Marcado pelo Destino escrita por Melllll


Capítulo 7
Capítulo 7




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Acordei no dia seguinte mais cedo do que o normal, tomei um longo banho e aproveitei para pensar em que eu iria falar ao Frank, me vesti e fui para o colégio mais cedo, não quis tomar café. Cheguei lá e o portão ainda estava fechado, tinha uns gatos pingados que nem eu que haviam madrugado, entre eles aquele amigo do Frank que havia me oferecido à maconha conversando com um cara moreno que não era do colégio, disfarçando eu fui um pouco mais para perto e pude ouvir o que conversavam.
-por que o Iero anda fugindo tanto? –o moreno perguntou.
-ele anda sem grana. –o outro respondeu.
-sabe tá na hora de hora de acabar com a raça desse moleque, ele já me deve mais de duzentos dólares.
-o que você pretende fazer?
-silenciar o garoto para sempre assim vocês crianças aprendem a pagar em dia.
-e vai fazer isso quando?
-hoje mesmo, fale que eu o quero ver no galpão abandonado da The Suck’s as 09h00min.
-okay. –o que se dizia amigo do Frank saiu.
Merda, minhas mãos agora tremiam e suavam frio, aquele cara iria matar o Frank, o meu Frank. Não, mas eu não deixaria, daria algum jeito de avisá-lo da cilada, não poderia perder mais uma pessoa que amo e ainda mais por causa dessas malditas drogas. Entrei no colégio e fui direto para a sala, se tivesse sorte poderia falar com ele antes da aula começar, afinal a primeira aula era química e ele estava nessa minha turma. Mas ele não apareceu na aula de química, quando trocava de sala o avistei e chamei no corredor, mas este fingiu não me ver, me ignorou completamente. Tive as próximas duas aulas e saí para o intervalo, fui direto para trás do colégio e lá estava ele com um baseado na mão conversando com aquele “amigo” dele. Cheguei perto dele, que continuou me ignorando e dessa vez não jogou fora o cigarro que fumava.
-Frank... –ele continuou fingindo não me ver. –eu preciso falar com você. –ele nem olhou na minha cara. –PORRA, OLHA PRA MIM. –eu gritei e segurando o queixo dele o fiz olhar para mim.
-o que você quer? –ele estava seco comigo.
-conversar com você.
-pode falar.
-aqui não, a sós.
-olha, o seu namoradinho está vindo para cá. –Frank disse apontando para além das minhas costas, eu virei e vi o Gee vindo em nossa direção.
-ele não é meu namorado.
--não é o que parece. –Frank falou com desdém na voz.
-por que diz isso.
-eu vi vocês ontem, no Happy Friends.
-o que?
-é, eu vi vocês se beijando no parquinho. –ele me olhou com raiva. –vai negar agora?
-não, eu beijei o Gee ontem sim, mas...
-não fala mais comigo garoto. -Frank deu de costas e pulou o muro do colégio.
-hei, clama ai. Eu tenho que te dar um aviso. –eu gritei, mas ele não deu à mínima.
Eu comecei a chorar desesperada, ele não iria me ouvir, ainda mais agora que eu admiti ter beijado o Gee, ele iria morrer e eu não poderia fazer nada. Quer dizes fazer alguma coisa eu posso sim, mas é muito arriscado e minha vida também estaria em jogo, mas eu o amava e não poderia o deixar ter o mesmo fim que o do meu pai, faria alguma coisa por alguém hoje à noite. Bateu o sinal e eu voltei para a aula, elaborando na cabeça cada detalhe de um plano que seria realizado hoje à noite. Acabei não prestando atenção nas aulas, à imagem de um Frank morto aos meus pés igual ao meu pai não saia de minha cabeça. Finalmente acabou a aula e eu corri para a minha casa, arrumei em uma bolsa algumas mudas de roupas, um dinheiro que eu estava juntando e um facão de cortar carne, deitei um pouco repassando o plano em minha cabeça. “Eu iria mais cedo para o tal galpão, ficaria esperando o moreno desconhecido chegar e na primeira oportunidade lhe cravaria a faca nas costas dele. Quando o Frank chegasse, eu explicaria tudo, e juntos fugiríamos de New Jersey. E assim poderíamos viver felizes para sempre”. Acordei assustada com o barulho de trovão lá fora, já havia escurecido e caia um temporal lá fora, olhei no relógio, era 08h30min e eu já estava atrasada, sai correndo na chuva mesmo, batia um vento forte e eu estava encharcada, tremia de frio, mas mesmo assim não parei de correr até chegar ao bendito galpão que ficava a só umas vinte quadras da minha casa. A chuva salpicava meu rosto se misturando com as lágrimas que teimavam em cair, estava com medo de chegar lá e o Frank já estar morto, corri mais rápido. O galpão era enorme por fora e parecia mal assombrado, lá dentro era úmido e tinha milhares de caixas empilhadas uma em cima da outra. Eu continuei correndo sem fazer muito barulho, conseguia ouvir vozes, mesmo com todo o barulho da chuva.
-me de um prazo de uma semana é tudo o que eu peço. – o Frank suplicava de joelhos para o mesmo cara que eu vi hoje cedo, este mirava-lhe uma arma no peito.
-sabe, prazo é o que você já teve demais. –ele deu um chute na barriga de Frank que se contorceu. –vamos rapaz, diga as suas últimas palavras. –ele disse engatilhando a arma.

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