Eles entraram calmante no Departamento e seguiram pelos corredores sem muita pressa. Grissom ainda segurava o bebê conforto em que Mae estava. Grissom, Sara e Mae nem bem entraram novamente no prédio do Departamento de Criminalística de Las Vegas e já foram interpelados, ou melhor, o entomologista é que foi.

 — Grissom – ele ouviu o chamado hesitante de um de seus ratos de laboratório, Greg. Ele suava frio e suas pernas tremiam - Era possível perceber isso – como sempre acontecia quando ele se dirigia ao chefe. Devia ser algo muito importante para que o jovem técnico tomasse coragem e falasse com ele – Tenho uma coisa para falar para você, mas não sei se vai gostar...

    — Por que você não experimenta me contar primeiro, daí saberemos se eu vou gostar ou não – respondeu Grissom, mais duro que pretendia.

     — N-Nick foi à sua casa durante um intervalo de analises do caso dele. Ele analisou perímetro e só encontrou uma pegada de tamanho 36. Eu a analisei, pelo tamanho é de mulher, mas não encontrei nada que pudesse nos dar uma pista de quem deixou essa criaturinha linda na porta de sua casa – Greg terminou sua exposição mostrando a pequena – Sem uma amostra com que eu possa comparar não posso fazer nada. Estou de mãos atadas.

    — Você tem razão, eu não gostei. Continue procurando por algo que me ajude a encontrar a responsável por Mae.

     O rapaz saiu cabisbaixo deixando os recém-chegados sozinhos.

    — Você não precisava tê-lo tratado daquela maneira – Sara o censurou - Todos aqui estão fazendo o possível e o impossível para descobrir a identidade da mãe de Mae. Amedrontá-lo não o ajudará em nada.

     — Eu sei Sara. Não sei por que tenho sempre essa vontade de assustar Greg. Deve ser por que ele tem aquela cara de cachorro pidão. Parece que sempre que ele me vê está a ponto de cair – ele sorriu em meio à constatação – Estou cansado Sara. Preciso encontrar a responsável por essa menina linda, mas tenho medo do que vou achar.

    — Vá falar com Cath, Gil. Eu verei com Greg se ele tem os resultados sobre o nosso caso. Ainda não o elucidamos.

     — Você como sempre tem razão – ele argumentou sorrindo.

   — O que seria de você sem mim? – ela respondeu com a pergunta também sorrindo.

    Ela saiu, deixando-o perdido em seus pensamentos. O que seria de sua vida sem ela? Ou melhor, o que seria de sua vida com ela? Sabia que se Sara estivesse presente em sua vida, ele sempre teria alegrias, talvez até pudessem ter algum desentendimento, porém com certeza a reconciliação seria magnífica. Sabia que ela seria a companheira perfeita, sua amiga e amante. Tentou afugentar esses pensamentos. Não era certo e não era justo com ele se martirizar daquela forma. Aquela união era impossível. Maldita regra do laboratório! Maldito medo e receio de burlar o estatuto! Maldita moral ética! Saiu em busca de Catherine, pois precisava urgentemente conversar com ela.