Lágrimas de Maroto - 1ª temporada escrita por JM


Capítulo 7
Capitulo 7 - O jornal do ministro


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!!

aqui está mais um capitulo fresquinho pra vocês! acabei de termina-lo, então ele não passou por uma revisão muito rigorosa. por favor perdoem erros de português e de digitação.
Quero agradecer aos comentarios das lindas da HannahBlack, da Rainha da Noite, da Ellryn e da Princesa Mestiça! obrigada por todo o carinho meninas!! É por conta do carinho e o retorno que vocês me dão que tenho animo para continuar com a fic, entao muito obrigada, de verdade!

De resto, espero que vocês gostem deste capitulo!!

Boa Leitura!!



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Havia momentos nos quais Cornélio Fudge realmente odiava seu trabalho, momentos em que se perguntara o porque de fazer tudo isso, o porque de ter aceitado aquele cargo, que a medida em que os anos passavam mais parecia um pesado fardo sob suas costas velhas e cansadas; e aquele decididamente era um destes momentos.

Não havia nada que detestasse tanto quanto aquelas vistorias mensais que era obrigado a fazer a prisão dos bruxos, Azkaban. Mais de uma vez, durante todos aqueles anos em que era ministro, considerou mudar a lei para que aquelas visitas passassem a ser anuais, mas acabou considerando que não seria uma boa postura perante a opinião publica. Sua imagem poderia acabar manchada: um ministro que não dava a devida atenção aos criminosos sob sua custódia.

Portanto, lá estava ele novamente, diante do rochedo que dava lugar a prisão. Mesmo sem ter realmente adentrado, Fudge já era capaz de sentir o silencio que pairava no ar. Azkaban era extremamente silenciosa, um silencio opressivo que pesar no fundo do estomago como uma pedra que lentamente deixa a superfície do lago em direção ao fundo. Um silêncio de choros, gritos e lamentos. Em suma, um silêncio profundamente infeliz.

Tudo que ele queria era sair dali o mais rápido que pudesse. Ansiava por deixar a atmosfera gélida e perturbada. Por isso, escoltado por dois aurores que o ministério disponibilizava para sua segurança pessoal e por mais dois dementadores (que caso ele pudesse, teria de bom grado recusado a companhia), começou a andar o mais depressa que podia sem que sua atitude demonstrasse pânico. Não podia demonstrar fraqueza ou medo, embora seu coração já batesse em um ritimo mais acelerado ao se aproximar das primeiras celas.

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Sirius despertou em um pulo. A respiração entrecortada e o coração acelerado. Era sempre a mesma coisa, desde o primeiro dia em que chegara ali, mas não conseguia se acostumar.

Durante todos aqueles anos os pesadelos o atormentavam. No começo, ele acreditava que era apenas reflexo de tudo pelo que passara, que se tratava de uma forma de mantê-lo alerta, lembrar-lhe de que havia um trabalho inacabado, algo por terminar. Mas depois....o tempo fizera com que aos poucos se fechasse para o mundo e para si mesmo, fizera-o desistir.

Aquela cela, localizada na face norte de Azkaban era sua morada a tempo demais. Ele não enlouquecera (como fizera a maioria de seus companheiros de cárcere), mas também não passara imune as efeitos da prisão.

Não tinha mais a ambição de provar sua inocência, muito menos de sair daquele lugar horrendo. Sabia que era impossível. Durante o tempo em que vivera ali, muitos haviam tentado e todos, sem uma única exceção, haviam fracassado.

Ainda no ano anterior, um dos detentos conseguiu sair de sua cela e tentou se jogar ao mar, acreditando que assim teria uma chance de escapar. Foi encontrado naquela mesma noite, sua pele ostentando um tom azulado doentio. Morrera de frio, os dementadores não tinham nem se preocupado em procurar pelo homem quando souberam da fuga. Deixaram que o mar fizesse o trabalho sujo por eles.

As vezes se perguntava o porque de ainda lutar. Porque continuava fazendo de tudo para manter sua sanidade? Não seria mais fácil se entregar riso contagiante da loucura? Será que assim sua agonia terminaria? E assim conseguiria, finalmente, descansar?

Por mais que sua mente quisesse, entretanto, ele não conseguia se forçar a simplesmente se deixar levar. Algo dentro dele sussurrava para que não desistisse, que continuasse ali, esperando que sua sorte mudasse por obra de algum milagre.

E assim ele permanecia, juntando suas forças para algo que ele tinha certeza que nunca mais viria. Esperando por alguém que ele sabia que jamais voltaria a ver, embora seu coração teimasse em não acreditar no que sua mente gritava.

Havia dias em que ele quase se entregava, deixando-se embalar pelo alivio que a quase inconsciência lhe trazia, quase sem notar o que acontecia a sua volta. Em outros dias, porém, ele acordava como naquela manha, o coração aos pulos e a mente alerta, permanecendo neste estado quase o dia inteiro.

Era em dias como estes que a sede de liberdade queimava mais forte em sua garganta e a saudade apertava seu coração com poderosas garras de ferro. Nestes dias, Sirius desejava ardentemente sair daquele inferno. Dias em que fazia planos, um mais mirabolante e perigoso que o outro para tentar reaver o que lhe fora tomado de forma traiçoeira.

Em dias assim, se tivesse alguma sorte, conseguia noticias do que acontecia fora das frias paredes de Azkaban. Noticias esparsas e muitas vezes atrasadas, entreouvidas de conversas entre novos detentos ou quando havia visitas de funcionários do Ministério, muitas vezes do próprio ministro em pessoa (graças a sua forma animaga, Sirius conservava uma ótima audição). Em algumas ocasiões, conseguia que alguém lhe desse um jornal, se inteirando assim, do que acontecia no mundo bruxo.

Levantou-se devagar, apoiando-se com dificuldade na fria parede no fundo de sua cela. Estava fraco. Suas forças se esvaiam mais e mais a cada dia, em grande medida por conta da parca alimentação que recebia (mesmo que complementada pelos ratos que conseguia capturar em sua forma canina).

Aquela era uma manha clara. Uma rara manha de céu limpo, sem nenhuma nuvem negra que o ameaçasse. Sirius aproximou-se das grades de sua cela. Gostava de passar o dia sentado ali, apenas olhando para o céu, perdendo-se em sua imensidão. Ajudava-o a esquecer, nem que fosse por poucos instantes, o quanto sua existência se tornara cinzenta e escura.

Acabara de largar-se no chão novamente, colado as grades, quando ouviu o som de passos que se aproximavam acelerados. Depois te tanto tempo ali, não precisou pensar para adivinhar quem havia chegado. Tratava-se do Ministro da Magia, que fazia sua inspeção mensal. Quem sabe hoje ele conseguisse um jornal com o qual se entreter.

Não demorou muito para que avistasse a forma baixa e redonda de Cornelio Fudge, que rapidamente aproximava-se do lado no qual se encontrava sua cela. O Ministro estava vestido com um manto grosso, provavelmente de lã azul, e carregava o costumeiro chapéu coco.

Era uma figura quase cômica. Sirius podia ver nitidamente o desconforto sentido pelo ministro por estar ali. Conseguia sentir a urgência que o outro tinha de se afastar o máximo possível, embora Fudge lutasse para não demonstrar.

Com ironia (e certa amargura), Sirius lembrou-se da opinião que tinha daquele homem antes que ele assumisse o cargo de Ministro. Considerava-o um fanfarrão, alguém com quem não poderia se contar em caso de necessidade. Alguém que era movido única e exclusivamente por sua ambição.

Pode-se dizer que o maroto não mudara de opinião no que dizia respeito ao Excelentíssimo Ministro, mas na presente circunstancia, ele era sua maior fonte de informação.

Com a aproximação do homem, Sirius notou que este carregava um rolo cumprido em uma de suas mãos, e torceu para que fosse um jornal.

— Bom dia, caro Ministro. Como o Senhor está? – a voz dele saiu carregada e grave, áspera pela falta de uso. – se não for incomodar, será que poderia me dar o seu jornal? Tenho certeza de que o senhor pode arranjar um outro exemplar...eu por outro lado... digamos que não dispomos de boas fontes de informação por aqui.

Como de costume, Fudge não respondeu, apenas atirou o rolo que segurava por entre as barras da cela de Sirius, que o apanhou no ar (ainda tinha bons reflexos de seu tempo de jogador de quadribol).

Com o jornal seguro em uma das mãos, o maroto deu as costas aos passantes (já conseguira o que queria) e pôs-se a ler o seu mais novo exemplar do Profeta Diário.

Logo na primeira página uma noticia chamou-lhe a atenção. Flava do mais novo ganhador da loteria e de sua família. Tratava-se de um funcionário do Ministério da Magia, Arthur Weasley. Sirius o conhecia de vista, mas nunca tivera muito contato com ele.

A noticia dizia que a família Weasley usara o dinheiro para uma viagem ao Egito, para visitar um dos filhos que trabalhava naquele país. Acima da noticia havia uma foto de toda a família.

Decididamente, os Weasley eram uma família bem grande. Enquanto analisava a foto, Sirius pode notar que haviam muitas crianças, mas apenas uma menina, que estava bem no centro da fotografia, ao lado daqueles que deviam ser sua mãe e seu pai, todos acenando alegremente.

Ao lado do pai, havia um garoto alto, que ganhava em altura de quase todos os demais, apesar de aparentar ser bem jovem. O que chamou a atenção do maroto no entanto, foi uma pequena forma escura, no ombro do garoto.

Era um rato de aparência comum, que levantava e abaixava seu focinho na página do jornal. Quando olhou mais atentamente para o animal seu coração gelou. O tempo pareceu paralisar ao seu redor. Não, devia estar imaginando coisas. Devia ter finalmente sucumbido à loucura. Aquilo não era possível!

O rato parecia extremamente comum, mas quando se olhava atentamente, percebia-se que faltava um dedinho em sua patinha esquerda. Embora se recusasse a crer em seus olhos, Sirius continuava a encarar a foto, como se ela fosse se desvanecer em poeira caso ele desviasse o olhar.

— Eu não acredito! Não posso acreditar que este verme esteja por ai, desfrutando de sua liberdade enquanto eu estou aqui, mofando por seus crimes! – a raiva e o rancor que Sirius sentia por aquele traidor imundo voltou com toda a força. Era por causa daquela ratazana que ele estava ali, Pettigrew lhe tirara tudo.

Como se uma luz se acendesse dentro de seu cérebro, Sirius pareceu compreender o alcance de sua recente descoberta. O garoto no ombro de quem Pettigrew se equilibrara era um bruxo em idade escolar, o que significava que muito provavelmente estudava em Hogwarts. Estudava na mesma escola de Harry. Isso só tinha um significado, e não era nada bom. Assim como seu “dono”, Pettigrew também deveria estar indo para Hogwarts, para perto de seu afilhado.

O choque das implicações que aquela foto lhe trouxeram pareceram acender um novo brilho nos olhos do maroto. Como se o perigo iminente que a única pessoa com quem ele realmente se importava, a quem jurara proteger lhe tivesse devolvido o animo e a força.

Sirius tinha que fazer alguma coisa. Não podia ficar ali preso, enquanto Pettigrew se aproximava de seu afilhado. Tinha que protege-lo. Daria um jeito de sair daquela prisão, teria que fazer o impossível se tornar possível, devia isso a Pontas


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Notas finais do capítulo

O que acharam???
espero que tenham gostado!
Por favor comentem!!! Vocês sabem o quanto a opinião de vocês é importante pra mim!!
Logo logo posto o proximo!
Beijokas!!