que comentem se gostaram do cap. Se não gostarão também comentem, tanto faz, saber a opinião de vocês é sempre bom.



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