Seventeen [hiatus] escrita por Lausr, Stardust


Capítulo 1
Prólogos


Notas iniciais do capítulo

“Devolva a minha vida e morra afogada em seu próprio mar de fel... Aqui ninguém vai pro céu.”



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Prólogo I

New Hampshire, novembro 1998.

Naquela manhã seca, um casal estava sentado em uma pequena mureta olhando para o através.

O através?

Sim, o através. O através do que podemos ver, para o distante, para o infinito e além. Sabe quando você está olhando para algo fixo, mas com o pensamento em algo totalmente diferente e olhar aquilo não tem nexo? Era isso.

O que eles estavam olhando?

Para seus sonhos, querida.

Prólogo II

Um pouco antes

— Boa garota, oh, boa garota. – o rapaz sussurrava, intercalando um beijo e outro. A cama de madeira velha rangia, a cada movimento. O assoalho podre só não caía por que já estavam no máximo possíveis perto do chão, eles escolheram o sótão por que sabiam que não seriam ouvidos e nada poderia atrapalhar naquela espelunca.

O jeito que ele tratava da situação era apenas o mesmo pensamento: mais fundo e mais fundo. Cada vez mais fundo, até a parceira dar seu último grito abafado de prazer. Se eles haviam terminado ali? Sim.

Ela se enrola um pouco mais nos lençóis brancos revirados pela cama, de olhos fechados e um sorriso que cruzava seu rosto. Ele a abraça, segura sua cintura com firmeza e desliza a palma da mão pelo corpo que tinha acabado de explorar, com os olhos semi abertos, cai no sono.

Na manhã seguinte, 9 horas.

            A primeira coisa que o garoto faz ao se levantar, ainda despido ele junta sua calça jeans do chão e a veste, depois pega uma carteira de cigarros que o aguardava na cabeceira da cama enferrujada. Ele a segura tira um cigarro e coloca entre os dentes enquanto observava aquele quarto sem uma janela se quer. Bem, era de se esperar já que era praticamente um subsolo e a única coisa que ele conseguiria enxergar eram raízes e terra. Ao colocar a mão no bolso vazio, ele dá conta que falta algo.

— Está procurando por isso, querido? — uma voz feminina quebra o silêncio ali imposto e ao se virar, uma formosa silhueta é coberta por um lençol branco, quase transparente e isso o faz ter desejos, que logo são saciados com a doce lembrança da noite passada. Nas mãos da garota que sorria com um sorriso “amarelo” havia um isqueiro vermelho aceso.

            Ele caminhou até ela com um sorriso malicioso, sentou-se na cama que rangeu e esticou a coluna até perto dela, esperando com o cigarro nos lábios com um olhar do tipo “acenda isto logo”. Como se pudesse ler o que os olhos dele diziam, a loura acendeu o cigarro, e o rapaz tragou-o de uma maneira intensa.

Depois de soltar a fumaça, ele a envolveu em um beijo. Sem se importar com o gosto nada bom de cigarro na boca dele, mas não aconteceu nada de novo, era apenas um beijo de despedida.

Algum tempo depois, eles se levantaram, terminaram de se vestir e saíram de mãos dadas pela escada.

— Vamos fazer como o combinado. — O garoto disse ríspido.

— Não precisa ficar me lembrando. Ao cruzarmos esta porta, seremos apenas estranhos e desconhecidos.

— Não custa nada relembrar. Sem olhar para trás.

— Sem olhar para trás.

            E assim foi feito, depois do barulhinho do sininho da porta da recepção, cada um foi para um lado sem ao menos dizer “tchau”. Ele foi para o destino dele, e ela o dela. Quando ele se aproximou da esquina da rua, virou seu rosto e viu que a garota com quem tinha passado a noite sumiu, e foi o suficiente para ele tirar o celular do bolso e mandar uma mensagem de voz.

— Theresa, querida? Aqui é o Luke. Que tal me encontrar na montanha daqui à uma hora? Eu te amo.

Uma risada sádica é lançada, e o celular volta para o bolso. Uma hora seria suficiente para tomar um banho, escovar bem os dentes e trocar de roupa. A segunda parte do dia de Luke Donalds começaria agora.


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Notas finais do capítulo

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