Não Sou Madeline escrita por Nena Lorac


Capítulo 2
Página 2


Notas iniciais do capítulo

Dia 03 de Setembro, 15:12

"Parentes em casa"



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Pequeno presente de papel, venho aqui, pela segunda vez, lhe fazer útil para minha pessoa. Meu tio Arthur chegou de viagem e veio passar um tempo em nossa casa, e por um lado, isso é muito desagradável. Meu pai e ele vivem discutindo. E é por qualquer coisa irrelevante. Basta um pequena sujeira na pia da cozinha para começar a seção de ofensas para todos os lados.

Venho sempre me esconder no meu quarto para evitar brigas dirigidas a mim. Meu tio parece querer controlar a minha vida também nesse tempo que está hospedado. Gosta de escolher minhas roupas e de ajeitar minha postura sempre que tem a oportunidade.

Ele andou conversando com meu pai de como ele está decepcionado por eu ainda não saber tocar piano ou violino. De como isso era inaceitável, e que as mulheres da família precisam aprender como forma de elegância e honra.

Passaram quase uma tarde discutindo sobre o fato de eu não saber tocar nenhum instrumento clássico, sendo que eu nem estava no meio da conversa. Mesmo eu adorando música clássica, eu não consigo ter interesse nesses tipos de instrumentos, mas se eu falar que quero aprender a tocar violão, eles vão me matar. Não é coisa de mulher.

Não consigo entender de onde veio essa maldita regra de que toda garota da família precisa aprender a tocar algum instrumento clássico... É muito bonito de ver os outros, mas eu mesmo não tenho essa ganância com eles.

Tio Arthur também exagera quando vai comprar roupas para mim. Ele compra saias e longos vestidos estampados e umas blusas de tecido meio fino com ceda por cima. Não que elas não sejam bonitas, pelo contrário, elas são muito bonitas. Mas não me vejo usando aquilo para ir brincar durante a tarde com meus amigos.

Normalmente eu visto uma bermuda e uma camiseta com um tênis velho. É mais confortável e posso me sujar e correr bastante. Mas pelo visto, até minha hora de laser meu tio quer cortar.

Não sei do porquê meu pai não tentar intervir nesse bando de regras sem sentido que tio Arthur inventa de colocar. Ele só abre a boca para discutir com ele sobre coisas fúteis, mas geralmente, não discorda das regras que ele está inventando.

Ontem ele veio no meu quarto me desejar boa noite, me chamou daquele apelido horrível que eu citei na página anterior, e disse para eu não me preocupar com nada. Que daqui algumas semanas meu tio iria para casa e tudo voltaria ao normal.

Ele sorriu e acariciou meus longos cabelos e disse que estava feliz que eu esteja aguentando tudo isso. Falou que concederia um pedido meu depois que meu tio fosse embora. E eu já animada, fiz questão de segurá-lo no meu quarto para pedir o que eu já estava querendo a um bom tempo.

Pensei que por ser algo simples ele atenderia meu pedido, mas parece que ele ficou preocupado.

Agora me diz, pequeno pedaço de papel, o que tem de tão ruim em cortar o cabelo?


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Notas finais do capítulo

Pensamentos de hoje escritos por Madeline.



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