Mais tarde quando Tohemmet se levantou, Guz não estava mais no quarto. Tinha aula de química ou algo assim.

Bocejou. Estava faminto. Pegou uns trocados e mais algumas coisas antes de sair.

Tohe andou a esmo pela escola com um sanduíche na mão, passou por vários recintos e também pelo dormitório feminino. Genna não estava lá. Resolveu voltar. Mas seus pés o levaram mais a direita e logo se viu na quadra de basquete. Estava vazia. O time deveria ter saído para algum encontro.

Arrastou os pés ouvindo o barulho irritante e familiar da sola do sapato em contato com o piso de madeira. Queria jogar, mas ninguém esquecera bola alguma por lá. Dirigiu-se para o vestiário.

Tohe ficou encarando seu armário por quase vinte minutos e suspirou quando por fim se decidiu. Estava guardando seu uniforme quando a porta foi aberta e o capitão entrou.

— Err... Tohe. — Noah parecia envergonhado.

Típico. Ele quase sempre se arrependia das coisas que dizia quando estava de cabeça quente. Tohe terminou de guardar a roupa e pôs-se a frente do amigo.

— Noah, você está certo. — murmurou movendo as mãos para os largos ombros do amigo.  — Isso não vai se repetir. Não é justo com vocês. Olha, — moveu as mãos lentamente para o pescoço do amigo, que era consideravelmente mais alto e o puxou para que suas testas e narizes se encostassem. — eu sei como você se sente.

No entanto, quando ia se afastar, Noah o impediu.

— Eu também sei como se sente. Sei o porquê da demora. Sei o que é tão atraente no seu dormitório. Mas também sei que se você se esforçou para trazer seu uniforme é porque nosso time também é importante para você. Então resolva isso e volte focado para as semifinais.

O armador lhe deu um sorriso balançado em reposta. Noah e sua mania de ler o coração de Tohemmet.