Love Story escrita por Fofura


Capítulo 179
Relacionamentos XXXII - Um Reencontro Inesperado




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Como prometido, Russell conseguiu liberar Sara para ir à São Francisco resolver aquele problema que ela tinha lhe falado. Sara fez como o planejado, foi até a audiência de custódia do cara pra depor que impedir, junto com a policial que havia ligado pra ela, que ele fosse solto. E conseguiu.

Como ainda tinha dois dias, resolveu seguir o conselho de Russell um pouquinho e espairecer. Ir pra São Francisco não foi uma boa ideia se levar em consideração todas as lembranças especiais que ela tinha daquele lugar, não só com Grissom, mas com Rayle também. Porém, Sara sentia falta de lá e a nostalgia não foi tão ruim, até a fez se sentir um pouco melhor, por mais que não fizesse sentido e causasse o extremo oposto. Conseguiu dormir pouco, mas aproveitou bastante, passeou por muitos lugares e passou a grande parte do tempo na praia. Ali sim ela conseguiu relaxar. Se sentiu renovada, fez um novo corte no cabelo e até voltou a usar maquiagem. Precisava seguir em frente totalmente e só precisava de um empurrãozinho.

O destino é engraçado. As coisas acontecem sem que possamos prever ou imaginar. Quando Sara resolveu passar em frente o apartamento onde morava, viu saindo de lá uma garota magra, loira e sorridente. Ela segurava um skate.

O estranho é que a garota era a cópia exata de Rayle quando era mais jovem. A menina devia ter provavelmente uns treze anos e ia em direção à praça da cidade.

Chocada com a semelhança, Sara começou a segui-la sem ser notada. A observou por um tempo na pista de skate com alguns amigos e parecia que ela era a mais divertida do grupo, sempre fazia o pessoal rir.

Sara sorriu e sentiu ainda mais saudade da amiga.

O calor estava demais e Sara resolveu ir tomar um sorvete deixando de lado a vontade de observar a menina. Enquanto estava lá tomando seu picolé, quem chega pra comprar um? A loirinha do skate. Foi bizarro, pois ela também pareceu lhe reconhecer de algum lugar. As duas trocaram um olhar confuso.

— Desculpe.- disse ela. — É que parece que eu já te vi antes.

— Estranho, eu ia dizer a mesma coisa.- Sara riu mostrando sua simpatia. — Você se parece muito com uma amiga minha, quando ela era mais jovem.

— Você se parece com uma amiga da minha mãe. Uma amiga que ela não vê há muito tempo.

Por algum motivo, o coração de Sara acelerou e uma intuição lhe preencheu.

— Eu vou parecer uma louca agora perguntando isso, mas... sua mãe é fotógrafa?- perguntou esperançosa.

— Como você sabe?- perguntou a menina surpresa.

— Ai meu Deus...- Sara ficou até pálida e quase deixou o picolé cair.

— Espera... Você é a Sara?

A morena quase pulou de alegria. Se a mãe dela era fotógrafa e ela sabia seu nome, só podia ser de Rayle que elas estavam falando. Mas como assim ela tem filha? E desse tamanho?

— Rayle é sua mãe??

— Não acredito!- a menina ficou tão contente e entusiasmada que começou a pular e repetir que não acreditava. — É sim! Você é criminalista, não é?

— Sou sim.- o sorriso de Sara se alargou com a imensa alegria. — Não acredito que ela teve una filha! Vocês são iguaizinhas!

— Eu preciso te levar até ela, ela vai surtar!

— Onde ela está?

— Em casa trabalhando em umas fotos. Ela ia vir andar de skate comigo, mas estava muito ocupada.

— E desde quando ela anda de skate?- Sara perguntou num tom divertido.

— Aprendemos juntas.- ela sorriu. - A propósito, sou Rebecca.- a menina lhe estendeu a mão animadíssima e Sara sorriu retribuindo. Parecia que tinha puxado ela em tudo, até no carisma.

— Prazer em conhecê-la.- a menina sorriu novamente. — Seu pai é o Renê, estou certa?

Foi aí que a expressão de Rebecca mudou, pra tristeza ou mágoa, quem sabe até raiva, não soube decifrar muito bem.

— Não gosto de falar dele.

— Por que?

— Longa história.- ela não deixou se abalar e logo voltou a sorrir. Puxando-a pela mão, a menina voltou a se animar. — Vamos lá!

O coração de Sara batia forte e ansioso só com a possibilidade de ver sua amiga de novo. Estava quase saindo pela boca.

Durante o caminho, Sara e Rebecca foram terminando de tomar o picolé e conversando. Ela dizia que a mãe falava de Sara e mostrava as fotos das duas juntas, além dos ensaios. Rebecca gostava de ouvir as histórias quando era criança e sempre quis conhecer Sara pelo que Rayle contava.

O prédio era realmente o mesmo que elas tinham morado, mas o apartamento era diferente, era maior e três andares acima do outro.

— Mãe! Mãe!- Rebecca entrou correndo em casa na maior felicidade. Sara tinha adorado ela, era um amor de menina, muito fofa e divertida.

Um cãozinho veio correndo recepcioná-la e a menina lhe afagou a cabeça, depois ele foi cheirar Sara. Uma coisinha pequena e na cor creme. Sara também lhe afagou a cabeça.

— Oi meu amor!- a voz gritou de volta.

O coração de Sara quase parou. Era ela! Seus olhos marejaram.

— Advinha quem eu encontrei na praça!

— Becca, me diz que você não trouxe outro filhote de cachorro pra gente cuidar.

Sara sorriu parada na sala. Continuava a mesma figura que era antes, pelo menos no jeito de falar.

— Não, é bem melhor que um cachorrinho.

Sara conseguiu ver Rebecca guiar a mãe até a sala e o choque foi instantâneo. Rayle Parker estava ali na sua frente. Os olhos da fotógrafa se arregalaram.

— Sarita?- a voz embargada denunciou a emoção.

As lágrimas de Sara já rolavam por seu rosto esperando que a ficha dela caísse como a sua.

— Oi maluquinha...- sorriu sem conseguir segurar um soluço.

— Ai meu Deus!- a loira mais velha correu para abraçá-la e quando Sara sentiu sua "irmã mais nova" em seus braços de novo, mal acreditou.

Choraram quase que compulsivamente sem acreditar que estavam juntas novamente.

— É você mesma?- Rayle a apertava no abraço pra ter certeza de que era real.

Tantos anos longe de sua maluquinha, nunca achou que fosse realmente reencontrá-la e tão do nada. Sara desfez o abraço e segurou o rosto dela sorrindo feito boba. Secou as lágrimas dela e comentou:

— Não mudou nada! Olha só pra você!

— Eu?? Você está a mesma coisa!- disse ela sorrindo ainda sem acreditar e também secou as lágrimas de Sara.

— Que nada, olha as rugas!- a morena respondeu.

Ambas riram e se abraçaram de novo.

— Não acredito que está aqui!

— Senti tanto a sua falta, Rayle.

— Eu também.

— Mas onde você se meteu? Quase me matou de preocupação!- desfez o abraço de novo.

— Longa história.- ela disse olhando para Rebecca que também não se animou com o assunto e olhou pro chão.

Sara estranhou.

— Rebecca não quis falar sobre o Renê quando eu perguntei. O que houve com ele?

— Não foi com ele, especificamente.- Rayle hesitou. — Muita coisa aconteceu enquanto estávamos longe, Sara... e a maioria delas não foi fácil.

— Tenho todo o tempo do mundo.- a morena segurou a mão da amiga com carinho. — Mas antes de qualquer coisa, acho que eu também quero um abraço da minha sobrinha.

Rebecca abriu seu melhor sorriso e correu pros braços de Sara. Rayle deixou uma lágrima cair ao ver a cena, tinha esperado muito pra ver isso. Becca também se emocionou com o momento, pois sempre quis conhecer a "tia Sara".

Rayle deixou o trabalho de lado por um momento, fez um refresco e levou pra elas na sala. As três tinham muito o que conversar.

— E então... o que aconteceu depois que perdemos contato? Pra onde você foi?

— Fui pro México. Renê tinha ficado doente e eu acabei largando tudo aqui pra ficar com ele. A mãe dele continuou infernizando a minha vida, mas eu tinha ele então não era tão ruim, pelo menos eu não via que era.- lamentou ela. — Comecei a trabalhar no restaurante dele, fui morar com ele, firmamos compromisso, entrei pra faculdade…

— Meu Deus! Sério?- Sara interrompeu sem querer morrendo de orgulho.

Rayle sorriu.

— Sim, consegui meu diploma, mas isso foi depois do perrengue todo.- Sara assentiu pra ela prosseguir. — Acho que não tinha completado nem um mês na faculdade quando descobri que estava grávida. Renê não aceitou.

Sara franziu o cenho.

— Como assim não aceitou?

— Disse que não queria um filho, que eu não seria mais perfeita pra ele se engravidasse, que era pra eu abortar, me disse um monte de coisas horríveis. Carmen entrou no meio da conversa e fez questão de me dar fotos comprovando que ele me traía.

— O que???

— Renê é um doente, Sara. Eu não percebia o quanto nosso relacionamento era abusivo e tóxico. Ele era obcecado, ciumento possessivo, eu vivi um inferno com a mãe dele… aquele conto de fadas era tudo fachada.- Sara estava horrorizada com todas aquelas informações. — Ele não é nada do que parecia ser. Quando bebia ficava um tanto descontrolado.

— Ele batia em você?- o sangue de Sara ferveu.

— Não, mas… não ficava muito amigável. Deixou algumas marcas nos meus pulsos quando apertava eles, mas só isso. Quase perdi a Becca quando ele apareceu tentando me fazer mudar de ideia.

— Meu Deus, Rayle! Tem como piorar mais essa história?

— Eu sofri muito, Sara. Eu acho que se eu não tivesse feito amigos na faculdade, não teria aguentado a barra da gravidez sozinha. A sorte é que sempre economizei, nunca fui tão consumista. Se eu não tivesse poupança teria que viver só da fotografia e naquela época?- ela riu de nervoso. — Eu não estava conseguindo nada, só merreca e as vezes nem isso. Graças a Deus minha agenda está bem cheia agora e consigo me manter só com isso.

— Realizou seu sonho, amiga. Conseguiu viver da sua fotografia.- Sara sorriu orgulhosa. — Confesso que sinto falta das nossas sessões.- ambas sorriram. — Estou orgulhosa, não só da profissional que você é…- ela disse ao observar as fotos em que ela estava trabalhando na mesa de centro. — mas da mãe também, porque aparentemente está criando Rebecca muito bem.

— Ah, obrigada.- fez cara de convencida fazendo Sara rir.

— Olha, eu ainda não consigo me conformar com tudo o que me disse. Não acredito no que ele fez com você, no que você passou. Se eu pego aquele sem vergonha ele vai levar uma surra que nunca vai esquecer.

— Ele merece.- disse Rebecca claramente magoada. — Eu preferia não ter pai do que ter um como ele.

— Meu amor, eu já disse que guardar ódio no coração não é bom.- a loira mais velha fez um carinho no rosto da filha e a puxou para um abraço.

Sara sorriu de lado com a cena.

— Conheço uma menina parecida. O segredo é seguir em frente, não vale a pena sofrer por quem nunca amou você. Sua mãe é os dois num só, Becca.

— Eu sei.- Rebecca trocou um sorriso com a mãe.

— E o Grissom?- perguntou Rayle empolgada ao lembrar dele. — Rolou?

Sara tentou não ficar triste ao ouvir o nome dele.

— Rolou. Eu… casei com ele.

— O que??- as duas gritaram com a notícia, saltitando.

Rayle claramente contou pra filha sobre ela e Grissom também. Sinal de que era um relacionamento mãe e filha muito aberto e que elas conversavam sobre tudo.

Ainda sorrindo feito boba, Rayle indagou:

— Mas por que não está usando aliança?

Sara respondeu com um lamento.

— Pois é…

Rayle entendeu na mesma hora.

— Ai não… Divórcio?- seu sorriso sumiu, assim como o de Rebecca.

— É recente, tem uns meses… nos casamos em 2009. É… uma longa história também.

— Espera aí, você foi pra Vegas em 2000. Levou 9 anos pra vocês finalmente se casarem?- Rayle ficou pasma, pois achou que depois daqueles 2 anos Sara já tinha conseguido fisgar ele como estava tentando fazer. — Bom, pelo jeito que falou e pela sua reação, deve ter sido ele que pediu.

— Foi.- lamentou novamente.

— Mas por quê? O que ele tem na cabeça em deixar você depois de se casarem?

— Boa pergunta.- ela riu de nervoso. — Passei por muito perrengue também. Parece que enquanto você sofria de lá, eu sofria de cá. Não foi fácil. Eu quase morri umas três vezes.

— Jesus cristo!- ela levou as mãos à boca. — Como assim? Me conta. Preciso saber o que ele fez, o que aconteceu com você...

Quando Sara ia começar a falar, o celular dela tocou atrapalhando a conversa. Era Russell.

— Droga, eu preciso atender, só um minuto.

Infelizmente ela teve que abrir mão da folga urgentemente, pois houve uma complicação num caso de serial killer em Las Vegas e Morgan acabou sendo sequestrada assim como Ellie, a filha de Brass. Sara ficou em choque quando soube e disse para Rayle que precisava voltar.

— Eu vou te contar tudo sobre o Grissom, prometo, mas agora tenho que ajudar a achá-la. Não podemos perder o contato dessa vez.- Sara pegou um bloco e caneta que Rebecca lhe ofereceu e certificou-se disso. — Vou anotar meu número e meu endereço se caso aparecer por lá. Mas assim que a barra estiver limpa eu volto. Eu espero que achem ela viva.

— Está bem. Me liga dando notícias, tomara que ela fique bem. E você, toma cuidado, por favor.

— Ah se você soubesse o que já passei nesse emprego.- Sara riu de nervoso e a abraçou forte. — A gente termina de pôr o papo em dia por telefone ou chamada de vídeo, tá? Não vou deixar você sumir dessa vez.

— A gente ainda tem muito pra conversar. Pode deixar.

Sara desfez o abraço e abraçou a recém sobrinha.

— Tchau princesa. Amei te conhecer.

— Eu também, tia.

— Ai que amor.- sorriu abertamente. — Cuidem uma da outra, tá?- lhe deu um beijo no topo da cabeça e se despediu delas, sua preocupação com Morgan a deixou com pressa.

O voo demorou um pouco, mas logo já estava em Vegas novamente. “Quem diria!” ela pensava enquanto estava dentro da aeronave. Quem diria que um dia de folga em São Francisco faria com que ela reencontrasse a melhor amiga, e de brinde uma sobrinha postiça!

Odiou saber o que Renê fez com ela, com elas, e se um dia aquele canalha doente aparecesse em sua frente, nada sobraria dele!

Aquela sensação que Sara sentia em achar que Rayle precisava dela, aquele aperto, só podia ser isso, quando isso estava acontecendo com a amiga. E ela lá, longe, sem conseguir ajudar, perdendo a gravidez, o crescimento de Rebecca, a formatura, os ensaios lindos que ela fazia… Perderam muito da vida uma da outra, mas agora tinham a chance de repor o tempo perdido.

Mas antes, Sara teria que se concentrar em achar sua amiga e colega, pelo bem dela e de Greg, que devia estar desesperado. Sara foi informada que Morgan ia servir de isca pro assassino e que acabou dando tudo errado, pois ela sumiu.

Greg, Brass e principalmente Ecklie eram puro desespero. A morena já chegou procurando informações sobre o caso e o que teria que fazer já que Russell não estava no laboratório, e quando teve resultado foi até a sala dele. Ele não estava nela, mas estava próximo, no corredor. Estava encostado e parecia desolado. Quando ele a viu, desencostou e fingiu estar bem.

— Oi! Quando voltou de São Francisco?

— Há poucas horas, você estava na delegacia. Ecklie pediu pra checar a história de Larson.

Lhe passou todas informações e eles seguiram com o caso.

Foi complicado e bem desesperador todo o processo da investigação. Acharam um corpo que parecia muito ser Morgan, mas não era. Greg quase teve um treco quando viu o corpo da moça com uma estaca atravessada no peito e os cabelos loiros cobrindo seu rosto.

Um vídeo de Morgan foi enviado para a polícia. Ela estava amarrada a uma cadeira e a obrigaram dizer que Brass e Ecklie tinham um tempo pra decidirem qual das filhas salvar. Era impossível escolher, não podiam abrir mão da própria filha pra salvar a outra.

Felizmente conseguiram achar as duas no deserto, o assassino estava morto e Morgan tinha levado um tiro nas costas, estava inconsciente. Ellie estava bem e disse que o cara quem atirou em Morgan e que ela a defendeu. Mas a história não batia e Sara tinha um palpite. Foi até Henry enquanto todos estavam no hospital aguardando notícias e e descobriu junto com ele que Ellie conhecia o assassino e que ele era noivo dela, de acordo com Nancy, a ex de Brass e mãe de Ellie. A garota tinha armado tudo aquilo com o cara, incluindo se fingir de vítima. Foi ela quem atirou em Morgan, não ele.

A morena rapidamente pegou o celular e ligou para Russell.

— Russell, temos um problema.

— O que houve?

— O Brass ainda está no hospital?

— Não, por quê?

— Quando ele saiu?- perguntou temerosa. Ellie já tinha sido liberada juntamente com a mãe, ele com certeza foi até elas.

— Já tem alguns minutos. O que aconteceu?

Sara se desesperou. Ellie podia feri-lo se ele descobrisse a verdade.

— Foi a Ellie. Você tem que ir atrás dele, Russell, foi a Ellie.

Ligaram, ligaram, mas ele não atendia. Mandaram policias correndo até o hotel onde Nancy estava hospedada e encontraram Ellie apontando uma arma pra ele, com o corpo de Nancy no banheiro, morta com um tiro. Ellie havia matado a própria mãe e foi presa por isso.

O estado em que Jim ficou foi de partir o coração. Morgan saiu da cirurgia e os médicos disseram que ela ia ficar bem. A equipe não pôde ficar muito tempo com ela no hospital pois tinham um funeral pra ir.

Depois do enterro, todos foram pra casa, mas Sara não foi sem antes visitar Morgan no hospital. A pobrezinha quase morreu ao confiar na pessoa errada. As vezes Sara queria pegar a filha de Jim e merendar ela na porrada. Falando em Jim, também precisava ver como ele estava. Perdeu a única mulher que ele já amou na vida nas mãos da própria filha, não devia estar sendo nada fácil pra ele. Precisava de apoio.

Assim que fez essas duas coisas, foi falar com Greg. Ele estava no estacionamento do hospital, sentado em um banco de concreto, ainda com a roupa do velório.

— Hey…- Sara o tirou do devaneio sentando-se ao seu lado. — Foi ver a Morgan?

— O horário de visitas já acabou. Só o Conrad pode ficar lá com ela.

Sara suspirou e massageou o ombro dele.

— O pior já passou, ela vai ficar bem.- sentiu-o suspirar também.

— Quase a perdi duas vezes.

— Greg, tem que dizer a ela o que sente...

— Eu não consigo, Sara. Sempre tento pensar que o “não” eu já tenho, mas… quando olho pra ela, as palavras somem.

Sara sorriu.

— Eu sei como é isso.

— Grissom era assim?!

— Você é mais esperto que ele. Vai saber o que dizer, e vai fazer a coisa certa.- Sara se levantou, tocou seu cabelo e deu um beijo em sua cabeça. Feito isso, ela foi embora.

~ ♥ ~

Passou uma semana. Morgan se recuperou, teve alta e voltou a trabalhar. Sara estava cada vez mais contente por ter reencontrado a amiga, Jim estava cada vez mais distante pelo que houve à sua família, e Greg estava cada dia mais apaixonado. Ele sentia que tinha que cuidar de Morgan, que se importava com ela o bastante pra sempre estar ali quando ela precisasse. E justamente no caso em que ela voltou, um bebê foi sequestrado. Ela se abriu com Greg, e ele como sempre, estava ali pra ela.

— Sabe, quando eu fui sequestrada e mantida em cativeiro… pelo menos eu sabia que vocês estavam me procurando… Esse bebezinho… o que ele deve pensar? Ele está num lugar estranho, está sem o pai…

— É… caso com crianças são complicados.

Morgan pegou um urso de pelúcia e observou.

— Seja lá quem tenha levado ele, já conseguiu o que queria. Ele não tem mais utilidade.

— Morgan, não fala uma coisa dessas.

— Por que não? Eles já mostraram que matar não é problema, é só mais um!

— É, só que é só um bebezinho.- ele se aproximou dela que ainda segurava o ursinho e se segurava pra não chorar. — A gente tem que acreditar que nesse caso é diferente.

— É…- sua voz embargou e ela não conseguiu segurar. Começou a chorar e Greg a puxou para seu abraço aconchegante.

Depois que Morgan se acalmou e manteve o foco, eles conseguiram finalizar o caso e Greg contou para Sara o que aconteceu. A morena aconselhou a ele continuar assim, sem pressa, e que deixasse ela se aproximar dele no ritmo dela, que era importante ele continuar sendo amigo como sempre foi, mesmo antes de ter interesse nela.

Com todos esses conselhos Sara iria acabar se tornando a cupido da equipe.

Nessa semana que se passou, Sara não teve muito tempo pra pôr o papo em dia com Rayle como tinham combinado. Sara mal conseguiu contar o que aconteceu, e agora com mais uma folga que Russell lhe dera, ela podia aproveitar pra fazer isso. Nem reclamou dessa vez.

Sua amiga havia voltado pra ela e tinha que aproveitar o tempo pra matar a saudade. Ela com certeza iria lhe ajudar a superar o que estava passando.


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Notas finais do capítulo

Rayle voltoooou! Yaaaay ♥ Que saudade que eu estava dessa amizade ♥ Os planos iniciais eram colocar esse reencontro na reta final da fic, mas ia demorar muito e a Sara indo pra São Francisco foi a deixa pra adiantar essa parte. Rayle vai ser fundamental pra ajudar a Sara a seguir em frente e claro, ser mais uma pra odiar o Gil e querer dar um tabefe nele hahah E além do mais, Sara já perdeu muito do crescimento da Becca e eu quero que a Rayle veja a Sara voltando pro Gil no final kkkk
Mais Morganders nesse capítulo porque sim u.u ♥ #SaraCupido, quem apoia? hahahah
Abraço de urso :3



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