Lágrimas de Maroto - 1ª temporada escrita por JM


Capítulo 13
Capitulo 13 - O visitante


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!!
Aqui vai um novo capitulo para vocês! espero que gostem!!
obrigada as lindas da Ellryn e da Rainha da Noite pelos comentários, vocês são demais, serio! é por causa da força que voces me dão que a fic tem caminhado tão bem!
Boa leitura a todos!



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Alguns segundos se passaram até que Sirius retomasse o controle de sua mente. Estava aturdido, tomara um susto em tanto. Por um momento acreditou que alguém o havia descoberto. Para seu extremo alivio, no entanto, sentado na cama de dossel havia apenas um gato alaranjado, de olhos amarelos e rabo de escovinha.

— Olá amigo! – falou, aproximando-se devagar do animal, ligeiramente receoso. Nunca gostara muito de gatos, julgava-os ligeiramente traiçoeiros, mas talvez aquele ali pudesse lhe ser útil, pelo menos não estaria mais tão sozinho no frio casebre que lhe servia de morada.

Sentou-se na beirada da cama e esperou pacientemente que seu novo companheiro fizesse o próximo movimento (talvez se adaptasse o que aprendera sobre hipogrifos para o gato tivesse maior chance de sucesso). Não precisou esperar muito para que o gato se aproximasse, avaliando-o com seus grandes e brilhantes olhos amarelos.

— Gostaria de saber como foi que entrou aqui...- falou o maroto, muito mais para si mesmo que para o animal. – aposto que você é o animal de estimação de alguém lá da escola. Mas também pode não ser, seu dono pode ser aqui do povoado (mas se este fosse o caso, eu já o teria visto antes..., não teria?). – Almofadinhas acabou se perdendo em suas conjunturas a respeito do visitante inesperado, assustando-se quando viu o gato pular para seu colo, ronronando e pedindo carinho.

— Ei! Voce é bem folgado não é? – perguntou, enquanto fazia carinho atrás das orelhas do gato, que a esta fala encarou-o com uma expressão indignada. – Está bem, está bem, desculpe! – rendeu-se o maroto, animando-se com a afeição natural que o gato parecia demonstrar por ele. “Quem será que é seu dono?”

Depois de algum tempo ali, o gato levantou-se de supetão, caminhando até a porta e parando ali, como se esperasse que Sirius o seguisse. – Onde você quer me levar, amiguinho? – perguntou o maroto, pela primeira vez pensando poder se tratar de uma armadilha. Quem sabe um outro animago que tivesse descoberto sua presença e quisesse leva-lo a uma armadilha...

Mesmo com este pensamento em sua mente, a curiosidade acabou vencendo a prudência, e ele se levantou, seguindo o gato para fora do quarto. Quando chegaram ao fim da escada que conduzia ao andar térreo, o maroto retornou a sua forma animaga. Se ia sair por ai atrás de um gato, que ao menos tomasse esta precaução.

Juntos, cão e gato saíram da casa dos gritos, caminhando em direção a Hogwarts. De repente, sem aviso, uma voz fina e desconhecida invadiu a mente de Sirius: - Ora, finalmente! Achei que nunca fosse se transformar! Não consigo falar com você quando está em sua forma humana, a comunicação fica bem mais limitada, não acha? – A voz parecia ligeiramente irritada, como se culpasse seu interlocutor de alguma coisa.

“Não é possível! Agora estou ouvindo coisas dentro de minha cabeça? Parabéns Sirius Black, você endoidou de vez!” – pensou o maroto, zangado consigo mesmo.

— Não seja burro! Você não está louco, apenas consegue me entender quando está em sua forma animaga. Não se preocupe, você não pode ouvir os outros animais, somente a mim.

— E como isso é possível? E porque eu deveria confiar em você? – perguntou o maroto, que ainda não abandonara por completo a ideia de que estava enlouquecendo.

— Eu consigo falar com animagos graças a meu antigo dono. Ele era um velho muito sozinho e não tinha com quem conversar. Só tinha a mim como companhia, e um dia resolveu tentar um feitiço para que eu pudesse entende-lo e vice-versa. Acabou que não deu certo. Ele não conseguia me entender e com raiva por seu feitiço ter falhado, acabou me doando para a velha da loja de animais. Fiquei muito tempo lá...até que apareceu uma garota que acabou me adotando. Quanto a segunda pergunta, a resposta é muito simples: voce não precisa confiar em mim, mas a julgar pelo que vi, sou sua melhor opção no momento.

— E por que motivo você iria me ajudar? – indagou Almofadinhas, ainda confuso.

— Aah...eu conheço toda a sua história graças a minha dona. Ela é muito inteligente sabe? E leu tudo que pode encontrar sobre você antes de virmos para cá, parecia preocupada, ficava repetindo que você é perigoso... e eu, para ser bem sincero, compartilhava da mesma opinião dela, até ver você por aqui. Até ouvi-lo falar do seu afilhado. Você se importa mesmo com ele, não é?

— Mais do que qualquer coisa. Ele é o único que me resta entende? Falhei com ele a muitos anos, e estou tentando concertar as coisas...- sem nem se dar conta, Sirius começou a se abrir, decidindo que daria uma chance aquele gato estranho.

— Entendo o que quer dizer...passei muitos anos sozinho, é difícil perceber que ninguém quer te adotar sabe? É duro ver que ninguém se importa, que julgam você sem conhece-lo. – respondeu o gato, virando-se para encarar o cão. – E quanto ao garoto, você tem muita sorte sabia? Ele é muito bom, tem um coração gigante, até me defendeu quando o garoto ruivo me acusou de matar aquele rato imundo dele...

— Espera ai...sua dona conhece me afilhado? São amigos? E como você conhece aquele rato? – Sirius estava atônito. Aquela poderia ser a sua chance de apanhar Pettigrew..

— Sim, minha dona é amiga dos dois. Do seu afilhado e daquele garoto ruivo, o dono do rato imprestável em questão. Mas porque aquele rato é tão interessante? Em minha opinião, ele não passa de um rato velho que já passou da idade de virar jantar, mas nunca tive a chance de pega-lo.

— Aquele não é um rato comum. É um animago. O traidor arruinou minha vida. O fiel que traiu seu segredo e me condenou a doze anos de sofrimento e solidão. – respondeu o maroto, com a voz triste.

— está me dizendo que aquele rato comum e bastante feio é um bruxo? E que é por causa dele que voce está se escondendo? É por causa dele que seu afilhado mora com aquelas pessoas horríveis?(ouvi minha dona falando deles, ela teve que mandar comida por coruja para ele...não devem ser pessoas boas se deixam ele sem comida).

— COMO ASSIM MEU HARRY FICA SEM COMIDA NA CASA DOS TIOS?? – A fúria de Sirius pela descoberta fez seu corpo todo tremer. Como aqueles trouxas malditos ousavam tratar mal seu afilhado? Iria acertar as contas com aqueles trouxas, eles iam pagar por terem feito isso!

— Foi o que ouvi minha dona dizer. Um dia desses eles estavam até rindo de uma historia que ao que parece aconteceu ano passado: os tios do garoto colocaram grades na janela dele, e o garoto ruivo e os irmãos deles foram ajuda-lo...

— COMO É QUE É? AQUELES TROUXAS IMBECIS VÃO PAGAR POR ISSO!!! – a raiva do maroto transbordava, se acumulando em conjunto com a tristeza. Seu menino era só uma criança! Não merecia passar por atrocidades como aquelas...e tudo isso aconteceu por culpa dele, por causa da traição de Pedro.

— Se acalme!! Ficar assim não vai ajudar a resolver seu problema sabia? Pelo contrario, só vai trazer mais confusão, você pode acabar colocando tudo a perder. – falou o gato, com voz calma.

— É muito difícil para mim ouvir estas coisas, saber que Harry passou por tanta coisa e eu não estava lá para ampara-lo. Doi muito. – continuou o maroto, sentindo o coração se contrair de tristeza.

— Sei que é difícil, mas tente se concentrar no que tem que fazer. Vocês humanos costumam ter um serio problema de foco, e muitas vezes é por isso que seus planos dão errado. Vou tentar ajuda-lo está bem?

— Porque vai me ajudar? – perguntou Sirius, que agora já não se preocupava se poderia se tratar de uma armadilha (se fosse este o caso, daria um jeito quando o problema surgisse) e era muito bom poder conversar com alguém, mesmo que este alguém fosse um gato.

— Porque acredito em você. Não parece ser o monstro que falam por ai, e também parece realmente se importar com o menino. ele é muito legal, merece alguém que se importe. E por ultimo, por que assim como você, também detesto aquele rato imundo! – respondeu o bichano, parando de andar em seguida, quando chegaram a uma das entradas do castelo.

— Obrigado amigo...aliás, como devo chama-lo?

— Não tem que agradecer, e pode me chamar de Bichento. – respondeu o gato, emendando em seguida: - Vou tentar pegar aquele rato pra você. Mesmo que não consiga voltarei a visita-lo em breve, fique tranquilo.

— Obrigado mais uma vez, Bichento. Ficarei esperando por sua nova visita. – e dizendo isso, o enorme cão negro virou-se, rapidamente se afastando do castelo. Que tremendo golpe de sorte fora este dia! Até arranjara um aliado, alguém que lhe trazia uma chance real de apanhar Rabicho...não pela primeira vez naquele dia o maroto sentiu uma pontada de felicida, um raio de esperança que parecia lhe dizer que dias melhores estavam próximos.


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Notas finais do capítulo

Eai?? o que acharam??
fiquei meio receosa com este capitulo, então realmente espero que vocês tenham gostado!
por favor, comentem, preciso muuito da opinião de vocês!

Beijokas e até a proxima!