Hirena escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 26
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Notas iniciais do capítulo

Opa,
Voltei cedo né?
Enfim,
Espero que gostem do capítulo!

Boa leitura!



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Ela abriu os olhos relutante, os olhos inchados a incomodaram, chorara muito na noite passada, sentou na cama e coçou os olhos para enxergar melhor, tudo estaria em seu lugar, se não fosse pelo loiro ali a sua frente, vestindo o casaco, ele parecia ter acabado de sair do banho.

— Você vai sair? – Ela murmurou baixinho

O garoto olhou para trás assustado, até demais...

— Vou – Ele respondeu curto e frio.

A ruiva notou que havia algo de errado com ele, com poucos gestos, ela saiu da cama, tremendo um pouco ao pisar no chão frio do quarto, ela caminhou ate ele e descansou a cabeça no peito do menino, ele não moveu um músculo.

— Droga, Lily, eu tenho que ir embora – Ele murmurou segurando nos ombros da menina e a afastando para olhar em seus olhos

— O que quer dizer com ir embora? – Os olhos dela o fitaram em alerta

— Algumas coisas para fazer – Ele falava claramente desconfortável

O loiro se desvencilhou da menina e entrou no banheiro, passando o pente no cabelo desajeitado, como um ato de desespero.

Ele passou alguns longos minutos se encarando depois de arrumar o cabelo pela décima vez, notou que Lily estava muito quieta, curioso ele saiu do banheiro, querendo saber o que ela fazia, imediatamente os seus olhos encontraram com os dela e ele viu a situação, sentada na cama ela segurava o celular dele nas mãos, com os olhos marejados, novamente, aquilo lhe partiu o coração.

— É por isso que está indo embora assim? – Ela sussurrou como se um deslize de palavras pudesse a fazer chorar.

— Não era pra ter visto isso – Ele suspirou pesadamente se aproximando dela e sentando do seu lado na cama

— Devia ter me contado, isso levou o James e o Alvo e agora vai levar você também... – Fora o suficiente pra que a menina começasse a chorar.

Sem pensar duas vezes ele a abraçou.

— Eu jamais te faria mal algum, então se eu me afastasse...

— Eles iriam atrás de você – Ela respondeu entre dentes – Você não pode fugir disso, nenhum de nós pode – Ela sussurrou cedendo

A menina desatou a chorar ali, nos braços dele, ele encostou no topo da cabeça dela e permaneceu ali, ate que ela parasse de tremer e soluçar, enquanto a via chorar pelo fato de ele quase ter ido embora, ele jurou para si mesmo que ia ficar ali.

 

[...]

 

Rowan escutava o murmúrio por toda a cidade, não via seu pai ou seu irmão desde o dia interior, eles obviamente estariam muito ocupados com a situação, afinal, a magia voltara, e as pessoas que a tinham em si estavam ali, pelas ruas, muitas delas, outras deviam estar escondidas com medo dentro de casa, porém todas estavam murmurando coisas.

Com o capuz cobrindo o rosto quase por completo, o jovem príncipe parara na praça da cidade, onde uma concentração de pessoas estavam, reunidas em uma grande roda, o palanque estava ali, como se seu pai fosse fazer outra chamada ao povo, porém uma garota estava no topo do palanque, ela vestia roupas velhas, como trapos, e gritava para a multidão.

Pelo barulho ao seu redor, Rowan não conseguia escuta-la bem, mas soava como uma rebelião, reclamações atrás de reclamações.

O menino decidiu voltar ao castelo quando se sentiu sufocado, as pessoas estavam furiosas, por tudo que havia acontecido, ele lembrara muito bem que seu pai escravizara aquelas pessoas, com tamanhos poderes, isso só podia significar uma coisa.

Enquanto subia a ponte para o castelo, ele reparou que os guardas não estavam ali, vigiando e guardando o castelo, por alguns segundos ele pensou que pudessem ter pegado a sua família, o pensamento lhe fez apertar o passo, ele estava quase correndo para dentro do castelo.

Ao ultrapassar a porta, logo na entrada, ele viu os guardas, reduzidos a poucos, eles faziam filas.

Rowan andou pelo meio deles, sem se importar muito com qualquer coisa, ele puxou o capuz da cabeça quando viu o que acontecia ali.

Frente a poucas fileiras de soldados, o Rei berrava ordens, tinha feições enfurecidas e exaustivas, ele devia ter passado a noite inteira acordado, como poderia dormir? Tudo saíra de seu controle, escorregando pelas suas mãos, o poder que um dia tivera corria no sangue de vários cidadãos na cidade, possivelmente em todo o país.

Agora ele notara, os soldados que tinham sido feito escravos foram embora, por isso a tropa estava tão pequena.

Ao ver o filho no meio de seus soldados o homem parou de gritar, ele engoliu suas palavras, baixou os braços que antes gesticulavam fervorosamente, como se alguém tirasse todas as suas armas e apontasse uma espada bem em sua garganta.

— Rowan... – O Rei sussurrou se aproximando do menino.

Os soldados que estavam ao seu redor se afastaram um pouco, dando espaço para o Rei passar.

— Meu menino... – Ele continuava em um tom baixo, parou em frente ao menino.

Levou a mão ate o capuz dele que cobria seu pescoço e o puxou para baixo levemente, aquilo estava vivo.

— O que você fez? – A voz dele sumindo cada vez mais – Onde estão eles? Os jogadores? O que você fez?

Rowan não ousou dizer uma se quer palavra, estava estático, o próprio pai não podia lhe fazer mal, isso era o que ele pensava.

O homem mais velho recuou a mão, deu uma ultima olhada profunda nos olhos do filho e endireitou a postura antes de dar as costas.

— Levem-no para seus aposentos – Ele ordenou firmemente – Não o deixem sair de lá por nada.

Rowan permaneceu estático, não parecia tão surpreso com aquilo, proteção, ele se perguntava como a mente do seu pai funcionava.

Enquanto os guardas escoltavam o jovem príncipe para o seu quarto, ele escutava em suas costas o terrível Rei voltando a gritar ordens para os soldados, Rowan não podia fazer muito agora, mas esperava que no momento certo ele estivesse lá, para consertar todo o erro que seu pai cometera e o tirar de sua insana teimosia e ignorância, ele precisava ter paciência.

 

[...]

 

Roxy ajudou empurrando as malas pesadas da loira pela porta.

— Você tem certeza disso? – Ela perguntou cansadamente

— Ela tem sim – A voz de Victoire foi ouvida da cozinha.

Dominique apenas assentiu com o olhar baixo.

— Não posso ficar sozinha naquele lugar de jeito nenhum – Ela murmurou puxando as malas para si.

Dominique não tinha para onde ir agora, Victoire apenas mandara a menina trazer todas as coisas para sua casa, enquanto elas não retornavam ao hospital, onde Teddy cuidava do pequeno filho, a mulher preparava lanche para as mesmas se distraírem.

As duas terminaram de colocar as malas para dentro da casa e foram ate a cozinha fazer companhia a Victoire. Dominique pensava se deveria dar tantas roupas que ela tinha ali...

— Notícias de Rose e James? – Roxy perguntou quebrando o silêncio na cozinha

— Nada ainda, ninguém sabe como isso aconteceu – Victoire respondeu colocando os sanduíches na mesa e sentando em frente as meninas

— Hugo me contou que todos eles estão devastados – Dominique comentou

— Não é por menos, eu não sei o que faria se meu filho sumisse – Victoire exclamou

— Scorpius está com a Lily, ela está horrível com tudo isso – Roxy murmurou tristemente – Alvo nem se quer dá notícias...

Dominique encarou a irmã, havia uma brecha ali, aquele olhar foi mais que explicativo para a irmã mais velha, Victoire assentiu calma e esticou a mão para segurar a dela confortavelmente.

— Tem algo que precisamos te contar... – Victoire começou respirando fundo

 

[...]

 

De dentro de seu quarto, o menino escutava os soldados para lá e para cá, apressados e provavelmente nervosos, eles tinham um grande problema para resolver, ele não ousaria agir sozinho.

Depois de algumas horas olhando pelas janelas a movimentação na cidade, ele escutou a porta abrindo atrás de si, subitamente ele virou assustado.

A cabeça morena de Aurora despontou na porta, ela tinha o cabelo preso em uma trança, as maçãs do rosto vermelhas e o olhar alarmado.

Rowan não pensou muito além de pegar o capuz e sair atrás da menina, ao sair pelo corredor, ele observou que não tinha ninguém ali.

— Onde foram todos...

— Uma explosão na torre leste – Ela interrompeu rapidamente

A menina ofegava, parecia ter corrido uma maratona.

Os dois saíram em disparada pelo corredor, passaram pela cozinha do castelo, ate chegar aos fundos, uma passagem secreta atrás das lavanderias, escadas que desciam em espiral ate o subsolo, Rowan conhecia bem aquele lugar, ao chegar no final das escadas, Aurora ia a frente enquanto ele saiam para o corredor subterrâneo.

— O que pensam que estão fazendo? – Uma voz os assustou, vindo do final da escada, eles pararam no mesmo instante.

Aurora voltou atrás, ficando a frente do príncipe como proteção, estava prestes a erguer as mãos quando viu o moço no começo do corredor, ela o conhecia.

— O que faz aqui, Cal? – Ela sussurrou parecendo irritada com a situação

Ele se aproximou dos dois, olhou pra ela como se debochasse da mesma e puxou a gola da camisa para baixo, revelando as raízes ali, Aurora suspirou, ele era um deles, ela nem se quer lembrava disso.

— Há soldados na saída, nem para checar isso – Ele revirou os olhos e passou pela menina, fez uma breve reverência ao príncipe e passou a frente dos dois.

Eles assistiram enquanto o rapaz erguia a espada do coldre e abria porta no fim do corredor, ele saiu, os dois não conseguiram ver muito pela claridade que vinha de fora, apenas o barulho de espadas colidindo, Aurora bufou e seguiu para sair dali, Rowan estava em seu encalço.

Logo na porta, eles se depararam com o corpo dos dois soldados no chão, sangue escorria de seus corpos mortos. Rowan sorriu para o rapaz, ele aparentou estar orgulhoso daquilo e estufou o peito.

— Temos que ir, garotas – Aurora quebrou o momento entre os dois ironicamente e já voltara a dar passos largos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Me digam o que acharam!
É muito núcleo e eu to muito empolgada rs

Vejo vocês no próximo capítulo!
XOXO



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