Love Story escrita por Fofura


Capítulo 110
“—... Nada vai me afastar de você...”


Notas iniciais do capítulo

HEY PANDINHAS!
O hiatus chegou ao fim. Eu precisava desse tempo.
Love Story está de volta com o resto da sétima temporada a todo vapor.
Gostaria de dedicar esse capítulo a SnowShy que chegou em junho aqui, seja muito bem vinda novamente, princesa. E a Menina Vodka que recomendou LS nesse tempo que ela estava parada. Muito obrigada mais uma vez, pandinha ♥ Queria agradecer os novos favoritos, acompanhamentos e visualizações, muito obrigada ^^ E Marcelly que quase surtou no facebook porque LS estava em hiatus hsuahsa calma pandinha, voltei ♥
Vamos ao capítulo! Sara e sua primeira semana longe do Grissom. A pergunta 15 do formulário começa agora kkkk
Falando nisso, respondam lá o formulário, link no meu perfil



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Dias se passaram, dias esses que Sara passou completamente ocupada no laboratório. Assim que Grissom saiu, a morena pegou um caso complicado que levou alguns turnos pra resolver, mal dormiu.

Grissom ligou pra ela quando chegou em Massachusetts. O vôo durou cerca de cinco horas e assim que ele se acomodou no hotel, fez a ligação pra namorada. Ela não pôde conversar com ele, atendeu, porém disse que estava no laboratório e assim que estivesse livre, ligava pra ele. Foi apenas pra avisar que tinha chegado mesmo.

Depois daquele caso exaustivo, Sara foi pra casa, tomou um banho relaxante e deitou-se na cama pra tentar dormir. Pregou o olho só por uma horinha e acordou. Só naquele momento percebeu o quanto a cama era espaçosa só pra ela. Dormir sem Gil era estranho, mas pelo menos podia sentir o cheiro dele no travesseiro.

Como não conseguia dormir, Sara resolveu fazer uma coisa que há muito tempo não fazia: visitar Abby. Se ter um momento longo à sós com Grissom já era difícil, imagina ver a menina com frequência! Não dava! Sara se sentia mal em não conseguir vê-la toda semana, e já fazia meses que não a via.

Aliás, quando Sara estava com medo das coisas ruins que estavam acontecendo no ano anterior, ela conseguiu um tempinho pra ir ver Abby, uns dias antes de sua mudança. A menina ficou super feliz em vê-la e mais uma vez a desculpou por não ir visitá-la. Abby ficava feliz quando Sara ia, pois isso queria dizer que a morena não havia esquecido dela, ela até levou um presente de aniversário atrasado. E depois desse dia Sara não apareceu mais lá, isso já fazia uns quatro meses. Precisava ir ver a menina, estava morrendo de saudades. Resolveu até levar um mimo, uma cartinha pra ela ler sempre que estivesse se sentindo sozinha, um quebra cabeça de mil peças que formava uma borboleta laranja pousando em uma de cinco flores amarelas, e claro, um saco de jujuba que ela adorava.

Depois de minutos dirigindo, a morena chegou ao orfanato. Foi informada que Abby não havia saído de lá ainda, não foi pra nenhum lar adotivo e voltou, simplesmente não saiu de lá. Sara estranhou. Abby era uma criança pequena, linda, amorosa. Normalmente as pessoas procuram por crianças menores. Abby chegou lá com 5 anos, praticamente um bebê, e ninguém a adotou?

— Abby está no quintal.- informou uma das inspetoras. — Eu vou chamá-la.

Sara ficou na sala de espera aguardando. Não demorou para ver a pequena menina loira correndo toda feliz até ela.

— Sara!

— Oi pequena!- Sara abriu os braços para recebê-la num abraço.

Abby pulou no colo dela e Sara sorriu.

— Ai que saudade!

— Achei que tinha esquecido de mim.

— Nunca.- Sara a colocou no chão e se agachou pra ficar da altura dela. — Nunca esquecerei de você. Sabe como minha vida é corrida.

— Eu sei.- sorriu. — Que bom que você veio!- voltou a abraçá-la.

Sara sorriu.

— Você cresceu!- desfez o abraço para olhá-la.

— Você acha?

— Aham.- tocou a ponta de seu nariz com o indicador.

Abby riu.

Sara ficou um pouco séria e a guiou até o pequeno sofá que tinha na sala. Elas não estavam sozinhas, sempre que Sara ia visitar a menina, uma das inspetoras ficava olhando de longe. Desta vez ela estava parada na porta, vez ou outra ela prestava atenção nas duas.

— Eu soube que você não saiu daqui nenhuma vez nesses meses.- a expressão de Abby mudou de feliz pra tristonha, mas também estava um pouco preocupada com o que Sara diria. — Eu acho isso muito estranho. Vieram te ver, mas não te levaram?

— É.- ela respondeu receosa. — Eu não deixei.

Sara franziu o cenho.

— Como assim, Abby?

— Você vai ficar brava?

— Não, me explica. Como assim “eu não deixei”?- Sara não estava entendendo nada.

— Eu fingi ser diferente.

— Fingiu? Pra não te adotarem?- Abby assentiu. — E o que você fez?

— Eu… fingi que via coisas… Eu sei que as pessoas tem medo disso…- a menina contava meio acanhada com medo de Sara brigar com ela. — Eu disse que via fantasmas e que conversava com eles. Ficaram com medo... e foram embora.

— Mas…- Sara estava perplexa. — Por que fez isso?

— Eu achei que… se eu fosse embora, nunca mais ia ver você.- ela admitiu com a voz embargada e uma lágrima escorreu por seu rosto.

— Oh meu amor…- Sara ficou triste ao ouvir aquilo, sentiu-se péssima. — Não devia ter feito isso.- uma lágrima também escorreu por seu rosto.

— Desculpa.- Abby começou a chorar achando que tinha decepcionado a perita. A mesma a abraçou.

Sara sentiu a culpa consumi-la, além da tristeza, e também deixou que algumas lágrimas caíssem. Fungou e desfez o abraço.

— Olha pra mim, não chora...- secou as lágrimas dela. — Você tem noção do que você perdeu, pequena? Você podia ter uma família de novo que te daria amor e carinho, um lugar pra chamar de lar, amigos...- Sara secou as próprias lágrimas que teimavam em cair, e Abby abaixou a cabeça. — Eu percebi que ninguém fica perto de você aqui, só não sabia que era por esse motivo, achei que você era só isolada mesmo.- fungou novamente. — Me promete uma coisa, Abby…- Sara levantou a cabeça dela segurando seu rosto com as duas mãos. — Não faça mais isso… Se gostarem de você, se quiserem te adotar, te dar um lar de verdade… deixa...- a voz de Sara embargou mais ainda e mais lágrimas caíram. — Abby, eu te amo, eu quero o melhor pra você…- acariciou seu rostinho molhado pelas lágrimas. — Não faça mais isso, por favor. Nada vai me afastar de você, eu juro.

— Você iria me ver?- ela perguntou soluçando.

— Claro que iria, meu amor.- colocou uma mecha de seu cabelo loiro atrás da orelha e fungou. — Eu iria me informar, daria um jeito de saber onde você estava. Lembra da minha promessa? Eu disse que nunca te deixaria sozinha e que sempre te protegeria. Eu nunca vou te abandonar, Abby.

Não contendo o choro por estas palavras que ouvira, Abby se jogou nos braços de Sara novamente. A morena sorriu. Aprendeu a amar aquela menina intensamente, a ligação que elas tinham era muito forte e Sara não queria ficar longe dela.

“Para alguém tão pequena

Você parece tão forte

Meus braços te abraçarão

Manterão você segura e aquecida

Este laço entre nós não pode ser quebrado

Eu estarei aqui, não chore” — Phil Collins

— Você promete pra mim? Promete que só vai ser quem você é?- Sara perguntou depois que a menina se acalmou.

— Eu prometo.

— De dedinho?- sorriu.

— De dedinho.- Abby sorriu e estendeu o mindinho apertando com o de Sara.

A perita secou as lágrimas de Abby e as próprias.

— Bom, vamos parar de chorar e fazer alguma coisa juntas.

— Você veio brincar comigo?- ela se animou.

— Aham!- sorriu. — Vamos passar o dia todo juntas.

— Eeeeeh!

— Olha só o que eu trouxe.

— Um quebra-cabeça!!

— Vamos montar juntas depois! Me conta como está indo na escola.

Sara realmente passou o dia todo com ela, pularam corda, brincaram de amarelinha, jogaram vôlei e basquete, jogo da velha, damas porque Abby não sabia jogar xadrez e Sara não era a melhor pessoa pra ensiná-la. Mas a morena disse que falaria com Grissom para que no dia que eles saíssem juntos de novo, ele ensinasse a menina a jogar xadrez como ele fez com Lindsey. Abby se animou com a ideia. Além desses jogos, elas também brincaram de jogo da memória, mímica de desenhos, e montaram o quebra cabeça que Sara levou. Ah, e comeram todas as jujubas enquanto Sara lia alguns livros infantis pra ela.

Ficaram exaustas depois de todas essas atividades e Sara resolveu colocar Abby pra dormir. Ficaram conversando baixinho no quarto ao fim da tarde, enquanto Sara — que estava deitada atrás dela — fazia carinhos em sua cabeça.

Abby dormiu minutos depois e Sara ficou um tempinho lá velando seu sono. Coisa mais fofa! A perita não queria que Abby passasse pelo que ela passou, indo e vindo de lares adotivos, e ela já podia estar com uma família naquele momento. Ainda se sentia muito culpada por ter sido a causa de Abby não ter sido adotada.

Acariciou os cabelos dela e deu um beijo em sua cabeça.

A inspetora bateu na porta pra chamar a atenção de Sara e sorriu.

— Oi Luanna!- disse Sara retribuindo o sorriso.

— Eu observei vocês o dia inteiro. Ela gosta muito de você.

— E eu dela.- Sara beijou a cabeça dela novamente.

Luanna sorriu.

— Por isso eu queria dizer que te manterei informada sobre tudo o que acontecer com a pequena Abby. Se ela sair daqui, você vai saber.

— Mesmo?- Sara ficou surpresa, mas muito feliz. — Muito obrigada!

— Imagina! Vocês tem uma ligação muito forte, e mesmo sem poder adotá-la, você cuida dela como se já tivesse feito isso.

Sara sorriu como agradecimento.

— Bom, eu preciso ir para o laboratório agora. Você poderia me fazer um favor?

— Claro!- a moça se aproximou.

— Você entrega essa carta pra Abby quando ela acordar?- tirou o papel do bolso e entregou a ela. — Eu só me lembrei agora. Não quero acordá-la.

— Entrego sim, pode deixar.

— Obrigada Luanna!

No caminho para o laboratório, Sara ligou para o namorado.

— Oi honey!- ele atendeu.

— Oi Griss! Tudo bem por aí?

— Tudo ótimo! Eu estou no estacionamento indo pro carro. A aula hoje foi ótima!

— Que bom! Fico feliz!

— E por aí? Tudo bem?

— Mais ou menos. Estou à caminho do laboratório agora.

— Por que “mais ou menos”? Aconteceu alguma coisa?- ele perguntou ao entrar no carro.

— Eu te conto quando estiver em casa. Só queria saber como você estava.

— Ok, mas é grave?

— Não se preocupe, não é nada comigo.

— Bom… menos mal.

Sara sorriu de lado.

— Estou com saudades.

— Já?- ele brincou e riu.

— Sempre.

Grissom também já estava com muita saudade dela. Quando entrou no táxi há quase uma semana já sentiu saudade. Só de pensar que ficaria um mês longe de seu abraço, já lhe agoniava. Sabia que ia ser horrível.

— Eu também, honey.

Naquele turno, Catherine e sua equipe investigaram o assassinato de uma adolescente, cujo corpo nu foi encontrado em um terreno deserto atrás de um hotel. Um experiente CSI de Baltimore, Michael Keppler, foi contratado para ajudar os CSI’s com os casos, enquanto Grissom não estava. A investigação revelou que a menina morta foi vítima de um serial killer antigo.

Com o caso encerrado, Sara já estava prestes a ir pra casa. Estavam todos no locker pegando suas coisas.

— Aí gente! Só tem uma semana e já está super estranho sem o Grissom aqui.- comentou Warrick.

— Nossa, está mesmo, cara!- Nick concordou. — Muito estranho.

— Vocês estão morrendo de saudades dele, não é?- Catherine riu. — Ele vai adorar saber!

— Ah não, Cath, não conta pra ele!- pediu o texano.

— É, ele vai ficar se achando!- disse Greg.

Sara só escutava, estava morrendo de saudades mesmo e não via a hora de vê-lo de novo.

— A gente se vê no próximo turno, pessoal!

— Tchau maninha!

— Até mais, Sara!

Depois que os meninos se despediram dela e a mesma sumiu, Catherine os olhou.

— Isso foi estranho.

— O que?- perguntou Warrick.

— A reação da Sara.

— Ah, ela é amiga dele também, deve estar sentindo falta como nós.

Catherine então deu de ombros depois de ouvir o que Nick disse.

Chegando em casa, Sara tomou um banho, pegou seu notebook e sentou-se na cama. Fez uma chamada de vídeo e esperou até Grissom atender. Havia mandado uma mensagem pra ele quando estava saindo do laboratório. Era quase dez da manhã, Gil só iria pra faculdade à tarde.

— Bom dia, honey!

— Bom dia! Tudo bem?

— Tudo sim, e com você? Eu fiquei preocupado com a sua ligação.

— Eu estou bem. Quando eu falei com você, tinha acabado de sair do orfanato.- o semblante de Sara mudou para completamente triste.

— O que houve, Sara? A Abby está bem?

— Não sei dizer. Acho que está melhor do que eu estou me sentindo.

Grissom franziu o cenho e ficou mais preocupado.

— Me explica melhor, honey. Por que não está se sentindo bem?

Sara se ajeitou na cama, encostou-se na cabeceira e apoiou o notebook nas pernas.

— Quando eu cheguei, me disseram que ela não saiu de lá desde que chegou. Eu achei super estranho, então questionei ela.

— Realmente é bem estranho. Crianças mais novas costumam ser adotadas mais rápido.

— Foi o que eu pensei.

— E o que ela te disse?

Sara suspirou e já ficou com vontade de chorar. Contou tudo o que Abby lhe disse. Sua voz embargou no final.

— Ela disse que se fosse embora não ia mais me ver.- uma lágrima escorreu por seu rosto. — Griss, ela não foi adotada por minha causa.- Sara fungou e mais lágrimas caíram.

— Não diga isso, meu anjo.

Grissom ficou sentido. Queria tanto estar com ela pra lhe dar forças, um colo... Sara estava se sentindo muito mal, estava triste, cheia de culpa.

— É tudo culpa minha, Griss.- fungou mais uma vez.

— Não honey, a culpa não é sua. Abby é uma criança, ela não tinha noção de que se fosse adotada, você poderia encontrá-la. Não se sinta culpada.

Sara secava as lágrimas que teimavam em cair enquanto o escutava.

— Queria estar aí com você agora.- ele confessou.

— Eu também queria que estivesse aqui.- fungou. — Mas eu vou ficar bem.- suspirou. — Ela me prometeu que não ia mais fazer isso. E eu vou manter a minha promessa de que nunca vou abandoná-la.

Grissom sorriu.

— É lindo ver a relação de vocês.- Sara também sorriu de lado com o comentário dele. — Abby tem sorte em ter você.- Sara tombou a cabeça pro lado ainda sorrindo docemente. — E eu também.- ele confessou timidamente, o que fez Sara mostrar seu sorriso escondido. — Fiz você sorrir.

Era linda mesmo com os olhinhos vermelhos por conta do choro.

— Sempre faz.

Os olhos azuis de Grissom brilharam. Estava com uma imensa vontade de abraçá-la, mas não podia.

— Como está indo aí?- ela resolveu mudar de assunto e secou o restante das lágrimas.

— Está sendo uma experiência ótima. Estava sentindo falta de dar aulas.

— Como nos velhos tempos?- ela sorriu.

Grissom também sorriu. Lembrava como se fosse ontem quando estava palestrando em São Francisco e uma certa morena não parava de lhe fazer perguntas.

— Bons tempos aqueles!

— É.- ela concordou apreciando a visão. Já tinha uns pelos nascendo no rosto dele. Estava doida pra vê-lo de barba de novo, ficava tão mais gostoso. — Só passou uma semana.- ele assentiu, pois concordava que tinha passado devagar demais.

— É muito ruim dormir sozinha?

Sara riu.

— Bobo! É sim. Mas logo, logo você está de volta e a gente vai poder dormir juntinho de novo.

"Existe um lugar onde ninguém pode tirar você de mim. Este lugar chama-se Pensamento...e nele, você me pertence!!" — Charles Chaplin


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Notas finais do capítulo

Alguém imaginaria que a Abby faria isso? Coitada da Sara, sofreu bastante :c
Estão com saudades do Grissom também? kkkk Sentiram falta de LS?
Deixem um comentário pra eu saber. Até o próximo!
Abraço de urso :3



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