Our Child escrita por Lins Girl


Capítulo 1
Capítulo 1 - Only


Notas iniciais do capítulo

O site me deu um olé ontem à noite e não consegui postar, mas aqui estou. Espero que gostem.
Beta: Maíra ♥
Enjoy! :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/704582/chapter/1

A garotinha jogou os braços para cima e o homem a tirou de dentro do cercadinho cheio de brinquedos. Rick já havia se acostumado àquela rotina, Kate o acordava pela manhã antes de sair para a delegacia para que ele pudesse olhar Lily, mas antes de deixar seus dois amores sozinhos em casa, ela tomava café da manhã com ele e dava atenção para sua garotinha, a qual só voltaria a ver no fim da tarde.

Todas as manhãs, depois da rotineira guerra de frutas amassadas e baba, a capitã deixava Lily no cercadinho, a menina resmungava por deixar os braços da mãe, mas aceitava a situação logo, pois seu pai vinha buscá-la para brincar.

— Eu estou saindo, babe. – Beckett se aproximou mais uma vez de Rick e deu um beijo rápido nos lábios dele, afastando-se logo em seguida.

— Volta aqui. – Ele a agarrou pela cintura e ela soube exatamente o que ele queria: uma despedida adequada.

Ela não resistiu ao sorriso que ele lhe lançara, agarrando o tecido da camisa que ele vestia, ela deslizou seus lábios sobre os dele, deixando aquela energia tão comum para eles tomar conta de seus corpos. Não seria o café a deixá-la acordada naquela manhã.

Lily soltou um resmungo para tentar chamar a atenção dos dois, lembrando-os de que ela ainda estava ali.

— Tenha um bom dia, Lily. – Kate a tirou dos braços de Castle e começou a fazer cócegas na barriga da garotinha. As risadinhas dela preencheram o loft e Richard teve certeza de que aquele era um dos seus sons favoritos para a vida toda.

Terminando a brincadeira, Kate a entregou novamente para o marido e saiu de casa para mais um dia de trabalho.

#

— Tudo bem, Lily. Sua mãe não está em casa, então, nada de regras. – Castle segurava a cintura de sua bebê enquanto ela estava de pé em suas pernas. – O que acha de brincarmos de aviãozinho? – A garotinha, com seus dez meses de idade, apenas colocou a mãozinha na boca babando-a toda.

“Acho que isso é um sim” – Ele pensou a levando para o centro da sala do loft.

— E lá vamos nós! – Rick jogou Lily para o alto e a risadinha dela ecoou por toda a casa.

Após alguns minutos de brincadeira, a menininha já estava vermelha de tanto soltar gritinhos e balbucios, Castle decidiu parar por ali, pois seus braços doíam e Lily já aparentava cansaço.

— Hora de ver Star Wars. – Ele colocou o filme na grande televisão da sala do loft e sentou-se no sofá com a menina deitada em seu peito.

Ah! Agora ele tinha motivos claros para procrastinar o quanto quisesse.

#

— Ryan, Espo! – Kate chamou de sua sala e os dois detetives encaminharam-se para junto da capitã. – Vocês ainda estão tentando me poupar de revisar os relatórios de vocês porque acabei de voltar da licença maternidade ou é impressão minha? – Ela levantou as sobrancelhas em desafio.

— Você não deveria voltar até o fim do mês. – Espo tentou um contra-argumento, mas o olhar que recebeu de sua superior o fez ficar calado.

— Eu deveria ter voltado há quatro meses. Licença maternidade são 180 dias, não 300.

— Não se você engravida logo depois de levar um tiro. – Dessa vez Ryan recebera o pior dos olhares de Beckett.

— O ponto é: não queremos você estressada. Você ainda precisa amamentar Lily. – Javi deixou aquilo bem claro e Beckett sorriu, sentindo falta de sua garotinha.

— Tudo bem, mas quando eu pedir que me enviem relatórios, enviem. Tédio é pior que estresse. E ficar preso na delegacia sem fazer trabalho de campo também. – Ela piscou para os dois amigos e voltou para sua cadeira confortável.

Voltou para a tarefa mais “difícil” do dia: observar a foto da filha e do marido na tela do computador.

#

— Olha quem está aqui! – Castle balançava o coelhinho branco e vermelho na frente do bebê agitado. – Oi, eu sou o Rab, quer brincar comigo? – Ele fez uma voz diferente para representar o boneco, o que não fora uma boa ideia.

Lily voltou a chorar a plenos pulmões, deixando seu pai totalmente desesperado.

— Ok. Vamos checar a fralda mais uma vez. – Ele pôs a menina no trocador e a checou. – Oh! Filha, você está limpinha. O que você quer?

Ele andava de um lado para o outro do quarto, desde que Lily despertara de seu cochilo da tarde há uma hora, ela não deixou de chorar. Ele estava prestes a usar seu último recurso, no entanto se lembrou de algo que talvez acalmasse sua filha: uma boa história.

— Tudo bem, tudo bem. – Ele a balançava levemente contra seu próprio peito pensando em alguma história. – Qual você quer ouvir, Li?

Rick olhou dentro dos olhos vermelhos de sua filha, ela estava assustada e, assim que ele desviou seu olhar, ela soltou um gritinho seguido de mais lágrimas.

— Bem, era uma vez uma detetive muito bonita chamada: Mamãe... – Ele já havia andado por todo o loft e agora estava em seu escritório mostrando todos os seus livros e objetos ao mesmo tempo em que contava a história, na tentativa de acalmar Lily. – Um dia ela fez uma aposta com o Papai, se ela vencesse, ele não poderia voltar a trabalhar com ela, mas se ele ganhasse, ela seria obrigada a trabalhar com ele para sempre. Até hoje Mamãe acha que o Papai não sabe que ela o deixou ganhar. – Richard riu um pouco com a lembrança, mas o movimento de seu peito fez a menina se agitar mais ainda.

— Eu desisto, Lily Beckett-Castle. Você quer me deixar mal com a sua mãe, você conseguiu! – Lily soltou um resmungo alto e as lágrimas que molharam seu rosto gordinho fizeram o coração de seu pai doer mais ainda.

Ele teria que recorrer ao seu último recurso.

#

Beckett acabara de derrubar Hastings no tatame quando ouviu seu telefone começar a tocar a música específica para quando seu marido ligasse para ela.

— Da próxima vez eu não vou pegar leve, capitã. – Ann levantou e passou por ela, batendo continência. Beckett respondeu ao gesto e riu logo em seguida.

— Espero não ser tão fácil te derrubar amanhã, Ann. Dispensada. – Kate tirou o telefone de dentro da bolsa de ginástica, atendendo-o prontamente. – Hey babe.

O som do chorinho agudo de sua filha fez seu corpo entrar em alerta total.

— Beckett, eu preciso da sua ajuda. Lily não para de chorar, já tentei de tudo. Ela também não está com cólica e muito menos com febre. E-eu não sei mais o que fazer... – Rick engasgou em meio às lágrimas e Kate correu para o vestiário.

— Rick, se acalme. Estarei aí em vinte minutos no máximo. – Ela o ouviu fazer um barulhinho tentando acalmar o bebê. – Castle, mantenha a ligação em andamento.

— Capitã? – Hastings saiu de trás de um dos armários.

— Ann, eu preciso que você avise lá em cima que eu não posso ficar até o fim do expediente. Lily não para de chorar e... – Hastings a interrompeu bruscamente.

— Kate, você é a capitã. Não deve satisfação a ninguém, apenas vá! Sua filha e seu marido precisam de você.

Beckett sorriu e voltou sua atenção ao telefone.

— Cas, eu já estou indo.

#

Kate ainda vestia a roupa da ginástica quando passou pela porta do loft e seguiu para o seu quarto. O chorinho agudo fazia seu coração apertar dentro do peito.

— Rick! – Ele virou em sua direção e a abraçou. – Vem cá, filhota. – Assim que ela se afastou do marido as mãos foram direto na criança.

Kate pegou a filha e a colocou de costas contra seu peito, segurando as perninhas fofas e a balançando com calma. O chorinho diminuía a cada segundo que a criança passava nos braços da mãe.

— Sério? – Castle parecia indignado.

— Parece que alguém estava com saudade da mamãe. – Kate usou uma voz fina para falar, encostando o nariz no topo da cabeça de seu bebê, apenas para sentir o cheirinho que tanto amava. – Mamãe também estava com saudade.

Kate ria enquanto olhava para Castle. Aquele homem não podia parecer mais apaixonado.

— O que? – Ele perguntou, tirando-a de seus devaneios.

— Nada!

— Essa garota teimosa me driblou praticamente a tarde inteira e, então, foi só você chegar para ela se acalmar. Eu deveria ter usado meu último recurso mais cedo. – Ele se sentou na poltrona no canto do quarto, puxando a mão de Beckett para que ela sentasse em seu colo.

— Quer dizer que eu sou seu último recurso? – Kate o beijou nos lábios rapidamente.

— Claro, eu ainda sou o encantador de bebês.

Os dois riram e logo Lily tentava se virar, esforçando-se para abaixar a blusa de Kate.

— Alguém está com fome. – Castle deu seu lugar na poltrona para a esposa para que ela pudesse se acomodar melhor e amamentar sua pequena.

— Castle, você pode pegar o Rab? – Kate notara o coelho jogado no canto da cama desarrumada.

— Ela o recusou o dia inteiro. Agora que ela está distraída, acho ainda mais improvável que vá querer. – Ele entregou o animal de pelúcia para a capitã, a mesma brincou com a filha usando o bichinho e atraindo Lily para que o pegasse. – Sua pequena traidora.

— Deixa disso, babe. – Kate riu enquanto acariciava o rostinho da garotinha que tanto amava. – Aceite que eu venci desta vez.

— Só porque você conseguiu acalmá-la. – Ele deu de ombros.

Alguns minutos e Lily dormia feito um anjinho.

— Eu não vou voltar para o distrito hoje. – Ela deixou que Rick cobrisse a filha e desse um pequeno beijo em seu rosto. – Ela não vai dormir por muito tempo.

— Eu sei. – Ele a guiou para fora do quarto decorado de rosa e branco. – Obrigado.

Ele parou no meio do corredor e a encarou.

— Pelo que? – Kate passou as mãos entre os fios de cabelo da nuca dele, fazendo-o se arrepiar.

— Por estar aqui. Por ter deixado o que estava fazendo para vir até mim e Lily...

— Castle, ela é a nossa filha. Eu já disse isso uma vez, mas vou dizer novamente: eu não deixarei que você cuide sozinho dos nossos filhos. Eu estarei com você, sempre.

— Eu sei. – Ele abaixou o rosto, um sorriso brincando em seus lábios.

— Mereço um beijo? – Ela levantou o rosto dele pelo queixo.

— Talvez mereça mais que um. – Rick segurou o rosto dela com carinho, sobrepondo os lábios dela com os seus.

Lily era apenas o elemento que faltava para transformar totalmente a vida e a parceria deles.

Não importava o que acontecesse, sempre estariam ali um pelo outro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então?!