Love Story escrita por Fofura


Capítulo 126
Amar é Cuidar e Proteger


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhas!
Perdoem a demora, pelo amor de Deus, aconteceu uns bang aí e eu acabei atrasando. Mas tá aqui, saindo tarde, mas saindo no domingo kkkk
Eu queria dedicar esse capítulo pra Ana Camila e pra Juliete Silva porque elas fizeram aniversário esses dias aí que LS ficou sem atualizar. Eu ia dedicar o anterior, mas ele era tão triste e tão depre que eu não quis dedicá-lo pra ninguém, sabe? Como a Ju me disse, seria a mesma coisa que eu dedicar o capítulo da morte do Warrick pra ela. Ia ficar pesado kkkkkk Portanto, Ana e Ju, esse capítulo é de vocês ♥
Espero que todos gostem desses momentos depois do susto.



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A chegada no hospital foi rápida e tumultuada, o estado de desidratação de Sara era grave e precisavam deixá-la estável. Estava com duas fraturas no braço e por não ter tido ajuda antes, ele já estava num roxo bem escuro. Sara sentia muita dor ainda e para engessar e fazer os curativos tiveram que cedá-la.

Gil estava inquieto na sala de espera. Os outros membros da equipe não demoraram muito para chegar.

Nick, Greg, Jim, Warrick e Catherine foram até ele rapidamente.

— Gil!- disseram todos ao mesmo tempo.

— Como ela está?- perguntou o detetive.

— Eu não sei.- ele respondeu aflito. — Ela ainda está sendo examinada. Já faz meia hora, não tive notícias ainda.

— Ela vai ficar bem.- Catherine tentou confortá-lo. — Logo poderá vê-la.

— Não consigo ficar parado.- ele admitiu.

— Relaxe homem.- o mais velho sorriu ao dizer. — Sara está segura agora.- tocou seu ombro.

— Senta, bebe um copo d’água e se acalma, Griss.- Warrick também aconselhou.

Grissom achou melhor mesmo fazer o que os amigos disseram, não adiantaria nada ficar nervoso, o susto já havia passado. Sentou-se, tomou uns goles de água que a ruiva foi buscar pra ele, mas ele sabia que era impossível se acalmar até ver com seus próprios olhos que Sara estava bem.

Não demorou muito, mas para eles pareceu uma eternidade, para o médico que atendeu Sara aparecer na sala, quase uma hora depois dela ter chegado lá.

— Quem está com a senhorita Sidle?

— Aqui!- disseram juntos e foram até ele.

— Como ela está, doutor?- Gil se adiantou na pergunta que todos queriam fazer.

O médico informou a situação de Sara, todos os problemas e resultados dos exames, o tempo que ela ficaria lá, e disse que ela ia ficar bem.

Todos comemoraram.

— Podemos vê-la?- indagou Nick.

— Claro, mas ela precisa descansar, então, sejam breves.- disse o simpático médico.

Agradeceram e o seguiram até o quarto onde Sara estava dormindo.

Sorriram por vê-la bem e se aproximaram da cama.

— Nossa… Ela está muito machucada.- comentou Greg com dor no coração por imaginar o que ela havia passado. Haviam vários arranhões e cortes com curativos, e alguns locais apenas vermelhos.

— Pobrezinha…- Catherine também.

Gil chegou pertinho dela, apoiou a mão direita no topo de sua cabeça e beijou sua testa.

Seus amigos sorriram, não só com isso, mas também a forma como Gil acariciou o rosto dela em seguida, no lado que não estava machucado.

Jim se aproximou e também lhe deu um beijo na testa. E isso foi repetido por todos os membros da equipe que estavam lá. Após Jim, Greg se aproximou e também deu um beijo na testa da amiga, seguido de Catherine, Warrick e Nick, que sentou na cama e segurou a mão dela logo depois de lhe dar o beijo. Suspirou.

Grissom achou aquele gesto lindo e sorriu. Sara se sentiria feliz e amada com aquilo. O supervisor também suspirou e sentou na cama.

Não demorou muito para Sara despertar, bem lentamente.

— Acho que ela está acordando.- Jim observou.

A luz incomodou um pouco, mas logo seus olhos acostumaram e foi quando Sara viu seus amigos sorrindo pra ela.

— Oii!- eles disseram.

— Oi!- ela respondeu sorrindo.

— Bem vinda de volta.- disse Catherine também sorrindo.

Sara olhou para o quarto em que estava e suspirou.

— Eu estou viva!- não imaginou que conseguiria.

Grissom sorriu. Graças a Deus ela estava, não sabia o que faria se não estivesse.

— Ainda bem. Deu o maior susto na gente.- Nick comentou e beijou o dorso de sua mão.

— Grissom que o diga.- Greg fez todos rirem pelo modo de falar.

Sara o olhou e seus olhinhos brilharam. Os de Grissom também, de alívio, por ver aquele sorriso de novo.

— Como você está, honey?

— Já estive melhor.- ela riu e fez uma careta, pois estava toda dolorida.

— Logo estará novinha em folha.- disse Warrick.

Sara pediu ajuda pra sentar e foi logo perguntando quanto tempo ia ficar ali.

— Apenas mais um dia. Vai ter que ficar aqui tomando soro. Você ficou mais de quinze horas debaixo de chuva e sol de mais de 40°C, pegou insolação e desidratação, está passando pela reposição intravenosa agora. Está muito fraca, além de muito machucada.

— E sem comida no estômago. - riu fazendo-os rir também. — Estou morrendo de fome.

— Acredite Sara, não é só você.- Catherine sorriu. — Vamos buscar alguma coisa pra você.

— E já aproveitamos pra pegar pra gente também.- disse Greg massageando a barriga.

— Vamos lá, vamos deixá-los sozinhos um pouco.- o detetive deixou que todos os amigos passassem por ele, sabia que Gil queria um momento a sós com ela. O supervisor sorriu em agradecimento. — Já, já voltamos.

Grissom esperou que todos saíssem e a fitou.

— Pegaram a Natalie? - perguntou triste, doía até mencionar o nome dela.

— Pegamos. Ela está presa.

— Ela…- sentiu um nó em sua garganta ao pensar no que ia perguntar. —… fez uma miniatura minha… não fez?

— Fez.

Sara não sabia se queria ou não ver essa miniatura, talvez não fosse uma boa ideia.

— Me desesperei quando vi, a primeira coisa que fiz foi te ligar.

Sara lhe lançou um sorriso triste e seus olhos molharam um pouquinho.

— Achei que nunca mais veria você, Griss…

— Eu também estava com esse receio…

Ela queria muito abraçá-lo, sentir-se protegida. Precisava estar nos braços dele, sentir seu cheiro e ouvi-lo dizer que tudo ficaria bem.

Ela nem precisou dizer nada, pois ele viu em seus olhos o que ela queria. Sentou um pouco mais perto dela e, com cuidado por causa do braço engessado dela, ele a abraçou forte. Sara encostou seu queixo no ombro dele e fechou os olhos com força.

— Eu tive tanto medo.

— Está tudo bem agora, meu amor. Está segura.

Sara beijou o ombro dele e pousou a cabeça de lado. Agora sim estava bem, sentia-se segura e protegida nos braços dele.

— Ninguém mais vai te machucar... eu prometo.

Sara o abraçou mais forte com o braço bom e suspirou.

Ficaram abraçados, sentindo o alívio de estarem juntos novamente e o amor aquecê-los, até seus amigos voltarem ao quarto.

— Atrapalho?- Catherine perguntou sorrindo.

Sara riu desfazendo o abraço de Gil e disse que não.

— Prontinho Sara.- Jim colocou uma bandeja em seu colo. — Precisa de ajuda pra comer?

— Não, foi sorte o esquerdo ter quebrado. - sorriu. — Eu consigo, obrigada.

— Comida de hospital, que delícia.- Greg mais uma vez fez todos rirem.

— Melhor do que nada.- disse a ruiva.

— Gente…- Sara disse após engolir um pedaço da maçã que comia. — Eu queria agradecer por me encontrarem... não deve ter sido fácil.

— Realmente não foi.- Jim concordou. — Mas nós é quem temos que agradecer, Sara.

— Por que?- perguntou confusa.

Gil quem respondeu.

— Por não desistir.

Sara sorriu e os amigos também.

Terminaram de comer e eles levaram as bandejas de volta. Assim que voltaram, viram uma enfermeira acompanhando uma mulher de cabelos grisalhos e uma menininha de cabelos loiros. Elas pararam na porta do quarto de Sara e a menina correu até a mesma.

— Sara!

— Abby??- Sara ficou surpresa por vê-la ali e não hesitou em abraçá-la quando a mesma o fez chorando. — O que está fazendo aqui?- perguntou ainda abraçada a ela e olhou para a senhora do lar adotivo que a adotou.

— Ela me implorou pra vir.- disse a senhora.

Abby desfez o abraço e ainda chorando um pouco explicou.

— Eu liguei pra você ontem e um policial atendeu. Ele disse que você tinha sido sequestrada.- fungou. — Aí ele pediu pra falar com a dona Martha e disse que ele ligaria quando te achasse.- soluçou.

Todos ali estavam surpresos com a chegada daquela garotinha que eles não conheciam — somente Warrick — e que dava pra notar que gostava muito de Sara.

Jim sorriu, pois fora ele quem atendeu o celular de Sara e falou com ambas.

— Mas ele só ligou hoje e disse que você estava no hospital.

— Ela não pregou o olho à noite, Sara, nem quis ir pra escola.- informou Martha.

— Você é minha única amiga, Sara, eu fiquei com medo. Eu pedi a noite toda pro papai do céu proteger você.

Sara não aguentou aquela revelação, deixou que lágrimas escorressem por seu rosto e acariciou o dela sorrindo.

— Funcionou!

Abby sorriu e voltou a abraçar sua amiga, sempre com cuidado para não machucá-la, pois viu seu braço engessado e os ferimentos em seu rosto.

Os peritos se emocionaram com a cena, seja lá quem fosse aquela menininha, ela e Sara tinham uma ligação muito forte.

— Quem fez isso com você?- a menina perguntou ao desfazer o abraço mais uma vez.

— Uma garota má, mas ela está presa, não vai mais me machucar.- respondeu secando as lágrimas da pequena.

— Tem que ser muito malvado pra machucar você.- Sara e Gil sorriram com isso. O supervisor concordou mentalmente.

— Abby, temos que ir.- Martha a chamou.

— Não, eu quero ficar com a Sara.- a menina agarrou a mão de Sara e se recusou a ir embora.

— Querida, ela precisa descansar.

— Mas eu posso cuidar dela, já tenho oito anos.

Todos os presentes sorriram.

— Eu vou ficar no hospital até amanhã, princesa. E amanhã é sexta, você tem aula. Sábado você vai me visitar, tabom? E se a Martha deixar, você pode dormir lá.

Os olhinhos dela brilharam.

— Você deixa, dona Martha?

A senhora sorriu.

— Deixo.- o sorriso de Abby foi de orelha a orelha. — Agora vamos, dá um beijo na Sara.

Abby abraçou Sara mais uma vez e deu um beijo na parte do rosto dela que não estava machucada.

— Você vai ficar bem?

— Vou sim, meu amor, pode ir tranquila.- Sara sorriu e colocou uma mechinha do cabelo dela atrás da orelha.

— Tabom.- Abby foi até Grissom e o abraçou pela cintura. O supervisor ficou surpreso, mas retribuiu. — Você vai cuidar dela, né Gil?

— Vou sim, princesa, pode deixar. Sara vai ficar boa logo, logo.- a menina sorriu. — E eu vou buscar você sábado depois do café, tabom?

— Tá.- toda alegre ela deu tchau pra todo mundo e foi embora.

— Que fofa!- comentou Catherine. — Quem é ela?

Sara contou como conheceu Abby e que manteve contato com ela desde então.

— Eu já vi a Abby com a Sara uma vez no parque e…- Warrick parou de falar quando se deu conta de que Grissom também estava lá. — Espera… Grissom estava lá também e Sara disse que eles tinham se encontrado por acaso.

Gil e Sara riram.

— Vocês já estavam juntos??

— Já.- responderam ainda rindo.

— Não acredito que caí na conversa de vocês. Fui tapeado.

Todos riram.

— Griss, acha que a Natalie seguiu a gente?

— A princípio? Não. Ela foi até a cena de crime do carro onde ela te colocou sob. Ela nos viu lá.

— Mas espera...- Jim não entendeu. — Como ela sabia que Sara era sua namorada? Estavam numa cena de crime, trabalhando. Isso não é incomum.

— Mas enquanto fazíamos isso, fui pegar a câmera que estava em seu ombro, e ao fazer isso, eu acariciei o braço dela. E a forma como Sara sorriu deve ter dado mais certeza a Natalie.

— Nossa…- Sara corou. — Eu nem me preocupei se alguém veria aquilo.- sorriu sem jeito.

— Nem eu.- sorriu da mesma forma.

Jim sorriu balançando a cabeça. Amava aqueles dois.

— Hmm, danadinhos!- Greg mais uma vez fez todos rirem.

— Bom, a Sara precisa descansar, já perturbamos muito ela aqui.- disse a ruiva.

— O doutor já deve estar vindo nos colocar pra correr daqui.- e de novo Greg causou risos nos amigos.

— Vocês vão pra casa tomar um banho e eu fico aqui com a Sara.- Cath sabia que Grissom ia tentar argumentar contra, então foi logo acrescentando. — E nem adianta recusar, Gil, você vai passar a noite aqui com ela, vai pra casa e quando você voltar eu vou embora.

— Você é muito mandona, Catherine.- Gil disse se aproximando de Sara.

— Já me disseram isso.- ela sorriu.

Grissom deu um beijo na testa dela e acariciou sua bochecha com o polegar.

— Não vou demorar tá?

— Tabom.- ela sorriu de lado e Grissom sentiu todos os olhares da sala grudados nele.

— Não comecem.

Sara riu e Gil foi embora, já que todos os outros homens quiseram ficar, pois ouviram Sara dizer que iria relatar o que passou na noite anterior. Precisava desabafar e seus amigos estavam ali pra ouvir.

Grissom não demorou muito. Tomou banho, deu uma olhada em Hank, pegou uma muda de roupa para Sara e voltou para o hospital. Os amigos foram embora e Gil pegou uma cadeira para colocar pertinho de Sara, do lado esquerdo da cama, o que o braço estava bom.

— Detesto hospitais.- ela comentou.

— Eu também não sou fã não.- ele sorriu de lado e pegou sua mão.

— Não vejo a hora de sair daqui.

— O tempo vai passar voando.- ele beijou o dorso de sua mão e a fitou. Sara viu ele suspirar pesado e entendeu o porquê. — Nunca senti tanto medo em toda a minha vida, Sara.

Ela sorriu de lado e apertou sua mão. Seu sorriso era triste, pois imaginou como ele se sentiu, e imaginou como ela se sentiria se tivesse sido ao contrário.

— Ela quis se vingar de você...

— É.- ele suspirou.

— Mas você não teve culpa de Ernie ter se matado.

— Mas ela achou que eu tive. E em vez de me ferir fisicamente, ela optou por ferir meu coração, pois ela sabia que doeria mais.

Sara sorriu com aquela declaração. Era sempre bom quando Gil se abria daquele jeito, e ela conseguia ver verdade em tudo, cada palavra que ele conseguia dizer.

— Me beija, Griss…

Ele sorriu e aproximou seu rosto para tocar seus lábios finalmente. Ela sabia que ele só não tinha feito isso ainda pela presença dos amigos, estava com vergonha, sem jeito de fazer aquilo na frente deles, com os olhares em cima dos dois o tempo todo. Agora estavam sozinhos, e ele podia sentir o gosto de seu beijo de novo. Dedicaria seus próximos dias exclusivamente a ela. Até porque eles seriam suspensos com toda a certeza.

Dito e feito. Conrad ligou para Grissom, perguntou se Sara estava bem — como se ele se preocupasse com isso, mas enfim —, disse que eles estavam suspensos por cinco dias e que, depois que Sara se recuperasse, era para os dois irem falar com ele. Grissom revirou os olhos e bufou ao encerrar a ligação.

No dia seguinte, era quase três da tarde e Sara já estava pronta pra ir embora. Olhava pela janela enquanto esperava Grissom preencher a papelada e o médico ir liberá-la.

Que sufoco havia passado! Sabia que aquele dia ficaria gravado em sua memória e em sua pele pra sempre.

— Hey.

Gil a tirou de seu devaneio ao entrar no quarto.

— Pronta pra ir?

— Prontíssima.

— O doutor já me orientou e eu já acertei tudo.- informou indo até ela. — Vamos ficar longe de hospitais daqui pra frente, né?- sorriu e passou o braço esquerdo por sua cintura já que do outro lado não dava.

— Assim espero.- sorriu também.

— Agora estará sob os meus cuidados.- com a mão direita ele segurou seu rosto e lhe deu um beijo, isso a fez sorrir.

Saíram do quarto e Sara se surpreendeu ao ver os amigos do lado de fora do hospital.

— Não acredito que vieram até aqui.

— Tínhamos que ver com nossos próprios olhos a CSI Sara Sidle saindo do hospital inteira.

Sara riu.

— “Inteira” né, Greg?- fez aspas e todos riram.

— Quebrou o braço, mas todos os ossos estão aí. Então está inteira.

Riram mais uma vez.

— Como é bom te ver de pé novamente, maninha.- Nick foi abraçá-la.

— É bom estar de pé.- sorriu e desfez o abraço. — Não quero ver sol nem chuva por um bom tempo. Cadê a neve dessa cidade?

Gargalharam.

— Mesmo toda arrebentada, ainda consegue tirar o melhor da situação né, Sara?- Warrick disse indo abraçá-la também.

— Essa sou eu.

Todos a abraçaram e disseram que estavam felizes por vê-la bem e longe daquela cama de hospital.

— Obrigada por virem. Eu amo vocês, de verdade.

— Para senão eu vou chorar.- Albert brincou e deu um beijo na testa dela.

— Vou levar a Sara pra casa. Vocês querem ir pra lá?

— Não, não.- respondeu a ruiva. — Estávamos conversando enquanto estavam lá dentro e decidimos que vamos deixar vocês em paz nesses dias de suspensão.- Gil e Sara ergueram as sobrancelhas. — Vamos evitar os interrogatórios em respeito à saúde da Sara.- o casal segurou o riso que queriam soltar. — Então vão se preparando, porque vocês vão ter que responder muitas perguntas.

— Está bem.- disseram e sorriram ao mesmo tempo.

~ ♥ ~

Assim que chegaram em casa, Gil preparou uma refeição bem reforçada pra ela porque comida de hospital ninguém merece, Sara só passou um dia e meio lá e não queria mais ver gelatina verde na frente dela.

Mais ou menos uma hora depois ficou tudo pronto e Sara repôs as energias com a aquela comida deliciosa que o namorado fazia, aquele sabia cozinhar e sabia cozinhar bem! Se Rayle estivesse ali com ela, com certeza elas ficariam “discutindo” qual namorado cozinhava melhor.

Passou um tempinho depois de comer e Sara, que estava ao lado de Gil no sofá vendo um filme, chamou a atenção dele.

— Griss, eu preciso urgentemente de um banho. Mas eu não consigo sozinha, você me ajuda?

— Claro que eu ajudo, meu anjo.- beijou sua bochecha e levantou-se. — Vem.

Sara pegou a mão dele e ambos foram para o banheiro. Sara tentava tirar a roupa sozinha enquanto Grissom voltava pra cozinha para pegar um saco plástico.

Voltando ao banheiro, estava meio difícil de fazer tudo com uma mão só, mas pelo menos a calça ela tinha conseguido tirar sozinha, precisava da ajuda dele com o resto. Então, como o namorado cuidadoso e prestativo que era, Gil fez essa tarefa e também tratou de cobrir todo o gesso com o saco pra não molhar.

Sara entrou no box e ligou o chuveiro.

— Vai ter que lavar meu cabelo também, amor.

— Sem problema, deixa comigo.- Gil beijou seu ombro e foi logo pegando o shampoo pra passar nos fios dela. — Levanta a cabeça, amor.- Sara fez o que ele pediu e Gil passou a esfregar e massagear pra lavar o cabelo dela. Era a primeira vez que lavava um cabelo que não fosse o seu e fez questão de fazer uma piadinha. — Me sinto um cabeleireiro profissional.

Sara riu.

— Sua cliente não tem do reclamar além de um pouquinho de dor no pescoço.

— Ok, nem tão profissional assim.- riu de nervoso. — Perdão, já estou quase lá.

— Tudo bem.- ela sorriu. Ele estava sendo todo cuidadoso e delicado com ela, em cuidar dela. Estava adorando.

Terminou, tirou todo o sabão, depois esfregou o condicionador e enxaguou novamente.

— Pronto, cabelo limpinho.

— Ai que alívio, obrigada. Estava agoniada, deve estar todo quebrado e ressecado.- disse ao se virar pra ele.

— Logo ele vai estar saudável de novo.- beijou a testa dela.

— Você está todo molhado.- riu.

— Não tem problema.- também riu. — Agora vamos ensaboar esse corpinho.

Sara sorriu e ficou de costas novamente. Gil esfregou suavemente uma esponjinha em suas costas, braço, pernas, nádegas, barriga e seios. Sara se encarregou do resto.

Assim que a água levou todo o sabão embora, Gil desligou o chuveiro.

— Prontinho.- beijou seu ombro mais uma vez.

Sara sorriu com os olhos fechados e virou-se pra ele ao abri-los.

— Foi o melhor banho que já tomei na vida.

— Isso é bom.- Grissom riu e a beijou suavemente. — Vem, deixa eu enxugar você.

Gil deixou o corpo dela todo sequinho e retirou o saco plástico do gesso.

— Meu Deus, fazer tudo com um braço só é terrível, nem me vestir eu consigo.

Gil observou divertidamente Sara tentando vestir a calcinha sozinha. Teve que ajudá-la com a calça do pijama porque ela tinha ficado até ofegante tentando pôr a primeira peça.

— Amor, meu braço não vai entrar nessa manga, olha.- Sara mostrou pra ele a blusa de seu pijama e Grissom riu, indo em direção ao quarto pegar uma blusa dele que tinha as mangas mais largas.

— Aqui, veste essa.- segurou a blusa e a ajudou a encaixar os braços e a cabeça nos buracos certos. — Pronto, agora é só colocar a tipoia.

— Odeio esse troço.

Grissom sorriu e ambos foram para o quarto. Gil a ajudou a colocar a tipoia e foi pegar a coberta.

— Sabe que… eu pensei que não conseguiria me manter viva até me acharem.- disse enquanto se deitava.

— Quando a encontramos estava sem pulso.- ele comentou enquanto a cobria com o lençol.

— Estava?

— Uhum. Eu quase tive um treco.- sentou do ladinho dela e ela sorriu. — Não sei o que eu faria se te perdesse, Sara.- a morena o olhou com todo o amor do mundo e acariciou seu rosto liso, sem barba. — Acho que eu morreria também, sabia?

— Não gosto nem de pensar nisso acontecendo.

Gil beijou a palma da mão dela, a que estava em seu rosto, e em seguida lhe deu um selinho. Foi tomar um banho rápido e logo já estava deitado com ela. O lado dela era sempre o direito, tanto ali quanto no antigo apartamento dela, que agora não precisava mais ser mantido.

Foi bem difícil de encontrar uma posição confortável pra dormir por conta daquele braço engessado até quase a axila, mas com Grissom ali lhe ajudando e cuidando não foi tão ruim.

Tudo ia bem, até todo aquele tormento voltar a fazer morada em Sara, com muito mais intensidade. Os fantasmas de seu passado, que havia tentado enterrar naquele deserto e não conseguiu, voltaram com força total e não só aquela noite em sua infância invadiu seu sono, como também tudo o que passou sozinha naquele lugar, só ela e seus fantasmas.

Sara não só estava pingando de suor por causa daquele pesadelo, como também não conseguia se livrar dele, não conseguia acordar.

Grissom ficou muito assustado, pois nunca havia visto ela ter um pesadelo e ficar daquele jeito. Tentou acordá-la inúmeras vezes até vê-la gritar com o rosto todo molhado pelas lágrimas.

O supervisor ficou muitos e muitos minutos tentando acalmá-la, tentou até ir buscar um copo d’água, um calmante, um chá, mas ela não queria sair de seu abraço, de seu colo, de jeito nenhum. Não quis mais dormir e Gil não queria deixá-la sozinha então ficou acordado a noite toda com ela.

Ela conseguiu dormir um pouco de madrugada e logo pela manhã ele preparou seu café. Sem esquecer de ir buscar Abby que já havia ligado pra eles dando um “bom dia” animadíssimo. A presença da menina em casa alegrou Sara e fez ela esquecer daquele sonho. Aproveitaram muito o dia juntos, os três. Abby ajudou Grissom a cuidar de Sara, o ajudou a fazer comida e até a cuidar de Hank. Quem visse os três juntos com certeza diria, sem questionar, que eram uma família de verdade. Se Abby não fosse loira passaria facinho por filha deles.

Foi o único dia, desses cinco que ficou suspensa, que Sara que não teve pesadelos, o único.


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Notas finais do capítulo

E Abby reapareceu! Estavam com saudade dela?
Eu quase me desmanchei com ela falando que pediu pro papai do céu proteger a Sara :’)
Gil cuidando da Sara e ajudando ela a tomar banho não é coisa mais lindinha que vocês já viram hoje? Izi malia modeusu *~*
E os pesadelos dela voltaram :/
Deixem suas opiniões, tabom? É muito importante ^^
E Ju, obrigada por estar comentando em todos os capítulos, sério, você faz meus dias mais felizes ♥
Fiquem de olho no cronograma que não vai mais atrasar não kkkk (podem duvidar)
Abraço de urso :3



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