I Will Always Be With You escrita por ana way


Capítulo 8
Capítulo 8




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Cheguei em casa e a única coisa que eu queria era deitar na minha cama. Subi pro meu quarto, e o Mikey fazia o mesmo, estava deitado na sua cama. Eu entrei, ele fingiu que não me viu, ele nem ao menos olhou pra mim.

- Você vai ficar assim comigo por quanto tempo? –sentando ao seu lado.
- Assim como?
- Estranho...você não tem motivos pra isso Michael.
- Eu não to estranho com você, você que não percebe o que ta acontecendo, eu não posso fazer nada.
- Perceber o que? Pelo amor de deus. Você e o Frank, os dois sempre cheios de segredos...e vocês querem que eu faça o que? Adivinhe tudo? Não da entende? Porque vocês simplesmente não podem me contar, isso seria muito difícil? –quase gritando.
- Sim, isso seria muito difícil, eu apenas não posso te contar okay?!
- Tudo bem, o fato de você não querer me contar não tem problema, mais você ta estranho comigo por causa disso não tem nada a ver. Afinal, não tem como adivinhar o segredo de vocês dois.
- Eu já falei que eu não to estranho.
- Michael, você sabe que ta. Eu sei e você sabe. Mais tudo bem, não tem problema, você que sabe.
Me deitei na cama, e me virei, ficando de costas pro Michael.
- Ge...
- Não enche que eu quero dormir.
- Grosso...
- Nós dois somos.


Ele não respondeu. Eu demorei pra dormir, como sempre. Mas acabei dormindo com muito custo. Depois de horas minha mãe me acorda pra jantar, mais como eu não tava com fome, eu resolvi ficar dormindo mesmo.
Sim, eu dormi o dia inteiro e a noite inteira. Não tomei banho, não escovei meus dentes, nem nada disso.

"Você é um porco Gerard.”

Mais não é minha culpa que eu estava com preguiça era?
Sim, era, eu sei.
Eu acordei cedo, pra tomar banho. Eu não ia fedendo pra escola né?!
Liguei o chuveiro. A água quente caia sobre meu corpo frio.
Frio...como uma pessoa podia ser tão fria como o Frank?

“Será que você não pode ficar um minuto sem pensar no Frank? Principalmente agora que vocês
estão brigados. Tudo por sua culpa.”

Não, não era minha culpa. Eles que tinham milhões de segredos, não era minha culpa que eu não sabia de nada. E eu sabia que o Frank também queria ficar comigo. Só de olhar pra ele da pra saber.

“Okay Gerard, agora você pode parar de se achar.”

Maldita voz do inconsciente.

- Vai logo que eu também quero tomar banho. Você não vai ficar ai o dia inteiro, vai? –Mikey batendo na porta.
- Não enche Michael, eu demoro o quanto eu quiser.
- Não, não demora. Porque a casa não e sua, e consequentemente você não manda nela.
- Porque você não vai se fuder?
- E porque você não morre Gerard?
- Porque você não conseguiria viver sem mim.
- Claro que conseguiria, seria tão melhor se você existisse.
Eu abri a porta com força, coma  toalha enrolada na minha cintura. Ele se assutou.
- Seria mesmo? –falando baixinho no ouvido dele...
- Sai de perto.
- Me responde primeiro.
- Você realmente não sentiria a minha falta Mi?  -ainda falando no seu ouvido, eu pude sentir ele estremecer.
- Sai, por favor....
- Você também, pare de ter medo de mim, eu não mordo, só se você quiser é lógico.

Ele não respondeu, ficou parado me olhando. Sim, nós estávamos próximos demais, meu quadril estava encostado no dele.

“Acho que nem eu to me reconhecendo Michael”

Ele pareceu “acordar” e finalmente falou alguma coisa.
- Eu não tenho medo de você, não teria porque eu ter né?! E sim, eu sentiria sua falta. Agora por favor, sai do banheiro que eu preciso tomar banho. –se afastando de mim.
- Droga Michael, você estragou o momento.
- Sai... –me empurrando pra fora do banheiro.

“Gerard, você bebeu? Como assim você ia beijar seu irmão?”

É...eu ando meio estranho mesmo. Primeiro eu me apaixono por um [u]menino[/u] que me rejeita. Depois tento beijar meu irmão. Eu não sei o que ta acontecendo comigo.
Me troquei, peguei minha mochila. E desci as escadas, meu pai e minha mãe estavam na cozinha tomando o café da manha. Eu passei por eles, e fui até a porta de casa.
- Onde você pensa que vai?
- Vou na escola né mãe, onde mais eu poderia ir a essa hora?
- Não senhor, você vai comer alguma coisa, dês de ontem você não come nada, você ta muito magrinho hein?!
- A mãe, eu não to com fome.
- Mais eu não perguntei se você ta com fome ou não. Você vai comer a acabou.
- Ta bom né.
Me sentei na mesa e tentei comer alguma coisa, parecia que a comida não queria “descer”. Comi uma torrada e tomei um suco, e me levantei da mesa para sair.
- Você já acabou? –minha mãe.
- Já sim.
- Mais você não comeu quase nada, eu não quero meu filho desmaiando pelos cantos de fome.
- Mãe, você queria que eu comece certo? Pois bem, eu comi, agora me deixe ir pra escola por favor.
- Tudo bem, dessa vez eu deixo.

“ Porque essa frescura agora de querer que eu coma?”

De novo eu queria chegar logo na escola, mais eu não sabia porque. Não era por causa do Frank, porque provavelmente ele não iria falar comigo, afinal, nós tínhamos brigado.

“E dessa vez a culpa não foi minha”

Cheguei na escola, e um monte de alunos já haviam chegado. Sinal que eu não tinha chegado tão cedo assim. Avistei o Bob e o Ray sentados em uma das mesas do pátio, me juntei a eles.

- Ei Ge, desculpe por não ter ido visitar você. Você ta melhor? –Bob parecia preocupado comigo.
- A, não tem problema não, eu to ótimo.
- Cadê o Mikey?
- Ele ainda não veio, ele ta estressado hoje.
- Ele anda estranho. –Ray disse.
- Muito estranho, ele ta assim dês de que eu comecei a falar com o Frank, e dês de que eu comecei a gos....
- Dês de que você começou o que? –Bob não deixou eu terminar a frase.
- Nada não. –eu abaixei minha cabeça.
- Não me diga que você gosta dele Gerard?
- Eu não falei nada disso.
- Você quase falou....vai, pode dizer, você gosta dele.
- Não Ray, eu não gosto. Agora eu vou pra minha sala, o sinal já tocou.

Eles continuaram fazendo perguntas pra mim, mais eu nem liguei, apenas sai andando de lá e fui pra minha sala.


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