Love Story escrita por Fofura


Capítulo 183
Relacionamentos XXXV - Às Vezes a Saudade Bate


Notas iniciais do capítulo

Demorou um pouquinho, mas saiu. A confirmação do revival deu uma renovada nos ânimos hahah
Então acho que cabe avisar que postarei só até Immortality e que provavelmente terei que descartar tudo o que eu escrevi depois dele já que essa fic segue fielmente a série. Claramente não vão colocar nada do que eu inventei pra reta final dessa história porque seria sonhar demais hsauhsajk então só me resta esperar e postar tudo o que eu tenho até o fim da série. Pode ser que eu pegue tudo o que está escrito e faça um final alternativo numa outra fanfic, depende muito do que vai acontecer no revival.
Esse é o último capítulo que retrata a season 14 e eu dei uma boa resumida nela, só coloquei o que achei relevante, o resto só fiz umas menções honrosas porque mereciam. Provavelmente só terão mais 5 capítulos até Immortality chegar se eu não reduzir até lá.
Enfim, tá nas mãos de Deus vulgo Anthony
Bora pro capítulo ^^



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Naquele ano, ou Sara estava com muita sorte em relação às folgas ou Russell estava bonzinho demais com ela, pois a grande maioria dos feriados ela ficava em casa. Na véspera de natal não foi diferente. Mas foi justo o natal que queria estar trabalhando, porque a entrega dos presentes do amigo oculto seria durante o turno, e só no final, na festa ao fim dele, que revelariam quem eram. Então teve presente que foi deixado em armário, quem tinha mesa deixava na mesa, quem tinha sala deixava na sala, e assim por diante. A ideia era adivinhar ou pegar no flagra durante o turno.

E assim foi, um "acusando" o outro de "ah, é você!" e o outro "não sei do que está falando!".

Sara não pôde participar disso, mas nem adiantaria, pois ela tinha tirado Catherine, e a ruiva não trabalhava mais lá pra poder deixar em sua sala. Dois anos passaram tão rápido!

Então, enquanto estava em casa com Abby — pois Rayle não conseguiu viajar pra passar o natal com ela —, a galera do laboratório trabalhava e se divertia tentando acertar quem tirou quem.

Finn tirou Russell e revelou antes da festa, pois ela tinha ganhado uma pulseira linda e cismou que Russell quem tinha dado. Ele jurou de pé junto que não, mas claramente tinha sido o Nick. Morgan ganhou um esmalte vermelho lindo e encasquetou que tinha sido Greg que tinha dado, ele até tentou despistar falando que podia ter sido a Finn, mas na festa confirmou que realmente tinha sido ele. Trocaram o abraço mais fofo do mundo, vale ressaltar. Hodges ganhou um globo de neve de Morgan com um bilhetinho que dizia “você é meu herói”, muito amorzinho. Dr Robbins recebeu uma maleta de chá de ervas que era a cara de Russell ter dado. E ficou nessa. Russell, Nick e Greg não revelaram o que ganharam, mas tinha mais gente do laboratório participando também.

Quando Sara chegou na companhia de sua filha postiça como costumavam chamar, eles já estavam brindando e revelando as identidades.

— Poxa, nem me esperaram.- disse Sara fingindo tristeza.

— É que ninguém aqui tirou você.

— Ai.- disse Abby fazendo uma careta como se aquilo tivesse sido uma patada.

— Ué, então só sobra a Catherine? Ela já chegou?

— Ainda não.- respondeu Nick. — Mas sim, só sobrou ela.

Sara riu da coincidência.

— Isso daria super errado se fosse um inimigo oculto em tempos antigos.

Todos deram risada e foram cumprimentá-las. Elas se serviram de alguns petiscos e bebidas e não demorou muito pra ruiva chegar.

Foi um alvoroço quando isso aconteceu, pois não a viam desde que ela saiu. Ela não sabia onde ficou mais atarefada, no CSI ou no FBI.

Todos foram abraçá-la um por um dizendo estarem com saudade.

— Só sobramos nós, ruiva.- disse Sara depois de abraçá-la.

— Ué, já fizeram o amigo oculto?

— Fizemos durante o turno, Cath.- respondeu Greg. — Fomos deixando os presentes em lugares estratégicos. A sorte foi você e Sara não terem como fazer já que uma tirou a outra.

— Isso seria muito cômico se fosse em tempos antigos.- Catherine riu falando com a amiga.

— Foi exatamente o que eu disse.- Sara também riu.

— Ah, Cath!- disse Russell. — Deixa eu te apresentar a Julies.

— Finn.- a loira “corrigiu” estendendo a mão pra ex supervisora com um sorriso simpático.

— É um prazer conhecê-la, Finn.- Catherine sorriu de volta retribuindo o cumprimento. — Sara me falou que você também é de Seattle.

— Sim, trabalhei com Russell lá.

— Ah, então vocês devem se dar muito bem.

— Érr…- ela fez uma careta e ele "repreendeu" com um "Hey!". Todos riram com isso.

— Bom, então acho que posso entregar meu presente.- Sara estendeu o pacote à ruiva. — Não tenho certeza se superou o do outro ano.

— Ah, tenho certeza que sim.

Era uma bolsa chiquérrima bege que dava até dó de usar.

— Meu Deus! Que linda!

— Achei que iria combinar com você.

— Obrigada!!!- elas trocaram um abraço e Sara abriu o dela. — Achei a sua cara quando vi, e como você tem uma coleção de colares em casa, pensei que fosse ideal pra esse natal.

Era uma gargantilha de prata com uma borboleta azul de cristais. Também vinha uma pulseira igual.

— O conjunto era colar, pulseira e brincos, mas como você não usa brincos, eu peguei pra mim.- sorriu travessa e Sara riu.

— Eu amei. Obrigada!

— Mesmo? Não senti muito entusiasmo.- ela brincou.

Mas Sara tinha mesmo ficado com o olhar distante quando tirou o colar da caixa, porém depois sorriu.

— É que eu… lembrei de outra coisa.- ela fingiu não se abalar com a borboleta e voltou a sorrir. — Mas eu amei mesmo. Vou usar no ano novo.

— Ah, eu também vou usar minha bolsa!- Catherine colocou no ombro e fez cara de metida fazendo todos rirem de novo. Depois, ela puxou Sara no canto quando ninguém estava olhando. — Lembrou do Grissom, não foi?

Sara desviou o olhar pro chão suspirando.

— Ele já me deu uma, mas… tudo relacionado a borboletas e abelhas me faz lembrar dele. É… coisa nossa…

Ao ver a expressão de tristeza de Sara, Catherine a abraçou e sentiu ainda mais raiva de Grissom pelo que fez. Como podia ser tão estúpido?!

Mas ele também se perguntava isso do outro lado do país.

Todo santo dia a imagem de Sara vinha à mente com aquele homem desconhecido por ele. Nunca se arrependeu tanto de alguma coisa como naquele momento. Mas nada se podia fazer.

Hank também sentia muita falta dela e estava cada dia pior. Gil não sabia mais o que fazer pra fazê-lo melhorar.
 

“E agora necessito da sua respiração

E o beijo de sua pele para minha solidão

Dizer-lhe que me dói tanto o meu coração

Desde que você não está

Quero voltar atrás e te dizer que

A minha vida não é a mesma sem teu amor

[...] E eu só sei que tenho saudade

Porque tu me faz falta, não imagina o quanto” ― Chayanne

~ ♥ ~

O tempo passou até rápido depois desse natal e Sara teve vários momentos legais com os colegas.

Num caso em um aeroporto, Sara mais uma vez mostrou seus dotes de física sem querer e Nick ficou mais uma vez chocado. A relação de irmãos que eles iam ficava cada dia mais forte.

Estavam falando de como a vítima foi parar onde estava e Sara sem perceber fez um cálculo de cabeça que pros outros era difícil, mas pra ela era como 1+1. Nick sorriu ao vê-la fazendo a conta em voz alta.

— A distância daí até onde ela veio parar são 75 pés, então… 30 é a constante, multiplicado por 75 pés vezes o coeficiente de atrito por deslizamento…

— Nesse terreno, eu diria: 1.

— 1?!- ela riu. — Chutou certo.- ele sorriu. — 2.250 pés. A raiz quadrada disso… 45 milhas que são 70 quilômetros por hora.

— Olha só, você é mestre em física e é uma exibida!

Sara riu.

O momento de descontração passou quando ambos se assustaram com um laser apontado pro peito de Nick. Acharam que era uma ameaça, mas era só dois moleques sem ter o que fazer. Nick assustou eles com sua marra e Sara arranjou um novo apelido pra ele quando contou a Russell o que tinha acontecido.

— Ouvi  que você e o Nick pegaram dois pseudo terroristas hoje.

— É, o Nick ameaçou chamar o FBI a menos que eles entregassem as canetas de laser. Aí chamou os pais deles.- sorriu. — O "senhor toca o terror" e eu achamos a bagagem de mão da vítima na estrada.

E assim ela seguiu zoando ele o resto do turno. Ele tocou o terror o caso inteiro. Mas ela não podia falar nada porque também era mestre em tocar o terror quando queria. Nick disse que ela dava mais medo que ele quando estava brava e ninguém se atreveu a discordar. Era a mais pura verdade.

Pouquíssimo tempo depois, Sara cortou franjinha e ficou a coisa mais fofa. Nick dizia que tinha vontade de morder de tão fofa que ela estava. Sara até gostava de deixar o cabelo na testa, mas foi só um teste, usava raras as vezes porque o calor de Nevada não permitia que ela usasse sempre. A maioria das vezes ela colocava de lado a franjinha. As loirinhas de sua vida tinham adorado. Rayle até tinha tirado umas fotinhas de Sara quando foi lá em um dos fins de semana de folga.

Dias normais se seguiram por muito tempo até um caso extremamente interessante e complicado aparecer.

Um serial killer que matava de acordo com movimentos de xadrez. Eles nunca tinham visto aquilo. A primeira vítima tinha sido uma pessoa vestida de Elvis para indicar ser o rei no tabuleiro, as cenas eram inéditas pra eles e muito, muito bem pensadas.

O que mais se envolveu foi Greg que desde bem jovem era jogador de xadrez e só não seguiu a "vocação" porque não se achava bom o bastante e que seguir o xadrez requer muito sacrifício. Foi o que ele disse à Sara quando ela perguntou porque ele tinha desistido, no fim do turno.

— Eu apenas achei que não valia a pena.

— Deixou de ser divertido.- ela entendeu.

— Requer um modo de pensar totalmente diferente. Tem que re-treinar sua mente, e começa a se tornar uma obsessão.- quando Sara ficou olhando pra ele e ergueu de leve as sobrancelhas, ele continuou. — Tipo esse emprego. Se é que me entende.

— Entendo.- ela olhou em volta e mesmo estando de saída, propôs mais uma vez algo para fazerem juntos, pois quando chegou na sala de descanso ele recusou pra terminar os relatórios. — Não fui campeã na escola como você, e isso é meio louco, mas Russell tem um tabuleiro na sala dele, talvez… Podíamos pegar algo pra comer e jogar.- Greg desviou o olhar dela por um instante. — Por diversão?- ela concluiu.

Greg fechou as pastas e concordou de bom grado. Ela só estava tentando animá-lo e ele ia aceitar a companhia dela sim! Quando ele ficou ao lado dela pra irem até a sala de Russell, ela lhe fez um carinho no ombro.

— Melhor pegar leve comigo.

— Vou tentar.

Ela deu risada.

Eles pediram comida e enquanto esperavam iam aquecendo.

— Olha só, você não era campeã na escola, mas é boa em xadrez, não é?

— Eu não diria que sou boa, mas não sou ruim. Eu tive algumas aulas.- ela sorriu, mas ao lembrar com quem foi o sorriso sumiu.

Greg percebeu na hora.

— Imagino com quem.- ele hesitou. — Vocês jogavam muito?

— Não muito. Mas já jogamos muitas vezes, com a Abby também inclusive. Já ganhei dele.- sorriu novamente ao lembrar.

— Você ganhou do Grissom??? Então não tenho a menor chance.

— Ah, para, Greg.- ela riu. — Você deve conhecer xadrez bem mais que ele. Esse caso foi a prova. Gil prefere as palavras cruzadas.

— Já fez muitas palavras cruzadas com ele né?- ele falou pra descontrair, pois falar em Grissom sempre a deixava mal. Surpreendente ela não tinha ficado tão mal daquela vez.

— Várias. Isso a gente fazia muito. Às vezes a gente deitava na cama e fazia uma revistinha inteira. Eu adorava.- sorriu com a lembrança.

Greg também sorriu.

— Acho que é a primeira vez que você não fica tão triste ao falar dele.

— Estou aprendendo.

Trocaram um sorriso de canto de boca e foram pegar a comida que tinha chegado pra poderem jogar mais.

Sara de vez em quando se pegava pensando nos momentos que tinha mencionado. E se conformava.

“Quando você vai passar, saudade?

Me diz quanto tempo você vai ficar, saudade

Olha só o estrago que você já fez

Te mando embora, te boto pra fora

Eu descuido, cê volta

E é saudade outra vez” ― Marília Mendonça

O assassino — na verdade, assassina — do xadrez foi um desafio, mas tiveram bem mais complicações e casos bizarros, como um garoto que invadiu a delegacia e fez Russell de refém numa sala de interrogatório, influenciado por uma das policiais que levou um esporro de Sara; investigaram o caso de um canibal e no fim não conseguiram prendê-lo, o caso ficou em aberto e sem explicação; uma onda de crimes cibernéticos chegou em Vegas e eles conheceram a agente Avery Ryan de Washington que lhes apresentou esse mundo da solução de crimes em computadores; conheceram até o Gene Simmons, vocalista do Kiss. Era um ano interessante em quesito casos e experiências. Em questões emocionais era uma questão de sobe e desce numa escala de zero a dez.

Meses se passaram durante esses acontecimentos e para a surpresa — ou nem tão surpresa assim — de todos, Brass anunciou que iria se aposentar, deixar a delegacia e a carreira de detetive para se dedicar à filha que tinha tentado se matar na cadeia. Mesmo com todos os erros que ela cometeu, mesmo tendo-o magoado tanto, não podia abandoná-la, pois a amava. Tentou salvá-la a vida inteira, não seria agora que pararia de tentar.

Sara teve uma conversa com ele quando Ellie estava no hospital.

— Como você está se sentindo?

Ele foi sincero com sua filha postiça.

— Depois de tudo o que aconteceu, não sei o que ainda faço aqui. Uma parte de mim não quer que ela acorde.- suspirou pesadamente. — Sei o quão horrível isso soa, mas…

— Ela fez você passar por muita coisa, Jim.

— Sabe que ela veio para uma audiência, certo?- Sara assentiu. — Ela vai dizer em um tribunal que eu a levei à loucura… até matar.

— Você não é responsável pelo que ela fez. Ou pelo que ela fez a si mesma.

— Não tenho tanta certeza.- ele voltou a olhar pra filha em coma induzido na cama de hospital.

— Você é um pai incrível, Jim. Não se esqueça disso.

O detetive sorriu e abraçou a outra filha.

Ele estava decidido e depois que Ellie acordou, ele parecia estar contente com isso já que finalmente conseguiu com ela de verdade, de pai pra filha.

~ ♥ ~

Os dias se seguiram e com eles veio o aniversário de Grissom e Nick.

A morena pensou muito se mandaria mensagem pro ex e resolveu não o fazer. Queria que ele soubesse que ela tinha lembrado, mas não ia fazer diferença então deixou pra lá.

Quando o seu chegou, como esperava, também não recebeu nada. Ele também resolveu não mandar já que não mudaria nada.

Mas todas as noites, sem exceção, antes de dormir, Gil admirava as fotos dela e videos que fizeram em Paris e nas viagens pela Europa. Viajava nas lembranças e chorava com o que tinha feito. Pensava que naquelas horas ela estaria na cama nos braços de outro, aproveitando o aniversário com o que ele não podia dar.

Mal sabia ele que era ao contrário, que todas as manhãs e noites que ela ficava na cama, ela ficava sozinha.

Grissom vivia se enganando antes e tomando decisões pelos dois, não imaginava que fosse voltar a ser assim.

“Meus dias sem te ver são difíceis de viver

Feito louco na cidade com saudade de você

Durmo em qualquer lugar

Olhos vermelhos de chorar

É uma pena que você não consegue entender

Meu jeito louco de te amar” ― Rick e Renner


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Notas finais do capítulo

Coloquei Sara nessa festa de natal SIM porque foi REVOLTANTE simplesmente excluí-la desse episódio. Onde diabos essa mulher tava? Sara tá totalmente apagada nessa season, mas acho que na próxima tá bem mais hsuahsajk risos nervosos
Gostaram de ver a Cath por aqui de novo? ^^ não resisti, tava com saudade :')
Grissom tá sofrendo e agora vamos soltar um coro de bem feito pra ele. Estão prontas? Um, dois, três... BEM FEITOO!!
Quem tá pronto pra última temporada levanta a mão! o/ ai
Abraço de urso e até o próximo :3
VEM REVIVAL



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