Unbroken Road escrita por xGleyceKuran


Capítulo 9
Silence Unbroken (Final)


Notas iniciais do capítulo

*Último capítulo*, bom a Fic não tem muita relação com a lore oficial do jogo, mas o que quis mostrar é a relação afetiva, medos e pensamentos sobre cotidiano de uma heroína, por isso muita coisa fugiu do normal, espero que quem tenha lido tenha gostado e críticas são sempre bem vindas. Obrigada!



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Mesmo com a ajuda de Arvak a fuga de Aalis estava complicada, Kvulsin desmaiado e ferido estava sendo um peso para ela. Abandoná-lo não seria opção, mesmo o odiando não poderia deixá-lo morrer.

Ela deixa Arvak carregando o corpo desacordado de Kvulsin enquanto ela vai o guiando pelo caminho, pois se estiver sendo seguida poderia mandar o cavalo correr com o corpo enquanto ela ficaria para despistar os perseguidores, mas ela estava encontrando dificuldades em se manter estável, em sua cabeça ouve gritos desesperadores, levou um tempo para perceber que os gritos estavam em sua cabeça, eles eram estridentes e a estavam deixando desnorteada. Sem conseguir pensar direito ela apenas continua andando ao entardecer enquanto a floresta começa a ser iluminada pela luz das auroras boreais.

Aalis esta cansada, com fome, e tudo que mais gostaria de fazer era poder dormir e principalmente se proteger do frio. Seus pés afundavam na neve, a armadura stormcloack que ainda usava era pesada e pouco a protegia do frio. Ela não conseguia raciocinar e saber ao certo onde estava, mas sabia que já havia passado sobre sua casa e inclusive próxima a algum acampamento stormcloack, “-Bom, estamos na neve e olhando a minha esquerda consigo ver a Throat of the World... devemos estar Whiterun Hold?” ela pensa, agora ela sabia que estava próxima a Hight Hrothgar e a Ivarstead, ela poderia pedir ajuda a amigos que possui, mas ao mesmo tempo ela pensa que todos os lugares onde tenha pessoas que a protegeriam correm risco de serem atacados por Ulfrick, mesmo lugares com pessoas fortes como Hight Hrothgar ou até mesmo se ela fosse se abrigar no colégio de Winterhold, o conflito era dela entre Ulfrick e envolver administrações maiores na causa poderia começar uma luta até maior do que a que já está sendo travada, além de que Ulfrick não luta sozinho, e é pensando não somente nela como em subordinados de seu atual inimigo que ela decide continuar andando mesmo estando exausta. Até que encontra uma pequena cabana, quase camuflada com toda neve que a cobre. Ela deixa Arvak afastado e se aproxima da cabana o mais silenciosa possível, da cabana não há indícios de luz, e agora mais próxima ela pode ver que ali havia uma pequena horta que agora é dominada por grama alta, o cercado acaba na paredes de madeira da cabana. Ao se aproximar Aalis sente um forte cheiro podre, muitas moscas rodeiam um corpo estendido na parede sendo segurado por uma flecha que o atravessa. Provavelmente era a casa de alguma alquimista que foi assaltada devido a todo seu estoque de ingredientes e outros pertences estarem espalhados por toda cabana. Aalis retira o corpo e o enterra na neve, após isso estende o corpo de Kvulsin na pequena cama suja, apaga suas pegadas ao redor da cabana e finalmente tenta dormir.

Aalis acorda com os raios da luz do sol iluminando a cabana, ela procura por água e ao voltar para a cabana toma todos os cuidados necessários com as feridas de Kvulsin, ela estava sozinha mais uma vez, não tinha nada que pudesse a ajudar e ir ao socorro de alguém ainda seria muito arriscado. “-Preciso falar com General Tulius, no momento só ele poderá me ajudar sem causar mais um grande conflito.” Ela pensa.

Aalis precisava se localizar e agora o jeito mais prático de chegar a General Tulius era encontrando um de seus acampamentos de guerra, já que ir para Solitude além de estar muito longe, corria perigo de encontrar com soldados Stormcloacks. Enquanto refletia sobre o passo a ser tomado pela pequena janela da cabana, ela uma pequena raposa farejando a neve procurando por comida, então Aalis tem uma idéia.

— RAAN-MIR-TAH! (Animal Allegiance) – Aalis usa o shout na intenção de fazer a raposa achar algum acampamento Imperial e sentindo a presença do animal, conseguiria chegar sem nenhum problema, e para a sorte dela havia um acampamento Imperial não muito longe de onde ela estava. Aalis move Kvulsin e evocando novamente Arvak ela parte.

Chegando ao acampamento, ela encontra resistência, devido ao fato de estarem usando armaduras Stormcloaks, mas após entregar suas poucas armas e contar sua história Aalis é acolhida pelos Imperiais, que a dão comida, cuidam dos ferimentos de Kvulsin e os escondem em uma carroça que parte em direção a Solitude.

*

Em Solitude, Aalis e Kvulsin recebem todos os cuidados necessários, e como já se sente bem, Aalis é convidada a conversar com General Tulius.

— Eu achava que aquele degenerado de Ulfrick não fosse tão escroto a ponto de tentar uma coisa dessas, ele ainda me surpreende Aalis... Esta guerra está próxima a seu fim! Você já sofreu danos com tudo que vem passando, por favor, deixe tudo em minhas mãos agora, e Ulfrick não será mais um incômodo.

— De jeito algum Tulius, eu me disponho a lutar em seu lado na guerra e acabar com Ulfrick usando minhas próprias mãos!

— Se é assim que deseja sinta-se livre para treinar ou fazer o que quiser enquanto se recupera, quando chegar a hora eu lhe chamarei Dragonborn.

Dito isso eles se cumprimentam e ela sai da sala, Aalis vai atrás de Kvulsin e o leva para a casa que tem em Solitude, uma casa que tinha comprado há uns anos com o único objetivo de pegar uma das pedras da coroa tão preciosa para a Thieves Guild. A casa estava cheia de pó, de teias de aranhas e até ratos, o cheiro de mofo era tão forte que fazia Aalis espirrar a cada minuto, ela sobe as escadas com Kvulsin que está se recuperando bem, mas não disse uma só palavra desde que acordou, ela está o levando consigo e o salvou, mas nem olhar para o rosto dele ela não o fez.

A casa grande e cheia de cômodos habitada por ratos e insetos, Aalis alimenta Kvulsin e depois de limpar o pus de seus ferimentos o coloca em um dos quartos. Ela iria descansar agora no quarto vizinho e aguardar que Tulius a chame, mas o frio da solidão a barra de se sentir confortável sozinha, ela volta e senta na porta ainda trancada do quarto onde Kvulsin está.

Do lado de dentro ele consegue ver que a sombra dela barra a pouca luz das velas quem entravam pela parte de baixo da porta, com dificuldade ele se levanta e senta-se na porta encostado, então ele respira fundo e com todo cuidado começa a falar.

— Eu agradeço do fundo de meu coração por não ter me deixado lá para morrer. – Ele espera por uns segundos para ver se há respostas, mas ela não fala nada, então ele continua.

— Eu fiz mal a você... E não sei o que pretende fazer comigo, achei que mandaria me prender... Ou que me mataria, mas ainda não o fez, ao contrário, você me salvou da morte, mesmo eu tendo feito o que eu fiz... Já não tenho mais nada então...

Kvulsin para pra pensar em sua última frase, ele realmente não tinha mais nada, não tinha família, não tinha mais casa, não tinha algum propósito na vida e nem esperanças, o que quer que Aalis tenha planejado para ele, ele simplesmente aceitaria.

— O que quer que faça comigo, eu aceitarei de bom grado como punição pelo meu erro... Eu acreditei em falsos discursos e me arrependi de tudo não só por te amar, mas lá no fundo eu nunca acreditei de fato em Ulfrick, acho que somente segui a carreira militar para atender aos caprichos de meu pai que nem vivo está mais...

O silencio predominava, enquanto Aalis se perguntava sobre o que faria com ele? O prenderia? O mataria? Ela sabia que não seria capaz, ela não queria nem olhar na cara dele, então porque o manter por perto? Ela não sabia responder a si mesma. Sem saber se ela estava de fato o ouvindo ele apenas desiste de falar se arrasta e encosta a cabeça na porta, pronto para fechar seus olhos até que escuta a voz de Aalis fraca e rouca através da porta.

— Quem é você de fato?

Após contar para ela sua história verdadeira e sobre como ganhou a “missão” de ter que se aproximar dela para poder interceptá-la com a guarda baixa e saber onde estaria à joia, um silêncio prevalece, ele novamente se sente culpado por tê-la enganado e volta a falar.

— Eu peço perdão por tê-la feito passar por tudo isso, eu não sabia que as intenções de Ulfrick eram te forçar a lutar para ele... Eu também não sabia sobre a influência da tal joia... E eu também não pretendia me apaixonar por você... Eu aceitei esta “missão” para subir de cargo, para ter uma casa melhor, para poder comer melhor, e acabei com nada... Fiz coisas contra meus princípios para acabar com nada e mesmo assim esses tipos de coisas são supérfluas e agora parecem ser tão idiotas... Enfim eu lhe peço desculpas de todo meu coração.

Para Aalis era difícil saber se o que ele dizia era verdade ou não, ela ainda sentia coisas estranhas perto dele, um calor, uma ternura, ela gostaria de ignorar esses sentimentos, mas não conseguia.

Ela queria abrir a porta e olhá-lo, mas hesita e pensa se caso ele aproveitaria sua fraqueza e fugiria, a casa estava sendo vigiada por guardas, ele estava dentro de uma cidade cheia de guardas que sabem o que ele fez e tem ordens de matá-lo se o verem sem a companhia dela, ele não tinha como fugir se a atacasse. Com receio ela confia em seu coração, que no momento anseia por acreditar nas palavras dele, ela levanta pega a chave e abre a porta. Ele por pouco não cai no chão quando a porta se abre.

— Não se mecha, fique ai. - Ordena Aalis.

Ela senta a frente dele e cruza as pernas, ela inspira fundo e apóia as mãos nas coxas de Kvulsin assim se aproximando do rosto dele.

— Quero saber olhando em seus olhos se o que disse era verdade?

Era difícil saber, o rosto de Kvulsin ainda estava inchado, roxo e cheio de cortes pelos socos que levou de Aalis.

— Sim, eu não mentiria para você novamente. – Ele responde com convicção.

Ela se afasta e senta-se novamente,pensativa ela o encara, olha para os cabelos pretos dele, olha para sua barba desgrenhada, e pergunta a si mesma o porquê se apaixonou por ele. Ele por outro lado, tem só metade da visão de um olho, da qual consegue ver os longos cachos prateados de Aalis, pouco iluminados, vê que ela usa um fino robe marrom. Ele inspira fundo e fala.

— Ah droga... Eu amo você!

Ele tenta levantar a cabeça para poder olhar o rosto de Aalis, mas é surpreendido pelo beijo que ela o dá. Ela não sabe direito o que está fazendo e ainda tem receios sobre ele, mas ela está seguindo seu coração no momento, que bate mais forte por ele. Ela pega as mãos dele e o desamarra.

— Lhe darei um novo voto de confiança Kvulsin...

Com lágrimas no olho ele a puxa e a abraça, acaricia seus cabelos e se sente tão grato por poder ter uma nova oportunidade de poder mostrá-la quem ele realmente é.

Ela por sua vez tenta deixar o receio de lado e aproveitar o momento, em seu mais profundo desejo queria que aquilo fosse eterno e que felicidade inundasse seus futuros dias, mas sabia que em sua vida não haveria descanso, então decide aproveitar os momentos que tiver ao lado dele de agora em diante, seus pensamentos são interrompidos quando ouve o sussurro de Kvulsin em seu ouvido.

— Obrigado.


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