Lágrimas de Maroto - 1ª temporada escrita por JM


Capítulo 3
Capitulo 3 - Reencontros e despedidas


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!!
Não aguentei esperar muito e acabei preparando um capitulo novo antes do que previa.
este capitulo está mais do que especial, e me arrisco a dizer, tão emocionante quanto o anterior!

quero agradecer ao comentário da Ellryn no capitulo anterior, você não abe o quanto seus comentários são importantes pra mim, então por favor, continue por aqui está bem?!

Perdoem erros de digitação ou gramaticais, eu terminei o capitulo agora pouco, então não sei se deixei passar algum erro mesmo com a releitura ( se voces acharem alguma coisa pra arrumar, por favor avisem!!).

Me esforcei muito nesse capitulo,então espero que vocês gostem!!
Boa Leitura!!



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         Ótimo. Agora estava ouvindo coisas, imaginando algo que queria muito que fosse real, mas que não passava de uma ilusão de seus sentidos, mais uma peça de péssimo gosto que seus sentidos lhe pregavam. Não poderia estar ouvindo o choro de Harry. Seu afilhado acabara de ser morto, e por culpa do padrinho imprestável que tinha. Deveria ter endoidecido de vez, essa era a única explicação.

O som havia silenciado enquanto Sirius lutava com sua consciência e, tentando se libertar do que pensara ter ouvido, voltou a subir as escadas com passos vagarosos.

Como para mostrar seu engano, o choro voltou a ribombar pelas paredes da casa, ainda mais alto. Não, definitivamente aquele som não era fruto de sua imaginação esperançosa, realmente havia uma criança chorando.

Animado com uma nova força, como se o barulho tivesse lhe renovado as energias, Sirius subiu os últimos degraus quase de dois em dois, desesperado para chegar ao quarto o mais rápido que pudesse.

Chegou ao corredor. A ultima porta, que ele sabia ser a do quarto de seu afilhado, estava escancarada. Quase correndo, ele chegou ao quarto, estacando na porta, seu coração pulsando com um misto de tristeza e alegria extremas.

Diante da porta, na parede oposta, havia um berço branco adornado com um móvel de grifos e unicórnios. Dentro dele, um menininho de olhos verdes brilhantes encarou o recém chegado, mas continuando a chorar, embora com menor intensidade.

Naquele momento, e não pela primeira vez naquele dia, Sirius voltou a chorar copiosamente. As já conhecidas lágrimas rolaram por sua face, mas desta vez ligeiramente diferentes. Durante aquela noite, o maroto só havia derramados lágrimas de remorso e culpa, lagrimas de dor e perda. Aquelas que lhe turvavam a visão enquanto fitava o afilhado, no entanto, eram diferentes. Não havia mais apenas a dor e a tristeza, mas agora, misturada a elas, havia a alegria de saber que Harry havia sobrevivido.

Rapidamente completou a distancia que o separava do berço do menino, mas em seu caminho encontrou um obstáculo, algo que fez com que sua tristeza retornasse com força dobrada. Caído na frente do berço estava o corpo de sua melhor amiga, Lily.

Sirius se ajoelhou junto de Lily, e assim como tinha feito ao encontrar o corpo de James, a abraçou com força, sussurrando que lhe perdoasse, prometendo que tomaria conta de seu filho, que daria o seu melhor para que Harry fosse feliz.

Desta vez, não se utilizou de magia. Pegou o corpo da amiga nos braços, e a carregou até uma poltrona confortável que estava encostada a um canto do quarto. Colocaria Lily junto de James quando descesse novamente, mas agora tinha que ver como estava o bebê, que aos poucos parava de chorar.

Aproximou-se novamente do berço e o garotinho, parecendo ter reconhecido o padrinho, esticou os bracinhos para que este o pegasse no colo. – Hey meu garoto, como você está? – disse Sirius baixinho para a criança, embalando-o gentilmente.

Harry parecia bem. Não tinha ferimentos aparentes, apenas uma fina e estranha cicatriz em sua testa, no formato de um raio. O maroto abraçou o afilhado com força, quase não contendo a alegria de ele ter sobrevivido. Era um verdadeiro milagre, algo que ainda o intrigava.

Como o menino sobrevivera? Ninguém jamais escapara da ira de Voldemort, seus amigos eram a prova cabal disso, então como um bebê indefeso e sem grandes dons mágicos sobrevivera?

Essas perguntas nublavam a mente de Sirius, mas ele as afastou para longe. Não importava como Harry sobrevivera, teria tempo para pensar nisso depois. O que importava era que o menino estava bem, e que ele, seu padrinho, estava ali para acolhê-lo.

Seriam uma família. Pequena, é verdade, mas Sirius tomou naquele momento a decisão de que garantiria que o menino vivesse feliz, faria de tudo para mantê-lo bem e seguro. Prometeu a si mesmo e para James e Lily, que ele tinha certeza, estariam olhando por eles.

 - Agora somos só nós dois pequeno Harry. Mas o padrinho te promete que vai ficar tudo bem ok? Seu padrinho vai dar um jeito nessa confusão toda, e nós vamos ficar bem. – disse Sirius para o garotinho, que naquele momento parara de chorar, e confortavelmente aninhado no colo do mais velho, o encarava atentamente, como se compreendesse cada palavra que lhe era dirigida.

Ficaram um tempo assim, parados no meio do quarto, enquanto Sirius dividia sua mente entre a felicidade que sentia e a preocupação com o que viria a seguir. – Onde estaria Voldemort? Onde estaria o traidor do segredo, Pedro? O que ele deveria fazer a seguir? – sua cabeça fervilhava com um turbilhão de perguntas sem resposta.

Confessava estar um pouco perdido, não sabia muito bem o que fazer a seguir. Precisava achar um lugar seguro para levar Harry, não podia sair a caça de Rabicho com o afilhado a tiracolo, era perigoso demais. Precisava proteger o afilhado. Não sabia ainda o que realmente acontecera, nem aonde fora o assassino de seus amigos, e enquanto não descobrisse tudo que estava acontecendo precisava manter o pequeno em segurança.

Poderia ir até Dumbledore. Ele saberia como ajuda-lo. Foi com o pensamento no velho diretor de Hogwarts que Sirius saiu do quarto, andando com um pouco mais de cuidado dessa vez ao caminhar pelos escombros. Segurava Harry com um braço e com o outro empunhava a varinha a sua frente, fazendo o corpo de Lily levitar.

Desceu as escadas e voltou a sala onde deixara o corpo de Pontas. Seu coração doeu ao vislumbrar novamente o corpo de seu melhor amigo. Não importava quantas luas passassem, nunca se acostumaria, jamais se perdoaria.

Depositou o corpo de Lily no outro sofá que ocupava a sala. Voltaria para lhes dar um enterro decente caso ninguém o fizesse, embora duvidasse disso. Ao amanhecer os trouxas com certeza avistariam a casa em ruinas e fariam um enterro... foi arrancado de seus devaneios pelo som de passos pesados que vinham da porta de entrada.

Ao virar-se naquela direção, avistou uma imensa figura, um homem de longos cabelos e barba negros e olhos de besouro, Rúbeo Hagrid, seu amigo e guardião das chaves e das terras de Hogwarts.

— Hagrid! Você me deu um susto! O que está fazendo aqui? – exclamou Sirius, verdadeiramente surpreso com a aparição do amigo.

— Olá Sirius. – respondeu o outro, parecendo tão surpreso quanto Sirius por encontra-lo ali. – O Prof. Dumbledore me mandou para... – se interrompeu abruptamente. Seu olhar recaindo sobre os dois corpos estendidos no sofá.

Grossas lágrimas brotaram nos olhos de Hagrid, que continuou, com a voz embargada: - Não consigo acreditar nisso. Não consigo acreditar que perdemos James e Lily. Não posso crer que o pequeno Harry está sozinho no mundo.

— Também é duro para mim Hagrid. Pontas era meu melhor amigo, meu irmão. Não consigo nem me imaginar daqui para frente – respondeu Sirius, sua voz embargada por novos soluços. – Mas em uma coisa você está errado bom amigo. Harry não está sozinho. Ele tem a mim, sou seu padrinho e vou cuidar dele, pode ter certeza disso.

Hagrid pareceu ainda mais emocionado com as palavras de Sirius. –Eu não esperava outra atitude de você – disse, esboçando a sombra de um sorriso. – Mas...

— Mas o que Hagrid? Acha que não sou capaz de cuidar de meu afilhado? – indagou o maroto, uma ponta involuntária de raiva perpassando sua voz.

— Não foi isso o que eu quis dizer Sirius. Me desculpe se minhas palavras fizeram parecer que não tenho confiança em você cuidando do garoto, mas...Dumbledore me mandou aqui. Ele quer que eu leve Harry para a casa dos tios trouxas que ele tem, para a casa da irmã de Lily.

— DUMBLEDORE QUER O QUE?? – esbravejou Sirius, assustando Harry, que se remexeu em seu colo.

— Calma Sirius – falou Hagrid, sem alterar a voz. – Sei que você está abalado, todos estamos. Mas Dumbledore acha que no momento, o melhor para Harry é ficar longe de toda essa confusão...

— Não posso perde-lo também, Hagrid. Prometi a James que cuidaria de meu afilhado e essa promessa é uma das poucas coisas que ainda tenho de meu amigo, talvez a única coisa certa que eu vá fazer na vida, não posso deixa-lo ir viver com trouxas malucos! – cortou Almofadinhas. Seu afilhado não iria morar com aqueles trouxas, ele não permitiria que isso acontecesse.

Lily uma vez lhe contara sobre sua irmã e o marido dela. Disse, com um olhar triste, que não se falavam a anos, que a irmã tinha inveja da magia de dela e se afastara. Não quisera nem mesmo saber do nascimento do sobrinho. Não, definitivamente Harry não iria para aquela casa. Qual seria o tipo de vida que ele teria se fosse morar com esses trouxas? Tinha certeza de que não seria nada agradável, só pelas histórias que ouvira de Lily.

— Pense Sirius. Nosso mundo esta uma bagunça, ninguém sabe realmente o que está acontecendo, estamos em um ambiente bagunçado e confuso, nada bom para uma criança. Dumbledore sabe o que está fazendo, tenho certeza; além do mais, ninguém disse que essa vai ser uma separação definitiva. Quando essa confusão toda acabar, tenho certeza de que você poderá buscar Harry na casa dos tios, e tudo ficará bem.

Sirius ainda estava confuso. Não queria se separar do afilhado. Desejava manter Harry sob sua proteção, e duvidava que trouxas poderiam cuidar melhor de seu afilhado do que ele mesmo; mas por outro lado, ainda tinha assuntos pendentes a resolver e não poderia levar o menino consigo...

— Não sei não Hagrid....me sentiria melhor se Harry estivesse comigo ou com um dos nossos...não confio nesses trouxas, Lily me contou coisas muito ruins sobre essa irmão dela, tenho certeza que ela não iria gostar de que seu filho fosse morar com a irmã dela.

— Você não tem que confiar neles Sirius. Tem que confiar em Dumbledore. Tenho certeza que o diretor não vai deixar Harry na casa dos tios sem nenhuma proteção.

— Mesmo assim....- continuou Sirius, ainda indeciso. – queria ter ele perto de mim Hagrid, quero garantir que ele fique bem.

— Eu sei disso. E você vai Sirius, acredite em mim. Mas não agora. Faça o que Dumbledore está pedindo, tenho certeza de que ele está pensando no melhor para Harry...e aposto que assim que tudo se acalmar ele vai permitir que você o busque, confie nisso.

— Está bem, está bem. – concordou o maroto, de má vontade. – mas vou me certificar de tira-lo de lá o mais rápido que puder, tenha certeza disso.

— Eu tenho amigo, eu tenho – respondeu o outro, que parecia respirar aliviado por ele ter finalmente concordado.

— E como você pretende chegar a casa desses tais trouxas? – perguntou Sirius (sabia que o amigo não poderia aparatar já que não era um buxo formado).

— Na verdade – começou o outro, ligeiramente envergonhado. – ainda não tinha pensado nessa parte, estava concentrado em chegar aqui primeiro.

— Você pode usar minha moto. Deixei-a com James para alguma emergência (a verdade é que emprestara ao amigo para que ele pudesse dar uma escapulida se se sentisse muito enclausurado, saia mais do que ninguém o quanto o amigo odiava sentir-se preso, mas não podia dizer aquilo para Hagrid, ele com certeza lhe lançaria um sermão de como aquela atitude fora imprudente).

— Otimo! – falou Hagrid, entusiasmado. Ele ouvira falar na moto voadora de Sirius, mas nunca a experimentara, e mesmo naquelas circunstancias, tinha certeza de que iria adorar.

A essas palavras de Hagrid, os três saíram para o jardim, caminhando para os fundos da casa onde a moto fora guardada. Antes de saírem, Sirius enrolou Harry em uma manta. A noite estava ficando mais gelada e ele quis evitar que o afilhado pegasse um resfriado.

Não demoraram muito para encontrar a moto, e depois de Sirius mostrar a Hagrid como funcionava, chegou a hora de se despedir da pequena criança, mesmo que temporariamente. Ele sempre odiara despedidas, mas não imaginava que aquela seria tão difícil.

— Isso não é uma despedida, está me ouvindo? – começou a falar, encarando os olhos esmeralda do afilhado. – Prometo que vou te buscar assim que puder, tudo bem? Enquanto isso, não deixe esses trouxas te maltratarem ou vão se ver comigo! - Sirius não sabia muito bem porque dissera aquela ultima frase, seu afilhado ainda era muito pequeno para se defender sozinho..- me escute com atenção Harry: não vou deixar você com esses trouxas está bem? Seu padrinho estará sempre aqui para cuidar de você!

Com essas palavras, Sirius abraçou o afilhado, querendo poder prende-lo a si, como se soubesse que demoraria para que se reencontrassem. Depositou um beijo na testa da criança e entregou-o a Hagrid, que recebeu o pequeno com gentileza.

— Olá pequeno Harry, o que acha de darmos uma volta? – o meio gigante montou na moto, virando-se em seguida para fitar o maroto, que encarava o afilhado com os olhos marejados.

— Lembre-se do que eu disse Sirius, esse não é um adeus, apenas uma despedida temporária está bem? – o outro apenas concordou, parecia incapaz de falar. – Até breve amigo. – continuou Hagrid, esboçando um triste sorriso.

A moto começou a roncar, ganhando vida aos comandos de Hagrid, e logo levantou voo enquanto Sirius permaneceu onde estava, encarando a moto que aos poucos ganhava altura, sumindo na noite. Um ponto de luz em meio as trevas.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam??
Espero que tenham gostado!!
Por favor, comentem!! quero muito saber a opinião de vocês!
Beijokas e até o proximo capitulo!



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