One Love Beyond Time escrita por Karoll Carvalho


Capítulo 6
Capítulo 6 - Primeiro beijo.


Notas iniciais do capítulo

Muitas emoções...



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O jantar termina tenso, Emília aceita o convite de Rosa que insistiu para que ela ficasse. Rosa leva o Queiroz para o quarto, pois dormiu na sala. Bernardo e Raul o carrega para cima. Rosa pede desculpas por tudo, enquanto Emília liga para o Ariel, buscar Gema e Lívia. Raul esperto, se encantou por Gema, e pega dela seu contato. Como havia prometido Emília ficou para conversar mais.

[...]

Emília como havia prometido ficou para conversar mais. Dorotéia, que também abusou um pouco do álcool sobe para o quarto de hóspedes avisando que irá dormir ao se despedir de Emília. Rosa desce do andar de cima da casa para não deixar Emília sozinha, enquanto Alice mostra a Bernardo e a Raul o caminho do quarto.

Rosa conversa com Emília na sala.

— Me perdoe, Dona Emília, eu não queria que nosso jantar terminasse assim. Eu peço desculpas por meu Marido, quando ele exagera na bebida ele fica irreconhecível, perde a noção de tudo. Por isso pedi que ficasse, para não ir com essa má impressão. - Disse Rosa, pedindo a Emília desculpas pelo péssimo comportamento do seu marido.

— Por favor, insisto que me chame de Emília, está bem?! Eu que peço desculpas, se não fosse o meu jeito nós agora estaríamos rindo da situação. Mas não se preocupe, aceitarei o convite se me chamar novamente. - Disse Emília a tranquilizando. Mas quem não reagiria dessa forma? Que marido mais grosso, tratar a esposa com tamanho desdém. Como se por ela não ser tão bela, teria que "ganhar" um marido pelo paladar. 

— Claro! Obrigada pela compreensão, querida. - Disse Rosa agradecida.

— Não precisa agradecer. Gostei da sua filha. Alice, não é?! Acho que ela fará bem à Lívia. - Disse Emília, gentilmente.

— Alice é um encanto de menina. Me ajuda em tudo. É uma boa filha. - E é verdade! Todos queriam ter uma filha como Alice, bem educada, estudiosa, e sempre com um sorriso no lábios. Uma menina encantadora, seria um ótimo "espelho" para a pequena Lívia. 

— Hunm.. Talvez, seja por isso que ela fará um bem para Lívia. Minha filha é muito sozinha. Rosa, poderíamos marcar qualquer dia para conversarmos? Se você quiser, é claro! - Disse Emília com planos.

— Gostaria muito! - Disse Rosa agradecendo pelo convite.

Quando Bernardo e Raul chegam digressivamente tirando o foco das duas na sala. Raul senta ao lado de Rosa, e Bernardo ao lado de Emília.

— Rosa, você poderia me dizer onde fica o banheiro? Me esqueci de perguntar a sua filha quando estivemos lá em cima. -  Raul.

— Pois não, senhor Raul, venha comigo! - Disse Rosa se levantando para mostrar-lhe.

E Bernardo e Emília ficam sozinhos na sala os aguardando.

— Peço desculpas! - Disse Bernardo para Emília, ao perceber que eles estão sozinhos.

— Não entendi.. O senhor fez alguma coisa a mim? Não que eu me lembre! - Disse ironicamente ao se levantar do sofá para sentar-lhe a sua frente.

— Claro que não! - Disse Bernardo com um sorriso de canto, fazendo Emília sorrir com seu sarcasmo. - A senhora tem um belo sorriso, se permite dizer.

— O senhor estava pedindo desculpas, pelo quê mesmo? 

— Estava a pedindo desculpas por não ter feito nada! Me senti incomodado com a forma que o Queiroz te tratou, mas achei melhor calar-me. A conhecendo seria vítima de farpas! - Disse Bernardo a Emília sem rodeios.

— Diz o senhor fazendo-me uma análise. Agradeço pelo seu "incômodo", mas como percebeu a minha franqueza, não preciso que me defenda. - Respondeu Emília o provocando.

— Entendo completamente. A senhora soube tanto se defender que não hesitou cair em meus braços. - Disse Bernardo sarcasticamente.

Emília se ajeita no sofá, desconfortável com o comentário de Bernardo.

— Sabemos que não foi por querer! Foi um incidente. O senhor também não sabe como tratar uma mulher?! A propósito, por que insiste em me desconsertar? Não basta a loucura que o senhor fez me levando de volta para aquele carro? Eu sou uma mulher casada, é preferível que fique longe de mim. - Irritou-se. Ela é uma mulher casada, não pode se dar ao luxo de ficar cedendo o excesso de cantadas de outro homem. Seu casamento está prestes a romper como um linha tênue, se ele ficar muito perto, não sabe por quanto tempo conseguirá resistir aos seus encantos.

Emília se levanta do sofá, e vai em direção a porta fazendo menção que iria sair, dando as costas para Bernardo. Bernardo ao vê-la reagir assim, corre em sua direção e a puxa. Quando sem querer o vestido de Emília rasga na ponta de uma mobile da casa. A ferindo suavemente. O vestido rasga a dez centímetros acima do joelho.

— Ai! Jamais pensei que um escritor tão bom como o senhor, fosse tão abusado. - Disse Emília percebendo o estrago em seu vestido.

— Me perdoe, Emília! Eu não.. - Disse Bernardo se desculpando.

— Eu não lhe dei intimidades para chamar-me assim! Eu exijo que me respeite. - Zangou. Se era isso que ele pretendia, acabou de conseguir. 

— Peço desculpa, eu fui um tolo. Mas desde que a vi pela primeira vez... - Disse Bernardo tentando se explicar.

— O que aconteceu Emília com o seu vestido? - Disse Rosa perplexa ao chegar na sala com Raul.

— O vestido? Ah.. Ele se rasgou no móvel quando eu ia passando. Foi isso! - Disse Emília constrangida olhando para Bernardo.

Emília se cobria mesmo sabendo que o rasgado em seu vestido não foi tão grande assim. Mas o seu constrangimento foi tão maior que achou melhor ir para sua casa.

— Posso ajudá-la? Onde está o rasgado parece estar sagrando... - Disse Rosa preocupada. - A senhora, agora que não virá mais em minha casa!

— Rosa, por favor, você não tem culpa de nada. Não é necessário ajudar-me, estou bem, eu tenho que ir. - Disse ao ir em direção a porta. - Agradeço pelo jantar! Estava tudo maravilhoso.

— Mas... - Tenta dizer Rosa envergonhada.

Raul e Bernardo se despedem de Rosa agradecendo pelo jantar, enquanto Emília está lá fora à procura de um táxi. Bernardo pede que Raul vá de táxi, que ele levará Emília. Seu amigo sem entender muita coisa, faz o que Bernardo pede. Sem muita explicação. E Bernardo corre a tempo para alcançá-la. Emília sai à procura de um táxi olhando para um lado e para outro, e se ver sozinha e perdida na escuridão do lugar. Só quem conhece bem o lugar é Ariel, mas Emília o pediu que levasse Gema e Lívia, e que poderia descansar que ela não precisaria de seu serviço que pegaria tranquilamente um táxi. Mas um táxi?! Pelas horas será difícil encontrar algum por essas bandas.
Quando Emília pega seu celular discando o número de Gema, Bernardo a surpreende.

— Senhora!! - Diz Bernardo chegando ofegante.

Emília olha para trás e se assusta.

— Ah!! - O senhor de novo? - Disse Emília ao ser surpreendida colocando a mão no peito. Só bastava vê-lo para sentir-se enraivecida.

— Permita-me ajudá-la! Eu não quis machucá-la. Fui um tolo! - Implorou. Não queria mesmo que tivesse chegado a esse ponto.

— É muita petulância mesmo! Eu cansei das suas brincadeiras, do seu sarcasmo. O senhor me cansa! Olha o meu estado, e ainda me machuquei! Por que me puxou, não bastaria falar ou me chamar? Disse Emília irritada.

Bernardo respira fundo...

— Eu sei! Eu sei que eu errei com a senhora. Permita-me levá-la. A essa hora um táxi é difícil de encontrar! - Disse Bernardo ao respirar fundo para não se alterar.

— Eu posso está parecendo uma mulher insuportável, teimosa, o que for! Mas eu não quero a sua ajuda. Leve o seu amigo, sem problemas eu peço a Gema que me busque. - Disse Emília ao olhá-lo nos olhos, e seguidamente, virando-se para trás. Afinal, o que ele estava pensando? Que seria tão fácil eu aceitar assim? 

— Raul chamará um táxi. Eu a levo! - Insistiu.

— Mas o senhor acabou de dizer que um táxi é difícil a essa hora! - Diz o olhando novamente.

— Sim, eu disse! Mas o Raul sabe se virar, não se preocupe tanto. - Disse Bernardo se justificando.

— Por favor, não insista! O senhor passou do limite. Eu não sou uma mulher grossa, o senhor fez despertar isso em mim. Não costumo tratar mal as pessoas, pelo contrário, sou muito gentil! Mas o senhor me tira do sério! Desde a primeira vez que o vi... - Disse Emília justificando sua grosseria e teimosia.

— Eu faço questão de levá-la. E vou insistir até não querer mais. Sei que quando nos conhecemos não tivemos uma boa impressão de ambos, mas com toda a sinceridade, aceite a minha ajuda. Pelo menos para "aliviar" este mal entendido que há entre nós. Prometo ficar calado durante toda a viagem. Só insisto que me deixe levá-la. - Implorou quase de joelhos. 

— Eu não sei o que dizer. Por um lado quero recusar, por um outro aceitaria. Mas a impressão que tenho do senhor, é estranha, confusa. Não sei o que é! E, senhor Boldrin, costumo obedecer minhas intuições sejam negativas ou positivas. - Disse Emília a Bernardo, mas bastou-lhe uma frase para convencer-lhe.

— Dona Emília Beraldini, está tarde! Não podemos ficar aqui discutindo na escuridade. Já imaginou se algum ladrão nos aborda, aqui estamos à perigo total.

— O senhor tem razão! Não tinha pensado nisso. Agora eu que insisto! Vamos! Era só o que faltava, um malfeitor. Onde está o seu carro? - Disse Emília o chamando.

— Logo alí, vamos! - Disse Bernardo aliviado por ter a convencido. Foi esperto.

— Não ande tão rápido! Assim poderá cair.. - Disse Bernardo preocupando-se com ela.

— Está insinuando que uma mulher como eu não sabe usar um salto? - Perguntou Emília a Bernardo.

— Emília! - Bernardo chama sua atenção. Que se impressiona ao sair dos seus lábios, mas, mesmo assim, continua a andar e a ouvi-lo, que poderia jurar que o daria uma boa alfinetada. - Sei que não gosta que a chame assim. Mas vou chamá-la! Estou dizendo por causa dessa rua coberta por pedras, a senhorita poderá... - Disse Bernardo nem terminando de falar.

Mesmo Bernardo a alertando, Emília insistiu em teimar. E outra coisa não poderia acontecer-lhe se somente torcer o pé em meio àquela rua "rochosa". Mas de prontidão, Bernardo rapidamente a segura e a livra desse "tremendo" desastre. "Emília!" Disse Bernardo ao vê-la quase cair no chão. Ele a agarra tão forte, para segurar-lhe, que seus corpos ficam colados, entrelaçados como um só, mas pelo visto só o "pior" não poderia acontecer-lhe, e o vestido rasga mais um pouco. Bernardo com ela ali, em seus braços, pensa muito, a olha com ternura, mas não conseguiu resistir seu próprio eu. A pede desculpas, e Emília o olha confusa sem entender o porquê, afinal, era ela quem deveria. Ela o olha desconfiada com alguma coisa, mas sente-se segura, por assim dizer, estar em seus braços. Algo que com Enrico, não era nem passageiro sentir-se assim. Bernardo a olha mais vez. E não consegue resistir a tentação de beijá-la. Um beijo intenso, sedento, tomado pela paixão que nascera àquele momento. Emília o batia, repulsa, sem acreditar no que está acontecendo, se contorcia em seus abraços como se tivesse sendo forçada a também beijá-lo. Mas ela não o resistiu por muito tempo, e se rendeu literalmente aos seus beijos. Bernardo a beija sem parar, quase sem fôlego insisti em ficar. Como poderia ficar tão longe assim de uma mulher? Mas não de uma mulher qualquer. Uma mulher como Emília Beraldini. Como pôde resistir há tanto tempo outra vez apaixonar-se? E os dois se beijam se entregando ao renascer de uma nova paixão.


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Notas finais do capítulo

Comentem... Preciso saber se estão gostando... rsrs



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