Confissões Adolescentes escrita por Talyssa


Capítulo 3
Um belo sorriso


Notas iniciais do capítulo

Olá, como estão?
Perdão por não postar ontem, mas foi uma correria enorme por causa do dia dos pais, perdão perdão perdão >
Então vem pro nosso mundo ♥



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Carminha conhecia Mônica a tempo demais para saber que a amiga conseguia tudo o que queria com um sorriso bem dado, quando se tratava de conquistar garotos, a baixinha sabia o limite exato entre piada para descontrair e sedução na hora certa. O golpe era quase o mesmo sempre, olhares que se encontravam, sorrisos dados sem querer e assim que o cara se aproximava Mônica encontrava o jeito correto de agir.

Mesmo convivendo durante anos com a menina dentucinha, a loira ainda não fazia ideia de como ela conquistava os caras que queria ou se saía deles na hora que desejava; se perguntava o porquê que sendo muito mais linda, alta e rica, ainda era a Mô que saía na frente com aqueles que chamavam atenção.

Mônica tentou ficar o mais descontraída possível enquanto o garoto se aproximava, não costumava cometer erros quando queria chamar atenção de alguém. Poucas pessoas sabiam, mas por mais que não demonstrasse, ela ficava bastante nervosa antes de trocar as primeiras palavras com alguém de seu interesse, talvez Carminha soubesse, afinal, as duas eram amigas desde que se entendiam por gente e a loira a conhecia muito bem.

“Não precisa ficar nervosa, você consegue, já fez isso outras vezes, é só mais um cara bonito” — A baixinha pensava.

— Hey, cara, senta aqui com a gente! – Magali cumprimentou-o naturalmente. – Ah, essa aqui é a Mônica, aluna nova do terceiro ano. – Disse apontando para a morena que entendeu a deixa para virar-se e cumprimentá-lo.

— Olá, praz... Você tem um sorriso lindo! – Mônica deixou escapar assim que ficou de cara com o garoto, ele enrubesceu, talvez não esperasse o elogio.

— Er... Obrigado! – Respondeu coçando a cabeça.

“Eu falei isso alto! Não acredito que eu falei isso alto...”— Na mesma hora que percebeu o erro a baixinha arregalou os olhos e desapareceu com o sorriso simpático que tentava armar no rosto, poucas vezes havia se atrapalhado assim.

— Você só pensou alto, não foi o fim do mundo. – Ele sussurrou se aproximando do ouvido da moça. – A propósito, meu nome é Maurício, mas todos me conhecem como DC. – Falou um pouco mais alto.

— DC? Curioso... Por que esse apelido? – Mônica perguntou tentando se recuperar tanto do mico que pagara, quanto do arrepio que ele deixou em seu pescoço ao se aproximar para sussurrar.

— Vem de Do Contra, digamos que ele gosta de contrariar... Tudo! – Cascão respondeu revirando os olhos, o outro menino apenas fez uma pequena reverência em concordância com a breve explicação do amigo.

A menina sorriu, achando o apelido engraçado e imaginando se ele realmente contrariava tudo mesmo, se resolvesse investir, aquele seria um caso bem complicado.

— Eu sei que ninguém me apresentou, mas eu me chamo Carmen, prazer! – A loira disse estendendo a mão em direção ao menino que, até então, não notara sua presença.

— O prazer é todo meu! – Do Contra respondeu curvando-se para beijar a mão da moça que iluminou-se com o cavalheirismo.

O intervalo durou pouco para tanta conversa que se seguiu entre os velhos e novos colegas, ainda era início de ano, mas eles se pegaram planejando até mesmo as férias escolares. Mônica estava animada, mas tinha plena consciência de que seus pais jamais a deixariam viajar apenas com os amigos.

— Espera, você vai fazer dezoito e seus pais ainda não te deixam viajar sozinha? – DC perguntou surpreso.

— É porque ela é a bebê da mamãe e do papai! – Carmen respondeu apertando as bochechas da amiga que corou envergonhada.

O sinal indicando o fim do intervalo soou mandando os garotos de volta às suas salas de aula, Mônica e Carminha decidiram dar uma passadinha no banheiro antes de enfrentarem os dois tempos de biologia que teriam.

— O que achou dele? – Mônica questionou a loira tentando descobrir se ali havia algum interesse oculto da parte dela.

— Aquele garoto é muito estranho! Onde já se viu torcer pro cara que atormentava o Daniel San no Karate Kid?

A baixinha riu lembrando-se da mini discussão acalorada sobre quem sabia o verdadeiro karate no filme, ninguém concordava com o Do Contra, claro. Ficou calada por um momento enquanto retocava o gloss nos lábios e então anunciou.

— Carmen, a gente tem uma mania terrível de ficar afim dos mesmos caras, então se tiver rolando alguma coisa fala logo que eu nem...

— Você fala como se eu precisasse que você tirasse seu time de campo pra eu poder conseguir alguma coisa, não preciso de nenhum favor pra ter o que eu quero. – A moça interrompeu a amiga com voz irritada. Mas o fato era que não seria a primeira vez que Mônica deixaria de investir em algum cara por causa dela, e surpreendentemente, assim que a morena o fazia, Carmen perdia o interesse total no garoto.

— Não é nada disso! Você sabe que não é. Só não quero a gente compartilhando esse tipo de interesse... – Mônica respondeu dando de ombros.

Elas não tinham muito tempo para discutir aquelas coisas, além disso, se quer sabiam se Do Contra havia se interessado por alguém, então preferiram deixar a conversa para mais tarde. Ainda assim, Carminha jurou para a amiga que ela podia ficar tranquila, e, que se sentisse vontade, poderia até mesmo contar com sua ajuda para conquistar o menino esquisito.

As duas aulas de biologia passaram voando, o professor Rubens era de fato um gato, como Magali havia contado, além disso, ele dava uma aula sensacional e não tinha como os alunos perderem o interesse.

A hora da saída chegou e os alunos começaram a arrumar suas coisas para irem para casa. Mônica guardou seus pertences pensando em um horário de estudo para aquela semana, não deixava de maneira alguma a matéria acumular, ainda mais naquele ano que queria estar muito bem em todas as disciplinas para tentar uma vaga na faculdade de... Na verdade ainda nem sabia! Como muitos jovens naquela idade, a pressão para se fazer um curso superior era grande, porém, pensava em fazer tantas coisas que só queria estar preparada para tudo.

Olhou para o lado e viu que Carmen estava pronta e falando ao telefone, provavelmente avisando ao motorista que era hora de buscá-las. As duas saíram juntas da sala para aquele mar de gente que se amontoava rindo, conversando e fazendo bagunça nos corredores; foi quando Mônica percebeu que alguém segurara sua mochila a puxando levemente para trás, o que para uma pessoa sem equilíbrio nenhum significava uma só coisa: queda! 


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Notas finais do capítulo

Não deixem seus corações shippers se magoarem, ainda tem coisa pra caramba pra acontecer! HAHAHA'
O que acharam? Sim, realmente bem diferente do que escrevo, né? kkkk Como sempre, peço que confiem em mim e não me abandonem!
Preciso muito de vocês, então comentem aqui ou no mp ou no bp o que acharam, responderei a todos com muito carinho ♥
Beijos e até quinta >



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