— Escuta, eu sou casada. Mas é um casamento horrível, numa boa ela nem fala mais comigo.

— Isso é o que todos dizem Emma. Se é tão ruim assim, por que não pede o divórcio?

— Aí é que tá, eu já pedi.. esta tudo acabado.

— Ah meu Deus.. - Ruby se senta em uma das carteiras, chocada. - Eu destrui um casamento!

— Não, não.. isso já vem de anos, eu tinha pedido o divórcio antes mesmo de conhecer você. Vamos assinar os papéis daqui há alguns dias e
ela morreu pra mim por completo. - Emma sorri e se aproxima da morena.

— Qual o nome dela? - Pergunta arqueando uma sobrancelha.

— Sra. Swan.. - A loira responde um tanto nervosa. - O primeiro nome é.. o primeiro nome dela é Zelena.

— O nome dela é Zelena?

— Nomezinho de merda né.. eu sei. - Abriu um sorriso ao lembrar de onde vinha o nome. - Eu e ela estamos nos separando, felizmente. Eu
peguei ela me traindo com outro.

— Então ela tem outro.. - Ruby estreitou as sobrancelhas tentando entender a situação.

— Tem sim.. Hook. O nome dele é Hook.

— Hook?

— É.. Hook Captan.. - Disse Emma suando frio e se assentando.

— Tipo o capitão Gancho?

— Não, não.. nada disso. Alem disso ele fica bravo se falam isso pra ele, e-ele não gosta não.

— Emma todas as pessoas, sejam homem ou mulher sempre dizem que vão largar o casamento, mas nunca largam!

— Eu to dizendo, ela é feliz com esse Hook, é melhor pra ela! Agora eu que quero ser feliz, e o único jeito de eu ser feliz é se você estiver na minha vida. Entendeu? - A loira se levanta e fica a centímetros de Ruby. - Eu só quero ficar com você, sem ficar sendo chamada de fornicadora ou adultera, ou qualquer coisa que o garoto da colheita maldita tenha falado.

— Tudo bem..

— Tudo bem?

— Sim.. mas eu quero ouvir isso da boca dela.

— Da boca.. de quem?

— Dela, sua ex-esposa. Zelena.

— Ela não pode mandar uma mensagem? Seria mais fácil, o que você acha?

— Eu quero conhece-la. - Emma pensou, com um sorriso sem graça. Como ela poderia fazer pra inventar uma esposa de mentirinha, não podia contar a verdade e como já havia mentido, o único jeito de conquistar a morena seria mentindo mais ainda.

— Combinado. - Respondeu sem jeito coçando a cabeça.

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— Nem pensar!

— Regina..

— Quer que eu seja sua mulher??

— Sim. - As duas amigas andavam pelas ruas movimentadas da cidade conversando.

— Mas eu nem sou gay. 

— Você nunca tentou experimentar, vai que goste. - Emma abre um sorriso de canto. - Fica tranquila, eu disse que você me traiu com um homem. 

— Então eu sou bi?

— Acho que é por ai..

— Devia ter escolhido outro nome que não fosse Zelena!  

— Mas ela me deixa nervosa, eu tava quase Zelenando nas calças. - Emma como sempre, fez Regina soltar uma risada. - Entrei em pânico.

— Entrou em pânico? Você engana uma mulher quase toda sexta-feira a noite.

— É, pode ser.. mas ela é diferente. Isso não significa que eu sinto uma coisa por ela?

— Pode até ser, mas já pensou quando ela entrar no seu consultório e ver que eu sou sua assistente e recepcionista?

— Mas essa é fácil, eu sou cirurgiã plástica, te faço uma transformação e pá, entendeu?

— Sua nojenta! - A morena bate de leve na outra arrancando um riso dela.

— Não, é brincadeira.. mas eu posso arrumar uma peruca, ou um bigode falso.

— Ah meu Deus, você é louca Swan. Como pode não pensar nas consequências?

— Quer por favor só escolher umas roupas? - A loira aponta pra uma das loja chiques pelas quais estavam passando.

— Olha eu não sei por que você quer que eu compre roupas, eu tenho minhas roupas sei me vestir bem okay?

— Só se você assaltou o armário da minha biza né Regina. Você precisa parecer a mulher de uma cirurgiã plástica, eu quero deixar a impressão de que eu tive uma primeira mulher gostosa!

— Você é inacreditável sabia?

— Sou né, fala assim não. - Faz charminho pra outra que ficou de beiço.

— Ah ta bom, mas foi você quem pediu!

— É isso aí, assim que eu gosto de ver! - Empolgou Emma e já foram invadindo uma das lojas.

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— Ai, ui.. eu não estou acostumada a usar salto. - Regina toda atrapalhada vai até o espelho com um dos pares de sapatos que estava
escolhendo.

— Tudo bem, acontece. - A loira a observava sentada no sofá.

— Minha nossa.. são lindos! - Colocou a mão na cabeça surpresa com a beleza dos sapatos. - Quanto custa moça?

— São 1,700 dólares. - A vendedora que estava a ajudando responde.

— O que? Não.. - Emma se frustra. - Você vem junto? - Perguntou a vendedora. - Por acaso eu ganho um carro de brinde? Isso é feito com
pele de cobra? Não.. vou levar não.

— Como? - A vendedora se ofende.

— Tudo bem quer saber, eu acho que estou ficando cansada, enjoada. Talvez nem saia a noite. - Regina se finge de vítima colocando a mão nas costas.

— Entendi.. espertinha né! - A loira sorri, negando com a cabeça. - Okay, vamos levar. Vai ser sua gratificação de natal. - Pegou sua carteira, abrindo-a.

— Bom, nesse caso eu vou querer um azul também pra combinar com outras roupas ou causo o salto quebre mesmo. - A morena com um sorriso
pede a vendedora, e Emma se levanta um pouco impaciente.

— Você me deixa doente.

— É meu bem, deve ser por isso que estamos nos divorciando.

— O divórcio é por causa das suas paranóias e do seu egoísmo! - A mulher da loja se assusta com o comportamento de Emma enquanto a mesma entregava o cartão de crédito.

— Sabe, acho que vai precisar de uma bolsa pra combinar. - Sugeriu ela ficando do lado de Regina.

— É eu concordo, obrigada moça.

— Que lindo, as duas se juntando contra mim, uma graça.

— Você que deu a ideia. - Alertou a morena apontado para a mais alta.

— É né, acabei de ter outra ideia. - Meteu a mão nas costas da amiga dando um empurrãozinho a fazendo cair no chão por conta do salto alto.

Depois disso a tarde se passou em compras de roupas, vestidos chiques, sapatos, bolsas, acessórios. Tudo das melhores lojas e marcas. Emma sempre tirando sarro de Regina, tentando fazer ela cair por não estar tão acostumada com o salto e julgando as opiniões de vestidos que ela experimentava. Porém na hora da saída a morena se dirigia a saída se sentindo uma rainha enquanto a loira carregava milhares de sacolas, não deixando de bufar é claro.

Agora era a hora do cabelereiro.

Ele a analisa, sentada em frente ao espelho. Esta com a mão no queixo e um olhar reprovador. - Não. - Simplesmente diz.

— Não? Como assim? - Regina pergunta curiosa.

— Não, não e não.. nem pensar. Só existe uma palavra que define esse cabelo: Descaso! - Sua voz afeminada criava um tom de desgosto, suas mãos passam pelas madeixas negras. - Queridinha seu cabelo é literalmente, sem cor, sem vida e sem brilho.

— E não esquece de mencionar fedorento August! - A loira se pronuncia com um cafezinho na mão.

— Chega ele não é tudo isso que vocês estão falando ta?

— Pegou pesado, gostei viu amorzinho. - Ambos trocam risadinhas, debochando da morena. - Você é a namorada?

— Na verdade sou a futura ex-esposa.

— Agora vejo que ela não se separou de você meu bem e sim do seu cabelo. - August diz a Regina num tom indignado.

— Ta bom, vamos logo com isso que eu quero ir pra casa, deixa meu cabelo perfeito, vai!

— Esta falando com um profissional, mesmo em situações como a sua consigo fazer milagres.

— Eu acredito. - Emma ao terminar de falar toma seu café recebendo um olhar fuzilador de Regina.

— Vamos precisar pegar pesado, pessoal me ajudem aqui!

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— Emma você esta bem? Parece nervosa. - Ruby e Emma estavam sentadas num restaurante chique. A noite tinha chegado e era a hora de
conhecer a ex-mulher.