Love Story escrita por Fofura


Capítulo 214
CSI:Vegas ❥ “Se nós não chegarmos na verdade, ninguém vai”


Notas iniciais do capítulo

HEY PANDINHAAAAAS! ♥
LS está de voltaaa ♥ Sentiram saudade? Eu senti ^^
Estamos de volta com CSI: Vegas, e sim gente, eu vou logo avisando que os capítulos do revival vão ser grandes, tá? Eu tentei resumir o máximo de coisas que não tem a ver com o caso Hodges, mas ainda tem as cenas acrescentadas e tal. Eu não quero dividir capítulos pra não enrolar muito, o plano é fazer um capítulo pra cada episódio, pra ser objetiva. Então vão ser em torno de 5 e 6k mesmo. Caso passe muito disso, aí eu divido, pq ninguém merece né kkkkkk
Espero que o fim de ano de vocês tenha sido bom e que esse começo de 2023 esteja melhor ainda ♥
Vamos pro capítulo ^^



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Assim que voltou da casa de Rayle — tecnicamente dela ainda, mas enfim —, Sara e Gil novamente se certificaram que Jim ia jantar e depois foram pro próprio quarto.

Sara ainda estava meio dolorida do quase atropelamento e esqueceu que Gil não podia saber disso. Trocou de roupa esquecendo-se do hematoma.

Sara percebeu que tinha se descuidado quando ele notou sua marca roxa no braço.

— Honey, o que foi isso?

— O que?- ele tocou de leve e ela fechou os olhos como se tivesse sido pega em flagrante. — Ah… não foi nada. Eu…- não queria mentir. — Eu caí.

— Você caiu? Como?- Sara desviou o olhar sem saber como contar. — Sara Sidle, você não se meteu em nenhuma perseguição, não é?- pra ela estar enrolando pra contar, com certeza foi algo que ela não devia ter feito.

Ela fez uma careta e juntou o indicador e o polegar pra dizer que foi só um pouquinho.

— Honey, não somos mais agentes da lei e nossa função nem era perseguir ninguém. Você prometeu.

— Eu cruzei os dedos.- ela brincou.

— Sara!

— Gil, não foi nada. Eu estou bem.

— Como foi que caiu?

— Não importa, já passou.- ele lhe lançou um olhar de reprovação e ela contou de uma vez. — Eu rolei no meio da rua depois que um carro quase me pegou.- Gil arregalou os olhos. — Estou com um roxo no braço e um na perna.

— Honey, pelo amor de Deus…

— Já foi, Gil, eu estou bem.- ela insistiu para que ele parasse de surtar.

— Eu deixo você sozinha em Vegas por alguns dias e você quase é atropelada!- Sara revirou os olhos. — Está doendo?- ele acariciou o local acalmando os nervos quando ela disse que não muito. — Certeza? Eu posso passar uma pomada pra aliviar.

Sara sorriu com o canto dos lábios e o puxou para um beijo curto. Ele era um poço de preocupação com ela, era um amor.

Anoiteceu e eles trataram de começar por algum lugar. Como Sara tinha acesso a algumas coisas, Gil começou por aí.

Colocou uma mesinha redonda de frente pra enorme janela e sentou ali com seu notebook.

— Amor, você viu como está seu nome aqui?

— Como?- ela disse lá do quarto. Tinha acabado de finalizar uma ligação com Catherine contando tudo o que estava acontecendo.

— Sarah Sidle. Com "H".

— E olha que eu dei minha identificação, e lá está escrito certo.- ela riu. — Mas é melhor Sara com "h" do que Grissom com um "s" só, ou com "n" no final.

Ele também riu. Era raro errarem o nome dele, mas acontecia.

Grissom acessou tudo o que tinha lá, mas obviamente o acesso de Sara era limitado. Precisavam de mais.

Sua atenção foi desviada para um copo de whisky (?) com gelo que Sara colocou sobre a mesa.

— Achei que ia precisar de algo para aliviar a tensão. Como está indo?

— Todos os relatórios de provas e as assinaturas parecem autênticos. Hodges trabalhou em todos os casos que você viu no depósito.

— Tudo ali parecia tão encenado...- Gil a observou refletir e recostou-se na cadeira. — Nunca vamos descobrir o que aconteceu acessando como convidados o banco de dados. Precisamos de acesso a cópias impressas, arquivos originais... Hodges não falsificou evidências, Gil. Alguém fez parecer que ele falsificou.

— Bem... A ciência dirá se a aparência das coisas é como realmente são.

— O problema é...- ela engoliu mais um pouco da bebida. —... que esse depósito está cheio de provas incriminatórias.

O celular dela anunciou uma mensagem e ela colocou o copo na mesa pra ver de quem era.

— No final, querida, a verdade surge.- ele pegou o copo e levantou como um brinde, mas não tomou, pois a reação dela à mensagem o chamou a atenção.

Era Hodges.

— Ele está se entregando.- o olhou. — Agora mesmo. Não vamos conseguir vê-lo.

— Ele provavelmente vai ficar preso até a segunda ordem.

— Vou mandar mensagem pra Catherine. Parece que ela estava prevendo.

— Como assim? Estava óbvio que ele ia ser preso com as acusações que tem.

— Eu sei. Só não achei que seria tão rápido.- ela falou enquanto digitava uma mensagem para Catherine e uma em resposta a Hodges. — Ele está se entregando, Gil. Ele não é culpado.

Grissom suspirou mais uma vez tomando mais um gole de sua bebida.

— Cath respondeu.

— Que rápido.

— Disse pra avisar se vai ter fiança.

— Ela vai pagar?

— Provável. Acho que vai demorar um pouco até ficharem ele.- soltou um suspiro. — Falei que vamos vê-lo amanhã.

— Bom…- disse após dar mais um gole na bebida. — Por hora, não temos muito o que fazer. Melhor descansarmos. Queria ligar pras crianças, mas já devem estar dormindo.- lamentou.

— É… Melhor ligarmos de manhã.

Depois de tomarem o restante de suas bebidas, o casal foi pôr o pijama pra dormir. Ou tentar.

— Não vou conseguir dormir. Estou preocupada demais pra isso.- ela disse ao se deitarem.

— A guerra mal começou, amor.

— Acha que vai ser uma guerra?

— Talvez.- ela ficou com o olhar distante. — Olha, tudo vai depender do Hodges. São muitas acusações. Ele vai ter que se explicar.

— Amor, ele não fez nada disso!

— Está bem, está bem, não vamos começar essa guerra agora. O que estou dizendo é que casos assim são complicados, e não vale a pena se estressar com antecedência. A verdade vai aparecer e tudo vai ficar bem. Tenta não pensar muito pra dormir tranquila…- beijou sua testa. — Tabom?

Mais uma vez, ela soltou um suspiro, porém dessa vez mais relaxada depois do beijinho que recebeu na testa. Amava quando ele fazia aquilo.

— Vou tentar.

Ele sorriu com o canto dos lábios e a puxou pra mais perto.

— Essa cama é confortável né?

Sara deixou escapar um meio sorriso.

— É sim.

— Se não conseguir dormir, eu tenho uma ideia pra distrair a mente.- Sara não resistiu e soltou o sorriso que segurava.

— Cama confortável, sem crianças, sem cupins… É, é uma boa ideia.

Ele quem sorriu agora.

Tinham descoberto cupins no Ishmael há alguns meses. Nada muito grave e mesmo que Gil não gostasse de acabar com eles, ou davam um jeito, ou o barco afundaria com as crianças dentro. No silêncio da noite eles até ouviam a madeira corroendo.

— Privacidade… Já tinha esquecido o que é isso.

— Acho melhor aproveitar antes que a “guerra” comece, não acha?

Grissom sorriu e a puxou para um beijo. Depois outro, depois outro.

A bebida deu uma leve disposição e aproveitaram bem essa privacidade inexistente no mar.

Era madrugada quando caíram no sono.

~ ♥ ~

Pela manhã, Gil e Sara acordaram com uma ligação de seus pimpolhos. Eram sete da manhã.

Com cara de sono, o casal atendeu o vídeo chamada e não resistiram ao sorriso quando viram os filhos.

— Acordados tão cedo?- indagou Sara.

— Eu estou contra a minha vontade.- respondeu Abby depois de bocejar. — Greg está dormindo, não quiseram acordá-lo e me acordaram pra ligar pra vocês.

— Eu já sei ligar sozinho, mas precisava do celular.

— Garoto esperto.- disse Grissom. Ficava impressionado que as crianças de hoje em dia tem facilidade com tecnologia desde bem novinho.

— Ao menos não pegou sem permissão. Parabéns, pequeno.- Abby elogiou e ele sorriu. — Como estão as coisas?

— Complicadas. Vocês vão ter que ficar aí mais tempo do que o planejado.

— Por que, mamãe?- Maggie quis saber.

— Coisa de adulto, meu amor.

— Mas vai ficar tudo bem, né?- perguntou Abby.

— Esperamos que sim. E vocês dois tratem de se comportar e obedecer o Greg, está bem? E obedeçam a Abby também, ela é a irmã mais velha.

— Tabom, mamãe.- os pequenos responderam.

— Já tomaram café?

— Ainda não, quiseram falar com vocês primeiro.

— Eu tô com fome.- disse Ricky, e Maggie completou:

— Eu queria as panquecas que o papai faz.

— Ah, mas vocês deram muita sorte.- falou Grissom. — Eu passei meu ingrediente secreto pra Abby e ela sabe fazer direitinho.

Abby demorou alguns segundos pra pescar a cumplicidade por causa do sono, mas logo concluiu.

— Ah, é verdade, fica igualzinha a dele com… o ingrediente secreto.

Sara quis rir, mas se conteve.

~ ♥ ~

Ainda naquela manhã, Max ligou para Sara depois do café, disse que precisavam ter uma conversa, mas ela estava numa cena de crime perto do depósito. Sara aproveitou para passar lá com Gil pra ele dar uma olhada por si só, mas como ele não tinha autorização pra entrar, teria que apenas tentar observar de longe sem ser barrado por ninguém.

Gil tentou e conseguiu... por alguns segundos.

— Com licença, senhor.- um policial foi até ele. — Por que está aqui?

Gil se defendeu dando uma desculpa.

— Só estava curioso com o que está acontecendo.

— Isso é assunto policial, senhor. Precisa se afastar.

Grissom deu um passo pra trás com as mãos em rendição, sem querer aborrece-lo, mas notou algo na fita e falou com ele novamente antes de se afastar.

— Policial? Pode dizer aos detetives que a peça que eles estavam se perguntando é um micrótomo?- e fez uma cara de senhorzinho bondoso.

O policial achou estranho.

— Quem é você mesmo?

Grissom só sorriu e foi se afastando dando de ombros de um jeito divertido, de novo com as mãos em rendição.

— Te expulsaram?- Sara sorriu ao ver a cara dele de quem aprontou.

— Quase, mas deu pra ver um pouco do interior do depósito.

— E o que você acha?

Ele desconversou. Sabia que ela ia ficar brava se dissesse que achava que Hodges era culpado sim.

— Preciso pensar.- ele então olhou para além da rua. — A cena do crime deve ser por ali. Tem um pequeno tumulto.

Gil não percebeu o olhar desconfiado dela, pois ela estava de óculos escuros, mas deu pra sentir que ela queria que ele falasse logo.

Sara mostrou sua identificação e conseguiu passar pelas viaturas. Os corpos já estavam sendo depositados na van do legista. Max a viu se aproximar e sorriu.

— Sara!- a saudou contente e viu a morena sorrir e apontar para o marido e para ela repetidamente, como se os apresentasse sem usar palavras. — Ah, este deve ser o senhor Grissom.- estendeu a mão para apertar a dele, e quando ele foi soltar, ela segurou por mais tempo para dizer: — Preciso confessar pra você, eu amo sua esposa.

— Ah!- ele riu. — Eu também.

Sara sorriu com o papo dos dois, uns amores. Ela já estava acostumada com Gil demonstrar carinho em público sem ficar desconfortável, mas mesmo acostumada, não deixou de achar fofo a forma como ele disse que também a amava.

— Está nos bajulando.- brincou. — Não me diga que nos chamou aqui para nos dar más notícias.

— Venham comigo.- Sara assentiu e apontou com a cabeça para Gil segui-las. Max os levou para a frente de sua cena de crime, no início da calçada, onde não tinha ninguém por perto. — Recebemos uma admoestação formal. Quem trabalhou com David Hodges tem que manter 1.600 km de distância do caso.

Quando Max começou a falar Sara já estava balançando a cabeça inconformada.

— O que eles acham…

— É só uma perspectiva.- Max falou por cima, com calma. — Mas isso pode afetar a integridade do sistema jurídico de Nevada.

— Quando um oficial da lei é acusado, é investigado por colegas. Não seria a primeira vez.- disse Sara.

— Há uma preocupação sobre…- ela parou, nem precisou continuar.

— Sim, eu imagino.- falou Gil. — Eu fui o supervisor do Hodges.

— Isso.

— Não pode descartar o fato de ser uma armação.- a justiceira Sara voltou a falar.

— Ei, eu adoraria se descobrissem isso…

— É, mas eles não vão.- Sara interrompeu. — Esse é o problema. A Agência de Assuntos Internos não tem experiência para isso. O promotor com certeza não.

— Gosto de pensar que essas pessoas…

— Max.- Sara interrompeu de novo, fazendo Max quase revirar os olhos, mas ouvir com paciência. — Todos os seus chefes vão tirar o deles da reta e deixar isso ser julgado pela mídia. Se nós…- ela apontou para os três. —... não chegarmos na verdade, ninguém vai.- Gil só observava o discurso da esposa. Tinha tanto orgulho do pulso firme que ela tinha, da persistência em ter justiça, apesar dele mesmo não acreditar muito na inocência de Hodges. — A vida do nosso amigo está em jogo.- ela continuou. — Toda a nossa carreira também.

— Não sou eu quem decido.- disse Max fazendo Sara desistir de argumentar… por enquanto. — A não ser que algo grande aconteça…- ela estendeu a mão pra pegar na de Sara, mostrando apoio mesmo que a forcem a deixar os dois de fora. —... não posso deixar nenhum de vocês perto do caso de David Hodges.

Sara assentiu, descontente, e fitou o marido que a olhou como se dissesse "é isso".

Max entrou na cena de crime e agachou ao lado de uma garota de franjinha. Sara e Gil foram logo atrás, parando na faixa amarela e observando a conversa. Ouviram Max chamá-la de Penny, ela tinha uma carinha fofinha, de longe dava pra perceber.

— O que é tudo isso?- Max perguntou a ela sobre a cena que ela analisava.

— Queria saber te dizer, chefe. Parece que o "homem ki-suco" foi esfaqueado.- Sara já gostou dela.

— Bem, está no chão de uma garagem. Acha que isso pode ser uma pista?- Max jogou a isca pra ver se ela pescava. Penny parecia ser a mais nova da equipe, como Greg era pra eles. Gostavam de fazer essas perguntas pra saberem se suas deduções faziam sentido.

— Bem, não há traços da substância sob nenhum dos carros das vítimas. Pensei que podia vir do carro do assassino. A base da roda parece a de um SUV.

— Aposto em fluido de transmissão de ponta.- Penny ouviu a voz de Sara atrás dela e a olhou. De fato era fofa. Quis dar uma informação nova pra ela. — Marcas caras tingem de vermelho para detectar melhor vazamentos.

Penny virou novamente o rosto pra raciocinar.

— Várias manchas sobrepostas.- comentou Max. — Parece que o mesmo veículo estacionou aqui várias vezes.

— Estamos procurando um visitante regular.- Penny chegou a essa conclusão recebendo um tapinha orgulhoso da chefe que a fez sorrir.

Max levantou e olhou para Sara.

— O que tem ali?- perguntou despretensiosamente.

— Vamos lá. Um olhar fresco não faz mal.

Sara trocou um olhar com o marido e apontou pra ele ir primeiro. Grissom apenas levantou a faixa pra ela passar.

— Você tem o distintivo.

Sara passou pela faixa e sorriu.

— Não me espere.

Essa frase trouxe lembranças e depois que ela entrou na casa, ele sorriu.

O caso era de um casal que foi assassinado na noite anterior ao seu casamento. Foram encontrados na sala, seminus. O assassino provavelmente os surpreendeu enquanto namoravam e eles nem tiveram tempo de se defender.

Enfim, Sara ajudou a achar uma pegada e acompanhou Max e Penny até elas terminarem de analisar todo o local. Depois voltou com Gil pro hotel. Mal tiveram tempo de comer ou trocar de roupa, Catherine disse que ia pagar a fiança de Hodges então eles podiam ir lá buscá-lo.

Rumaram pra delegacia e tiveram que esperar um pouco.

Gil parecia impaciente segurando seu chapéu, mas Sara quem checava toda hora o celular.

— Catherine disse que a fiança foi enviada. Não deve demorar muito.- Grissom assentiu. — Hodges não merece isso.- Sara não olhou para o marido, mas viu com sua visão periférica que ele a olhou de relance e deu de ombros, mas com a cabeça, e não disse nada. Olhou pra ele, séria. — Diga logo.

— Olha, eu também não quero que seja verdade, Sara. Só não sei por que tem tanta certeza.

— Pra começar, ele teria que quebrar mil leis bem debaixo dos nossos narizes.

— A prova pode opinar sobre isso?

Sara semicerrou os olhos.

— Está duvidando da minha leitura?

— Não, pelo contrário. Você disse que não encontrou nada no depósito para inocentá-lo - Sara nada disse e desviou o olhar. Ele suspirou e ela olhou em volta. — Eu só penso que… Quão bem realmente conhecemos David Hodges?

Sara assentiu sem concordar e olhou pra ele.

— Quão bem alguém conhece outra pessoa?

Ah, qual é, ele a conhecia. Ela o conhecia. Isso era diferente.

Ouviram um barulho de portão sendo aperto e Hodges saiu arrumando a gravata. Foi com surpresa que viram uma mulher grávida indo abraçá-lo e ele corresponder a chamando de "amor".

Grissom e Sara literalmente abriram a boca, chocados. Hodges percebeu a expressão dos amigos, mas tentou não olhar pra eles. Estava sem jeito, mas retribuiu o carinho da esposa e disse que ia ficar tudo bem. Sim, esposa. Ele estava com uma aliança, os dois estavam.

— Você sabia que ele tinha família?- o tom de Grissom claramente fez ele voltar ao seu argumento enquanto Sara continuava de boca aberta. — Deve ter muitas coisas que não sabemos sobre David Hodges.

Sara não teve como argumentar sobre isso, mas ainda acreditava na inocência dele. Quando o assunto olhou pra eles, os mesmos levantaram.

— Oi Hodges.- Sara lhe lançou um olhar reconfortante, mesmo ainda estando surpresa.

— Sara. Grissom.- ele estava meio sem jeito. — Ahn… essa é a Emma… minha esposa.

— Prazer em conhecê-la, Emma.- Sara sorriu gentilmente.

— O prazer é meu. Obrigada por tirarem ele daqui.- a moça baixinha, loira de cabelos ondulados e olhos brilhantes pelas lágrimas de desespero lhes lançou um sorriso agradecido. — David falou muito de vocês.

— Não posso dizer o mesmo.- ao dizer isso, Grissom levou uma cotovelada de Sara junto a um olhar de reprovação.

— Desculpem por isso…- pediu o ex técnico.

— Imagina.- Sara forçou um sorriso, ainda fazendo cara amarrada pro marido, para que ele dissesse alguma coisa gentil. Gil não teve outra opção.

— Não tem problema. Parabéns por… bem…- ele apontou pra barriga de Emma, ela já devia estar perto de ganhar. — A sensação é incrível.

O casal sorriu e Emma acariciou a barriga.

— Vocês tem três, não é?

— É sim.- Sara sorriu orgulhosa.

— Bom, eu soube que a Catherine mandou a fiança. Me lembrem de agradecer a ela.

— Claro. Nós temos que ir. Muita coisa pra discutir.

— Brass está bem?

Gil e Sara trocaram um olhar. Não diriam bem… talvez bem aborrecido com Hodges.

Foram até o Eclipse e Sara passou o cartão na porta de Brass. Ele, que estava falando com Elvis, virou pra ver quem era.

— Somos nós.- disse a morena. — E um velho amigo.- ela entrou seguida de Hodges, Emma e Grissom, respectivamente. 

— Senti mesmo o cheiro de cadeia.

— Brass. Um amor, como sempre.- ironizou Hodges ao chegar perto dele. — Quero que conheça minha esposa, Emma.

Brass sorriu pra ela, mesmo sem conseguir enxergar direito, deu pra saber que era uma graça.

— Ouvi histórias sobre você.- disse ela simpaticamente.

— Mesmo? Ele já contou sobre a vez que um doido contratou um assassino pra me matar, por conta de algo que ele fez?

Hodges abaixou a cabeça e Emma tratou de apaziguar.

— Bem, acho que vocês tem muito o que conversar.- ele riu de nervoso. — Vou ligar pra minha mãe.- direcionou-se ao marido. — Ela estava preocupada. Tem algum lugar…- ela perguntou e Brass disse "sim, claro" e apontou pro quarto. Sara a levou até lá.

— Tudo o que estão dizendo é papo- furado.- Hodges disse ao veterano com o olhar triste. — Eu não fiz isso.

— Tentei essa com a minha segunda esposa. Não funcionou.

Hodges suspirou, quase vencido. Ninguém acreditava nele? Virou-se para Grissom e Sara, que voltou de onde tinha deixado Emma e colocou-se ao lado do marido.

— Imagino que vocês acreditem em mim?

Sara olhou para Grissom.

— Sabe o que eu acho de testemunhos humanos, David. Fico do lado dos robôs.- Hodges respirou fundo. — Olha… Tudo que pode fazer é contar a verdade, e rezar para que as provas confirmem isso.

Hodges fez aquela carinha de cão sem dono, e enquanto Emma falava com a mãe, os quatro sentaram no sofá pra conversar. Bom, Sara e Hodges no sofá, Gil numa poltrona de frente pra Sara, e Jim de frente para Hodges, com a mesinha de centro os separando.

— Quer dizer que… alguém aluga um depósito em seu nome por mais de uma década, e você não sabe quem foi?

— Jim!- Sara o bronqueia.

— O quê? Há arquivos roubados lá, provas falsas. Equipamentos de laboratório, com suas digitais, David.

— Digitais são fáceis de falsificar.

— Opa, não diga isso muito alto, porque eles também querem acusá-lo disso.

— Por que eu faria isso? Pela emoção?

— Se não está mentindo, alguém com muitas habilidades está se esforçando para garantir a sua culpa.

— David, quem te odeia tanto a ponto de fazer isso?- Sara indagou.

Hodges tentou pensar, mas Brass não deixou.

— Você deve ter irritado umas seis pessoas apenas andando pelo saguão lá embaixo.

Hodges perdeu um pouco a paciência com a falta de empatia deles. Parecia que a única a apoiá-lo era Sara, mesmo ela não tendo dito.

— Sabe, algumas pessoas amadurecem.- Brass suspirou. Ele tinha o direito de devolver. — A Emma… me mudou. Me tirou daquele laboratório, de toda aquela morte. Comecei a trabalhar como consultor de perícia. A vida estava boa, e de repente, boom! Acordo no inferno.

Tadinho. Sara ficou com muita dó e fez um breve carinho nas costas dele como apoio.

— Eu fui até o depósito.- disse Grissom puxando a atenção dos três. — Se alguém o incriminou, conhece você muito bem.

— O que quer dizer com isso?

— Jujubas, jogos de tabuleiro, pequenos brinquedos de gatos…

— Metade de nossas coisas estavam em caixas na garagem desde a mudança. Procurei o Boggle semana passada. Achei que havia se perdido na mudança.

— Então acha que alguém roubou suas coisas e as usou para incriminar você?

Hodges sentiu o deboche de Brass, mas não se deixou intimidar.

— Exatamente isso.

— Finalmente.- disse Gil. — Uma hipótese coerente.- ele então olhou para sua linda esposa que finalmente não o fuzilou com o olhar desde a delegacia.

Hodges foi pra casa com Emma, e Sara foi pro laboratório com Grissom, mas não antes de passar no hotel pra trocarem de roupa.

— Se prepara porque aquele lugar não parece quase nada com o laboratório que a gente conheceu.

— Sério?

Só foi ele chegar lá. Gil ficou tão impressionado quanto ela.

— Nossa, quanta máquina! Se bobear, eu não sei como usar nenhuma delas.

Sara riu.

— Max disse que as coisas estão ali pra montarmos nosso kit.

— Ela deixou?

— Não é que ela deixou… eu tenho as credenciais né.

Entraram na sala, e enquanto Sara abria a maleta e já montava algumas coisas, Gil observava o movimento do laboratório.

— Você tinha razão, querida. Esse lugar está parecendo o Taj Mahal.- e voltou pra perto dela para ajudá-la a arrumar a maleta.

— Combinação de verbas federais e Catherine Willows. Ela foi atrás dos amigos de cassino dela.

— E todos eles pularam fora.- ele brincou e colocou um saco de luvas na maleta.

Sara sorriu com o que ele falou, mas fez careta ao olhar pras luvas. Tirou-as de onde ele colocou, e colocou do lado. Grissom na hora olhou pra ela sem entender.

— Eu só… gosto das luvas onde eu gosto das luvas.

— Pensei que estávamos compartilhando.

— Sim, sim, nós estamos, mas… sou eu quem tem as credenciais, então, tecnicamente, esse equipamento é meu.

Grissom abriu a boca tipo "ahh, entendi, madame, tudo bem então". Sara estendeu as mãos para que ele lhe desse o que segurava, pra ela mesma guardar.

— Acha que estou sendo muito duro com David Hodges?

— Eu não saberia dizer de que lado você estava.

— Eu não tenho lados.

— Ai, eu sei, eu sei. "Siga a evidência". Só que é difícil para mim ver Hodges apenas como um suspeito.- ela voltou as luvas pro lugar onde Grissom preferia enquanto conversavam. Ele fingiu não notar. — Ele esteve em nossa equipe por tanto tempo.

Gil entregou um pó preto pra ela, e antes de entregar o verde, ele disse:

— Tenho apenas dois parceiros. Você e a dúvida.

— Bem, estou brava com você e com a dúvida agora.- ela arrancou o pó verde da mão dele e guardou.

Grissom, pegou uma lupa que acende uma luz e a testou enquanto respondia sua bravinha.

— Não, não está. Sabe como eu sei?- ela respirou fundo e continuou olhando pro kit. — Colocou as luvas de volta onde eu gosto.- e deu um sorrisinho fofo e engraçadinho, desligando a luz da lupa.

Sara fechou ainda mais a cara, pegou o pacote de luvas com sua fúria e colocou de volta em seu lugar preferido, não no dele. Arrancou a lupa da mão dele, guardou na maleta e fechou. Gil a olhava querendo rir, já acostumado com os pitis da esposa, e virou pra ver o que mais ia levar. Sara permaneceu emburrada batendo o dedinho na maleta.

— Preciso guardar os cotonetes, meu amor.

— “Meu amor” nada. Você é um teimoso.

Grissom riu.

— Não precisa dessa marra toda, honey, eu só não estou colocando a carroça antes dos bois.

— Ora, eu também não. Ao contrário de você, eu não julgo as pessoas.

— Não estou julgando, só estou olhando de uma perspectiva óbvia. Foi como eu disse, a verdade sempre emerge. Vamos investigar isso juntos… não é?

Sara não resistiu ao sorriso, pois ele perguntou com um escondido. Ele sabia muito bem como domar a fera, era só falar com jeitinho.

— É.- respondeu revirando os olhos, mas sorrindo. Recebeu um beijo na bochecha e abriu a maleta pra terminar de guardar as coisas.

Assim que saíram, foram investigar a garagem de Hodges.

— Queríamos desempacotar e nos organizar desde que David se mudou.- disse Emma.

Sara sobrou uma das caixas e o pó subiu.

— Há quanto tempo foi isso?- perguntou passando o dedo pela mesma caixa, fazendo o pó ficar em sua luva.

— Esperamos até depois do casamento, então… seis meses?- Hodges confirmou com a esposa. — Tenho certeza que a garagem de vocês é impecável.

— A sua tem menos algas.

Grissom fez Sara sorrir com essa gracinha.

— Eu não toquei em nada. Não queria ser acusado de adulterar outra coisa.

— Ele não me deixaria limpar para fazer companhia. Minha mãe ficaria horrorizada.

— Diga a sua mãe que, quando procurar por sinais de arrombamento e invasão, a bagunça é melhor.

O casal olhou cada canto, de cabo a rabo, e nada.

— Vocês devem ter esquecido de alguma coisa!- Hodges estava confuso, como assim não acharam nenhuma pista?

— Como isso é possível?- indagou Emma, os quatro conversando na cozinha. Gil e Sara de um lado da bancada, ela e Hodges do outro. — Disse que encontrariam provas.- ela falou para o marido.

— A garagem está intacta. Não há sinal de invasão.- informou Sara. — É possível que estejamos procurando um ladrão muito habilidoso.

— Também é possível que nunca tenha existido um ladrão.

Pronto, Gil plantou a discórdia. Sara tentou contornar ao ver a cara de Hodges com o que Grissom disse.

— Ou que há outra explicação totalmente diferente e não vimos.

— Tem que haver. David nunca faria algo assim. Ele nunca faria isso.- Emma enfatizou. — O que estão dizendo?!

— Apenas que não temos uma resposta satisfatória de como suas coisas foram parar no depósito.- Gil explicou ao ex técnico.

— Acho que não acredita em mim, então.- Hodges estava quase chorando, confuso, desesperado. Seu filho ia nascer e ele estava sendo acusado de muitas coisas ruins.

— David, a crença tem que ser desarraigada da ciência, você sabe disso. Quando está perdido no mar, só pode navegar por pontos fixos. O que você sabe é o norte verdadeiro, não o que você gostaria de acreditar.

Hodges olhou pra ele, magoado. E o silêncio se instaurou. Gil pediu licença e saiu da cozinha.

Sara suspirou vendo-o se afastar.

— Bem, eu sei no que acredito.- Hodges se alterou um pouco. — Estou sozinho aqui.- Emma o olhou como se ele não soubesse o que estava dizendo. Hodges só olhou para Sara, furioso, e concluiu. — A bússola dele está errada!- apontou para onde Grissom saiu, e também saiu da cozinha.

Sara olhou para Emma, ela estava magoada com o que ele disse.

— Como ele pode dizer que está sozinho? Eu tenho estado com ele esse tempo inteiro.

— Ele falou da boca pra fora, não falou sério. Ele está com medo, só isso.

— Eu… eu sei…- Emma fez que ia chorar e Sara foi abraçá-la. Hormônios de gravidez, ela passou por isso.

— Fique calma, eu vou falar com ele.

Sara foi atrás de Hodges e ele andava de um lado pro outro na sala tentando se acalmar.

— Você sabia que sua esposa estava chorando na cozinha por causa do que você disse? Perdeu o juízo?- Hodges na mesma hora se arrependeu e tentou voltar pra lá. — Escuta.- ela o impediu. — Eu já fui incriminada. Não guardo rancor de ninguém, mas não sei se lembra o jeito que me tratou naquele dia.- Hodges se sentiu pior ainda e abaixou a cabeça. — Eu me senti péssima, e hoje, eu estou aqui. Estou do seu lado acreditando em você, sua esposa está do seu lado acreditando em você, e você diz que está sozinho. Eu poderia simplesmente voltar pro meu barco com o meu marido e largar você aqui pra ser preso por algo que você não fez. Mas não vou fazer isso.

— Sara, eu… eu sinto muito… eu não queria dizer isso, eu só… Grissom é insensível demais.

— Ele não é insensível. Ele só não acredita nas pessoas, passou anos da vida dele em prol da ciência e das evidências. Se elas apontam o dedo pra você, ele também vai apontar.- Hodges suspirou. — Mas não se preocupe, eu vou falar com ele.

— Obrigado.- ele sorriu sem jeito. — Obrigado por ficar e… por acreditar em mim. Eu sei que não somos muito chegados, mas…

— Não há de quê. Agora vai atrás da sua alma gêmea que eu vou atrás da minha.- ela piscou pra quebrar o gelo e ele sorriu, ambos seguindo caminhos opostos.

Era hora de dar bronca no marido.

O viu na outra calçada, parado olhando pra frente.

— Gil!- ela foi andando até ele, sem paciência. — Gil! Se não quer confiar no Hodges, tudo bem. Mas será que pode confiar em mim nisso? Eu estava no depósito, você não! Quantas vezes vou ter que dizer que Hodges foi incriminado?!

— Sara.

“Ah não! Você vai ouvir sim!”

— Nós dois sabemos quando uma cena é montada.

— Sara.- ele sussurrou ainda olhando pra frente. Cagou pro que ela falou, e ela entendeu o porquê.

No poste à frente havia cartazes de cão perdido. Brewski, o nome dele.

Foram averiguar, claro. Havia muito verde ali, e eles foram olhar os arbustos.

— Um amado cão de guarda desaparece da casa ao lado de Hodges, na mesma semana do ataque ao Brass.- Gil comentou enquanto ele olhava mais pro fundo e Sara mais pra perto da rua, próximo a uma cerca.

— Gil.- ela o chamou e ele foi até ela.

Sara apontou a lanterna pra um lugar onde parecia ter sido cavado recentemente, do tamanho certinho de um cachorro, a terra estava numa tonalidade diferente, e havia uma teia de aranha nas folhas.

O casal se agachou em frente pra olhar melhor.

— Argiope trifasciata.- disse o entomologista. — Leva cerca de três semanas para o saco de ovos de uma aranha de jardim ficar desse tamanho.

— Então o solo não foi cavado para plantar este arbusto.- os dois trocaram um olhar cumplice, como se seus pensamentos fossem os mesmos. — Que tipo de pessoa mata um cachorro e depois o planta na garagem de seu dono?

— O tipo que quer arrombar uma casa sem chamar a atenção, talvez.

Aaaahhhh, mudou de opinião, senhor certeza??

— Hm. Não precisa dizer que eu estava certa.

Trocaram mais um olhar e voltaram a observar a aranha.

— Vamos precisar de uma pá.

— Vamos lá, sua convencida.

Sara riu enquanto levantavam.

— Que foi? Eu disse que você é um teimoso. Sua mulher sabe o que diz, senhor Grissom.- ela fez mesmo cara de convencida, pois adorava estar certa e ele não.

Ele não resistiu e a abraçou pela cintura, quase deixando cair a lanterna que seguravam.

Foram pegar o que precisavam pra desenterrar o cachorro e o colocaram no porta-malas do carro pra levarem pro necrotério. O cão era pesado, então Gil ficou aliviado de colocá-lo numa maca assim que chegaram no subsolo.

Ele e Sara foram empurrando pra sala de autópsias onde encontraram Max e Hugo prontos para fotografarem o corpo da mulher que Sara viu lá na cena com Max e Penny.

— Oh, o que é isso?

— Eu faço a mesma pergunta.- diz Maxine olhando pro corpo que eles carregavam naturalmente.

— Isso? Isso é um cachorro morto.- disse tranquilamente.

— Pastor alemão chamado Brewski. Ele precisa ser necropsiado para o caso David Hodges.- ela deu um olá para eles com a mão, sorrindo nervosa.

— Possivelmente.- disse Gil sem querer entregar que estavam trabalhando no caso Hodges, já que tinham sido proibidos. — Por enquanto, é um assunto não relacionado.- ele meio que olhou pra esposa tipo “pô, colabora aqui”.

— Bem, Brewski vai ter que entrar na fila.- falou a chefe. — Porque temos um cadáver na frente dele. E estamos prestes a fazer algumas fotografias de luz.

— Você mesma construiu?- Gil olhou admirado para a luz ultravioleta que eles montaram.

— Sim. Na verdade, com a ajuda de Hugo.- ela sorriu.

— Ah sim, você é o aprendiz do dr, Robbins, não é? Ouvi dizer que você pinta.

Ele disse que sim e deu ombros, voltando ao assunto da luz. Explicou sobre como ela funcionava.

— Então deve ser capaz de detectar ferimentos internos profundos. Isso é genial.- elogiou Grissom.

Como os cientistas curiosos e apaixonados que são, o casal ficou ali para observar o que Max e Hugo estavam fazendo, e depois foram tratar de Brewski. Claro que assim que colheram evidências, eles tinham algo sério para falar com Max, pois não podiam prosseguir dali sem a aprovação e ajuda dela.

— Alguém pode me explicar como esse pobre animal parou no meu necrotério?- ela indagou assim que entrou com eles em sua sala.

Sara e Gil se sentaram de frente pra ela na mesa. Sara colocou sua maleta no chão enquanto Gil segurava uma pasta com fotos e papeis.

— A necropsia confirmou que alguém esmagou o crânio do cão.- falou a morena. — Mas Brewski era um bom garoto. Ele mordeu o assassino antes de morrer.

— Encontramos sangue nos dentes dele. Precisamos testá-lo.

— E o que os impede é…- ela já estava começando a entender onde queriam chegar.

Gil respondeu.

— O presidente da suprema corte e o procurador geral de Nevada. O delegado de Clark County e todos os seus outros chefes.

— Aquele cão morava ao lado de David Hodges.

Max nada disse e desviou o olhar de Sara para Grissom quando o mesmo voltou a falar, colocando seus óculos e abrindo a pasta que trouxe.

— Encontramos uma massa de pupa de mosca varejeira no cadáver.- pegou a foto e mostrou pra ela. — Indica a hora da morte exatamente uma semana atrás.

— Três dias antes de entrarmos naquele depósito…- Sara continuou. —, um intruso encontrou esse cão de guarda ao lado de uma garagem com pertences pessoais do Hodges que estavam guardados. Max…- ela fez uma pausa dramática. — Foi assim que o incriminaram.

Maxine tinha um plano, mas quase assustou eles antes de dizer.

— Eu tenho que discordar.- eles gelaram. — Isso é totalmente independente ao caso de David Hodges, mas… concordo com você.- ela olhava diretamente para Sara, pois as duas pensavam igual, eram espertas. — Este caso de crueldade contra animais…- Sara já não conseguiu conter o sorriso. —... justifica alguma investigação.

Com sua carinha de inocente e um sorriso que teimava em sair de seus lábios, Sara sacou o que Max tinha em mente.

— E nós podemos concordar com isso.

Grissom franziu o cenho olhando pras duas. O que bexiga elas estavam tramando?

— Sim, e como vocês sabem.- Max continuou. — De vez em quando, o laboratório criminal emprega consultores. E acho que poderíamos ter um consultor entomológico neste novo caso.

Sara sorriu e olhou para o marido que continuava com o cenho franzido, sem entender nada.

— Dr. Grissom? Acha que eu poderia persuadi-lo a voltar ao CSI?

Ele olhou para Sara na hora, que pegou a maleta e discretamente empurrou pra perna dele. Aquela carinha de travessa só podia significar uma coisa. Eles iam se arriscar investigando algo que não podiam, para provar que Hodges era inocente, e que nem tão cedo iam voltar pra casa.

Grissom soltou um suspiro.

— Vocês duas ainda vão me arranjar problemas.- as duas sorriram. — Quer mesmo embarcar nisso, honey?

— A gente precisa, Gil.

Ele soltou mais um suspiro.

— Eu não consigo dizer não pra você, não é?- Sara abriu um sorriso lindo segurando na mão dele. — Maxine, agora você tem um consultor entomológico.

To Be Continued…


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Notas finais do capítulo

Eeeita, muitos acontecimentos kkkkkk A Sara é muito justiceira, eu amo demais ♥
Confesso que o Gil bravo com ela por quase ter sido atropelada e ela brava com ele trocando as luvas de lugar, são minhas cenas favoritas do capítulo kkkk ♥
Tivemos dois "darling" só em um episódio, eu num guento tanta fofura ♥~♥
Espero que tenham gostado e que apareçam pra dar um feedback nesse novo ano :') Vamos fazer com que 2023 não seja um ano triste pra autora, vamo? Comenta aqui :') ♥
Abraço de urso e até o próximo :3 Caso tenham dúvida, no cronograma tem a data certinha das atualizações ;)



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