O que "pilhéria" quer dizer? escrita por Zoey


Capítulo 4
Capítulo 4 - Desistindo


Notas iniciais do capítulo

Hey guys, mais uma vez trouxe um personagem de autoria própria baseado nos livros, o filho de Blásio Zabini: Michael Zabini.
Obrigada pelas marcações de acompanhando!
Espero que gostem ♥



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Acordei bem disposto. E nervoso. Seria um grande dia.

Ao ir para o café no salão comunal, Albus relatava-me a situação com Hannah, era uma das raras vezes que ele abria a boca e deixava suas preocupações saírem. Sentamo-nos à mesa da Sonserina e iniciamos uma longa jornada a um futuro de camadas de gordura extra.

Observei a Weasley chegar com suas amigas e sentar-se à mesa de sua casa. Todos estavam animados com a volta às aulas e conversavam em alto e bom som. Depois de quase uma hora, a Weasleyzinha retirou-se e eu fui atrás deixando um Albus confuso e de testa franzida para trás.

Quando já estávamos longe do salão falei alto:

“Ora, ora, olham quem está andando sozinha pelo castelo, se não é uma donzela indefesa”.

“Tão indefesa quanto um vampiro, Malfoy. Tudo que eu preciso para representar uma ameaça à você é existir, não preciso de ninguém guardando minhas costas”.

“Não foi isso que eu vi quando você caiu daquela escada”.

Eu não podia enxergar-me, mas sabia que meus olhos cintilavam de pura malícia.

“Eu já agradeci, o que é que você quer?”.

“Não se irrite, cachinhos de ferrugem, vim em paz”.

“E você sabe o que é paz?”.

Ela estava encarando-me a poucos centímetros, o olhar duro e desafiador. Aquela garota mexia com o fogo e não pretendia queimar-se, mas eu jurei que mostraria a ela o que é entrar na toca de uma cobra e não conseguir sair de lá.

Dei um passo à frente e ela deu um para trás, ela não queria deixar transpassar em seu rosto ou gestos, mas estava nervosa. Estar sozinha, em um corredor distante da passagem das pessoas e comigo, não fazia bem aos instintos protecionistas da garota.

Encurralei-a contra a parede e coloquei meus braços espalmados entre as laterais para não deixar brechas de escape.

“O que você queria falar comigo, hein, Weasleyzinha?”.

Cochichei em seu ouvido provocando. Merlin sabia o efeito que o perfume dela tinha em mim.

“O que você está...?”.

Ela falou assustada e com a voz aguda. Parei o que estava fazendo e encarei-a com o olhar firme e um sorriso malicioso.

“O que você queria dizer para mim ontem?”.

“Eu...” – ela tentou de novo retomando a compostura – “uma amiga minha acha que tem chance com você, devido a nossa última conversa na sala de troféus, achei que seria melhor avisá-lo que se machucá-la, sofrerá as consequências”.

Uma onda de desapontamento inundou-me, mas segui firme.

“E quem é a sua amiguinha?”.

“Não vou contar, se ela quiser, ela falará com você. Agora, solte-me, eu não serei mais uma para você se gabar, Malfoy”.

“E se eu não quiser?”

Então, a ruiva fez algo que eu realmente não esperava, deu uma joelhada nas minhas bolas. No mesmo instante, tirei minhas mãos da parede e caí no chão. A dor era fustigante.

“Consequências, Malfoy, lembre-se disso”.

E ela saiu, sem nem ao menos olhar para trás e esboçando o maior sorriso que ela já tinha dado na vida. Sentia o grande fora que havia dado. Rose não estava nem ai para mim, inclusive estava vendo outro cara.

Recompus-me e procurei por Albus. Ele estava na biblioteca terminando algum tema para o outro dia.

“Guarde isso, Potter, precisamos conversar”.

“Por mais que sua vida amorosa esteja no auge, Malfoy, meu tema é mais importante para mim”.

Disse Albus sem erguer os olhos e escrevendo freneticamente.

“Tudo bem, eu espero aqui”.

Sentando-me ao lado dele, coloquei as pernas sobre a mesa ao lado de onde Albus trabalhava. Eu estava quase cochilando quando Albus soltou a pena e olhou para mim.

“Certo, Malfoy, o que houve?”.

“Sua prima está vendo um cara de certeza, não está interessada em mim e ontem ela só tentou avisar que se eu quebrasse o coração de sua amiga, esta que vai declarar-se para mim, eu sofreria com consequências. E, para provar seu ponto, ela acertou uma joelhada nas minhas bolas e saiu sorrindo”.

Albus parecia não acompanhar os eventos, mas, no fim, sorriu para mim e zombou:

“É, parece mesmo que sua vida amorosa está no auge”.

“Estive pensando, Al, talvez eu devesse esquece a Weasley. Ela claramente não quer nada comigo”.

“Então você admite que gosta dela?”.

“Não seja um pé no saco, Potter, você sabe que sim”.

“Eu estive esperando o dia que você concordaria comigo e eu poderia comemorar, mas parece que nessa situação não há nada para se comemorar”.

“Realmente”.

“Você é capaz de esquecê-la, Scorpius?”

“Eu... eu não sei” - sussurro fracamente – “você seria capaz de esquecer Hannah?”.

“Olha, sem ofensas, cara, mas não tem como comparar nós com vocês. É outro caso totalmente diferente”.

“Tem razão, ao menos um gosta do outro”.

Ironizei.

“Scorpius, você vai sair dessa. Só continue sendo quem você é e deixe a Rose em paz”.

“Talvez seja a melhor coisa a se fazer mesmo”.

A verdade era que eu não queria deixá-la ir ou, até mesmo, esquecê-la. As brigas faziam parte do meu dia-a-dia e falar com Rose, mesmo que fosse aos gritos, era melhor do que não falar nada. Mas Albus estava certo, ela não era nada minha, talvez rival, mas nada mais que isso e ter uma queda por alguém, não faz com que essa pessoa deva ficar presa a você.

Tinha passado a semana inteira ignorando Rose e acredito que ela sentia isso, afinal, não havia encontrado mais nenhum sapo em sua mochila, não tinha sofrido ou tido que rebater nenhuma azaração e eu nem tinha dado-me ao trabalho de encará-la nos olhos. Eu, Michael Zabini, filho de Blásio Zabini, e Albus passamos a semana inteira andando em conjunto e conversando. Conforme a semana passava, menos tempo tínhamos para treinar feitiços ou ficar com alguém, os professores pareciam estar dedicando-se especialmente esse não para os alunos não terem descanso.

Naquela semana nenhuma amiga de Rose veio até mim e esperava que continuasse assim.

Tinha ficado com uma ou duas meninas da Sonserina durante a semana e nenhuma delas realmente me fizera esquecer a ruiva encapetada, era triste, mas era o melhor que eu podia fazer.

Na partida de quarta-feira, a Sonserina venceu a Grifinória quando eu agarrei o pomo depois de dez minutos de partida. As partidas da escola tinham sido agendadas para o início do ano letivo, pois o número de provas no final do ano havia sido dobrado para duas provas por matéria. Mais uma das brilhantes ideias de Minerva McGonagoll.

Por este motivo e porque não aguentava ficar parado e ter tempo para pensar em Rose, tripliquei o número de treinos por semana, quando não estava jogando, estava na companhia dos meninos ou de uma menina ou estudando ferozmente.

Minha rotina tinha sido estabelecida, com o tempo, os funcionários e os alunos da escola perceberam que algo havia acontecido e eu e a Weasley tínhamos findado com nossas brigas. Agora, nem Rose olhava mais para mim quando passávamos perto um do outro.

Depois de um mês ela assumiu o namoro com um garoto da Corvinal. Eu tinha que admitir que o cara era inteligente e atlético, jogava no time de quadribol de sua casa como batedor e já havia enfrentando ele algumas vezes. Não fazia ideia e nem queria saber qual era seu nome. Todos diziam que eles combinavam, por serem dois alunos célebres, eu dizia, entrementes, que ele combinava com os cinco dedos da minha mão.

Aos poucos, eu realmente consegui deixar apenas uma leve marca da Weasley em mim, nada mais que isso. Era o que eu contava para mim mesmo.

O tempo passou tão rápido que nem vi quando o Natal chegou.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?



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