Eles se sentiam plenamente realizados e satisfeitos. Eles ainda se amaram outra vez até sentirem-se esgotados. Sara imaginou que não poderia estar em melhor companhia. Não conseguia imaginar-se partilhando aquela intimidade com outro homem. Tinha que ser com Grissom, somente com ele. Dormiram totalmente relaxados.

O sol raiou. Sara abriu os olhos sem saber ao certo onde estava. Lembrava-se de ter ido à casa de Grissom, pois ele telefonara pedindo que viesse ao seu auxílio. Estava bem agradável sob as cobertas. Algo roçou em suas coxas. Só então ela percebeu que um braço repousava sobre o seu seio nu. Não estava sozinha.

A consciência do que havia acontecido veio como um golpe. Ela havia feito amor com Grissom. Ruborizou e agradeceu aos céus por ele ainda estar dormindo. Havia realizado seu mais profundo desejo.

Eles estavam deitados na grande cama de casal do quarto do entomólogo agarradinhos. Para surpresa de Sara, ele ouviu a voz do seu amante cumprimentar-lhe:

― Bom dia, minha querida! – ele a saudou dando-lhe um beijo em seu ombro.

― Bom dia! – ela respondeu tímida. Temia que Grissom se arrependesse do momento maravilhoso que haviam compartilhado. Ela sorriu, mantendo os olhos fixos nele – Essa noite foi incrível.

Ele a beijou com suavidade. Ela era tão linda! Nenhuma outra mulher o fez se sentir tão poderoso e ao mesmo tempo tão sem ação como ela. Sara era tão doce! Tinha certeza de que jamais se fartaria de beijá-la e de amá-la. Uma coragem, vinda não sabia de onde, brotou em seu peito.

― Casa comigo? – ele pediu.

A perita deitada em seus braços ficou sem ação, totalmente sem fala.

― Gil, eu não quero apressar as coisas. Não quero um compromisso o qual eu sei que você não honrará. Tudo surgiu no calor da emoção devido à partida de Mae. Estávamos fragilizados e nos rendemos à luxúria. Sei que você está falando isso da boca para fora...

­Ele não a deixou continuar:

― Não, não estou. Nunca estive tão ciente de algo. Eu quero você ao meu lado sempre.

― Gil... – ela o alertou.

― Você se arrependeu?

― Me arrepender? Não! Você sabe há quanto tempo eu espero por esse momento? Sempre sonhei com esse dia. Acontece que foi tudo tão rápido, vamos devagar, está bem? Vamos ver o que acontece...

― Diga que pelo menos aceita ser minha namorada.

Ela parou para pensar e por fim respondeu:

― Tudo bem, eu aceito, mas temos que manter nosso relacionamento em segredo, você conhece as regras do laboratório tão bem quanto eu...

Ele sorriu.

― Sim, eu as conheço – disse cobrindo o corpo de Sara com o seu e a estreitando ainda mais para junto de si – Mas por hora vamos esquecer isso...

Eles se amaram mais uma vez. Sem pressa, desfrutando de cada carícia, dando e recebendo prazer.