Depois de muitos anos enfrentando uma forte rixa com o reino de DunBroch, a rainha Elsa fora obrigada a tomar medidas drásticas, tudo porque se sentia ameaçada. 

Tinha que ser otimista, porém, era difícil dizer qual a probabilidade de ganhar uma guerra quando o outro time  era completamente ágil e veterano em batalhas. 

Para piorar a situação, via-se como uma rainha incapaz e completamente desqualificada para o cargo, comparando-se com os descentes anteriores. Por mais que fingisse, conseguia notar os olhares exagerados vindo de seu próprio povo.  Tudo porque era jovem, mulher e solteira. 

O que era muito diferente do convencional, por outro lado, os seus pais que a antecederam eram casados e viviam uma vida feliz e cheia de responsabilidade. 

Naquela manhã gélida, o cenário no pequeno país era de desordem. 

A medida que o mês de dezembro acelerava, mais o inverno se tornava rigoroso. 

Na sala de trono, alguns conselheiros e homens de cargos considerados importantes apontavam vários erros cometidos pela rainha durante a guerra.

— DunBroch é um reino muito grande. Basicamente tudo é meio gigante por lá, incluindo os homens, descendentes de vikings. — comentou um dos mentores, cuspindo um pouco no rosto de Elsa. - A senhorita, desculpe-me dizer, estava completamente equivocada  quando declarou guerra contra aqueles bárbaros. Ao invés do caos, poderíamos buscar soluções mais preservativas, como por exemplo, iniciar laços comerciais com o país. 

— Eu sei. - respondeu Elsa, num tom duro. - mas não se pode voltar atrás, a guerra já foi declarada.

Farta de escultar criticas muito duras sobre o seu desempenho como rainha, foi para o quarto.

Com o sentimento de angustia aumentando no peito, Elsa sentia-se muito próxima de entrar em colapso. 

Graças ás divindades superiores, seus poderes e sanidade mental se encontravam sãs e controlados. 

Do outro lado da moeda, Jack declarava á Deus e o mundo todo o seu amor por uma ruivinha sardenta de DunBroch.

O espirito incontrolável de ambos os conectavam a cada dia, eram como brasa e chama, tampa e panela. 

— Merida, sei que estou muito próximo de voltar para o meu país, mas antes, quero te mostrar uma coisa. - seu tom era sério, sem riso, sem brincadeirinha.

— Céus, deve ser muito importante! - comentou a ruiva, notando o comportamento urgente do amado.

Ambos pararam de caminhar. Era um dia como qualquer outro, a única coisa que o tornava especial era o fato de estar ao lado da pessoa amada. 

Merida ficou atenta, calada. 

— Eu tenho poderes especias. Posso controlar ou usar o gelo contra as pessoas. - Disse depressa.

Merida logo imaginou se tratar de mais uma das "surpresas bobas" que Jack fazia, sempre a enganando e lhe atirando brincadeiras banais.

Mas pela expressão séria no semblante pálido do garoto, descartou essa hipótese.

— Não sei o que dizer. - murmurou a princesa Vinking. 

Era realmente difícil resumir o que sentia exatamente. Não sabia ao certo se Jack era algum mutante ou aberração de quatro patas, mas no fundo, compreendia que não importava o que, eles sempre ficariam juntos, estavam destinados a isso.

Apreensivo com a indiferença de Merida, Jack tentou se explicar de forma mais rápida possível.

— Apenas observe. - disse o loiro, enquanto congelava uma folha seca e de cor laranja. 

Boquiaberta, Merida ficou paralisada. Encarava perplexa a folha completamente congelada e sem cor. 

— Jack... Meu amor isto é incrível!

Ao ouvir isso, disparou em cima da garota e a beijou ferozmente.

Nos últimos dias, sentia-se hesitante por causa daquele fato estranho, mas qualquer dúvida que pairava sobre a sua cabeça naquele momento foi completamente quebrada. 

Naquela noite estrelada, uma velha bruxa que morava nas redondezas da floresta escocesa, teve muitas visões.

No incio do sonho via um amor de juventude muito forte, capaz de atravessar janelas do tempo. 

A garota do sonho tinha a pele delicada e os seus cabelos brilhavam como fogo. Seu namorado era um loiro muito pálido, quase sem cor.

Os dois se amavam demais, todavia uma viagem os separou. 

Na segunda visão, viu a chegada de um novo amor, indiferente e muito frio, amor forte mas que traria caos e destruição. 

Uma rainha branca com o coração completamente congelado, cabia ao loiro descongela-lo. 

Na terceira visão, tudo terminava em uma batalha extensiva, era fogo e gelo, literalmente isso. 

Ambas mulheres disputariam seu grande amor num round sobrenatural e poderoso. No fim, tudo se tornava em ruínas.

 Os olhos da bruxa se tornaram verdes e figuras de cobras como fumaças aparaciam próximo aos seus pés.

— De um amor sem mistério e sem virtude. 

Com um desejo maciço e permanente.

O fogo se mantém aquecido na lareira 

Enquanto o frio gélido sopra a janela

Seria o gelo capaz de apagar o fogo?

Em grande confronto uma batalha ira se

iniciar, em caos o mundo pode ficar

a vencedora o coração do amado ganhará

enquanto todos os lados em frio ficara

No fim, o coração tomara uma grande

decisão; o frio ou o gelo? O conforto de uma paixão jovem

ou o sorriso da rainha gelada.