Love Story escrita por Fofura


Capítulo 169
Relacionamentos XXVIII - Novo Chefe?


Notas iniciais do capítulo

Pandinhaaas! Mil desculpas kkkkk Dois domingos sem postar, sooorryyyy. Era pra sair ontem e também não deu, mas hoje eu consegui kkkkkkk rindo pra não chorar
Vamos para uma breve explicaçãozinha que eu acho necessária kkkk
Bom, não sei se vocês sabem, mas eu sigo a linha cronológica de acordo com as datas de estreias dos episódios, e como vocês devem saber, de uma temporada pra outra tem um intervalo de quatro/cinco meses, a temporada termina em Maio e a outra começa em Setembro. Então eu sempre dou um jeito de avançar o tempo antes de acabar a temporada, mas nessa não deu por conta do caso Haskell, pois um episódio completava o outro e não tinha como pular quatro/cinco meses do nada, sendo que o intervalo era de dias e não meses. Levando em conta que o tempo na série não avança de uma temporada pra outra (só pensar em Living Doll que acontece em maio e Dead Doll que acontece em setembro, sendo que os acontecimentos são no mesmo dia), eu vou pular o tempo no episódio 6 que a Jorja não aparece. Assim não fura muito o andamento dos acontecimentos e relacionamentos, já que o Russell e a Morgan acabaram de chegar e ainda estão se enturmando. Fora que o Nick só ficou três semanas fora, temos um avanço de no máximo um mês pro Langston sair e o Russell entrar.
Nota enorme kkkk mas acho que foi necessário falar isso kkkk
Com tudo explicado, bora pra season 12! ^^ Boa leitura :3



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Um mês se passou. Durante a primeira semana teve toda a questão da corregedoria com Ray, o pedido de demissão dele e todo o processo de Ecklie com os superiores de trazer um CSI de Seattle pra cobrir o desfalque. Mas ao entrar na segunda semana, o que já estava ruim, ficou pior. Enquanto Nick estava fora, estudando insetos no Hawaii, Catherine perdeu seu cargo de supervisora. A ruiva foi rebaixada e substituída por outro supervisor, o tal cara que veio de Seattle.

O ocorrido foi por conta de toda a história com Langston muito antes de Haskell fugir para Los Angeles e em como ela “passava pano” pra tudo o que ele fazia, sem conseguir manter, tanto ele quanto Nick, na linha, fazendo com que os dois saíssem de seu controle em Los Angeles.

Foi um baque e tanto para Catherine, ela ficou desolada. Ser rebaixada nunca lhe passou pela cabeça, nunca achou que fosse possível. Recebeu o conforto de seus amigos, incluindo Grissom, que também soube do acontecido.

A ruiva tentava não deixar transparecer, não só deu descontentamento com os superiores, incluindo Ecklie, mas também a estranheza da figura que lhe substituiu na chefia.

Diebenkorn Russell, mais conhecido como D.B., era diferente estranhamente bem humorado e curiosamente esperto. Sério na medida certa e intimidador quando necessário. Uma de suas melhores características era falar sério brincando, ele tinha esse lado comédia mais apurado. Todos o achavam estranho e excêntrico por cultivar cogumelos num aquário.

D.B. era alto, cabelos completamente brancos, olhos azuis, e os óculos completavam o visual, velho jovial com seus cinquenta e nove anos. Tinha esposa, dois filhos e uma neta.

Foram três semanas difíceis… Russell tentava se enturmar, Catherine tentava se conformar sem êxito, era difícil Sara falar com Grissom pelo telefone, pois quase sempre a ligação caía ou o fuso horário não batia, estavam com um CSI a menos, mas estavam tentando levar essas mudanças numa boa.

Nick voltou sem saber de absolutamente nada em 9 de junho. Chegou na cena do crime que era num vagão de metrô e encontrou com Greg na plataforma.

― Aí! Da próxima vez que aparecer um supervisor novo, eu vou pro Hawaii ficar na areia de chinelo com um drink na mão, e não vou ficar procurando insetos. Divirta-se aí.- e foi embora. Nick ficou confuso e em seguida Catherine foi a seu encontro. 

― Aloha turista!

― Aloha!

― O treinamento foi bom?

― Foi. Três semanas de areia, surf e besouros.

Cath riu.

― Espero que esteja descansado, tem ordens de cima pra cuidar desse caso.

― Ah é? De quem? Xerife ou prefeito?

― Dos dois.

― Hm, estou animado.

Cath entrou com ele no vagão e explicou a situação, dois mortos, três feridos, enfim… Sara estava lá fotografando e já sorriu, pois a reação dele seria engraçada. Eram dois mortos, mas haviam três pessoas no chão. Nick ficou confuso.

― Você não disse “dois mortos”?

― Eu disse.- Catherine então saiu do vagão e Sara sorriu de novo.

― Espera aí, o que está acontecendo? É pra eu me preocupar?

Sara foi até ele, sorriu mais uma vez, tocou seu ombro e disse:

― Bem vindo ao lar!

Nick estranhou mais ainda e ouviu a voz do “terceiro morto”.

― Você deve ser Stokes.

Nick foi até ele, o ajudou a levantar e o cara se apresentou como D.B., Nick Achou mais estranho ainda.

Enfim, o caso seguiu, Catherine e Sara falaram com testemunhas e Russell foi até elas. Conversou com Catherine.

― Recebi uma ligação, um 419 no condado de Brim.

― Brime.- Cath o corrigiu.

― Brime.- ele então falou certo. ― Então, provavelmente, um trabalho de duas pessoas. O que acha?

Ele tinha o costume de perguntar isso desde que ocupou o cargo.

― O que eu acho? Você é o chefe, devia parar de perguntar o que eu acho.- sorriu, mesmo que aquilo doesse.

― Eu vou.- Sara chegou perto deles se prontificando a ir. Havia escutado ele pronunciando o nome errado e resolveu dar uma zoada. ― Já faz um tempo que não vou até “Brim”.

― Ela falou que é “Brime”.- depois que ele percebeu a zoação, sorriu. ― Leva o Saunders com você.

― Sanders.- Sara corrigiu.

― Sanders, eu vou acertar.- e saiu de perto.

Sara olhou para Catherine sem palavras e saiu de lá, fazendo a ruiva suspirar. Que situação!

Já na outra cena de crime, Greg e Sara davam uma olhada no corpo.

― Você viu a cara do Nick no trem quando ele viu o Russell deitado lá?- sorriu.

Sara também sorriu.

― Foi incrível.

― Ontem o Russell colocou o relógio de pulso de uma vítima, mas ele ficava me perguntando as horas, aí eu cheguei e perguntei pra ele “que horas são, Russell?”. Ele olhou pro relógio dele e saiu andando.

Sara riu.

― Mas ele pegou o assassino de Gig Harbor. Talvez pra ele funcione.

― Quer brincar de morto aí no chão ou eu deito?

Sara riu mais uma vez. Greg sempre a fazia rir.

Enquanto tentavam solucionar os dois casos, Nick ficou puto com Catherine, porque simplesmente o jogaram pra fora de sua sala, suas coisas tinham que ficar em outro lugar.

― Valeu por me avisar, Catherine!

― Nick, desculpa. Tem muita coisa acontecendo por aqui. O chefe novo precisava de uma sala e eu dei a sua, me desculpa, eu…

― Sabia que ele está cultivando cogumelos??

― Supostamente é medicinal.

― Medicinal??

― Não começa, tá?

― Que ótimo! Ray Langston dá mancada e a gente tem que pagar! É, muito justo.- disse ele putasso.

A ruiva ia responder, mas foram interrompidos pela chegada da loirinha que conquistou nossos corações, pegando-os de surpresa.

― Oi gente!

― Morgan! Que bom te ver!- disse a ruiva e logo teve que se retirar. ― Ah, é meu telefone, com licença.

Nick, que estava emburrado de braços cruzados, logo arrumou a postura e deixou de ser mal educado.

― Desculpa.- sorriu e a cumprimentou. ― Morgan, é bom te ver.- ela também sorriu. ― Como vai?

― Ah, você sabe, vou indo.- sorriu de novo, uma graça, e olhou pras coisas dele no chão. ― Você vai embora?

― Ah, não, eu… só vou mudar de sala.- olhou para os lados.

― Me falaram do Langston.- comentou.

― É… O que está fazendo aqui?- ele perguntou com o cenho franzido.

― Eu… vim atrás de aventuras em Las Vegas.

Nesse momento, Greg passava por perto e ouviu a voz dela. Parou imediatamente.

― As aventuras estão na Sunset Street, não estão aqui.- Nick viu Greg e rapidamente o chamou. ― Aí Greg! Deixa eu te apresentar a Morgan.

Greg foi até eles todo pimpão.

― Morgan Brody, esse é Greg Sanders. Ele foi nosso consultor sobre Los Angeles no caso Haskell.

― Maneiro! Bom trabalho!- ela o cumprimentou animada e feliz em conhecê-lo. ― Já ouvi falar de você. Você…- o olhou de cima a baixo. ―... não parece um historiador nerd.

― Você também não.- fez a mesma coisa e ela sorriu tímida desviando o olhar. ― Estou falando em ser nerd.- ele então se enrolou todo pra falar, ficou nervoso do nada. ― Você não parece nerd… mas não tem nada de errado em ser nerd…- Nick franziu o cenho mai suma vez ao ver aquela cena.

― Isso.- Morgan riu sem graça.

Nick sorriu discretamente percebendo a situação fofa e embaraçosa que meteu o amigo, que nitidamente se encantou por Morgan.

― Nos vemos depois.- ela sorriu e se retirou, procurando pela sala de seu pai.

Greg quase quebrou o pescoço ao vê-la se afastar.

― Ela é a filha do Ecklie??- perguntou admirado.

― Cara… nem pensa nisso, eu estou te avisando.

Greg iria paquerar logo a filha do sub xerife? Terreno perigoso, ainda mais por se tratar de Ecklie que tinha a fama de ser insuportável. 

Mas Greg ficou lá com cara de bobo. Não dava pra mandar no coração. Sara que o diga! E falando nela, Greg logo quis falar com a melhor amiga sobre isso, mas no momento ela não deu ouvidos. Nick já tinha contado pra ela como Greg tinha ficado quando viu Morgan e não queria falar disso durante o caso, era melhor depois, então o cortou.

― Oi.- disse ao chegar no áudio e vídeo onde ele estava.

― Ah, oi. Olha, eu conheci a Morgan Brody hoje, ela é muito…

― O que está assistindo?

― Youtube norueguês.- ele respondeu sem se importar com o corte, falaria disso depois.

Enquanto isso, Ecklie olhava o currículo de sua filha, que o olhava séria. Era arriscado e chato ter que conviver com seu pai, mas um emprego melhor valia o esforço.

― Seu currículo é impressionante! Então… o que foi dessa vez?

― Eu acho que você sabe.- Ecklie fez que não. ― A queda do Langston teve um longo alcance. Ecklie não disse nada e ela o repreendeu com o olhar.

― Tem centenas de outros laboratórios pelo país.- ele também não estava a fim de conviver com a rebeldia da filha que aparentemente ainda o odiava.

― Esse é o melhor! Você decide.

E aí? Contratou? Mas é claro que sim. Ecklie agora tinha a chance de se acertar com a filha rebelde e não ia perder a oportunidade. Mas nem por isso achava que seria fácil, pois Morgan era difícil de convencer, ainda mais por se tratar dele e das coisas que ele fez. Mas por um relacionamento saudável com ela, valia a pena. Enfim, Morgan Brody virou a mais nova integrante da equipe/família CSI do noturno.

Os casos foram resolvidos, foi divertido todos eles, já que Russell inventou de levar o vagão todo do trem pro laboratório causando mais cenhos franzidos entre os integrantes. Além de que Hodges revelou que sabia que polvos eram usados em pornografia no japão. Ia ser zoado por isso eternamente.

Mas nada de só alegrias, porque depois de tomar uma bronca de Russell ― já começou bem né kk ―, Nick levou outra de Catherine, pois agiu novamente por trás dela e fora das normas.

― Eu liguei pro agente condicional do Jimmie tentando fazer com que ele pegasse leve com o cara.

Catherine o olhou indignada e suspirou.

― Liga de novo.

― Como assim?

― De agora em diante vamos fazer tudo do jeito correto.

― Que jeito, Catherine? Eu só estou tentando ajudar o cara.

― Você não está ouvindo, Nick! Não vai haver mais acordos por baixo dos panos, chega de idiotices e insubordinação, chega de vinganças pessoais, chega de L.A.!!

― O que tudo isso tem a ver com L.A.? Eu não mudaria nada do que eu fiz lá.

― Eu mudaria!- quase gritou. ― Eu não estou mais no comando porque esse é o nosso problema! Agimos com o coração, não com a razão, e justificamos depois de feito!!

― Por que está tão nervosa?

― Eu fui rebaixada, Nick! Rebaixada! Você está sentado aqui descansando, e o D.B., admirador de estrelas, está no comando!

Nesse momento a exaltação de Catherine já chamava a atenção das pessoas que estavam por perto, pois ela estava praticamente gritando com Nick.

― E quer saber? Ele deve ser o que precisávamos!

Greg e Sara saíram da sala de análises que ficava no mesmo corredor e prestaram atenção na discussão com cara de assustados. Hodges também saiu de sua sala e ficou olhando.

― Eu não concordo, não é o que precisávamos!- Nick rebateu. ― É o que Ecklie e o xerife quiseram pra nós.

― está vendo? É disso que eu estou falando! Você sempre culpa os outros pelo que é responsabilidade sua! Chega de desculpas!

― Não vem com essa, Catherine! Essa gente não faz ideia do que está acontecendo.

― Pode me colocar nessa lista!

Russell que passava falando no celular com a esposa, viu a discussão e também parou, pois sabia que ele era o motivo.

― Olha só, eu não entendo a sua raiva.

― Ah, você não está entendendo?! São dezenove anos! Dezenove anos é muito tempo pra ficar nesse trabalho!

― O que você quer dizer?

― O que eu quero dizer?? Eu estou dizendo que a equipe tem que seguir em frente e voltar a fazer o que fazemos de melhor, e se você não dá conta a porta está ali!

― Eu sei onde a porta fica, já usei várias vezes.

Então os celulares de todos eles começaram a tocar anunciando uma mensagem.

“Café da manhã por minha conta. ~ Russell”.

Todos franziram o cenho e olharam pra trás. Lá estava ele com o celular na mão olhando pra todo mundo.

Cath até ficou sem graça por ele ter ouvido a discussão, mas eles foram. O clima não estava tão legal, mas tentavam amenizar tudo.

Depois do café da manhã, Sara e Greg conversaram um pouco, pois só eles ficaram na lanchonete depois que o pessoal foi embora.

― Olha só, desculpa ter te cortado quando você foi falar da Morgan, é que eu achei melhor deixar esse assunto de paixão pra depois.

― Espera aí, eu não falei nada de paixão, Sara.- ele ficou na defensiva.

Sara riu.

― Nem precisou. Nick me contou o jeito bobão que você ficou depois que a viu pela primeira vez, e acredite Greg, eu sei bem o que é isso.

Greg corou e desviou o olhar dela.

― Fala a verdade, Greggo, se encantou por ela, não foi?

― Ela é linda…- admitiu todo vermelho e Sara achou a coisa mais fofa.

― Ela é sim.- sorriu. ― Mas vai devagar, vai conhecendo ela aos poucos e não exagera nos elogios.

― Sério? Está me dando dicas de paquera?- ele ergueu as sobrancelhas e perguntou num tom divertido.

― Não são dicas de paquera, você não vai paquerar ela do jeito que fazia comigo, nem pense nisso!

Greg caiu na gargalhada.

Sara também riu.

― Olha só, toma cuidado. A sorte da garota você até teve, mas do pai dela… Ihhh…

― Ai, não me lembra disso não, Sarinha.

― Fala sério, Greg, não tinha sogro melhor pra escolher?

E mais uma vez os dois deram risada.

Greg não iria se iludir, podia não conseguir nada com a novata, mas pelo menos a amizade dela ele gostaria muito de ter.

Conversaram mais um pouco e depois cada um foi descansar.

E assim que chegou em casa, Sara contou tudinho ao marido por Skype.

― Como o novo chefe está levando? Se adaptou?

― Olha, eu não diria isso. Está sendo complicado se adaptar. A convivência não está sendo muito boa.- Sara confidencializou. ― Todo mundo se respeita, claro, mas acho que vai demorar um pouquinho pra uma boa amizade sair daí, sabe?- Grissom assentiu entendo a situação. Devia estar sendo muito difícil para a amiga aceitar o que houve. ― A equipe não aceitou ainda muito bem a ideia de um novo chefe, mas Russell está se saindo bem, levando numa boa.

― Fico feliz com isso. Ele deve ser um cara muito bacana pelo que você me contou. Logo as coisas vão ficar melhores.

― Eu espero que sim, porque a discussão de hoje não foi nada boa.

― Discussão?

Sara então contou sobre a briga de Catherine e Nick e tudo o que rolou durante o caso, incluindo a chegada de Morgan causando uma paixonite em Greg.

A conversa foi longa, mas muito boa, como sempre.

~ ♥ ~

A semana seguinte foi até engraçada em alguns momentos. Ecklie continuava levando um gelo de Morgan, que se perdeu à caminho da cena do crime, fazendo com que tivesse que descer um barranco com o carro, furiosa com o GPS. Sara soube disso e não perdeu a oportunidade.

Suspeitando que a família que fora assassinada estava envolvida com drogas, Sara, Greg e Morgan resolveram voltar até a casa.

― Eu dirijo.- disse a morena. ― Eu sei o caminho.

Morgan sorriu com a audácia.

Mas Sara não ficou tranquila e brincalhona assim o mês inteiro. Na semana seguinte, ela reviveu um pesadelo antigo.

Nick achou um corpo coberto de cimento no meio de um encontro que estava tendo com a sobrinha de Robbins.

Um caso muito semelhante ao que Sara investigou cinco anos atrás, um que ela se envolveu bastante. Um casal, Gina e Todd Sinclair, sequestravam adolescentes, estupravam com garrafas de cerveja, faziam vídeos doentios, matavam as meninas, esquartejavam e depois cobriam com cimento.

O caso foi solucionado, apenas uma vítima sobreviveu, e o júri condenou o casal, mas a pena maior foi pro marido já que Gina inventou que era obrigada a fazer as coisas e tudo mais.

Quando soube do novo corpo, Sara foi direto para a sala de Russell. Ele estava vendo um dos vídeos. Era Gina abusando da menina sobrevivente, fazendo ela tomar cerveja e a obrigando a dizer “eu quero ser uma boa menina”. Russell assistia inconformado.

― Puxou isso dos meus arquivos antigos?

― Como uma mulher dessa não pegou perpétua?

― É que o júri nunca viu isso. Todd escondia os vídeos de sexo no sótão da avó. A gente achou depois que ela morreu que foi… três semanas depois do veredicto.

― E Colleen Hughes foi a única vítima sobrevivente?

― Eles a mantiveram presa por três anos.

Sara explicou mais um pouco pra deixá-lo a par de tudo e depois foi direto ao ponto, já que agora ele era o chefe e que teria que ficar ciente de que ela faria o que fosse possível para Gina ser presa novamente, já que estava em liberdade condicional.

― Eu estava nesse caso na época, quero entrar nele agora.

Russell concordou.

Já Catherine sabia que aquilo ia dar merda, pois não era a primeira vez que Sara se envolvia num caso, era muito comum de acontecer, e teve que alertar Russell para que não cometesse o mesmo erro que ela e deixasse de manter o controle.

Estavam vendo o site do pai da segunda vítima que meio que largou a vida só pra ver os Sinclair presos.

― Tem muita gente que gostaria de ver Gina Sinclair pagar pelo que ela fez.

―  E por “gente” você diz a Sara?

― Você sabe como é, você vive com o caso uns dois anos, obviamente se aproxima das vítimas e das famílias e aí… a justiça não é feita.

― Ela disse que queria outra chance. Devo me preocupar?

Catherine resolveu abrir o jogo.

― Eu sei porque o Ecklie te trouxe. Claramente, como supervisora, eu fiquei muito próxima da minha equipe, eu deixei um deles entrar numa casa com um assassino.

― Sei… E o que quer dizer com isso?

― Que você não pode deixar a Sara passar pela mesma porta. Você é o supervisor agora, tem que proteger a equipe.

― Entendi… E muito obrigado pelo alerta.

Catherine suspirou e sorriu, estava sendo difícil, mas não podia ser egoísta e largá-lo num território desconhecido, ele não merecia.

Enquanto eles conversavam sobre Sara, Greg estava em outra cena meio decepcionado. Pois ao que parecia, Morgan estava interessada no CSI errado. Estava ele lá, todo pimpão, arrumando o cabelo e as vestes pra ficar apresentável e Morgan solta essa “Olha, não estou dizendo que namoro gente do trabalho, mas posso fazer uma pergunta pessoal?” Greg disse que sim com um fundinho de esperança. “Soube que o Nick saiu com a sobrinha do Robbins. Estão juntos?”. Ele estava todo animado quando soube que trabalharia com ela num caso e ela pergunta de Nick? Até deu uma desanimada, mas não deixou transparecer.

E claro que Sara foi até Gina. A encontrou deitada numa cadeira de praia tomando cerveja observando algumas meninas na piscina. Parou na frente dela. A mulher logo a reconheceu.

― Sara do CSI, né? Você quer uma?- ofereceu a bebida.

― Está ótima, Gina, parece que a cadeia te fez bem.

― Você está meio pálida.

― É, eu passo a maior parte do tempo no laboratório atrás de psicopatas como você. Achamos uma menina com cimento.

― Não tenho nada com isso.

― Que bom. Então é tranquilo se eu revistar sua casa.

― Está uma bagunça. Folga da empregada.- ela deu uma desculpa.

― Eu não preciso ser incomodada por você ou por um idiota no carro. O Burrows está na minha cola desde que eu saí.

― Você estuprou, matou e desmembrou a filha dele.

― O tribunal disse que foi o Todd. Eu sou tão vítima quanto as meninas.

Sara suspirou com aquela conversa fiada e viu que ela não tirava os olhos das meninas. Ficou brava.

― Estou tapando a sua visão??

― Só estou admirando as flores.

Sara ficou de saco cheio e fez algo que Gina não gostou. Chamou a atenção de todos, se identificou como criminalista e disse pra todo mundo que a vizinha deles era estupradora e assassina, e que se fosse eles ficaria de olho nas crianças.

― Levanta!- disse firme. ― Vou chamar seu agente da condicional pra ver a bagunça que a empregada não arrumou!

Que Sara é foda, isso todos nós sabemos, mas não deu muito certo e ela foi chamada na sala de Russell. Sabia que era bronca pelo que fez e que seria tirada do caso, mas não foi. Ele deixou ela ficar se se controlasse e fizesse tudo direito, sem vinganças pessoais como Catherine disse uma vez.

Tudo indo bem até que Colleen desapareceu. Sara foi com Russell até o apartamento de Gina e encontraram Ed Burrows torturando ela com uma faca ameaçando cortar seu pescoço.

Ele ia matá-la e se fizesse isso nunca iam achar Colleen. Sara teve que impedir, implorou para que ele soltasse a faca. Muito relutante, Ed fez o que ela pediu e a pior coisa daquilo, foi Gina olhar para Sara e agradecer por ter salvo sua vida, sendo que tudo o que Sara queria naquele momento era que Ed terminasse o trabalho.

Voltou ao laboratório e foi pro locker esfriar a cabeça. Se sentia péssima. Nick foi lá falar com ela.

― Está tudo bem, Sara? Me disseram que a coisa foi feia.

― A boa notícia é que ela está no hospital, a má é que ela vai ficar bem, e a gente ainda não faz ideia de onde ela está escondendo Colleen.- Nick foi até ela e sentou-se ao seu lado, de frente pra ela. ― Ed Burrows está enfrentando acusações de sequestro, ataque com arma letal e tentativa de assassinato. E de novo Gina vence.- lamentou.

― Bom, talvez não dessa vez.- ele sorriu e ela estranhou. ― Hodges encontrou vestígios de sabão no corpo da garota do cimento. Sabão usado em lavadoras de pressão industrial. O que me fez pensar que nós nunca encontramos a ferramenta que era usada para esquartejar as vítimas dos Sinclair, né?- Sara negou. ― Então eu peguei uma dessas lavadoras potentes e usei num pernil de porco. As lesões são compatíveis. Não tem muitas dessas lavadoras por aí.

Sara, pela primeira vez naquela semana, sorriu.

Nick também sorriu.

― Ah, fiz você sorrir!!- levantou-se e fez ela fazer o mesmo. ― Vem cá.- a trouxe para um abraço acolhedor. ― Vamos fechar esse caso de vez, tá?- Sara suspirou e assentiu, agradecendo o apoio.

Conseguiram chegar ao esconderijo e foi um baque quando presenciaram o que estava acontecendo. Colleen estava lá, mas não era a vítima, era a agressora. Estava fazendo o papel de Gina Sinclair. Amarrou uma menina na cama e fez com ela tudo o que Gina fez consigo. Foi uma das piores situações que Sara já presenciou, viu aquilo tudo sem reação, sem acreditar. Colleen, depois de ficar três anos presa, desenvolveu a personalidade de seus agressores e passou a fazer o que eles faziam. Foi o pior desfecho que Sara podia imaginar.

Foi até o hospital, falou com a mãe dela, com Gina… Sara estava destruída com a conclusão daquele caso. Só queria sair dali. E não contente viu Russell sentado na recepção. O que diabos ele estava fazendo ali? O supervisor pediu que ela sentasse ao seu lado e meio a contragosto ela foi.

Sentou e nada disse.

― Já comeu?

― Eu não estou muito no clima.- ela nem se lembrou disso, na real.

― É, eu também estou com fome.- Sara arqueou as sobrancelhas. ― Gosta de comida chinesa?- ela o olhou sem responder pensando “quê?” ― Sushi.- Sara voltou a olhar pra frente ainda sem responder. Ele era estranho. ― Italiana? Grega?- ela suspirou. ― Eu vou continuar.

― É, eu sei que vai.

Olharam pra frente e Russell realmente continuou olhando pra ela novamente.

― Indiana?

Sara sorriu e voltou a olhar pra ele. Era estranho, mas legal.

― Então acho que vai ser indiana.

― Por que está fazendo isso?

― Porque me importo com você.- respondeu a surpreendendo.

― Nem me conhece.

― Conheço o bastante. Você é ótima no que faz e se importa com as pessoas. Acho que isso basta, não é?

Sara novamente sorriu e agradeceu.

Claro que assim que chegou em casa ela desabafou com Gil, só ele conseguia fazer com que se sentisse melhor.

Grissom viu o quanto sua abelhinha tinha ficado mal com o fechamento daquele caso e fez o possível para que ela se sentisse melhor. Mas sabia que demoraria pra ela tirar aquilo da cabeça. Ainda bem que dali uns dias eles se encontrariam pra matar a saudade e ele poderia abraçá-la já que naquele momento não podia.

E foi exatamente o que fez em Paris quando a viu chegando no aeroporto. Se demorou no abraço dela, estava feliz que estavam conseguindo se ver todo mês e se falar todos os dias mesmo que pouco pelo telefone por causa do fuso horário.

Eles conversaram por um tempo à caminho de casa e assim que chegaram, Sara quis tomar um banho. Ele resolveu deixá-la ir sozinha já que ele já tinha tomado. Só que começou a estranhar a demora, então foi ver o porquê dela.

Ela estava parada, pensativa, enquanto a água caía suavemente por seu corpo perfeito. Gil não se importou em molhar suas roupas e a abraçou por trás beijando seu ombro.

― Pensando naquele caso ainda?

― Ver a Colleen fazendo com alguém o que a Gina fez com ela… não era algo que eu achei que fosse ver. Gina ainda teve a coragem de aparecer no hospital pra levar flores pra ela. Cara de pau.- seus olhos se encheram de lágrimas. ― Eu sei que pode parecer horrível, mas…- ela se virou pra ele. ―… eu juro por Deus, Griss, eu queria muito ter deixado ela morrer.- sua voz embargou e mais lágrimas caíram.

― Hey…- ele secou suas lágrimas e a abraçou forte a amparando. ― Não importa quantos anos passamos fazendo isso, a gente nunca se acostuma. A maldade sempre nos deixa assim, inconformados e destruídos. Vai ficar tudo bem…

Sara chorou nos braços de quem mais amava, seu alicerce, o colo onde sentia-se segura e conseguia recuperar as forças.

― Vem, vamos sair…- todo carinhoso como de costume, afastou o abraço e tirou os cabelos dela do rosto. ― Está há tempo demais nesse chuveiro, olha seus dedos.- riu para que ela fizesse o mesmo. E conseguiu.

Esse tempo com ele era tudo o que ela precisava.

~ ♥ ~

A semana seguinte veio e Greg mostrou que realmente gostava de Morgan e se importava com ela, quando o helicóptero que ela estava foi sequestrado e desapareceu.

Sentiu-se culpado, pois ele quem deveria estar lá e ela se ofereceu pra ir no lugar dele. Ficou preocupado e nervoso muitas vezes quando não conseguiam ter pistas de onde ela estava. Surtou quando soube que a filha do cara que sequestrou o helicóptero mandou capangas para matar o pai e quem estivesse com ele. Foi com tudo pra cima dela dizendo que se Morgan se machucasse ele não sabia o que faria, sendo segurado por Ecklie e um policial. Sara então teve total certeza dos sentimentos de Greg por Morgan mesmo que ele tivesse acabado de conhecê-la. Ambos se davam muito bem, eram brincalhões um com o outro, “discutiam e se provocavam”, tinham uma amizade bem legal pra uma parceria tão recente.

Foi com alívio que mesmo com a queda do helicóptero, conseguiram ver Morgan bem e viva. Foi apenas um susto e ela não havia se machucado tanto.

Foi com surpresa também que viram o desespero de Ecklie com o sumiço da filha e que, olha só!, o careca tinha coração! A prova de que Morgan veio para mudá-lo, e isso era bom.

Com isso, cinco meses se passaram. Gil, Sara e Abby não conseguiram passar seus aniversários juntos, mas compensariam isso no natal, já que Sara e Gil planejaram levar a pequena para Paris novamente, passar o natal de 2011 com eles. Se Sara amou ver neve, imagina Abby.

Era início de novembro e estavam contando os dias para aquela data chegar, planejando todos os passeios que fariam e também conversando sobre tudo o que tinha acontecido nesses meses que se passaram. Naquele momento Sara estava fazendo Grissom rir, enquanto estavam sentados em frente a lareira por conta do frio, com a história de Hodges e a academia que ela descobriu que ele fazia.

“― Hodges, o que é isso?

― Isso é meu almoço.- ele respondeu num tom óbvio. ― Eu estou comendo.

― Você sabe que nugget de frango não é bem o que parece né?

― Não estraga meu apetite.- ele pediu.

― Tá…- ela então mudou de assunto. ― O resultado do pó amarelo?

― Está aqui. Eu estou tentando falar com você há mais de uma hora.- entregou os resultados a ela que leu.

― Pó de talco?

― Pelo laudo, o pó é uma fórmula especial de cinco óleos essenciais usados em academia de ponta, inclusive a minha.

― Você malha??

― Uhum. Por baixo disso eu sou sarado.- fez menção em abrir a camisa e Sara o impediu.

― Ah, eu acredito em você!- foi saindo da sala e ele ainda falou com ela.

― Página 4, tem uma lista de academias.

― Isso aí nem é frango de verdade.- disse por fim.”

Grissom riu dizendo que o que ela fez foi maldade.

― Não foi.- ela também riu.

― Sara Sidle, a vegetariana que estraga seu apetite.

A morena gargalhou.


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Notas finais do capítulo

MORGANDERS AAAAAAAA ♥
Esse capítulo nem tava pronto, eu ia colocar o natal ainda, mas já tava muito grande e eu já demorei demais, então parei por aqui mesmo kkkkk
Espero que tenham gostado. O próximo traz grandes emoções :')
Abraço de urso e até lá :3



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