Confissões Adolescentes escrita por Talyssa


Capítulo 14
Segunda-feira


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Tudo bem com vocês? *-*
Aqui está o capítulo XIV que fiz com toda a atenção e carinho para vocês!
Tá, vocês vão querer me matar por ele, mas sei que o capítulo de domingo será a redenção desse kkkk



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A manhã em São Paulo começou fria, bem mais do que qualquer um poderia ter imaginado se pensasse que no dia anterior as pessoas estavam derretendo na rua com o sol. Mas isso era comum naquele lugar, a temperatura baixava ou subia sem aviso prévio, os moradores que se prevenissem.

Mônica demorou mais do que de costume para levantar-se, parece que a maré da empolgação do novo colégio estava chegando ao fim e a menina novamente precisava ser jogada da cama para acordar. Com aquele clima das montanhas só queria ficar embaixo do seu cobertor, totalmente enrolada e quentinha, mas nem tudo são flores!

Obrigou-se a tomar um banho quente e saiu dando pulinhos do banheiro para aquecer-se antes de procurar roupas; vestiu uma calça jeans, uma blusa de manga comprida, casaco e colocou sua bota de cano baixo, queria estar preparada caso o frio permanecesse aquele dia inteiro. Se pudesse escolher, mesmo tendo que acordar cedo, ainda preferia o frio ao calor, sem dúvida alguma.

A primeira coisa que viu ao chegar ao colégio foram os amigos sentados numa mesa bem ao fundo do pátio, ela aproximou-se e cumprimentou a todos. Não tinha certeza em como fazer isso com DC, mas ele rapidamente resolveu o dilema beijo-no-rosto-ou-beijo-na-boca e deu-lhe um abraço apertado seguido de um selinho demorado, o garoto colocou o cabelo da moça atrás do rosto e fez perguntas sobre como tinha dormido e coisas do tipo, o que fez Denise claramente revirar os olhos.

— Vocês não podem para com esse blergh agora de manhã? – Perguntou incomodada.

— Deixa os caras serem felizes, pô! – Xaveco falou com voz abafada, pois estava tentando tirar um cochilo com a cabeça sob a mesa.

— Seja menas, queridinho, e me deixa comentar o que eu quiser. – Retrucou de mau humor.

— Não liguem pra ela, tá? – O loiro voltou-se ao casal em formação. – Eu já te falei, Dê, tá precisando é de um namorado... E estou me candidatando, viu? – Completou fazendo a menina ficar vermelha como uma pimenta, ela preferiu ficar calada dessa vez.

Magali e Cascão chegavam correndo com os cadernos sobre as cabeças, uma chuva fininha começara a cair e os dois tentavam não molharem-se.

— Bom dia! – Magali exclamou alegre, mas ninguém respondeu, estavam mais dormindo do que acordados, e Mônica e Do Contra estavam imersos em algum lugar só deles.

— Credo gente! Que clima é esse de vocês? – Cascão perguntou estranhando a turma tão quieta.

— É o clima que você encontra todas as segundas-feiras em qualquer colégio dessa cidade, não pera, desse estado, não! Do país inteiro. Já viu alguém disposto em dia de hoje, moleque? – Denise retrucou mais azeda do que nunca.

O sujinho decidiu não perguntar mais nada, pelo visto aquele mal humor todo só acabaria lá pela hora do intervalo. Não demorou muito e o sinal tocou, dispersando os garotos para suas respectivas turmas.

Mônica, Cascão e Xaveco estavam quase na sala de aula quando Carminha alcançou-os.

— Caraca, Mô! Por que não me esperou hoje? – Perguntou com cara de poucos amigos.

— Desculpa! Hoje é segunda. Você sempre diz pra eu não esperar nas segundas por que ainda fazem parte do fim de semana.

— Opa, essa é das minhas! – Cascão intrometeu-se rindo e fazendo com que todos entrassem na sala.

Os primeiros horários arrastaram-se, levando quase a turma inteira pegar no sono, nem o professor estava com tanta vontade assim de dar aula, por isso, o tédio apenas aumentou. Quando a sineta para o intervalo tocou, os alunos quase correram porta a fora.

Do Contra esperava Mônica encostado num dos armários próximos, puxou-a pela mão antes que qualquer pessoa pudesse perguntar alguma coisa e a levou contra a maré de alunos que seguia para a cantina.

— Onde estamos indo, DC? – A morena perguntou curiosa e receosa de que estivesse sendo levada em direção a problemas.

— Fica tranquila! Só estamos indo pro pátio dos fundos, lá é mais calmo pra conversar. – Respondeu abrindo um sorriso encantador que poderia levar a menina a fazer qualquer besteira que ele mandasse naquele momento.

Quando chegaram ao tal pátio, a baixinha percebeu o porquê daquele lugar ser mais tranquilo, as mesas estavam ocupadas por alguns casais conversando e hora ou outra trocando um beijo rápido, afinal, ainda estavam nas dependências do colégio. Eles escolheram um banco desocupado que se escondia perfeitamente atrás de uma coluna.

— E aí, falou com o Cebola sobre as aulas? – Do Contra perguntou quando os dois recobraram o fôlego após um beijo.

— Ah... Sim, claro. Eu disse que era sua amiga e ele ainda me deu um desconto. – Assim que falou arrependeu-se, sua cabeça instantaneamente havia feito com que frisasse em alto e bom som a palavra amiga.

— Opa! Senti uma pontinha de chateação nessa frase, o que tá pegando, gata? – O menino perguntou sem fazer nenhum rodeio, aquele era seu jeito.

— Não é nada.

— Por experiência, sei que quando as mulheres falam que “não é nada” – Fez aspas com os dedos. – É porque tem um milhão de coisas que querem falar, então... – Fez gestos instigando-a a falar.

Mônica estava morrendo de vergonha, não sabia como dizer o quanto a palavrinha de cinco letras havia incomodado sua cabeça, sabia que não tinha e nem queria o direito de cobrar nada a respeito daquilo, eram só três dias!

— Esquece isso, uma paranoia minha. – Sorriu e voltou a beijá-lo, mas sabia que o beijo não poderia ser eterno.

— Hum... Ótimo jeito de mudar de assunto. – Ele comentou e rapidamente os dois passaram a falar sobre outras coisas.

Depois da aula eles foram ao shopping, compraram hambúrgueres e levaram para dentro de uma das salas do cinema, pouco importava o filme. A dentucinha teve que mentir para os pais, dizendo que passaria na biblioteca antes de ir para casa, mas não achava que aquela saidinha fora do fim de semana fosse prejudicá-la, prometeu a si mesma estudar o dobro para compensar.

Se pudesse escolher uma segunda-feira para marcar na memória, sem dúvida alguma aquele dia frio estaria guardado. Foi simples, foi bom, nada de tão especial, mas ainda assim ela gostou.


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Notas finais do capítulo

Ai gente... Eu sei que vocês não curtiram, okay, eu sei! Mas como disse lá em cima, domingo é a redenção!
Então até lá! Super beijos :*



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