Love Story escrita por Fofura


Capítulo 181
E Grissom?


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhas!
Pra quem estava com saudades do Gil, cá estamos com um capítulo do ponto de vista dele pra gente sentir mais raiva de sua pessoa, menos Ana Camila, porque Ana só passa pano, então fora ela, vamos sentir um pouquinho mais de raiva dele hoje hsuahsajk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/704963/chapter/181

Era um dia como qualquer outro. Depois de meses, Grissom ainda se encontrava perdido. Perdido em decisões e em sentimentos.

A falta que Sara fazia corroía seu coração a cada dia.

Depois que Catherine ligou para saber como ele estava e logo em seguida lhe dar um sermão, Grissom cogitava se redimir. Cogitava!

Quando o anjinho em seu ombro direito dizia pra ele voltar e se desculpar, o diabinho do lado esquerdo ordenava o oposto, muito convincente, bem mais que o oponente.

Quando a ruiva se acalmou de seu ataque de fúria pedindo desculpas por se meter — mas não se arrependendo do que disse —, ela informou que a galera do laboratório estava pensando em comemorar o natal lá mesmo, na sala de descanso. Decorar, levar a ceia e tudo mais, até mesmo fazer amigo oculto. Ela disse que iria e o aconselhou a fazer o mesmo, pra aproveitar e se redimir com Sara.

“— Você tem pelo menos falado com ela? Sabe como ela está? Se preocupou em saber?”

Isso doeu. Era mais um motivo para ele não aparecer lá. Não ligava pra ela, pois o que diria? Fora que não ligar a ajudaria a esquecê-lo mais rapidamente. É, era assim que o cérebro de Gil funcionava.

Seu trabalho no Peru já deu o que tinha que dar. Inclusive foi uma conversa com Heather que o ajudou a chegar a uma conclusão.

Vinha trocando emails com ela há algumas semanas, tinha parado um tempo e depois de seu divórcio Gil voltou a ter contato com ela. Estava sofrendo muito sem Sara e mesmo assim achava que tinha feito a coisa certa, que essa dor ia passar.

A terapeuta disse que ele fez o que ele achava que era certo, mas que não ia fazer a situação melhorar como ele acreditava. Disse que Gil agiu por impulso e que iria fazer Sara sofrer de novo. O ex supervisor ficou mal com essa afirmação, afinal, Heather nunca mostrou estar errada sobre algo.

Como a merda já tinha sido feita, Gil resolveu seguir em frente e pediu a ajuda de Heather para decidir. Ficar no Peru ou velejar? Ela disse que ele só devia parar com as escavações quando achasse que já tinha feito o bastante. E ele fez.

Mas antes de qualquer coisa, antes de comprar um barco e sair sem rumo, precisava pedir perdão a Sara, seu coração precisava desse perdão.

Tinha relutado muito em voltar a ter contato com ela por medo de fazê-la sofrer mais, porém, não estava conseguindo viver com essa culpa no peito, toda noite ele tinha um vislumbre de Sara chorando e pedindo que ele não a deixasse.

“Vivo sozinho pensando em você

Vejo imagens, retratos de nós

Olho pro espelho, sinto o meu coração

Ouço baixinho o som da sua voz” ― Jorge e Mateus

Precisava que ela o entendesse, mesmo que pra isso tivesse que despejar todo seu ódio nele antes. Só iria velejar se Sara se recusasse a perdoá-lo.

Tinha um plano, e mesmo sem coragem, arriscaria. O que tinha a perder? Já tinha colocado um fim em seu casamento e aberto mão de Sara, o “não” ele já tinha. Era recuperar ou perder de vez.

Preparou sua mala e ajeitou a caixa de Hank também, de viajar. Sara ia adorar revê-lo, e ele também já que tem estado muito triste sem ela, como ficou da primeira vez.

Em poucas horas ele desembarcou em Las Vegas já em busca de um táxi. Ele deu o endereço de sua antiga casa, a que agora era dela, e quando chegou perto, pediu pro taxista ir mais devagar pra poder ver o que estava acontecendo.

Seu coração doeu com o que viu e pediu pro taxista parar pra ele ver de longe.

Um carro cinza estava estacionado na frente da casa e um homem alto e forte estava encostado nele. Sara saiu da casa, tão linda quanto antes, com roupas rotineiras. Ela sorria pra ele e o cumprimentou com um abraço, indo direto para o banco do passageiro.

— Siga aquele carro, por favor…- disse Gil ao motorista. — Sutilmente.

O coração do ex supervisor bateu forte de ansiedade pra saber quem era aquele cara e pra onde eles iriam.

O carro parou em frente uma sorveteria que para Grissom não era familiar, parecia ser nova. Os dois desceram do carro rindo de alguma coisa e entraram no estabelecimento, não sem antes o cavalheiro deixar que ela entrasse primeiro.

Gil engoliu a seco e esperou, pediu para o taxista aguardar ali com ele que ele pagaria todo o tempo dele.

Pouco minutos depois os viu saindo com uma taça de sorvete cada um, direcionando-se para as mesinhas de fora. Sentaram de frente pro outro e passaram a conversar enquanto tomavam o sorvete.

Sara estava radiante, tinha mudado o corte de cabelo, seu sorriso era tímido, porém real, e parecia ter um bom papo com o homem que conversava. Ele também sorria pra ela, mas sem nenhuma timidez. Provavelmente ele quem a convidou pra sair. E ela devia gostar dele pra aceitar.

Já fazia um ano que tinham se divorciado, ela claramente estava seguindo em frente. Tomando sorvete com um bonitão no fim do expediente? Não era só um amigo.

Grissom suspirou. Onde ele estava com a cabeça em pensar que depois de um ano poderia voltar como se nada tivesse acontecido para pedir perdão, e esperar que ela ainda estivesse chorando por ele esperando que ele voltasse pra ela? Devia ter escolhido sair dali antes de ver o tal cara segurar a mão dela por cima da mesa e dizer algo que a fez corar. Ela não evitou o contato.

Gil achou que viu o bastante, seu coração não queria mais sentir essa dor, mas sua mente culpada quis torturá-lo e fazê-lo sentir mais dor e angustia. Ele merecia ver Sara ser feliz com outro homem! Ele merecia! E ficaria ali assistindo até o fim do encontro!

Não teve nada demais, eles só conversaram bastante, inclusive, ele a fez rir muitas vezes. Parecia ser bem legal. Não conseguiu ler os lábios por estar muito longe, e sua visão não era mais a mesma também.

Fizeram o mesmo caminho de volta e ele a deixou em casa. Fez questão de dar um beijo na mão dela antes que ela entrasse e Gil se corroeu de ciúmes.

O cara foi embora e Sara foi indo em direção à porta pra entrar. Foi quando Hank a viu de dentro do carro. Ele chorou alto e Sara se virou em direção ao barulho. Gil teve que abaixar tapando a boca dele pra ela não os ver.

Sara franziu o cenho, mas logo deu de ombros e entrou em casa.

Grissom acalmou o cachorro com um pouco de dificuldade, e finalmente disse ao taxista que eles poderiam voltar para o aeroporto. Era tarde demais pra voltar atrás. Ela já tinha seguido com a vida dela, e se não seguiu, estava pelo menos tentando. Não ia atrapalhar e fazê-la reviver tudo, não seria justo com ela.

Ele tinha que viver com isso assim como ela teve que viver com o divórcio. Derrotado, ele voltou para o Peru para arrumar as últimas coisas que precisava e ir atrás de um barco pra comprar.

Se ele fez com que seu destino fosse viver sozinho, que fosse com seu cão em auto mar, como um marinheiro solitário, apenas com um grande amor na memória e no coração pra recordar.

~ ♥ ~

— Como é que foi?- perguntou Finlay ao chegar na casa dela quando Sara mandou uma mensagem dizendo que tinha chegado.

— Foi ótimo. Me diverti bastante. Ele é muito legal.

— Não rolou mais nada?- perguntou esperançosa.

— Como assim?

— Qual é, Sara! Não deu nem um beijinho?

— Finn!- Sara a repreendeu sorrindo. — Não foi um encontro!

— Ele nem tentou?

— Olha… ele até disse que queria ir devagar, até me elogiou algumas vezes me deixando sem jeito. Mas eu disse pra ele que não queria nada sério com ninguém. Ele me respeitou acima de qualquer coisa e propôs que fossemos amigos, pois ele adorou ter me salvado quando eu estava em apuros.- riu ao se lembrar da forma como ele disse aquilo. — Anthony é um fofo, Finn, e eu estou feliz por ter a amizade dele. Foi isso que rolou.

A loira sorriu com a sinceridade e lealdade da amiga. Lealdade em relação ao amor que sentia por Gil, e a sinceridade em dizer a quem estivesse interessado que seu coração estava fechado. Sabia que ela até já tinha tentado, mas que no fundo tinha esperanças dele mudar de ideia por maior que fosse sua mágoa. Mas isso nunca aconteceu.

Querendo ou não, ela nunca ia esquecer o Grissom, como havia dito. E seria sempre assim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Curtinho, mas quis fazer ele pelo menos dar o braço a torcer antes de velejar. Infelizmente, ele chegou bem no dia do passeio de Sara com Anthony e acabou se precipitando. Oh sorte!
Deixem aqui suas opiniões ♥
Abraço de urso :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Love Story" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.