Love Story escrita por Fofura


Capítulo 196
Immortality ❥ “— Por que me deixou?”


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhaas!
Chegamos ao capítulo final de Immortality com a famosa e injusta cena do barco. Sim, eu sei, todos nós queríamos beijo, e era pra ter tido beijo. Fãs GSR sofrem.
Bom, obviamente a única cena original aqui é o reencontro deles no barco rumo ao pôr do sol, o resto é tudo acrescentado e inventado, então nem contei quantas cenas foram usahsjk
Lembram da carta mencionada no capítulo 186? É aqui que a Sara lê ;)
E pra quem está se perguntando se eu fiz a Sara bater no Grissom pelo que ele fez, eu fiz u.u mas tá na versão final, não aqui, infelizmente suashaj aqui ela tava muito emocionada pra pensar em bater nele
Capítulo dedicado a Tasha, que vai fazer niver dia 24, como eu não vou mais postar por um bom tempo (choremos), decidi dar esse presentinho singelo ❤
Sem mais delongas, boa leitura ♥



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Ela entrou rápido na sala do sheriff querendo falar com ele com urgência.

— Conrad!

— Sara? O que houve?

— Preciso ir embora!

Ele não entendeu da maneira certa.

— O turno já acabou, já pode ir.

— Não Ecklie, você não entendeu. Eu preciso mesmo ir embora.

Ao olhar bem pra ela, ele entendeu e não ficou muito contente.

— Grissom?? Sara, fala sério! Acabou de conseguir a diretoria. Você é chefe e supervisora do turno da noite do segundo melhor laboratório do país! Quer mesmo desistir do que acabou de conseguir pra ir atrás dele? Depois de tudo o que ele te causou? Eu posso não ter gostado de você quando te conheci, mas gosto agora. E como amigo eu te aconselho a não fazer isso.

Sara se surpreendeu muito com aquelas palavras. Quem diria! Achou que morreria sem ouvir da boca dele que ele gostava dela e considerava-se seu amigo.

Mas estava decidida. Não adiantava ficar lá sem Gil. Não adiantava ficar em lugar algum sem ele. Achou que havia superado seu divórcio, achou que ele não significava mais tanto assim, achou que estava feliz. Grande engano! Tinha aprendido a não mantê-lo tanto em seu pensamento, mas ao vê-lo novamente seu coração não a obedecia mais.

O que ela tinha certeza é que não podia mais viver sem ele por perto, principalmente depois do que ouviu. E sabia que se Gil partisse naquele barco, nunca mais o veria.

— Eu pensei muito sobre isso. Foi a decisão mais difícil que tomei. Mas ela é necessária.- ela pegou seu distintivo que estava junto a sua identificação e lhe entregou. — Entregue à Catherine, por favor.

— Sara, você tem certeza? É tolice!

— Eu o amo, Conrad!- ela insistiu. — Eu preciso dele! Não posso deixá-lo partir. Não posso!

— Olha Sara...- ele se levantou e parou em sua frente. — Já que o que quer é demissão, sou obrigado a aceitar, mas vamos fazer o seguinte... Você vai atrás dele. Se ele não tiver ido embora de barco ainda e você decidir ir com ele, você me manda uma mensagem e eu passo o cargo pra Willows, caso contrário, você volta e o cargo ainda será seu. Pode ser?

Que legal da parte dele! Sara ficou feliz, mas esperava que Gil ainda não tivesse partido.

— Obrigada. Pode sim, mas… espero que ele ainda não tenha partido.

— É mesmo apaixonada por ele, não é?- sorriu balançando a cabeça. Aqueles dois não tinham juízo. Não entendia o porquê eram tão complicados.

— Sou.- sorriu sem jeito. — Sempre fui. Mas a culpa é sua que trouxe ele de volta.- brincou.

Conrad riu.

— Bom... Boa sorte, Sara.

— Obrigada!- o abraçou.

Foi a primeira vez que ela e Ecklie trocaram um abraço. Ele até ficou surpreso. O desfizeram.

— Vá.- sorriu.

Sara sorriu de volta e correu pra casa. Só pôs o necessário na bolsa e foi pro aeroporto pegar o próximo voo pra San Diego. Ao chegar lá, pegou um táxi para a marina. Quando o táxi parou, rezou para que Gil ainda estivesse lá, e estava.

Sorriu ao vê-lo, ele estava se preparando para partir. Desceu a rampa em passos largos e ao chegar embaixo andou devagar esperando que ele a visse.

Gil desamarrou a corda para poder partir e quando se virou, a viu. Não acreditava no que via, ficou paralisado. Ela andava em direção a ele com aquele sorriso de lado no rosto.

Quando ela parou na frente dele do lado de fora do barco, respirou fundo, e viu em sua expressão que ele não imaginaria que ela fosse atrás dele depois do que lhe disse no laboratório.

Ele resolveu lhe estender a mão para ter certeza. Ela segurou, e só então ele percebeu que não estava imaginando coisas. Sara realmente estava ali diante dele.

A ajudou a entrar no barco segurando sua cintura enquanto ela apoiava as mãos em seus ombros. Assim, ela pulou pra dentro do barco ficando frente a frente com ele, a centímetros de seu rosto.

(Adorei a mordida no lábio que ele deu ( ͡° ͜ʖ ͡°).

Sara acariciou seu rosto e com um olhar e um meio sorriso ela disse que iria com ele, sem dizer nada com palavras. Ele sorriu também e não resistiram a um abraço apertado com aquele sentimento intenso de saudade!

Sara sentira tanta falta daquele cheiro, daquele abraço que a mantinha tão segura.

Gil sentira falta de quando se abraçavam e ela colocava a mão em sua nuca como fazia naquele momento.

Sabia que ela abriu mão do cargo e que ia embora com ele onde quer que ele fosse. Ela tinha lhe dito isso com aquele olhar e aquele sorriso. Mas não era justo. Ela tinha mudado de ideia sobre deixá-lo, e não era nada justo.

A única explicação pra ela ter mudado de ideia tão repentinamente, foi se ela tivesse visto a conversa que teve com Heather, e pelo olhar dela, sabia que a explicação era essa.

— Por que fez isso?- ele indagou ainda em seu abraço.

— Porque eu te amo.

Aquilo aqueceu o coração dele. Ouvi-la novamente dizer que o amava, depois de tanto tempo.

— Mas não é justo.- ele se sentia culpado, e com razão. Desfez o abraço e a fitou.

— Você largou tudo por mim uma vez, eu só fiz o mesmo.

— Então estamos quites?- ele brincou só pra vê-la sorrir, e foi mágico ver aquele sorriso de novo. Mas seu próprio sorriso sumiu, sentindo-se mais culpado ainda, por Sara ter ouvido tudo sem ter conseguido dizer diretamente a ela. — Queria ter conseguido dizer…- lamentou.

Os olhos de Sara marejaram.

— Então diga…

Grissom sentiu como se tivesse voltado dezessete anos atrás, na primeira vez que ficou tão perto dela como estava naquele momento. O dia em que tocou sua pele, o dia que sentiu seus lábios e provou seu beijo. Fez a mesma coisa, com o mesmo frio na barriga e a mesma intensidade, mas com um amor muito maior.

Grissom tocou o rosto dela e passou a olhar todos os detalhes dele, havia mudado tanto e ao mesmo tempo não mudara nada. Os traços da idade chegavam, mas a maciez da pele e a feição de jovem e delicada não a abandonavam. Além do brilho daquele olhar castanho que sempre foi o mesmo.

— Eu te amo...

Era tão bom ouvir aquilo de novo, não só ouvir como ver, ali, no azul brilhante dos olhos dele. Ele disse!

Sorriram com lágrimas acumuladas nos olhos, mas sem deixar elas escaparem, e aproximaram seus rostos devagar até o tão desejado beijo acontecer. Mataram a saudade que sentiam de terem seus lábios unidos e aprofundaram mais e mais até o limite de suas respirações, porém, com calma e aproveitando cada sensação. Fazia tanto tempo que suas bocas não se uniam... Ao pararem o beijo, encostaram suas testas uma na outra com os olhos fechados por alguns segundos, enquanto recuperavam a respiração..

Ficaram assim por mais alguns instantes.

— Vai mesmo embora comigo?- ele ainda não conseguia acreditar.

— Vou. Não sairei do seu lado nunca mais.- acariciou seu rosto novamente. — E o perdoarei por tudo o que fez, se me prometer a mesma coisa.

Era tudo o que ele queria.

— Eu prometo, abelhinha.- corou por chamá-la daquele jeito. Já fazia tanto tempo! E depois do papel de besta que fez durante todos esses dias ao lado dela, tinha mesmo que ficar envergonhado. — Não vou mais te decepcionar.

Ela sorriu pelo modo como ele a chamou. Que saudade! Lhe deu mais um beijo selando a promessa.

— Vamos embora?- ele propôs olhando naquela cor caramelo que tanto o hipnotizava.

— Vamos.- sorriu fitando aquele céu que estava a frente e não acima dela.

Ele pegou em sua mão e foram em direção à escada do barco que levava ao controle, mas antes de subirem Sara lembrou de uma coisa.

— Ah espera!- o segurou parando de andar e ele perguntou o que foi. — Preciso mandar uma mensagem pro Conrad. Vai subindo, logo me juntarei a você.- lhe deu um selinho.

— Ok.

Enquanto Gil dava partida no barco, Sara escrevia a mensagem para Ecklie. Quando já enviada, ela retirou a bolsa de seu ombro e guardou dentro da cabine. Observou que lá haviam algumas fotografias dela e dos dois juntos. Ele realmente tinha sentido falta dela. Sorriu e em segundos se juntou a Gil lá em cima. Pôs-se ao lado dele e segurou em seu braço enquanto ele pilotava.

— O que está achando da vista?- ele lhe perguntou.

— É maravilhosa!- sorria enquanto o vento balançava seus cabelos.

Gil levava o barco em direção ao pôr-do-sol. A vista era simplesmente incrível! Eles sentiam que se avançassem mais um pouco conseguiriam tocar aquela incrível beleza laranja.

Sara sorriu, era tão bom estar com ele. E era melhor ainda sentir-se feliz de novo. Olhou para aquela imensidão azul e apoiou a cabeça no ombro dele. Ele achou aquele gesto super fofo, encostou sua cabeça na dela e depois voltou a olhar pra frente. Ela retirou a cabeça do ombro dele segundos depois.

Chegaram a mar aberto e ele deixou que o barco flutuasse.

~ ♥ ~

Assim que Conrad pegou uma xícara para tomar um café bem quente, seu celular anunciou que havia chegado uma mensagem. Ele rapidamente o pegou para lê-la.

"Cá estou eu no barco dele. Graças a Deus ele não havia partido ainda, mas partirá e irei com ele. Obrigada por ter me dado a chance de ser supervisora/diretora mesmo sendo por este período tão curto. A decisão mais difícil foi ter que escolher entre um amor e uma paixão. Decidi ficar com o amor. Sei que você me compreenderá, assim como todos eles quando souberem que parti. E ficarão contentes em saber que agora estou feliz, pois estou onde devo que estar... Junto a ele. Espero que não fique chateado com a minha decisão.

Cuide-se.

Sara."

Ao terminar de ler, sem que percebesse, Conrad estava com os olhos úmidos. Quem diria! O careca tem coração!

Mesmo decepcionado por perder uma das CSI's mais brilhantes e por saber que teria que dar uma coletiva para a imprensa para explicar o porquê de Sara Sidle desistir da diretoria, estava feliz por ela. Chateado sim, porém feliz.

Pegou a identificação com o distintivo de Sara e trocou pela de Catherine. Foi ao encontro dela para entregar, sem vontade nenhuma pela cara dele. A encontrou no corredor com Lindsey.

— Catherine!- a chamou e elas se viraram. Ele foi até ela. — Sara queria que você ficasse com isso.- Catherine ficou extremamente surpresa ao abrir o que Ecklie havia lhe entregado. — Você queria, agora é seu.- lhe estendeu a mão.

— Obrigada.- ela respondeu ainda em choque e apertaram as mãos. Ecklie então se retirou. — Que bom pra ela...

Cath realmente estava feliz. Durante todo o curso da investigação ela notou a tensão entre seus melhores amigos. A troca de olhares, as indiretas, a tristeza, a mágoa, as quase brigas que teve que separar... Mas não só ela sabia, como todos naquele laboratório, que eles se amavam e queriam ficar juntos novamente. Ficou feliz por Sara conseguir a diretoria, foi um grande passo pra ela e ela merecia, mas sabia que Sara não conseguiria ficar longe de Gil, não importava o quanto ela estivesse magoada e focada no trabalho. Esperava do fundo do coração que eles fossem felizes como antes.

Agora teria que comemorar sua volta. Virou-se pra Lindsey.

— Deixa eu te mostrar meu escritório.- riram e saíram correndo pra lá.

~ ♥ ~

“Já vivi, já amei, já perdi, já paguei dívidas

Já estive no inferno e voltei

E dentre tudo isso você sempre foi minha melhor amiga

Por todas as palavras que eu não disse e todas as coisas que eu não fiz

Hoje vou encontrar um jeito.” ― Bon Jovi

Deitados no "andar de baixo" do barco olhando o céu que logo escureceria por completo, ambos estavam em silêncio, apenas ouviam o som do mar e do vento.

Mas Sara estava inquieta. Queria saber a verdade sobre o divórcio. Ela sabia que o real motivo de Gil ter se divorciado dela não era o que ele havia dito.

— Griss... Sei que já nos entendemos, mas... Não acha que mereço saber o porquê?

— Por favor, Sara...- ele queria deixar aquele assunto enterrado. Mas sim, ela merecia saber.

— Não, Grissom. Me diz.- apoiou-se em seu antebraço pra olhar pra ele melhor. — Por que me deixou? O real motivo.

— Eu… não consigo te falar, Sara...- ele tapou o rosto com as duas mãos. Como contaria a ela que foi novamente medo e insegurança?

— Não foi medo de novo, foi?- ela ainda parecia ler seus pensamentos. — Griss, você não… achou que eu te trocaria por outro, achou?

Ele não a olhou e nem respondeu, então ela tocou seu rosto fazendo com que ele a olhasse.

— Não acredito nisso… Você…- ela olhava pra ele sem conseguir formular uma frase de tão indignada. Sentou-se e suspirou.

Gil estava com vergonha de olhá-la.

— Você não entende.- ele também se sentou. — Eu…- e travou.

Sara suspirou novamente.

— Então me explica. Por favor, me explica, Gil. Me fala que eu não sofri três anos por um medo que você já devia ter perdido!- ela tentou não ficar nervosa e entendê-lo, mas precisava que ele falasse.

Gil não ia conseguir explicar nada, estava com muita culpa, muita vergonha, muita raiva de si mesmo por tê-la feito sofrer. Continuava achando que não merecia o perdão dela. Se pudesse explicar de outra forma sem ser falando.... foi aí que lembrou da carta! A carta que escreveu depois que a viu com o bonitão da sorveteria, e teve a ideia de entregá-la naquele momento.

— Tem um jeito mais fácil de você saber.- ele se levantou e foi até a cabine deixando Sara com uma interrogação na cara.

— Como assim?

Gil voltou e lhe entregou uma folha dobrada, que tinha frente e verso escritos.

Mesmo confusa, Sara abriu a carta pra ler. E leu em voz alta.

— “Oi abelhinha…- quis sorrir só com esse início, mas não o fez, estava nervosa. — Nem sei se ainda tenho o direito de te chamar assim. Você claramente deve me odiar agora, e eu não te culpo. Te dou razão, inclusive. Eu mereço seu ódio, sua raiva, sua repulsa.— ficou triste ao ler isso, não era pra tanto. — Te causei muita dor, e por conta disso, deve ficar confusa sempre que lembra de mim dizendo ‘eu te amo’. Que tipo de amor é esse que machuca?— seu coração doeu ao ler isso e seu olho ardeu um pouco. — Mas acredite em mim, nada do que eu fiz foi na intenção de te machucar, apenas proteger.— Sara respirou fundo antes de continuar. Grissom só observava suas reações. — Eu me arrependi e voltei pra te dizer isso, mas ao que tudo indica já era tarde.— Sara franziu o cenho. — Você seguiu com a sua vida e eu decidi não atrapalhar mais.— Sara continuou com o cenho franzido ao ler, não estava entendendo nada. — Pois aquele cara que estava tomando sorvete com você, te fazendo rir, deve te merecer muito mais do que eu.— ela então parou de ler pra raciocinar, e se lembrou do momento. Ficou chocada que ele estava lá no dia. — Espera, você… me viu com o Anthony na sorveteria?- Grissom assentiu. — Griss… não era nada.

— Como não?

— Anthony salvou minha vida, só quis retribuir e saí com ele. Nós não tínhamos um relacionamento.

— Como assim salvou sua vida? Esteve em perigo?

Sara deixou escapar e riu de nervoso.

— Eu… quase morri umas… cinco vezes depois que nos divorciamos.- Gil arregalou os olhos. — Em todas eu escapei por pouco, e em uma delas foi o Anthony que me livrou. Ele era do esquadrão antibombas, então deve imaginar qual foi o perigo.- Gil estava pasmo com essa descoberta, já ia pedir detalhes, mas ela o cortou. — Mas depois eu listo tudo pra você. O fato é que você foi me pedir perdão e quando me viu com ele, desistiu. Anthony e eu não tínhamos nada, eu teria te perdoado, Gil.- ela lamentou.

— Teria?- perguntou surpreso.

— Tudo o que eu queria naquela época era que você se arrependesse e voltasse.

Grissom suspirou decepcionado com a própria precipitação.

Sara continuou lendo.

— … O mundo não te merece, Sara, o mundo é muito pouco pra você, é muito pouco pra te dar.— seu sorriso de lado apareceu um pouco ao ler isso. — Fui um covarde e admito isso. Deixei meus medos tolos me consumirem novamente e isso nos destruiu. Eu posso imaginar o que você passou e eu sinto muito. Sei que isso não é o bastante e que nunca, jamais, terei o seu perdão. Nem lembro quantas vezes já errei com você e fui perdoado. Uma hora a gente cansa, e eu sei que você cansou de mim depois de tudo o que eu fiz. E tudo bem. Eu tenho que conviver com isso. A culpa foi minha, afinal.— Sara sentiu sua garganta dar um nó, mas prosseguiu. — Tudo o que eu mais desejo na vida é que você seja feliz, que alcance a felicidade que eu nunca te dei. Sim, nós fomos muito felizes juntos, mas você merecia muito mais do que eu estava te dando. Por isso pedi o divórcio, por isso te deixei.— seus olhos arderam mais ainda e sua voz deu uma embargada de leve. — Nunca mais vou te abraçar, sentir seus lábios ou seu calor, mas eu sempre, sempre vou te amar com todo o meu coração.- sua voz embargou mais e ela fungou. — Ele nunca vai te esquecer e vai unicamente bater por você.— não deu pra segurar as lágrimas e elas simplesmente caíram. Sara teve que piscar algumas vezes pra poder continuar enxergando as letras. — Eu te amo mais que qualquer coisa, e espero que um dia consiga me perdoar. Para sempre seu, Gil.”

Ao terminar, tinha lágrimas nos olhos e elas escorriam sem que tivesse controle. Se tivesse recebido aquela carta seria tão mais fácil de resolver. Foi como da última vez que Gil lhe escreveu uma carta, quando passou um mês fora, e não lhe enviou. Ela queria ter recebido.

— Por que não me enviou?- perguntou mesmo já sabendo a resposta.

Ele tinha insegurança, ele não achava ser digno de perdão. Ele achava que não merecia ser entendido, apenas odiado.

Ela não o adiava.

A carinha de cão sem dono dele deu dó. Tocou o rosto dele com carinho, sem se importar com as próprias lágrimas. Sara era melhor com as palavras do que ele.

— Eu sei que é difícil pra você, mas isso teria resolvido tudo. Gil, eu teria feito exatamente o que eu fiz agora.- soluçou.

— Eu sinto muito…- ele abaixou a cabeça com vergonha.

“Nesta hora, neste lugar

Desperdícios, erros

Tanto tempo, tão tarde

Quem era eu para te fazer esperar?

[...] Porque você sabe que eu te amo

Eu te amei o tempo todo e eu sinto sua falta

Estive tão longe por tanto tempo

Eu continuo sonhando que você estará comigo

[...] Porque com você,

Eu resistiria a todo o inferno para segurar sua mão

Eu daria tudo, eu daria tudo por nós [...]

Eu preciso ouvir você dizer

“Eu te amo, eu te amei o tempo todo

E eu te perdoo por ter ficado tão longe por tanto tempo”

Então continue respirando, porque não vou mais te deixar

Acredite, segure-se em mim e nunca me deixe ir” — Nickelback

Sara o fez olhar pra ela novamente.

— Sei que sente. Está tudo bem…- o abraçou forte, como quando ela chegou ali, e Gil se demorou nos braços dela de novo. Estava perdoado e suspirou aliviado.

~ ♥ ~

Já tinha anoitecido, o céu estava cheio de estrelas. Sara sugeriu que deitassem novamente para observá-las. Ficaram em silêncio apreciando a vista, cada um perdido em seus próprios pensamentos, apreciando a vista por alguns minutos. Até Sara lembrar de algo. E já que tinham se resolvido e estavam juntos de novo, era uma boa hora pra isso.

Ficou novamente apoiada no antebraço deitada de lado para olhá-lo, colocou a mão direita apoiada em seu peito, e comentou:

— Griss... ainda não realizamos a minha fantasia.

Grissom demorou um pouquinho pra lembrar do que ela estava falando, mas foi só Sara olhar novamente as estrelas e o ar livre em volta que ele entendeu do que se tratava. Tiveram essa conversa depois de um caso de fantasias encenadas. Ela havia realizado a sua fantasia naquele dia e contado a dela.

“— Qual é a sua fantasia, senhor Grissom?- sua voz era provocativa.

— Fala a sua primeiro.- deslizou a mão do quadril pra cintura dela.

— A minha é meio maluca.- ela sorriu.

— Me conta.- a expressão dele era suave e ele acariciava sempre a cintura e o quadril dela enquanto conversavam.

— Fazer amor ao ar livre.- ele ergueu as sobrancelhas. Ela tinha uma expressão de divertimento. — Olhando as estrelas. Seria uma visão incrível…”

— Hmm…- sorriu discretamente. — Está quente aqui, né?

— Você acha?- tentou não sorrir maliciosamente.

— Uhum…- ele respondeu prendendo uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha. Sara sorriu com isso, pois sentiu falta desse gesto.

Com a voz suave e ao mesmo tempo levemente provocante, ela sugeriu:

— Talvez melhore se tirarmos a roupa…

O olhar dele foi de que com certeza iria melhorar. Sorriu de lado. Seu corpo esquentou na hora, esqueceu da tristeza e da vergonha que sentia.

Ambos se sentaram e Gil tirou lentamente o casaco dela, deixando-a apenas com a blusa azul de baixo e a calça.

Quando Sara fez que ia tirar o casaco também azul dele, Gil hesitou. Sara o olhou nos olhos e entendeu o porquê da hesitação. Nenhum dos dois era o mesmo de antes. Seus corpos haviam mudado. E estava tudo bem. Os sentimentos eram os mesmos. Corpo, pele, cabelo, não faziam diferença. Se apaixonaram por almas, não por corpos. Foi isso que Sara disse ao olhar mais fundo em seus olhos. Ainda eram perfeitos um para o outro. Ainda se desejavam. Nada mudaria isso.

Ao perceber isso, Gil ficou mais tranquilo e permitiu que ela continuasse o que ia fazer. Sara o despiu de todas as peças superiores, acariciou sua nuca e o puxou para um beijo deitando-se com ele em seguida sem desfazer o contato com os lábios. Sentiu tanta falta de ter o corpo dele sobre o dela, de seus beijos, suas carícias… Olhou para o céu assim que ele direcionou os lábios para o pescoço dela. As estrelas brilhavam assim como seus olhos. Sorriu.

Grissom tirou sua blusa e passou a beijar seu colo. Depois tirou seu sutiã e abocanhou um seio de cada vez. Sara não sabia se o fato de estar quase quatro anos sem sexo tinha deixado seu corpo tão sedento, ou se era porque simplesmente os beijos e os carinhos de Gil estavam melhores que o normal.

O fato é que estava louca de desejo e mal tinham começado. Ia se segurar o máximo que desse, queria aproveitar aquela fantasia ao máximo. Apertou os cabelos agora brancos dele, e suspirou mordendo o lábio inferior.

Grissom distribuiu beijos em sua barriga e em seguida tirou sua calça. O vento gelado daquela noite estrelada batia em seu corpo sem dó, mas Sara não o sentia, pois estava em chamas. Agora sim estava quente ali para ela. 

Grissom distribuiu mais beijos por suas pernas, deliciando-se com a sensação de tocá-las novamente. Tirou sua calcinha e se demorou ali. Até apoiou as coxas dela em seus ombros. Sentia as vibrações de Sara o tempo todo, ela não conseguia controlar os gemidos e agarrava seus cabelos vez ou outra. Quando não usava a boca, Gil observava as expressões dela e sorria.

Sentiu falta de vê-la assim, totalmente entregue a ele. Inclinando a cabeça, mordendo o lábio, olhando pra ele com a pupila dilatada e a boca entreaberta, suspirando, chamando seu nome...

Não aguentando a própria excitação, Grissom se livrou de suas últimas peças e já se posicionou entre as pernas dela.

Com seus rostos frente a frente, sorriram. A saudade era tanta, mas eles não queriam ter pressa.

Grissom se encaixou e a viu fechar os olhos com satisfação. Começou devagar trocando beijos com ela. Sara acariciava sua nuca com uma das mãos e com a outra apertava sua cintura. Gil com uma mão se apoiava no chão e com a outra acariciava a coxa dela. Era mágico estar nos braços dela de novo, amando ela…

Antes de acelerar os movimentos, Gil tocou o rosto dela e sussurrou:

— Olha as estrelas…

Sara sorriu e passou a observar os pontinhos brilhantes novamente enquanto ele acelerava e distribuía beijos em seu pescoço e ombro. Observou também a lua que se unia a elas, deixando a visão ainda mais perfeita.

Mas teve momentos em que Sara simplesmente não conseguia ficar de olhos abertos. Não queria que ele parasse e se agarrou a ele.

O som das ondas se misturavam com os gemidos. Gil estava cansado, sem mais tanta força nas pernas e nos braços, mas continuou até seu limite, e Sara gemeu alto erguendo um pouco o corpo assim que chegou ao clímax.

Quando acabaram, continuaram abraçados recuperando o fôlego.

A falta que sentiram de se amarem era tão grande que até eles se surpreenderam. Era muita saudade, era muito desejo, era muito amor ainda pra dar. Disseram um ‘eu te amo’ com o olhar, já sabendo que era verdade, mas sem estarem cansados de lembrar.

Suas respirações voltaram ao normal, assim como o vento frio, e eles decidiram vestir suas roupas e entrar na cabine. Lá dentro, trocaram mais beijos e carinhos até adormecerem, com a promessa de que jamais, em hipótese nenhuma, se separariam de novo, seja lá qual fosse a situação.

Quando amanheceu, Gil voltou a pilotar o barco.

E o destino? Para onde eles quisessem.


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Notas finais do capítulo

As danadinhas estão em êxtase HAHAHAH não foi tão pesado, graças a Deus, mas deu pra matar um pouco a saudade do hot, não deu? Gente, eu ainda sou péssima nisso hsauhsajs
Sara enfim realizou aquela fantasia da sexta temporada. Acho que valeu a pena a demora shaushj
O capítulo ficou um pouco maior que os outros porque eu fiz uma divisão meio errada desses dois últimos, mas enfim, acho que não foi problema pra vocês :)
É isso, encerramos Immortality. Espero que tenham gostado da minha versão adaptada hihih
Como o revival foi confirmado, LS vai parar por aqui para aguardar todos os episódios saírem.
Tudo o que eu escrevi vai ser cortado daqui e resta saber se eu vou conseguir usar alguma coisa que dê pra encaixar em CSI:Vegas ou se vai ter que ser descartado.
Caso não dê pra eu usar nada do que eu tenho aqui, eu lanço uma fic separada como final alternativo de Love Story, porque eu não quero simplesmente jogar fora todo o final que eu escrevi pra eles.
Vai depender muito dos próximos meses. Eu não sei se vou postar outro projeto até lá ou se vou continuar com as ones e originais, mas qualquer coisa eu vou avisando no facebook (quem não tiver, o link tá no perfil ♥)
Deixem aqui o que acharam desse final, se foi bom se não foi kkk vou responder todos com o maior prazer e carinho ♥
Muito obrigada a quem acompanhou até aqui. Obrigada pelo apoio, pelo carinho, pelas risadas e os surtos... Vocês são demais! E eu espero ter vocês aqui ainda quando eu voltar ♥ Vocês fizeram o meu ano, apesar de ter muito leitor fantasma por aqui kkk Love Story agradece cada um que leu ♥
O hiatus começa agora, já to com sdd :')
Abraço de urso quentinho e até CSI:Vegas :3



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