Love Story escrita por Fofura


Capítulo 102
Vale Tudo


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhas! Tudo bem com vocês?
Gostaria de deixar o meu muito obrigada a todas que estão comentando. Vocês sempre melhoram o meu dia ♥
Chegamos a mais uma desgraça pro ano de 2006. Esse ano foi terrível, meu deus do céu. Se Sara já estava preocupada e com medo antes, imagina agora né? Só de pensar que tá chegando a hora dela já me dói o coração. Pra vocês terem uma noção, eu tô adiando escrever o capítulo 124 desde que eu comecei essa fic. Muitos capítulos eu já adiantei, mas esse... eu tô deixando pra escrever em cima da hora porque eu não consigo.
Mas chega de falar de tristeza, o que não vai adiantar muito nesse capítulo, mas tudo bem. Desejo a vocês uma boa leitura :/



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Mais uma semana se passou e com ela mais crimes pra resolver. Porém naquela segunda semana de Outubro – sim, já estamos em Outubro, já passou o aniversário do Gil, do Nick, da Sara, da Abby e do Warrick. Eles comemoraram trabalhando como sempre –, os espancamentos em Las Vegas estavam sem controle. Um grupo de pessoas que não se sabiam a idade estavam batendo em turistas. Foram encontrados dois corpos: o de Vasco Ruiz, um lavador de pratos do Golden Sapphire, e o de Jessica Hershbaum, uma turista. Vasco foi encontrado com o rosto completamente acabado por conta da surra, já Jessica conseguiu sobreviver, porém tinha várias lesões graves.

Gil e Catherine ficaram com a cena do homem, Warrick e Nick com a da mulher e Sara foi pro hospital examinar a mesma. Já Greg estava felizinho por ter estreado a primeira vez no tribunal e ainda acabando com o réu. Ficou vestido com o terno por horas, mas Grissom acabou com isso quando o encontrou no corredor.

— Greg! Tira esse terno, você tem uma cena. Assalto a uma loja de bebidas. Aqui está o endereço.

— Relacionado com os 415s anteriores?

— Pode ser.- respondeu ele. _ Sofia está com o casaco de um dos suspeitos. Preciso que você o recolha e traga aqui, e tudo mais o que puder encontrar.

— Certo. Quem vai comigo?

— Você já está grandinho, Greg. Não precisa de acompanhante. - respondeu o chefe.

Uhu! Caso solo!

— Legal! - disse o mais novo.

Grissom foi direto pra garagem procurar a namorada e a encontrou chutando um boneco, pra testar as marcas no corpo da vítima. Sara não o viu chegar e assim que deu uma respirada e chutou mais uma vez com toda a força, ouviu sua voz dizendo:

— Uou! - Sara se virou. _ Por que não pega alguém do seu tamanho?

Sara arrumou uma mecha do cabelo e perguntou:

— Está se voluntariando?

Grissom, que foi pego desprevenido pela pergunta, arqueou a sobrancelha e respondeu:

— Não.

— As duas cenas estão relacionadas. - informou sem fôlego pelo esforço dos chutes que estava dando. _ Encontrei duas marcas comuns em ambas as vítimas. Um tênis esportivo e uma bota. - suspirou. _ Verifiquei o banco de dados de solas. - pegou a toalha secando o suor e em seguida colocando a mesma em seu ombro. _ O tênis esportivo é um Converse Chuck Taylor e a bota é uma Doc Martin.

— Isso poderia ser de um calçado feminino? - perguntou Gil apontando para a marca que Sara mostrava.

— Verifiquei pelo banco de dados de solas também. É um Dynasti Stiletto de Steve Madden aberto na frente.

— Por isso a Catherine encontrou uma unha feminina quebrada na boca da vítima.

— A maioria das marcas está na lateral e nas costas da vítima.

— O que sugere que já estavam no chão, devido ao espancamento.

— Chutado até a morte. - disse Sara com pesar olhando pra ele em seguida.

...

No caminho para a cena do crime, Greg estava passando por um beco quando viu um bando de pessoas espancando um homem. O CSI rapidamente chamou a central no rádio pedindo ajuda, mas eles levariam cinco minutos pra chegar e aquela vítima não tinha esse tempo. Greg então se arriscou, entrou com o carro na viela ligando a sirene e buzinando para que fossem embora. Todos correram, mas um ficou. Pegou uma pedra e foi em direção ao homem para acertá-lo na cabeça e matá-lo, mas aí olhou para Greg e correu em direção ao carro com a pedra. Greg não teve outra alternativa a não ser pisar no acelerador, atropelando o rapaz.

Ok, beleza, ele não ouviu mais nada. Até que o vidro de trás de seu carro foi quebrado e ao olhar pra trás, o vidro de sua janela também foi quebrado e o puxaram pra fora. Todos os outros do bando voltaram e como as outras três vítimas, fizeram Greg de saco de pancadas. Bateram nele pra valer sem dar a ele chance de reagir.

Ao abandoná-lo no chão, um deles cuspiu em Greg e ele, quase sem forças, conseguiu arranhar a perna do cara. Já eram boas amostras de DNA pra tentar pegar esse babaca. Assim que eles fugiram, Greg apagou.

...

Sara soube pelo rádio que um CSI tinha sido espancado. Ligou para Sofia e a loira confirmou que era Greg. Sara foi correndo pra lá morrendo de preocupação para saber se o amigo estava bem. Encontrou com Sofia na cena e passou rapidamente por ela e pela fita. Sofia a seguiu.

— Por que não tem um paramédico com o Greg? - a morena perguntou ao ver os outros dois homens sendo atendidos menos ele.

Sofia explicou.

— Ele já foi atendido. Sara, ele vai ficar bem. - a loira tentou tranquiliza-la e saiu andando.

Sara foi até Greg e ajoelhou ao lado dele sem dizer uma palavra. Por conta do inchaço em seu rosto, Greg não conseguia abrir os olhos. Pousou uma das mãos em seus cabelos e seu coração doeu ao ver como seu melhor amigo estava. Todos os machucados e o sangue por toda parte.

Greg reagiu ao sentir o toque dela e sussurrou:

— Sara...

— Pensei que não pudesse me ver.- ela comentou com a voz baixa.

— Não posso...- ele respondeu com a voz fanha de dar dó. _ Mas eu conheço esse perfume Sidle.

— Que bom, eu vou considerar isso um elogio. - ela tentou descontrair, mas estava destruída por dentro. Sua vontade era de chorar.

— Eu arranhei um deles...- ele disse. Sara segurou sua mão com cuidado com a mão livre. _ E você devia checar o meu colete, porque eu acho que o mesmo cara cuspiu em mim. - a expressão de Sara mudou ao ouvir a última frase do amigo. De tristeza pra raiva. Além de espancar, cuspiu nele??!! _ E um dos carros deles bateu no meu Denali. - Sara olhou em direção ao carro. _ Com certeza tem marcas nele...- Sara voltou a olhar para Greg com a mesma expressão de tristeza de antes e acariciou seu cabelo. Coitadinho do seu loirinho, estaria do lado dele para que melhorasse logo. _ Primeiro examine a cena do crime. Depois eu.

Sara já com a voz meio embargada respondeu:

— Eu vim aqui por você, Greg.

Ele não respondeu. Estava morrendo de dor e a resposta de Sara o comoveu.

— Nick e Warrick vão vir analisar a cena. Eu vou ficar com você. - uma lágrima caiu dos olhos dela ao dizer isso.

Sara acompanhou Greg até o hospital. Grissom já estava lá. Quando Greg foi ser examinado, Sara foi para a sala de espera e encontrou Grissom lá.

Assim que o viu, Sara correu para abraçá-lo. Ela ainda estava muito emotiva por conta do que aconteceu com Greg e chorou mais um pouco. Gil tentou acalmá-la.

Minutos se passaram e enquanto Sara ia ver o garoto que Greg atropelou, Grissom foi até o quarto de Greg. Ele estava acabado mesmo. Com as mãos enfaixadas, assim como a cabeça.

— Greg?

O garoto abriu um dos olhos, já que o outro ainda não dava.

— Grissom...

— Mais um dia no escritório, hein?

— Bom, pelo menos agora posso enxergar. - Grissom nada disse. _ O cara que eles bateram, como está?

— Ele vai ficar bem.

— E o outro sujeito? Que eu atropelei.

— O nome dele é Demetrius James. Ele está na cirurgia.

— Ele faz parte de alguma gangue ou coisa assim?

— Na verdade, ele é um estudante universitário. - respondeu Grissom.

Greg se sentiu péssimo.

— Ele vai ficar bem?

— Eu não sei.

Greg ficou pior ainda.

— Alguém chamou os seus pais? - Greg negou. _ Devíamos avisá-los. - Greg gemeu como se não gostasse da ideia. _ Qual é o problema?

— Eles ainda acham que eu estou no laboratório.

— Por que eles acham isso? - Grissom ficou confuso.

— Quando eu estava no colegial, nunca pratiquei nenhum esporte. Nem futebol, nem basquete, muito menos hóquei.

Grissom sorriu.

— Nunca poderia imaginar!

— Não foi por escolha. - respondeu ele. _ Minha mãe queria quatro filhos, mas só teve um. Ela sempre me manteve por perto. Se o meu nariz sangrasse, ela já me levava pro hospital.

— Bem... agora é a hora de contar a ela.

— Minha mãe vai ter um treco. - ele lamentou. Não queria que sua mãe soubesse daquela maneira.

— Diga que você arriscou sua vida pra salvar a de outra pessoa. Ela vai ficar muito orgulhosa de você. - Grissom também estava, aliás.

Assim que saiu do quarto de Greg, Gil encontrou Sara no corredor.

— O médico encontrou isso em Demetrius James. - a morena mostrou um potinho de evidencia que havia lentes de contato. _ Um tipo especial. São chamadas de lentes de halloween. Estavam usando fantasias.

Grissom suspirou e ironizou.

— Ótimo! Só uma brincadeira. - balançou a cabeça.

— O Greg está bem?

— Está sim. Ele perguntou por você. - Grissom sorriu fracamente.

— Posso ir vê-lo?

— Claro! Eu te espero aqui pra gente voltar, tabom?

Sara assentiu e sorriu indo em direção ao quarto de Greg.

...

Conseguiram armar uma emboscada ao prender duas suspeitas. Cha Cha e Tara que eram membros do grupo. Disseram que batiam nos turistas por diversão. Delinquentes mesmo! Uma marca em Jessica batia com a bolsa de Cha Cha e Tara estava com os pertences de Vasco assim como carro dele. Obrigaram Tara a escrever o tipo de mensagem que eles usavam pra marcar um encontro. Pelo computador, eles pegaram o número do Porcão – o namorado de Tara que era como o líder do grupo – e mandaram uma mensagem do número dele pros outros com a intenção de encontrar todos lá no mesmo lugar para fazer a prisão. E conseguiram. Prenderam todos eles.

...

— Eu vou pegar comida no Roberto’s e levar pro Greg no hospital. Ele deve estar enjoado da comida de lá. - Sara dizia enquanto abria seu armário, tirava o casaco e pegava seu óculos. _ Alguém quer ir?

— Eu posso ir com você, mas...- disse Warrick. _ Eu vou dispensar a comida mexicana às dez da manhã.

Nick riu.

— Eu gostaria de ver o Greg. Eu vou com você, tabom?!

Catherine apareceu na porta.

— O porcão e os leitõezinhos estão no chiqueiro.

— Poxa, até que enfim. - disse Warrick. _ Temos boas notícias.

— Sabiam que o porcão, de nome Cole Tritt, era o único adulto? Os outros tinham menos de dezoito, um tinha quatorze.

— Está brincando?! Quem cria essas crianças?

— Bom, são todos delinquentes. Demitrius James era universitário.

— Andando com o pessoal errado na cidade errada. - Nick dizia enquanto colocava as meias. _ Eu falando, gente, uma identidade falsa em Las Vegas é como uma passagem grátis no trem pro inferno. Sexo, drogas, jogatina, sem qualquer supervisão de um adulto, 24hrs por dia, sete dias da semana. Quando chegarem aos vinte e um já viram e fizeram de tudo.

— Isso me deixa preocupada. Eu estou criando uma adolescente aqui.

— Você está fazendo um ótimo trabalho. - Warrick elogiou. _ Lindsey vai se tornar uma bela jovem.

Catherine sorriu e ele continuou.

— Saibam que eu cresci em Vegas e não me sinto tão mal assim.

— Mas isso foi antes do Mirage. - disse Nick amarrando o sapato. _ Naquele tempo, quando você era um garotinho, você saía pra jogar vídeo game. - Warrick sorriu. _ Não. Las Vegas agora é outra coisa.

— É.- Warrick concordou. _ Esses garotos precisam surrar pessoas pra se divertirem? Precisam é de disciplina pra valer, precisam é que seus avós deem umas belas palmadas no traseiro.

— É, palmadas!

— Sabem...- Sara fez uma observação. _ Parece que estão culpando todo mundo menos esses garotos. Quer dizer, você não entra nessa só porque cresceu aqui ou seus pais são drogados... Esses garotos eram perfeitamente capazes de saber a diferença entre uma noite de diversão e bater em alguém até a morte.

Gil, que até agora não tinha dito nada, fechou seu armário e olhou para sua equipe.

— A verdade é que a bússola moral apenas aponta a direção certa, não leva você até lá. Nossa cultura prega que não precisa ficar envergonhado de fazer o que quer que faça e infelizmente essa cidade está construída sobre o princípio de que não existe essa coisa de culpa. “Faça o que quiser, não iremos contar. Assim, sem uma consciência, não há nada que impeça você de matar alguém, e claro, nem precisa se sentir mal por causa disso”.

— Pois é.- Catherine concordou. _ Infelizmente.

— Bom, vocês dois vão com a gente? - Sara perguntou olhando para Gil e Cath.

— Vamos, eu ainda não vi o Greg.

Gil apenas assentiu.

— Ok. Alguém quer dirigir? - ela riu.

— Como se você deixasse mais alguém dirigir. - Nick disse fazendo todos rirem enquanto saiam do locker em direção ao estacionamento.

Foram todos no mesmo carro. Gil foi na frente com Sara, e Cath com Nick e Warrick atrás. Passaram no Roberto’s e minutos depois chegavam ao hospital. Foram até o quarto em que Greg estava. Sara bateu na porta e pôs só a cabeça pra dentro.

— Ooi.

— Oi Sarinha.

— Podemos entrar?

— Devem.

Todos entraram e foram cumprimentá-lo com cuidado por conta de seus ferimentos.

— Trouxemos comida do Roberto's pra você. - Sara entregou a sacola a ele.

— Poxa, valeu. Já estou enjoado da comida daqui.

— Eu disse. - Sara sorriu olhando para os amigos.

— Como você está, Greg? - perguntou Catherine.

— Fisicamente? Dolorido. Emocionalmente? Muito mal. O garoto que eu atropelei morreu.

— Greg, foi em legítima defesa, aquele garoto ia com uma pedra em sua direção. - Grissom argumentou.

— Você não teve escolha, Greg. - Sara passou a mão em seus cabelos.

Grissom viu o carinho que Sara tinha por Greg. Ela o considerava como um irmão assim como considerava Nick. Era lindo vê-la ser tão carinhosa com quem ela amava.

Ele sabia que Greg era o melhor amigo dela, mas não deixava de sentir uma pitada de ciúmes, bastava lembrar de quando Greg a paquerava que já começava a sentir-se incomodado.

— É, cara. Não se sinta culpado. - disse Warrick.

— Não vejo a hora de sair daqui.

— Eu falei com o médico, sairá em três dias.

— Sério Sarinha? Tudo isso?

— É, mas não vai ficar sozinho. Virei ficar com você todos os dias.

— Não precisa, Sah.

— Precisa sim.

Ela sabia que Gil entenderia. Greg precisava dela.

— E mais uma coisa. Liguei pra sua mãe.

— E o que ela disse?

— Ela disse que está vindo pra cá.

— Estraguei a viagem dela. - disse triste.

Passaram mais um tempo lá e depois foram pra casa, Greg precisava descansar.

Ao chegarem na casa de Gil, tomaram banho juntos e sentaram no sofá pra assistirem um filme.

— Amor?

— Hum?

— Não ficou chateado, né?

— Com o que? - passou o braço por seu ombro.

— Com eu passar mais tempo com o Greg essa semana.

— Claro que não, amor. Ele é seu melhor amigo. Se fosse com a Catherine, eu faria a mesma coisa. - sorriu e beijou sua testa.

Sara sorriu, fez o mesmo com ele e em seguida deitou-se em seu colo.

“O tempo é muito lento para os que esperam, muito rápido para os que tem medo, muito longo para os que lamentam, muito curto para os que festejam. Mas, para os que amam, o tempo é eterno.” ― William Shakespeare


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Notas finais do capítulo

Aaaaaaai meu coração. A cena da Sara com o Greg na viela me aperta o peito de tanta dor. A carinha de choro da Sara acaba comigo.
O que vocês acharam desse capítulo? E esse final, gostaram?
Espero pelos reviews de vocês, tabom?
Um grande abraço de urso :3 O próximo vai ser alegre, prometo hsuahsa



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