Lágrimas de Maroto - 1ª temporada escrita por JM


Capítulo 24
Capitulo 24 - Moon


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!!!

Aqui está um novo capitulo pra vocês! Espero que gostem ( e não me odeiem, hahaha)
Antes da leitura, agradeço imensamente a todos que comentaram, não só no capitulo anterior mas também nos outros, obrigada aos novos leitores que estão aparecendo, obrigada por darem uma chance a essa história!

Vamos ao capitulo!
Boa leitura a todos!!



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— Como o senhor está se sentindo? – perguntou Hermione, aproximando-se de Lupin. Estava preocupada com o estado de saúde do professor. A cada minuto, ele parecia perder mais cor e sua respiração estava entrecortada, tremendo dos pés a cabeça. Ainda assim, continuava com mão que segurava a varinha o mais firme que conseguia.

— Estou bem Hermione, não se preocupe. – mentiu Remus, que sentia seu coração acelerar mais a cada segundo. Estava piorando visivelmente, e tinha consciência disso. Apesar deste fato, esforçava-se para se manter calmo, tinha que aguentar firme, só mais um pouco. Depois de tantos anos de transformações, sabia que ainda possuía algum tempo disponível, ainda assim, torceu para que Sirius e Harry não se demorassem demais em sua conversa.

— Não, ele não está bem. – falou Rabicho, que ficara em silencio desde a saída de Almofadinhas. Mesmo na situação em que se encontrava, Pettigrew passara muitos anos vivenciando as transformações de Lupin para não saber exatamente pelo que o ex – amigo estava passando. – O ciclo está se completando, não é Aluado? Você não vai aguentar mais muito tempo, sabe disso. Se eu fosse você saia logo daqui, antes que acabe ferindo alguém. – continuou, aproveitando-se d estado de Aluado para tentar construir uma situação favorável para uma fuga. Se tirasse um dos dois da sala (não se preocupava muito com o garoto que estava com a perna ferida), talvez conseguisse se transformar antes que o outro pudesse impedir e escapar ileso da encrenca em que se metera.

— Ele não vai ferir ninguém, tenho certeza! – falou a garota, lançando um olhar de raiva para Pettigrew. – Além do mais, você não está em posição de aconselhar ninguém neste momento não é mesmo? Para o seu próprio bem, acho melhor ficar calado.

— Seu eu fosse você aceitava o conselho dela Pedro. Hermione é a melhor da minha turma, e não tenho duvidas de que ela conseguiria acabar com você antes que pudesse soletrar seu primeiro nome. – falou Lupin, lançando o melhor sorriso que conseguiu a garota, que sentiu suas bochechas ficarem vermelhas com elogio. Defesa Contra as Artes das Trevas era uma de suas matérias favoritas naquele ano, Lupin era um excelente professor, e ouvir um elogio dele, mesmo em uma situação complicada como aquela, deixou-a imensamente feliz.

— Hermione, será que pode fazer um favor pra mim? – perguntou Lupin, sentindo suas forças se esvaírem a cada palavra que dizia. – Poderia ir procurar Sirius e Harry e pedir para que voltem? Odeio ter que interromper a conversa deles, mas acho que vou precisar de ajuda com nosso hospede.

— Têm certeza professor? – questionou a garota, temerosa. Não achava que deixar Pettigrew sozinho com Lupin e Ron fosse uma boa ideia. O bruxo era esperto, poderia aproveitar-se disso para fugir. Talvez fosse melhor se o professor fosse encontrar Harry e o padrinho, e a deixasse de guarda. Ela estava apavorada, é claro, mas tinha certeza que na atual circunstancia se sairia melhor que Lupin na tarefa de vigia. – Não acha melhor o senhor mesmo ir? Posso ficar de guarda particular por alguns instantes, não há problema. – propôs, desejando intensamente que o professor aceitasse sua proposta, o que não aconteceu.

— Não Hermione. Obrigada pela oferta, mas tenho certeza de que posso continuar em meu posto por mais alguns minutos. Por favor, vá chama-los. – respondeu, reticente. Por um momento, chegara a cogitar a oferta, mas duvidava que conseguisse caminhar sem desabar. Sentia-se cada vez mais fraco, como se a parte lobisomem que vivia dentro dele lhe sugasse todas as energias, feito uma planta hospedeira. Esperava que a aluna encontrassem Almofadinhas e Harry logo, antes que algo saísse do controle.

— Está bem. – disse a garota, virando-se na direção do corredor. Assim como fizera Remus, ela desejou do fundo do coração que encontrasse rápido os outros dois, antes que algo ruim acontecesse.

—--

Sabe quando você quer tanto, mais tanto uma coisa que quando ela acontecesse você demora algum tempo para entender que ela está realmente acontecendo, que é real? Era assim que Sirius se sentia naquele momento, como se estivesse vivendo um sonho bom ao invés de seus costumeiros pesadelos.

Pela primeira vez em muito tempo, o maroto sentia que não estava sozinho, que tinha alguém ao seu lado, que novamente tinha uma família. Seus olhos, que antes carregavam uma profunda tristeza, voltaram a ter um pouco de seu antigo brilho, o velho Sirius renascendo aos poucos das cinzas nas quais se transformara, feito uma fênix.

Para Harry, a coisa não era muito diferente. Desde que se entendia por gente nunca tivera alguém que realmente se importasse com ele até chegar a Hogwarts. Seus tios não chegavam nem perto de ser uma família para o garoto, por isso, grande parte de sua vida ele acreditara que era alguém sozinho no mundo, que não tinha ninguém com quem pudesse contar; e descobrir que isso não era verdade, que havia alguém disposto a acolhê-lo, era simplesmente incrível. Desvencilharam-se do abraço, ambos com um imenso sorriso em seus rostos, ainda muito emocionados.

— Sabe, você é muito parecido com seu pai, mais do que imagina. – falou o maroto, encarando o afilhado nos olhos – e não digo só em sua aparência. Não Harry, vejo muito de Pontas em você, e não só dele, mas de Lily também. Você parece ter uma personalidade que misturou a de seu pai e a de sua mãe em uma fusão perfeita. Ficou com o melhor de cada um, e acredite no que digo, isso não é pouca coisa. – continuou Almofadinhas, ainda sorrindo.

Harry abriu a boca para responder, mas foram interrompidos por uma leve batida na porta, e a voz de Hermione se fez presente no aposento: - Desculpem interromper...mas o Prof. Lupin não está nada bem, pediu para que eu viesse chama-los. – falou a garota, olhando de Sirius para Harry e de volta ao primeiro com uma expressão extremamente preocupada.

Almofadinhas sentiu seu estômago se contrair. Estava tão feliz com o reencontro e a reconciliação com seu afilhado que por um momento esquecera- se completamente do amigo, que não se sentia bem desde que fora visita-lo na casa dos gritos aquela manhã. A primeira noite do ciclo era sempre a pior, e o maroto se culpou por ter negligenciado o estado do amigo. Aluado podia estar precisando de ajuda, e ele não parara um segundo sequer para pesar nisso.

Sem dizer mais nada, Sirius saiu em disparada pelo corredor, indo em direção ao quarto principal da casa dos gritos. O que lá encontrou, fez com que o tempo congelasse, seu coração se apertando diante do que viu.

A mesa em que a pouco estivera sentado estava tombada. Aluado estava caído no chão, parecendo agonizar. Ron parecia estar sob á influencia do “Petrificus Totalus” tal era a rigidez em que se encontrava, uma expressão de verdadeiro horror e aflição estampando suas feições.

— ALUADO!!!! Aluado!!! Levante-se, ande. Levante-se, você consegue. – disse Sirius, correndo ao encontro de seu amigo depois de ter despertado do torpor que o atingira ao ver que Rabicho não estava em lugar algum. – O que aconteceu?? Onde foi aquele verme do Rabicho? – perguntou o maroto, alarmado.

— Me...me...desculpe. – respondeu Lupin, cada vez mais fraco. Não sabia se teria força suficiente para contar tudo a Sirius antes que sua parte lupina assumisse o controle. Tudo acontecera rápido demais, ainda estava tentando entender tudo que se sucedera no pouquíssimo tempo que Hermione levara para encontrar os outros dois. Ainda assim, tinha que tentar. Respirando com dificuldade, voltou a falar: - Ele escapou...Rabicho...tomou minha varinha antes que eu pudesse reagir...eu...sinto muito. – terminou Aluado, em um grande esforço.

— Está tudo bem Aluado. Tente se acalmar. Vamos achar aquele verme depois. Agora temos que nos preocupar em tirar você daqui antes que sua transformação se complete. Vamos. – falou Almofadinhas, ajudando o amigo a ficar de pé. Estava com muita raiva por Pettigrew ter escapado novamente, mas não tinha tempo para pensar nisso. Naquele momento, devia se concentrar em ajudar seu amigo.

Dirigindo-se ao afilhado e a garota que ele descobrira chamar-se Hermione, Sirius voltou a falar: - Vou leva-lo pra fora antes que a transformação se complete. Por favor, fiquem aqui. Assim que conseguir afasta-lo o suficiente volto para buscar vocês. Por favor, não se arrisquem está bem?! Se eu não voltar até amanhecer, voltem a escola e procurem por Dumbledore. Contem tudo. Ele vai saber como ajudar.

— Mas...- começou a protestar Harry. – E Rabicho? Não podemos deixa-lo escapar! – falou o garoto, que tinha ainda mais pensamentos contrários a fala de seu padrinho do que demonstrara. Estava preocupado. Aquilo perigoso! E se Sirius acabasse morto ou ferido? E se acabasse morto? Ele não sabia se estava pronto para lidar com mais uma perda em sua vida...

— Faça o que estou lhe pedindo Harry, por favor. Quanto a Rabicho, prometo a você que vou fazer o máximo para encontra-lo, mas não agora. Preciso cuidar de Aluado primeiro. – respondeu o maroto, lançando um olhar triste para o afilhado. Tanto ele quanto Harry sabiam o que o sumiço de Pettigrew significava. Clandestinidade e solidão, respectivamente. – uma ultima coisa: no caso de Ranhoso acordar, finjam que estão confusos, que não sabem de nada, está bem?!

Os garotos apenas assentiram Harry e Hermione não concordavam com aquela ideia de Sirius sair sozinho na companhia de um lobisomem, mas sentiam que não adiantaria discutir. Quanto a Ron, que havia acabado de retornar ao normal graças a um feitiço da amiga, não tinha como opinar, sentia-se demasiado doente para isso.

Sentindo que seu coração afundava mais a cada passo que dava, Almofadinhas conduziu Remus para fora da casa dos gritos, andando aos tropeções. Tinha que carrega-lo para o mais longe possível do casebre antes que a transformação estivesse completa.

Enquanto andavam em direção a Floresta Proibida, Sirius sentiu o corpo do amigo se retesar, os músculos se contraindo até se enrijecerem por completo. Sem aviso, Remus o empurrou com força, afastando-se dele em um pulo. E então ele ouviu, alto como o rugido dos trovões, o chamado do lobisomem. Não se tratava mais de Remus Lupin, seu amigo desde os tempos de estudante, mas sim do monstro que vivia dentro dele.

Sirius assumiu com um estalo sua forma animaga, o enorme e majestoso cão negro sobrepondo-se a figura do homem magro que estivera ali a poucos instantes. Nesta forma teria mais chances de afastar o lobisomem, fazendo-o se embrenhar cada vez mais na floresta proibida.

Torcendo para que tudo acabasse bem, o cão se lançou sobre o animal no qual seu amigo se transformara, engalfinhando-se com ele e fazendo com que pouco a pouco este se afastasse da casa.

—--

— Não aguento ficar aqui parado sem fazer nada! – sibilou Harry, pelo que pareceu ser a milionésima vez na ultima meia hora. – Ele pode estar precisando de ajuda!

— E em que exatamente você vai ajuda-lo indo até lá e se colocando em risco Harry? Só vai fazer com que ele tenha mais uma coisa com que se preocupar, e não acho que seja de grande ajuda. – respondeu amiga, com a voz mais calma que conseguiu, apesar do nervosismo que sentia martelar em seu coração. Ela sabia que o amigo estava preocupado com o padrinho, mas tinha que fazer o máximo para dissuadi-lo dessa ideia maluca de ir atrás dele, essa atitude só iria piorar as coisas.

— Tenho que fazer alguma coisa! Não posso ficar aqui sentado, simplesmente esperando que tudo se acalme! Pettigrew fugiu, e ele é a única prova da inocência de Sirius...tenho que dar um jeito de encontra-lo. – falou o garoto, se levantando novamente. Não suportava mais ficar ali, apenas esperando.

— Harry James Potter!! Você vai ficar exatamente onde está, ou vou fazer você ficar ai, nem que seja com um feitiço! – exclamou Hermione, exasperada com a atitude imprudente e impulsiva que o amigo estava prestes a tomar.

Infelizmente, Harry não lhe deu ouvidos, e saiu em disparada pela porta antes que a amiga pudesse sequer erguer a varinha para lançar-lhe um feitiço. Enquanto corria para fora da casa dos gritos, o garoto não pensou muito bem no que estava fazendo. Não tinha ideia de onde Sirius tinha ido, nem Rabicho, mas não fazer nada estava lhe deixando em estado de nervos, por isso, começou a andar em direção a Floresta Proibida o mais rápido que conseguiu. Se desse sorte, acabaria encontrando alguma pista de seu padrinho ou de Pettigrew. Se desse azar, acabaria cara a cara com um lobisomem furioso e faminto.


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Notas finais do capítulo

E então??
O que acharam?? Espero que tenham gostado!
Não esqueçam de comentar!!
Beijokas e até o próximo capitulo!