Esposa de mentirinha escrita por Just a Writer


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Comentem se gostarem ;)
XOXO



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— Mas eu gostei dela! - Ruby não saía da cabeça de Emma. Depois daquela noite de paixão e prazer maravilhosa que haviam passado, a loira não pensava em mais nada a não ser reconquistar a morena.

— Mas ela pensa que você é casada. - Regina endireita seus óculos no rosto, enquanto acenava para outra cliente se aproximar da sala.

— Claro, como que eu ia dizer? "Ruby eu não sou casada mas gosto de usar a aliança pra pegar mulheres". - A assistente solta um risinho, observando a paciente entrar. A paciente possuía um seio menor que o outro.

— É, ia parecer muito cafajeste.

— É sério.. ela me encantou, Rê.

— Emma, com você não existe essa história de se apegar. - A loira se aproxima da paciente com um sorriso e analisa seus peitos, um tanto distintos.

— Tire a blusa, por favor. - A mais velha atende ao pedido da Doutora.

— Você só quer transar com ela, só isso. - Regina já conhecia bem a amiga e jamais a tinha visto tendo algo sério com alguém.

— Não, eu já transei. - A paciente se vê um pouco confusa ouvindo a conversa das duas. - Tire o sutiã também. - Disse para a mulher, e voltou a fitar a morena. Que estava com um jaleco branco, cabelos presos e sempre com seus óculos no rosto. - Só que eu quero transar mais. - Recebe um olhar irônico da amiga e sorri. - Só com ela!

— Essa não pode ser a Emma Swan que eu conheço. - Regina se aproxima colocando as luvas para ajudar a loira enquanto a paciente se deitava. - Quer dizer, você nunca se interessou em algo sério.

— Mas ela é diferente, nunca senti com alguém o que eu senti quando estive com ela. A gente se dá super bem, ela é gentil, amorosa e divertida. - Cada uma estava de um lado da mulher, passando um anestésico no seio da mesma. Emma analisava concentrada o par de seios.

— Bom, se você acha isso então devia tentar conquista-la de novo. Até por que não sabe quando vai se sentir assim de novo não é? - A loira fita os olhos castanhos e abre um sorriso. Pensou consigo que a amiga estava certa, ela precisava tomar essa atitude e não perder essa chance de ser feliz.

— É, acho que você tem razão. - Voltou a olhar a paciente. - O que aconteceu aqui com a Sra?

— Eu fui fechar a porta do carro e um dos meus seios ficou no caminho, Doutora. - Disse. - Pode me ajudar?

— Mas é claro que eu posso.

— Ela é uma das melhores, não se preocupe. - Regina num tom doce, diz a paciente que pareceu tranquila com isso. Emma se dirigi até o canto da sala, pegando alguns acessórios que iria precisar.

— Você quis dizer, a melhor né minha querida? - A assistente se aproxima para ajuda-la, soltando um riso discreto. - Mas e você.. tá saindo com o vovô ainda?

— Emma, não fale assim dele. - A loira solta uma risada e põe os lábios pra dentro, imitando uma voz com sotaque estrangeiro.

— Eai gata, quer sair comigo?

— Para com isso, não tem graça. - Regina já segurava o riso com o jeito palhaço da outra. - Eu vou almoçar com ele hoje. E o nome dele é Robin.

— É sério? Com ele? - Emma voltou ao seu tom de voz normal, um pouco surpresa. A morena assentiu. - Ta bom, mas antes manda ele vim marcar uma consulta, quem sabe eu possa dar um jeito de criar lábios naquela boca de vovô. - Voltou a imitar o homem, fazendo graça para sua assistente sorrir.

— Você é muito má!

— Mas to falando sério. Vai ficar mais bonito que Angelina Jolie.

— Engraçadinha. - Um toque de celular começa a se ouvir no local.

— É ele?

— Acho que sim.. - Respondeu parecendo um pouco nervosa.

— Atende.

— Não.. - Sem permissão a loira pega o celular da outra e atende. - Me dá isso aqui. - Ela pega de volta da mão de Emma e coloca no ouvido. - Alô!

— Eai gata.. - A loira tirando sarro imita a voz do cara, recebendo um olhar reprovador da amiga.

— Shiiiu! Ah oi Robin! Hoje? Sim, claro que ainda vamos! É, sushi ta legal. Te encontro no saguão, ta bom? Tchau!! - Regina sorridente e empolgada vira de volta, se deparando com uma Emma confusa. - Que foi?

— Que voz era aquela?

— A minha voz.. - Respondeu.

— Não, aquilo tava mais pra um falsete da Melody. Por que tanta empolgação? Você ta bem afim dele hen. - Regina revira os olhos e se dirige até a paciente. - Okay minha querida, hora de arrumar isso. - A doutora se voltou a paciente que abriu um sorriso escancarado.

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— Eu só to dizendo que isso pode levar a casamento, e casamentos levam a divórcio. - Ao terminar de atender a paciente ambas saiem da sala, e Regina se dirige a sua cadeira na recepção.

— Mãmãe quero dinhero! - Duas crianças e uma mulher aparecem no nada abrindo a porta e adentrando o lugar.

— Olá crianças.. eu estou ótima e vocês? - Regina num tom irônico fala aos filhos num sorriso. - Sejam educados e cumprimentem a doutora Swan.

— Olá Doutora Swan, como esta a senhora nesta linda manhã? - Primeiro a menina com um sotaque mais estranho que poderia existir se pronuncia.

— Que que isso? Ela ta tentando imitar minha vó com mal de Parkinson? - Emma pergunta debochada, se assentando no sofá da sala.

— Ela ta fazendo umas aulas de teatro. - Regina explica.

— Faço aulas de teatro no verão minha cara. - Ainda com o sotaque estranho ela fala. - Vou ser a próxima Miley Cirus.

— Entendi.. e você rapaz? Gosta de Hannah Montana? - Ela pergunta ao menino mais baixo.

— Não, eu gosto de Game of Thrones.

— E desde quando você assiste isso mocinho? - A morena cruza os braços olhando o filho.

— A Bella deixa a gente assistir quando liga pro namorado dela. - A garota diz com sua voz já parecendo normal.

— Come o cogumelo, come o cogulelo!! - Todos olham pra cena da babá sentada, concentrada e viciada no jogo do celular.

— Você tem a família nas mãos né.. - Ironicamente a loira diz a Regina que sorriu de canto.

— Doutora Swan! - O pequeno se assenta no sofá ao lado dela.

— Eu?

— A senhora me leva pro Havaí pra mim nadar com os golfinhos?

— Te levar pro Havaí? Não.. - Responde tranquilamente.

— Eu vi no Discovery Channel, lá eles deixam até nadar com os golfinhos se a gente pagar. Eu não tenho dinheiro.. e minha mãe disse que a senhora é rica!

— Henry!! - Alerta Regina.

— Não, tudo bem. Acho que você devia arranjar um emprego garoto, por que gente rica não dá dinheiro pra viagem dos outros. Por isso continuam ricas.

— Mas minha mãe disse que você faz caridade pra crianças.

— Sim, eu faço caridade consertando o lábio leporino, ou em casos pediátricos de alguma deformidade, não fico dando dinheiro pra todas elas.

— E se eu fosse deformado, me levaria pro Havaí? - Perguntou o menino com uma cara amarrada e cabelinho castanho.

— Se você fosse deformado, eu até te levaria pro Havaí mas ia deixar você lá, por que não ia aguentar olhar na sua cara.

— Okay, já chega crianças. Hora de ir pra casa. Toma aqui o dinheiro, e quero saber de verdade se estão comendo mesmo a comida que eu estou pagando. - Regina olha com um olhar reprovador para a garota que revirou os olhos.

— Mãe, antes eu posso ir fazer Zelena?

— Claro meu filho, o banheiro é logo ali. - Indicou a morena ao menino.

— Fazer Zelena? - Emma pergunta confusa.

— É, ela foi uma amiga da faculdade que estava mais pra Arqui-inimiga.

— Ah entendo.. uma animiga.. - A loira se levanta e se aproxima. A outra sorri e assenti.

— Isso. Ia gostar dela, era a maior falsa. Sempre pegava os caras mais gatos e usava as roupas mais descoladas. Uma noite eu tava muito cansada, resolvi tomar um vinho e..

— Uma cidra de maçã. - Corrigiu.

— Uma cidra de maçã. - Repetiu, vendo que a loira a conhecia mesmo. - as crianças falando que queriam fazer cocô, soltar um barro e me incomodando. Eu acabei falando pra eles que era Zelena, e ele gostaram.. e aí pegou. - Disse limpando seus óculos e depois os colocando de volta no rosto.

— Entendi.. mas vem cá, o que a gente vai fazer da minha vida amorosa hen? - A loira se apoiou no balcão, observando a outra.

— Emma, eu lamentaria muito por você se tivesse a maior compaixão com seu sucesso em pegar garotas de 22 anos.

— Aaah, que Zelena. Por que você não colabora comigo? - Regina solta uma risada. - Isso não é uma Zelena de uma transa qualquer. É pra valer sabe. Eu me vejo casando com essa garota.

— É? Tem razão não pode contar a verdade pra ela.

— Bati o recorde!! - A babá salta da cadeira de entusiamo com o celular na mão.

— Que isso? Desculpe.. - A morena fala a Swan.

— Não, que bom que alguém ta feliz aqui.

— Mas é como eu disse. Você não quer se envolver, por que se não acaba casando. E casamento dá em divórcio, divócio é tão.. Por exemplo, olha os meus filhos. O pai deles deveria pegar eles na escola hoje.

— Ele amarelou?

— De novo! Mas pelo menos eu coloquei a cabeça no lugar e me divorciei. - A loira concorda, pensativa. Regina a olha surpresa e abre um sorriso.

— Mas.. espera aí!?

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O sinal da escola se toca e milhares de pirralhos se dirigem aos corredores na maior folia. As portas principais do lugar são abertas por uma loira nervosa e ansiosa, com um enorme buquê de flores na mão. Suas mãos suavam e sua cabeça tentava formular alguma explicação lógica para dizer a linda morena.

— Ah não.. - Ruby com seu uniforme de professora "Que na opinião de Emma ficara super sexy" fechou a cara assim que viu a mulher casada com quem se envolveu, e deu meia volta.

— Hey, espera.. - A loira corre até ela. - Só me ouve, me deixa explicar!

— Não há mais o que explicar. - A morena pega o enorme buquê de flores e joga no lixo mais perto. As crianças do corredor gritaram "Uuuuuhhh" debochando da cara de Emma.

— Não precisava ter feito isso. - Diz um pouco decepcionada. - Só me dê uma chance de explicar.

— Eu não quero explicações de uma mulher casada, não vou passar pela mesma situação que meus pais.

— Lésbica, adultera, fornicadora! - Um dos pequenos apontou para Emma com cara de mal.

— Tá nervosinho o bichinho né?

— O nome dele é Claudio, e eu não quero que meus alunos assistem essa cena. - A morena já irritada, puxa a outra pela mão até uma sala reservada.

— Eu vou te matar! - O menino de 1 metro e meio ameaçou a loira a olhando nos olhos.

— Ah é? TENTA! - Emma gritou antes de Ruby fechar a porta.

— Emma!

— O que? Ele tava me ameaçando! - A professora cruzou os braços.

— Okay, deixa eu me explicar, por favor.

— Você tem um minuto. 

 


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