Crossed Ways escrita por Nina Arik


Capítulo 4
Que diabos é isso?


Notas iniciais do capítulo

Gente, pois é Talon é gemeo! Adooooooooooro! O que vocês acharam? É gostosura em dobro pode ter certeza!
Beijooooooos!



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Atena sentiu como se tivesse levado um soco no estômago. Não era boa o suficiente como humana e aparentemente não boa o suficiente como vampira também e só fazia quinze minutos que tinha conhecido os dois vampiros. E quando conhecesse mais?  Existiam mais? Piscou fortemente para conter a queimação das lágrimas. Que porra! Não ia chorar na frente de ninguém, muito menos do vampiro frio ao seu lado. Ele só se importava com sua aparência. Sabia que estava magra de mais e parecia uma adolescente mal dormida. E nem os homens humanos deram nem um segundo para ela. Mas as palavras dele doeram.

— Para onde está me levando? – decidiu ignorar a ofensa. E a dor que ela causou.

— Para a minha casa. – engoliu seco. Oh Deus! Quanto tempo passou fazendo preces? Acabou em um pesadelo terrível. – Kiran, chame os outros. Nós temos uma nova missão.

— Que seria? – O outro homem perguntou. O outro era quente também. Devia ser alguma regra. Ele tinha cabelos castanhos  avermelhados cortados e espalhados em várias direções e olhos amendoados. Uma cor bronzeada, e Atena pensou que vampiros fossem pálidos, aparentemente não eram.

— Temos que fazer pesquisa. Se ela estava perdida sem nosso conhecimento, pode haver mais. – Kiran assente com a cabeça e olha Atena através do retrovisor. Ele a olha com pena. Deus! É pior do que se ele tivesse dado um tapa. Ela não era digna de pena! Ela tinha sobrevivido. Era uma sobrevivente. Não uma coitada!

— Ela vai ficar com a gente? – ele pergunta quando coloca o carro em uma garagem ampla e subterrânea. Talon engoliu em seco visivelmente e saiu do carro.

— Vai.

— Como assim ficar com a gente? – Atena perguntou com uma nota histérica na voz. Talon suspirou alto. Ela estava perdendo a paciência. Ele agia como se ela fosse agora um fardo pesando toneladas em suas costas. Novidades maldito! Ela não precisava dessa merda.

— Quer dizer exatamente isso. – ele disse duramente.

— Não posso passar a noite. Tenho que ir...

— Ir? Você não entendeu porra? – ele gritou. Visivelmente transtornado. Ela engoliu seco por que o homem era alto e um Deus musculoso. E estava raivoso. Isso não podia ser bom.  Não ia acabar bem para ela.

— Entender o que?

— Você. Não. Vai. Embora. Caralho! – ele gritou.

— Talon... – Kiram disse calmamente. Tâo suave como se temesse que movimentos bruscos fossem despertar a ira de Talon. Atena deu uns passos para trás por garantia. Estava acostumada a ser fraca a se afastar e a se esconder. Não que ela fosse covarde. Mas conhecia seus limites. Sabia que não podia ganhar uma luta. – Você está assustando ela. – O homem piscou algumas vezes e pareceu respirar fundo.

— Vamos entrar. – a casa era. Não era uma casa. Era uma foda de uma mansão. Enorme. Moderna. Alta. Que parecia comportar mais cômodos do que ela poderia percorrer. Deus! A casa gritava riqueza. Era muito bem feita e tinha janelas altas indicando que era bem iluminada. O hall era fino e com um lustre de cristal fazendo a casa parecer quase etérea, ele nunca tinha visto nada assim a não ser nas novelas da televisão, e nunca tinha imaginado entrar em um bairro como esse. Só não fazia parte da sua realidade. Mas, ela não estava pronta para deixar a discussão, mesmo quando o que queria era admirar essa casa linda como um cachorro babando na frente de um forno de frango. No entanto, Talon despertava seu pior, uma fúria que ela nem sabia que tinha e agora sabia exatamente por que ele era arrogante, ele era rico não estava acostumado a pessoas como ela.

— Eu não vou ficar aqui.

Talon apertou o indicador e o polegar contra o cenho. A cabeça ameaçava a doer e sim, vampiros podiam ter dor de cabeça, mas eram imunes a doenças comuns, sexualmente transmissíveis, e ao fodido câncer. Mas, a dor de cabeça não estava na lista. Fodida merda. Não tinha tomado muito sangue dela. Talvez só um gole. E ainda estava sedento. Será que apenas um gole podia fazer mal? Talvez se só a deixasse ir... Mas, não. Podia sentir ela. Ela estava furiosa. Seu sangue já tinha se infiltrado em seu sistema e era tarde de mais. Mas, ele não ia a deixar beber dele e nunca completaria esse erro enorme. Nunca. Não poderia. Mesmo que quisesse. E não queria. Mas, teria que ajudar ela a aprender a ser quem ela realmente era e deixar essa casca fraca que ela tinha para trás e depois ela viveria por contra própria em uma das cidades de seu povo.  Respirou fundo outra vez. Não estava acostumado com essa merda.

— Vai ter que ficar aqui e se alimentar bem.

— Eu me alimento como posso. Vou ficar bem sozinha. – ela disse e ele a admirou por sua persistência, mas isso também o irritava. Por que não fazia que nem os outros e aceitavam suas ordens sem questionar? Menina teimosa.

— Olha pra você! Não está se alimentando porra!

— Foda-se! Vá à merda você, eu não pedi por isso! – Ele se sentiu mal.

— O que está acontecendo? – Ótimo. Antes que pudesse falar algo seu irmão entrou. Dimitri era o gêmeo, mais novo por alguns minutos e mais charmoso. Enquanto Talon era sempre o foco na missão Dimi podia ser descontraído e sabia aproveitar a vida como ele mesmo dizia. Logo atrás estava Conor, o filho da puta era quase um fisiculturista, tinha esse corpo massudo e cheio de músculos e ele era quase como uma montanha. Tinha dois metros. E tinha o cabelo cortado em estilo militar, o que dava a ele essa aparência ameaçadora. E ele parecia pesado. No entanto era incrivelmente ágil e leve e se movia com uma facilidade que ainda espantava Talon. – Uh, quem é essa belezinha?

— Oh, merda! Tem dois de vocês? – Ela disse preocupada. Por que diabos ela estava preocupada? Talon era confiável porra!

— Eu não sou nada como esse cara, doce. – Ele pisca para ela. Talon logo sentiu a mudança. Quando ele sorriu para ela Atena se tranquilizou e sorriu de volta. Que diabos é isso?


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