Solangelo Moments escrita por Junebug
Notas iniciais do capítulo
No qual Nico tem medo de trovão, e Will descobre (Também conhecido como: Uma desculpa para escrever um fluffyzinho rápido ;3 rs)
A tempestade acordou Nico. Ela devia estar muito forte para que seus sons chegassem com tanta intensidade ao acampamento. Um trovão fez tremer o chão, o coração de Nico pulou uma batida e depois acelerou. Quando ele vivia nas ruas, simplesmente viajava pelas sombras sempre que uma tempestade o alcançava, deslocando-se para qualquer lugar longe daquele tempo. Agora se ele tentasse fazer isso, acabaria levando Will consigo.
O filho de Apolo tinha um braço em volta de Nico e a cabeça apoiada em seu ombro. Nico podia senti-lo ressonando. Estava pensando que não tinha jeito de afastá-lo sem acordá-lo quando um novo trovão se encarregou disso. Will despertou e quando viu Nico de olhos abertos, resmungou, grogue, alguma coisa sobre a chuva.
Nico só fez um gesto vago com a cabeça. Will acordou um pouco mais para observá-lo melhor.
— Você parece tenso... Algum problema?
— Só essa droga de barulho...
— Não me diga que Nico di Angelo, o filho supremo das sombras, tem medo de trovão? – brincou Will com um bocejo.
Nico pensou em contar a ele. Já tinha desabafado sobre muitas coisas com Will, mas nunca sobre os detalhes da morte de sua mãe e como os raios e trovões de Zeus sempre acompanhavam a imagem do corpo morto de Maria di Angelo em sua mente... Sua mãe não merecia ser lembrada assim. Por isso ele resolveu não dizer nada.
— Nico – Will parecia estar ficando preocupado.
— Volte a dormir – Nico procurou disfarçar seus sentimentos.
Will o observou por mais alguns segundos até ter uma ideia.
— Ah, tem essa coisa que minha mãe fazia quando eu era bem pequeno e tinha medo de trovão...
Will pegou o cobertor e jogou por cima das cabeças dos dois. Nico mal podia enxergar o brilho do sorriso e dos olhos azuis encarando-o no escuro.
— E então? – Nico perguntou, corando ligeiramente.
— Então o quê?
— Você ia me mostrar o que sua mãe fazia quando você tinha medo de trovão.
— Ahn... era isso – disse Will indicando o cobertor. - Ela nos cobria assim e sorria, dizendo como tínhamos sorte de estar num lugar tão seguro.
Nico revirou os olhos, embora os cantos de sua boca denunciassem certa vontade de rir.
— Ela também cantava até que o meu medo passasse e eu começasse a cantar com ela. Eu poderia...
— Por favor, sem cantoria. Estou tentando salvar o que resta da minha dignidade.
Will achou graça.
— Tudo bem. Cantoria não. Que tal então você só chegar mais perto?
Will o puxou para seus braços enquanto Nico resmungava em protesto, mas ia se aproximando mais.
Seu desconforto com o barulho dos trovões não chegou a passar. Nico sabia que Will devia estar sentindo isso nele, mas o loiro não perguntou mais nada, apenas ficou acariciando a costa de Nico distraidamente enquanto voltava a adormecer. Com o calor do corpo de Will, Nico acabou dormindo também.
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