Depression - Depressão escrita por JPoseidon


Capítulo 1
Capítulo Único: What I did?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! ♥

Aqui estou eu, com mais uma fanfic, amando a perfeição que ficou. :3

Só aviso que o capítulo tem passagens mais rápidas no final. E devo falar que comecei a escrever hoje na escola, terminando agora de noite. :D

Enfim, espero que gostem e recebam a mensagem que eu quis passar. Enjoy it! ♥



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Depression— Depressão 

Capítulo Único: What I did? 

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O garoto que calçava o coturno, tinha lágrimas em seus olhos, se preparando para mais um dia de aula. Ele se sentia mal sempre que havia de ir para a escola, ter todos aqueles desconhecidos o encarando, era algo que doía, mas somente por seus pensamentos que o depreciava perante à todos. Era sempre assim, antes de ir à escola, acabava chorando um pouco, e quando chegasse não teria uma crise inexplicável de choro, que nem na quinta série - nem tão inexplicável assim. 

O menino pegou sua touca, passando um pouco de gel nos cabelos e deixando-o em topete e logo colocando a touca cinza na cabeça, cobrindo os cabelos ruivos. Sorriu para si mesmo, em frente ao espelho, recitando: 

—Você é lindo. - Falou, aparentando confiança. Mas era o que ele não sentia, confiança, por dentro não se sentia assim. O cabelo ruivo era motivo de chacota por muitos, assim como seu peso. Ele se amava, mas os pensamentos depreciativos o botava para baixo, assim como aqueles olhares maldosos e cochichos. Seu único amigo, era um cara bissexual; isso se não citarmos a garota popular que sempre se aproximava e gostava muito dele - não no sentido romântico, afinal, a mesma era lésbica. 

O ruivo pegou a mochila, colocando uma das alças no ombro, abrindo a porta de casa e saindo, fechando-a. Seus passos eram rápidos, porém contidos. Todos que o olhavam, recebiam um olhar de apreensão. 

O portão do colégio se encontrava a sua frente, ele respirou fundo e apressou-se mais – se possível. Sem olhar para seu lado, só pôde escutar um grito pedindo para que saísse da frente, antes que fosse para o chão, a mochila rolando para um lado do corpo e um skate voando para algum lugar. 

—Nossa cara, desculpa. Que cagada a minha. - Disse o garoto, que quando a vista de Nick (nosso personagem, no caso) focalizou, ele pôde ver um garoto de peles escuras e olhos castanhos brilhosos que trajava uma jaqueta azul do time de basquete do colégio. Só era Brandon, o garoto mais popular da escola. 

—A-ah não fo-oi nada-a. - Disse aos gaguejos, Nick, corado. 

—Não cara, seu rosto está arranhado. - Disse o de pele escura, puxando o de touca pelo braço, levantando-o do chão. O negro de olhos brilhosos levou a mão direita para o rosto corado, deixando o mesmo mais vermelho, analisando o corte fino que tinha pouco sangue saindo. - Ufa, não é tão profundo, mas é melhor ir para a enfermaria, para checar. Vamos, eu te levo. 

Brandon pegou seu skate e a mochila do garoto que mal conhecia, dando-a para o mesmo, vendo-o sorrir acanhado, fazendo com que sorrisse pela timidez do mesmo. Ambos caminhavam lado-a-lado, a timidez impedindo que Nick sequer falasse, mas Brandon conseguia arrancar algumas coisas, como o nome e idade, o resto, aos poucos ele conseguiria. 

(...) 

—Então, Nick, esse é seu nome, certo? - Perguntou a enfermeira. O garoto assentiu, a carinha demonstrando toda a timidez perante as duas pessoas no recinto. - O corte, não foi profundo. E nem precisa de maiores cuidados, tudo o que podia ser feito foi feito, agora coloque esse band-aid. 

—O-obrigado. - Nick falou, num sussurro quase não audível. 

—De nada, agora crianças, cuidado. - Disse a mulher com poucas rugas, os cabelos morenos bem presos, e uma pele alva bem cuidada. Ela apoiou a mão no ombro de Brandon e sorriu para nós, saindo dali. 

—Vamos? - Perguntou Brandon, tendo uma assentida como resposta, puxando o garoto pelos ombros  e deixando-o colado ao seu corpo, como se estivessem abraçados, como se fossem velhos amigos. - Desculpa, de novo. 

—S-sem proble-e-ma. - gaguejou Nick, respirando fundo tentando controlar as reações do corpo, ele estava ainda mais corado - Deus, seria possível mais? - e as mãos suavam demais, e claro, tinhas as gaguejadas. 

—Não precisa gaguejar, sou só eu, o Brandon. Não precisa ficar tímido do meu lado. - O garoto disse, e Nick sorriu, tentando falar e gaguejando de início. 

—O-obrigado pela paciê-ê-ncia. É-é que eu acabo ficando nervoso, e eu sou muito tímido, e-então... - Não era fácil controlar tudo que tinha, controlar seu medo do futuro e passado, controlar tudo aquilo que sentia, mesmo com ajuda do psicólogo e remédios. Só quando saiu de casa, teve que controlar três vezes a vontade de voltar atrás para ver se realmente tinha fechado sua porta. Ele sabia que tinha, mas as incertezas continuavam vindo. Depois que controlou-as, ele prosseguiu para a escola, onde passeava pelos corredores agora. 

—NICK! Está tudo bem? - Perguntou Mikayla, a garota popular que mesmo ele sendo tão fechado, ela insistia em estar sempre ao lado do mesmo, infelizmente não conseguia nas primeiras aulas de segunda à sexta, já que tinha as líderes de torcida, mas sempre, partindo da segunda aula, ela estava ao lado dele. A loira estava agora parada ao lado dele, o olhando preocupada, as mãos no rosto do menino, que acostumado com a presença da mesma, não se incomodou tanto. 

—S-sim, Mikayla. Estou bem, é que o Brandon sem querer, ahn, meio que me a-atropelou? - Ele disse, meio hesitante, pois ele sabia como ela iria agir, e em um segundo, o suficiente para ela processar, virou para o garoto ao lado do ruivo. 

—TU É UM INCONPETENTE?! VOCÊ ATROPELOU MEU AMIGO? CARA! - Ela gritava e Nick, segurou o pulso da mesma, vendo-a parar. 

—Calma, foi sem querer e ele me ajudou. Não foi um ba-babaca. - Nick sorriu, e ela sorriu, acalmando-se. 

—Desculpa de novo. Agora 'to me sentindo mal. - Brandon disse fazendo bico, olhando com cara de cachorro que caiu da mudança para Nick. 

—E tem mesmo. - Mikayla disse, vendo Nick rir, e sorriu, vendo o quão difícil era o ver rir. 

—Não se sinta. Foi sem querer, e você me ajudou. Valeu. - Agradeceu Nick, a voz mais relaxada e sorrindo. 

Tri.... tri... tri...  

O sinal acabara de bater, fazendo todos correrem para suas respectivas aulas. Nick ia para seu armário, tentando acertar a senha. 

—Nada disso, eu quero me recompensar. Que tal ir em um parque de diversões? Matar essa aula. - Brandon disse, vendo logo Nick balançar a cabeça negativamente. 

—Acho melhor não. - Ele disse e Mikayla sorriu um sorriso aberto. 

—Ah, Nick, vamos. - Pediu ela. 

—Voltamos em tempo para a próxima aula. - Disse o de pele escura, sorrindo para o menino. 

—Então, está bem. - Ele disse, vendo os outros dois celebrarem, o puxando, enquanto ele fechava o armário, com a mochila nos ombros. 

(...) 

Eles entravam no parque, Mikayla abraçava Nick, que ria de algo que Brandon dissera, e pela primeira vez em tempos, Nick se sentia sem aquele peso de tudo que havia. E por fim, estava ali, com uma amiga – que antes de tanto tempo, ele havia tentando afastá-la, por não crer porque ela queria ser sua amiga – e o cara que havia atropelado ele. 

Foram nas xícaras, ficaram rodando até sentirem o chão todo tremer o céu virar uma grande redoma.  

O seguinte brinquedo era o bate-bate, onde passaram a maior parte do tempo, rindo e esquecendo seus problemas, chocando seus carrinhos contra outros e seus corpos contra os volantes pelo impacto. 

Eles não percebiam, mas o anoitecer viria em uma hora, haviam esquecido da escola e dos problemas e queriam ir em um brinquedo que havia sido inaugurado há pouco, a roda gigante, para então irem no último brinquedo, a montanha-russa. 

Os três se encaminhavam para a fila mínima da roda, esperando até poderem entrar, mas infelizmente, só cabia dois, portanto, Mikayla decidiu que iria no próximo, já que estava cantando a garota atrás de si. 

Os dois garotos entraram na pequena cabine toda espelhada, sentando um do lado do outro, sentindo o leve movimento que fazia, deixando a outra cabine, a única restante no momento ser ocupada por Mikayla, com a tal garota. 

Nick olhava tudo maravilhado, sorrindo e gaguejando tentando dizer algumas palavras sobre a visão que tinham da cidade, sem poder o fazer, e deixando Brandon sorrindo para si. Brandon pegou o celular e perguntou qual o número de, anotando ao ouvir o mesmo falar. 

Em um momento, Nick olhava para além do vidro, vendo o quão alto estavam, e apesar de saber que aquilo onde estavam era seguro, ativou dentro dele algo que ele tinha muito medo, pois era a única coisa que não conseguia controlar quando ocorria. 

O ruivo sentiu o ar esvair de seus pulmões e as palmas de suas mãos ficaram suadas, a testa suava fria e seus olhos ficaram perdidos. Brandon notou, ao levantar rapidamente o olhar, depois de salvar o número do recente amigo, levantando e parando em frente do mesmo, o segurando pelos cotovelos. 

Nick berrou, mudo, o olhar suplicante e cheios de água, ele respirava, mas não sentia o ar. Em um surto de não saber como reagir, o garoto de pele escura levou a face contra a de Nick, em um selinho demorado. Os olhos, no instante, arregalados do ruivo foram se fechando, iniciando um beijo casto, sem língua nem algo do tipo, somente um beijo simples, demonstrando gratidão. 

—Obrigado. - Se pronunciou o Nick, com as testas coladas às de Brandon, que sorriu.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim. *-*

O nome do capítulo se refere à tudo que Nick nunca fizera, a rotina totalmente mudada em um único dia, graças à um skate, Mikayla e Brandon. :3

Enfim, os vejo nos comentários! #AmoFavoritosERecomendações. ♥

BJOKAS LINDOS ^~^