Unbroken Road escrita por xGleyceKuran


Capítulo 4
O passado da Dragonborn




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Aalis acorda sentindo dor extrema ela passa a mão sobre o ferimento e percebe que foi coberto, mas que continua a sair muito sangue. Olha em volta até onde a luz da fogueira a deixa ver e percebe que está na floresta, ela se questiona em como foi parar ali, com certeza esta muito distante da caverna e se pergunta onde está Kvulsin, que não demora muito a chegar com um pedaço de pano úmido nas mãos para trocar o atual que está cobrindo o ferimento de Aalis cheio de sangue. Ao se aproximar de Aalis ele fala.

— Finalmente acordou.

— Quanto tempo estive inconsciente? Ela questiona.

— Dois dias, trouxe você nas costas para não acabar morrendo naquela caverna gelada... Deixe-me trocar...

— Obrigada, mas não precisa. Interrompe Aalis afastando o caçador.

Ela tenta tirar o pano sozinha, mas não consegue devido à forte dor que sente, com um sinal pede para que ele a ajude. Após Kvulsin tirar o pano ensangüentado do ferimento, uma luz branca alaranjada começa a sair da mão de Aalis e a envolver seu corpo em arcos, Kvulsin não pisca por um segundo e fica impressionado por poder ver o osso da costela fraturado se restabelecendo, os músculos e a pele dela voltando ao estado normal, por fim não há mais ferida alguma, somente resquícios de sangue e o rasgo em sua armadura. Quando termina Aalis suspira aliviada.

— O pano que trouxe está úmido... Há algum lago por aqui? Ela pergunta.

— Sim, há um rio não muito próximo, está com sede imagino. Ela faz que sim com a cabeça e ele dá a ela  o cantil do qual ela sacia a sede.

— Acho que vir com você deve ter sido a única escolha boa que fiz na vida, é arriscado, mas é gratificante... Ver como você luta ver essas magias, bom... Aqueles monstros não são muito gratificantes, mas imagino agora que finalmente comecei um arco emocionante na vida e terei boas histórias a contar para meus futuros filhos. Diz Kvulsin em tom de entusiasmo.

Aalis o observa por uns instantes, mas permanece em silencio degustando sua coxa de coelho, Kvulsin demonstra descontentamento com o silencio constrangedor e Aalis o percebe.

— Sabe... Você contou sua história e acho que gostaria de saber mais sobre mim?

Kvulsin pode ver o brilho no olhar intenso de Aalis e começa a pensar que talvez ela possa estar começando a confiar nele.

— Adoraria dragonborn.

Aalis respira fundo e começa.

— Eu morava em uma cabana simples perto de Falkreath, meu pai morreu quando eu ainda era criança e lembro-me do rosto dele bem vagamente... Eu trabalhava junto com minha mãe e fazia o possível para não deixá-la sobrecarregada. Com algum tempo ela adoeceu e eu acabei na rua, muitas pessoas me ajudaram até que a dona de uma taberna me deu um trabalho, eu não agüentava aquilo, os homens bêbados, as cantadas... Quando juntei dinheiro suficiente para poder sair de Skyrim eu abandonei a taberna e fui rumo a Cyrodiil, lembro-me que na época tinha ouvido de pessoas que lá estava sendo um bom lugar para morar. E decidi ir para lá, já que a guerra por aqui me deixava aflita e que eu vivia com medo constantemente. - Ela faz uma pausa bebe água, respira fundo e continua.

— Enfim levei alguns dias para conseguir, mas lá estava eu, dois Redguards e um grupo pequeno de rebeldes, nós tentaríamos atravessar a fronteira, porém fomos de encontro a uma pequena batalha entre Stormcloaks e Imperiais. Parecia um aviso, o que eu temia estava acontecendo na minha frente e eu não sabia o que fazer. Soldados vieram abordar a carruagem e logo mataram o cavalo e o cocheiro, bom... Os imperiais venceram aquela batalha e logo eu e os sobreviventes estávamos a caminho de Helgen, foi onde conheci Ulfric Stormcloak e Ralof... Bom o resto da história você já deve ter ouvido por ai. E assim que descobri quem eu realmente sou tento achar um propósito para continuar, e algo em salvar algumas pessoas me agrada, o que me fez querer aprender todas as técnicas de batalhas possíveis... E hoje estou aqui...

Aalis suspira aliviada e sente-se como se estivesse silencia o caçador por algum tempo, mesmo tendo pulado muitas partes de sua história. Kvulsin finalmente fala algo.

— É... Hoje você é a heroína de Skyrim, justo a garota que tentava fugir daqui... Sabe depois de ouvir isso, penso que você sempre foi forte, você pode achar que não combina com você e que não é a pessoa certa para isso, mas olha só onde você está hoje! De órfã para a heroína de um país! Você mata DRAGÕES e não acha grande coisa, bom... Eu acho.

Ele a olha com um sorriso acolhedor e ela o responde, o que ele acabara de dizer a agradara muito e a fez perceber que ele consegue vê-la mesmo através da “parede” que ergue para não ser próxima a ninguém.

— Isso é um sorriso? HAHAHA. Diz Kvulsin entusiasmado ao arrancar o primeiro sorriso da dragonborn de cara amarrada.

— HAHA engraçado, agora durma, eu fico de guarda, amanhã partiremos para Winterhold, entregar o livro para o velho ogro.

***

Ao pisarem na ponte que os leva para o Colégio de Winterhold, Aalis e Kvulsin encontram com Faralda.

— Arch-Mage há quanto tempo!

— Sim Faralda... Ando muito ocupada, como andam as coisas por aqui?

— Tudo indo bem como de costume, temos alguns novos aprendizes que querem conhecer nossa Arch-mage... Suas vestes estão um trapo... A Senhora Está bem?

— Sim estou e... Bom... Depois dou uma olhada nnos novatos. Responde Aalis se apressando e deixando Faralda para trás.

No caminho para a biblioteca do colégio, Aalis é cumprimentada por todos que a encontram.

— Arch-Mage também... Você não para de me surpreender. Diz Kvulsin.

— Você ainda não viu nada Caçador.

Enquanto Aalis é questionada por Urag gro-Shub sobre a demora na entrega do livro, Kvulsin se impressiona na quantidade de livros que vê.

Após minutos de sermões, Aalis é questiona sobre outro resgate de livros e o aceita porque com isso sabe que não se esquecerá de retornar para o colégio. Minutos depois Aalis se apresenta aos novatos do colégio e lhes mostra algumas das magias mais avançadas que possui. Feito isso eles partem novamente a Whiterun para entregarem a cabeça do vampiro.

***

Após receberem a recompensa de Proventus Avenicci pela cabeça do vampiro, Aalis e Kvulsin se retiram de Dragonsreach a caminho de casa, Aalis sente-se ansiosa para poder se limpar e tirar sua armadura rasgada do corpo, e também já não agüenta mais sentir o forte cheiro de suor de Kvulsin.

No meio da Praça de Whiterun Aalis e Kvulsin acabam encontrando com Vilkas e Farkas, os dois são amigos de Aalis há alguns anos, mas por desentendimentos e pelos problemas que Aalis causou aos companios durante sua transição para Lobisomem, Vilkas não é muito amigável com a dragonborn, já Farkas a trata muito bem, mas não a olha diretamente por problemas que tiveram no “romance” enquanto Farkas era companheiro de Aalis há um ano atrás, pois o mesmo se sente culpado por alguns ocorridos na época. Aalis também evita um contato direto com Farkas, já com Vilkas age normalmente*.

— Olá “amiga” há quanto tempo não te vejo. Diz Vilkas em tom sarcástico, ele continua. - Vejo que arrumou um novo escudeiro.

— Olá a vocês dois, tento ficar o mais longe possível de Jorvaskar devido a problemas que causei a vocês, e ele é meu companheiro, seu nome é Kvulsin.

Enquanto os rapazes se cumprimentam Farkas resolve falar.

— O que nos ocorreu é passado, você é membro dos companions e sendo assim nossa irmã, e sempre será bem vinda em nossa casa.

— Obrigada pelas palavras Farkas, bom... acho que devemos ir, com sua licença.

Aalis e Kvulsin seguem andando para casa em quanto Vilkas comenta com Farkas.

— Sabe que ela só foi “amigável” por sua causa não é.

— Que seja. Responde Farkas.

*

Kvulsin percebeu a tensão que rolou ali e espera até que estejam fora dos portões de Whiterun para perguntar a Aalis.

— Que tensão entre você e eles!

— Sim, muitas coisas aconteceram.

— Então... Farkas já foi seu companheiro?

Aalis o olha espantada, nada disso tinha sido citado, então ela finalmente percebe a forte intuição de Kvulsin.

— É... mas não vou falar sobre isso.


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Notas finais do capítulo

* O "agir normalmente" de Aalis é ser sarcástica e grosseira.



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