Unbroken Road escrita por xGleyceKuran


Capítulo 5
A joia de controle


Notas iniciais do capítulo

Se alguém lê ou acompanha essa história, peço desculpas pelo atraso. Mas com provas, trabalhos, férias e agora as festividades de final de ano, não me sobra muito tempo para revisar os capítulos. :/

A BOA NOTÍCIA é que a história está finalmente se encaminhando para o ápice O/



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Os dias eram monótonos e cheios de rotinas, de manhã Aalis treinava pesado com Kvulsin em batalhas, a tarde ele saia para caçar a refeição do jantar enquanto ela ficava em casa, às vezes lendo ou até cuidando de seu jardim, à noite após o jantar eles treinavam arco e flecha. Uma arte conhecida por Kvulsin, mas ele não era tão bom, principalmente durante a noite onde não enxerga um palmo a sua frente, mas Aalis é insistente.

— Ora vamos caçador, não use sua visão use seus sentidos! Respire fundo feche os olhos e ouça o barulho do animal a nossa frente... Sinta-o.

Ele fecha os olhos, mas não ouve nada e acaba não soltando a flecha, então Aalis perde a paciência toma o arco das mãos do caçador, fecha os olhos respira fundo e solta a flecha. Tudo que o caçador ouve é o animal se debatendo de dor.

Como Kvulsin já havia percebido, Aalis estava fugindo de tomar partido na guerra. E toda semana chegava uma nova correspondência para ela, hora do Império, hora dos stormcloacks. Cartas das quais Aalis simplesmente ignorava e as jogava em uma pilha ao lado da porta. 

Com o treinamento Aalis já podia sentir-se bem em confiar em Kvulsin nas batalhas e começava a pensar em algo novo para testar seu companheiro. Ela se sentia bem com ele por perto e gostava de sua companhia, seu ímpeto disposto a quebrar o silencio dela. E ele percebera que finalmente a dragonborn estava mais aberta a ele e não perde nenhuma oportunidade de galanteá-la sempre que possível, afinal a combinação da dragonborn o enlouquecia. A pele pálida, cabelos brancos cheios de cachos, as milhares de sardas que davam um brilho em seu rosto, e sem falar no corpo incrível que o fazia suar frio. Ele simplesmente não desviava o olhar das curvas sutis dela, o corpo pequeno que parece ser frágil e normal como de qualquer mulher, mas que quando nu revela seus músculos firmes e algumas marcas de cicatrizes espalhadas, ela era incrível e ele adorava passar cada minuto ao lado dela.

— Bom você progrediu muito em seu treinamento... Tenho que tomar uma decisão, e quero que saiba que independente de qual seja não precisará ir comigo... Aliás, você definitivamente não irá comigo. Diz Aalis apontando para a pilha de cartas enquanto eles jantam na pequena mesa.

— Entendo algumas você nem quis saber de onde vieram... Sua decisão é sobre a guerra? Ambos os lados a querem como aliada o que pretende fazer? 

— Bom... Guerra nunca tem um lado certo... Responde Aalis pensativa.

— Eles não vão desistir certo? Principalmente Ulfrick...

 A conversa deles é interrompida por batidas frenéticas na porta, Aalis se levanta depressa, abre a porta e uma voz agitada dita.

— Aalis! Enviamos uma carta a você e está completando um mês! O que você andou fazendo? É sobre aquela relíq.... Quem é este ai?

— Oh mil perdões, por favor, entre e acomode-se estou passando por problemas com minhas correspondências, explique-me melhor Serana.

Serana entra e senta-se enquanto olha fixamente para Kvulsin.

— Este é Kvulsin meu novo companheiro, e Kvulsin esta é Serana minha antiga parceira.

Kvulsin percebe que Aalis está extremamente sem jeito com a situação.

— Devo me retirar? Ele pergunta.

— Não... Não precisa... Serana pode nos contar o que houve? Do que se trata a carta?

— Ah sim... Aalis, é sobre a joia da qual achamos, passamos todo esse tempo a estudando e... Tudo que nos resta é uma teoria baseada no lugar onde a encontramos que para ser concretizada precisamos de você em High Hrothgar.

— Oh então é sobre isso, então... está tarde agora, fique aqui e descanse amanha mesmo partiremos. Diz Aalis segurando a mão de Serana.

Enquanto Serana se distrai folheando alguns livros no quarto, Kvulsin se aproxima de Aalis desconfiado e quando abre a boca para falar Aalis já o interrompe.

— Ela é uma vampira, mas não se preocupe... Ela é de total confiança. Isso foi suficiente para calar o caçador.

Após conversas e esclarecimentos todos vão dormir Kvulsin no chão do hall e Serana na cama com Aalis.

— Ele é um gato!. Serana sussurra para Aalis.

— Serana....

— Não... É apenas a verdade, onde o encontrou? Serana pergunta, mas não obtém resposta então continua. – Sinto saudades de você.

— Eu também sinto sua falta. Aalis responde sorrindo. – Mas quanto aos assuntos sobre a joia...

— Bom eles não conseguiram nada até agora com suas magias então, como a encontramos em Solstheim, eles acreditam que deve ter algo haver com o dragonborn e precisamos de você, aquilo é magia para controlar algo segundo eles, só não sabemos o que exatamente.

Há tempos atrás Aalis encontrou Serana e elas fizeram muitas coisas juntas, se conheceram profundamente, o que as fez serem unidas e acabou fazendo com que elas desenvolvessem certo romance, que não durou muito tempo porque após derrotar o pai de Serana, Aalis decidiu voltar a ser sozinha, mas mesmo tendo tomado essa decisão difícil sente muita falta da “amiga”.

— Você sabe que a amo não sabe? Pode contar comigo sempre. Diz Aalis sorrindo.

— Oras porque está falando isso agora?... Eu também a amo. Responde Serana e beija Aalis, se deixando levar e assim matando sua vontade e uma enorme saudade.

Do chão do hall Kvulsin vê tudo iluminado pela luz da lareira.

**

Saber sobre o artefato que encontrou há quase um ano atrás não era prioridade para Aalis, ela sabia que teria que tomar parte na guerra o mais rápido possível já que aquilo a estava sufocando, dentre todas as coisas que ela fazia o que mais detesta é ter que matar pessoas em prol de algo, mas a esta altura ela já não tinha mais escapatória, a guerra estava acontecendo e já estava envolvendo todos os habitantes de Skyrim.

Durante a manhã eles partem para High Hrothgar, enquanto Aalis e Serana vão conversando Kvulsin permanece distante e perdido em pensamentos, quando Aalis percebe o comportamento dele, ela atrasa um pouco o passo para conversar com o caçador.

— E ai... Você está estranho, seu normal é falar sem parar e se meter onde não é chamado.

— Você e ela têm algum tipo de relacionamento? Ele pergunta sem hesitar.

Aalis não esperava por aquilo derre pente.

— Sim tivemos... no passado, hoje somos amigas.

Kvulsin fica em silencio e Aalis resolve deixá-lo sozinho pois sente-se constrangida em como ele recebeu  a notícia. Kvulsin não se sente bem após ter ouvido a conversa das duas amigas, e o que o está deixando inquieto não é ciúme ou qualquer outra coisa, ele sabe que gosta de Aalis, mais do que realmente deveria, e é isso que o incomoda. Ele sabe que começou a sentir algo a mais por Aalis que não seja somente admiração.

Quando finalmente chegam a High Hrothgar, Aalis e Serana vão ao encontro de Arngeir, enquanto Kvulsin é deixado de fora do encontro.

— Aalis, bom te ver novamente, por gentileza dê a volta na sala e sente-se no chão.

Sem entender nada sobre o pedido de Arngeir, ela vai em direção a ele para cumprimentá-lo, mas antes que o faça, ele pronuncia alto e claro:

— Aan Aar Mid! (Um Servo Leal) *

Aalis não compreende o motivo de Arngeir ter dito aquela frase e quando se dá conta está se sentando no chão, como ele tinha dito.

— Mas que merda aconteceu aqui? Pergunta Aalis assustada.

— Calma Dovahkiin, pelo que Serana e eu suspeitávamos essa joia possui um poder de controlar aqueles com sangue de dragão, mas sua história, como foi feita ou o porquê de sua criação ainda permanece um mistério para nós... A minha teoria veio depois de ler um nome “Joia do comando” em um pergaminho velho, mas não diz nada mais sobre isso. E como a encontraram em Apocrypha, imaginei que se referia diretamente a dragonborns, a palavra de comando vem entalhada aqui, e pelo jeito somente quem fala a língua dos dragões consegue lê-la. Nunca tinha ouvido ou imaginado que algo assim possa existir, é um artefato de imenso poder...

Ele passa a joia para a mão de Aalis.

—Isso é inacreditável... Se cair em mãos erradas... Eu nem sei...

— Mantenha-se calma, nós ainda precisamos de você para fazer alguns testes, a decisão de manter a jóia aqui ou levar consigo fica a seu critério, mas independente do que  ache melhor, nós faremos o possível para mante-la segura.

— Não posso levá-la comigo, confio em vocês amigos. Responde Aalis se levantando.

*

Após algumas horas de descobertas sobre a joia Aalis e Kvulsin finalmente estão indo para casa.

Durante o caminho eles permanecem quietos cada um perdido em seus próprios pensamentos, a montanha era alta e ainda faltavam muitos degraus a serem percorridos. Já era noite e Aalis estava exausta, tanto que seu corpo pesado a faz escorregar nos degraus molhados de neve seu corpo vai direto ao chão, mas é parada por Kvulsin que a segura envolve os braços pela cintura dela.

— Você está exausta, não deveríamos ficar essa noite em High Hrothgar?

— Não... Tenho coisas importantes a serem feitas. Responde Aalis sem jeito e um pouco envergonhada olhando os olhos negros do caçador, ela continua. – Vamos.

Ao chegarem a Ivarstead a cidade que se encontra no início do caminho para High Hrothgar, Kvulsim segura o braço de Aalis e insiste.

— Você está cambaleando de cansaço, porque não procuramos um quarto aqui?

Aalis para, olha para o céu e vê as auroras azuis iluminando o céu.

— Vamos ficar aqui mesmo... Ascendemos uma fogueira... Eu só quero olhar para esse céu...

Ela nem termina de falar e Kvulsin já começa a juntar galhos.

Aalis amava olhar as auroras, suas diferentes cores iluminando os céus de Skyrim. Após a fogueira acesa eles deitam no chão e permanecem em silencio até que Aalis se senta e  vira para Kvulsin.

— Você sabe da minha história e de meus relacionamentos fracassados, mas e você? Diga, já foi casado ou...

— Eu? Não... Nas minhas viagens não tive tempo para cuidar de ninguém só vivi com mulheres que conhecia por ai, se durasse mais de uma semana seria muito... 

— Então... Nunca foi apaixonado por alguém?

Kvulsin levanta e senta ao lado de Aalis, ele se surpreende com o rumo da conversa e ao encarar Aalis ele percebe certa vergonha em seu rosto. Ele pensa por uns instantes então se aproxima mais da dragonborn, sua mão esquerda vai até o encontro do queixo enquanto ele olha diretamente nos olhos dela, então ele finalmente responde.

— Não até te conhecer. 

Ele a beija forte e intensamente enquanto sua mão direita acolhe a nuca de Aalis e ela deixa ser envolvida por ele, os dois aproveitam o momento, ele a beija com calor e vontade, ela o corresponde até que finalmente percebe o que está acontecendo e sem ser rude afasta o caçador. Ela está surpresa demais para falar e acaba soltando um suspiro em meio ao silencio.

— Desculpe! Eu simplesmente não resisti. Confessa Kvulsin, mas não obtém resposta, apenas vê Aalis se virando de costas para ele e se deitando.

 

 

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Notas finais do capítulo

* Tradução literal.



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