Será? escrita por Brubs Romualdo
Notas iniciais do capítulo
Hey people, olha eu de volta!
Mais um para a coleção de capítulos...
Boa leitura!
Abri o olhos ao sentir a dor do impacto com o chão, a luz do abajur me revelou um novo quarto e um chão sem meu tapete fofinho.
Recuperei a consciência e tentei entender o que havia acontecido. Me levantei do chão e voltei para a cama, peguei meu celular e vi que ainda eram 03:50.
Por uma fresta da cortina aberta vi a escuridão lá fora, me lembrei de ter chegado no hotel por volta da 01:30, tomei um banho e fui dormir. Não sei se o que tive foi sonho ou pesadelo, mas acabei caindo da cama.
Olhei as mensagens em meu celular e respondi as mais importantes. Coloquei o celular para despertar às 07:30 e voltei a dormir.
***
— Pensei que tinha morrido! – Falou Kelvin bravo do outro lado da linha.
Depois de 10 ligações perdidas e muitas ignoradas para o despertador resolvi atender.
— Bom dia! – Falei com voz de sono.
— Você estava dormindo? – Perguntou ele.
— Sim, é o que pessoas normais fazem. – Respondi irônica.
— Não estou para graças hoje Betina! – Falou Kelvin sem paciência.
— Ok, desculpa! No que posso ajudar? – Perguntei seria, mas ainda deitada.
— Vai arrumando suas coisas para investigação de rua. Antes do almoço o pessoal chega e eu quero todos trabalhando para terminarmos logo. – Falou ele.
— Está bem, mais alguma coisa? – Perguntei.
— Só isso, entro em contato mais tarde para saber como está tudo. – Respondeu Kelvin. – Não se esqueça que estou contando com você para o êxito de nosso trabalho! – Completou ele.
— Pode deixar comigo chefe! – Falei.
Nos despedimos e desliguei.
Encarei o relógio da tela do celular e a preguiça bateu tão forte que me neguei a levantar da cama. Peguei o telefone da mesa de cabeceira, a agenda com o número da cozinha e pedi meu café da manhã para ser entregue às 08:10.
Assim eu poderia dormir mais um pouco e depois seria obrigada a levantar para abrir a porta. Deixei especificado que caso eu demorasse para atender não era para ir embora que uma hora eu abriria a porta, a pessoa do outro lado da linha riu e disse que não poderia fazer nada se quem fosse levar não quisesse esperar muito.
Desliguei o telefone e fechei os olhos na intensão de dormir mais um pouco, porém comecei a pensar no sonho/pesadelo que tive e um par de olhos castanho escuro apareceu em minha mente.
Abri os olhos e levantei na cama num pulo.
— NO RESTAURANTE! – Exclamei mais alto do que o necessário.
Sim, é claro! O cara no restaurante. Os olhos dele me chamaram a atenção e sua voz falando meu nome também, com certeza eu devo ter ficado impressionada com ele e acabei sonhando e meu nome foi dito por Laura quando foi me apresentar no karaokê por isso ele sabia meu nome.
Abri as cortinas e a luz do dia iluminou o quarto e fui para o banheiro tomar banho. Deixei a água bem quente e entrei.
Enquanto a água escorria por meu corpo me lembrei de já ter ouvido a voz do “cara com o par de olhos castanho escuro” antes. Eu tenho certeza que já ouvi a voz dele em outro sonho antes, mas eu nunca vi ele antes da noite passada...
Quem é ele? E por que aparece em meus sonhos?
— Eu devo estar ficando louca! – Pensei alto.
Terminei de tomar meu banho e sai vestida com o roupão, alguém bateu na porta, mas ainda não eram 08:10.
— Quem é? – Perguntei antes de abrir.
— É o Pedro, trouxe seu café da manhã. – Falou ele.
— Bom dia Pedro! – Falei ao abrir a porta. – Pode entrar. – Completei gesticulando para que entrasse.
— Bom dia Betina! – Falou ele entrando com o café da manhã. – Dormiu bem? – Perguntou.
— Sim, sim, meu bem. – Respondi.
Meu celular tocou.
— Já volto. – Falei indo pegar meu celular.
Olhei a tela e vi o nome de Edu.
— Bom dia meu amor! – Falei feliz assim que atendi.
— Alguém viu o passarinho azul? Pode me contar o que aconteceu! – Falou ele com voz de sono.
— Nada ué, vou tomar meu café e depois te ligo de volta. – Falei.
— Mas você nem falou comigo direito. – Protestou ele.
— É rápido Eduardo! – Falei.
— Beti... – Desliguei antes de Eduardo terminar de falar.
Joguei o celular na cama e voltei para a sala aonde Pedro estava.
— O namorado? – Perguntou ele.
Eu ri.
— Não, meu amigo. – Falei imaginado Eduardo ali dizendo que é meu namorado só para afastar Pedro.
— Hmm, bom vou deixar você tomar seu café. – Falou ele.
— Tá bom, obrigada! – Falei.
Ele sorriu, acenou e saiu fechando a porta.
***
— Pronto meu lindo, eu estava com fome! – Falei assim que Eduardo resolveu me atender após algumas ligações perdidas.
— Você desligou o telefone na minha cara. – Falou ele chateado.
— Me desculpa, mas o cara que trouxe o café estava na porta esperando eu ir lá e eu estava morrendo de fome. – Falou.
— Cara é? Por isso estava tão felizinha? – Perguntou ele.
— Por favor Eduardo! – Falei indignada. – Você está bem? – Perguntei mudando de assunto.
— Estou sim e você? – Falou ele.
— Estou bem também. Como foi a aula ontem? – Perguntei.
— Foi boa, gravei ela para você. Vou te mandar por e-mail depois. – Respondeu ele.
— Tá bom. Alguma novidade? – Perguntei.
— Fora eu estar com saudades de um chata que não vejo a quase 24 horas? Não, nenhuma. – Respondeu ele. – E você? – Perguntou ele.
— Também estou com saudades e hoje começo meu trabalho de verdade. – Falei.
— Muito bom, quando vai me explicar isso direito? – Perguntou ele.
— Logo, prometo! – Falei.
— Você só me enrola. – Falou ele.
— Nem começa! – Falei.
— Ok. Agora preciso sair, minha gata está esperando. – Falou ele sério.
— Que gata? – Perguntei.
— Minha mãe. – Respondeu ele rindo.
— Ah, manda um beijo para ela. – Falei.
— Tá bom. Beijos Beh, se cuida! – Falou ele.
— Você também chato! – Falei e desliguei.
Fui até o guarda roupas, peguei uma calça jeans e uma blusa preta meia manga, troquei de roupa e fui passear pelo hotel.
Passei pela academia, algumas salas de reunião, salão de beleza e cheguei até a cobertura enorme com uma piscina grande e algumas espreguiçadeiras.
Tinha alguns hóspedes pegando um sol da manhã e alguns funcionários atendendo os hóspedes, não fiquei lá por muito tempo e desci até o restaurante.
Chegando lá vi Pedro encostado na porta que dava para mais um deque com outra piscina e alguns quiosques de drinks. Eu ia chamar ele, mas percebi que ele estava no telefone.
— Cara, você sabe que não pode se apaixonar por uma dessas... – Pedro deixou a frase no ar.
Não que eu quisesse ouvir a conversa dele, mas estávamos próximo porque eu escolhi uma mesa perto da porta.
— Não Adriano, você não pode. As consequências podem ser graves. – Respondeu Pedro após a outra pessoa falar.
Um garçom veio anotar meu pedido.
— Só um suco verde. Esse de couve, laranja, hortelã e gengibre. – Falei apontando para o cardápio.
Ele anotou e saiu.
— Sim, ela é bonita, mas não sei se tenho chance. – Falou Pedro. – Vou tentar e você também. Não faça besteira por favor, ela é uma puta! – Falou Pedro depois que a outra pessoa respondeu.
Eu sei que é errado ouvir a conversa dos outras, mas meu lado investigadora queria saber cada vez mais.
— Qualquer coisa me liga. – Falou Pedro se despedindo e desligando.
Ele passou mais um tempo contemplando o horizonte e depois se virou para o restaurante.
— Betina! Está aí a muito tempo? Ouviu alguma coisa? – Perguntou ele assustado.
— Não, cheguei agora e não ouvi nada. – Menti. – Briga com a namorada? Está tudo bem? – Perguntei.
— Namorada? – Riu ele. – Era meu irmão. Está tudo bem sim, já fez seu pedido? – Perguntou ele.
— Já sim. – Falei.
— Ok, vou ir ver o andamento. – Falou ele e saiu rápido para a cozinha.
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Cadê vocês?
Espero que estejam curtindo :p.
Até sábado, beijos!