Sorry escrita por Escritora


Capítulo 3
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Gentchy, esse é o segundo capítulo.
Não está revisado, desculpe-me por isso.
BOA LEITURA!!!



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Quando o celular tocou pela primeira vez, Elizabeth estava com a chave do carro na mão. Vestia uma roupa confortável; calça jeans, camisa branca e sapato fechado. Não tinha um destino programado, estava decidida a sair de casa e somente fotografar alguns lugares da cidade. Gostava da ideia de tirar fotos de pessoas estranhas, isto é, principalmente, quando essas pessoas mostravam em suas expressões e gestos a felicidade verdadeira… Algo que não sentia há tempo.

Buscou em sua bolsa o aparelho e viu a foto de Jane na tela. Tinha que ser, pensou e deslizou o dedo para atender a irmã.

— Lizzy, preciso da sua ajuda! É urgente! – Jane gritou do outro lado da linha.

— Urgente? – Elizabeth perguntou e com um pouco de receio, continuou: – Mary ficou presa na biblioteca de novo? Lydia invadiu a casa do vizinho para se jogar na piscina? Não, tenho uma ideia. Kitty destruiu o carro que ganhou?

Jane suspirou profundamente. Era extremamente calma, porém há horas havia perdido a qualidade que lhe era predominante. Estava levemente desesperada.

— Charlie vai em uma despedida de solteiro! – Comentou com o tom sereno e de forma perceptível, triste. – Combinamos de não fazer isso e agora, ele vai…

— Não posso fazer nada – Elizabeth interrompeu-a e ao mesmo tempo saiu do seu apartamento. – Ele e você devem cuidar disso. Por que não disse como se sentia?

A loira ficou em silêncio por um longo tempo e Elizabeth, em um instante infamo, pensou que ela havia desligado ou caído a linha.

— Ele não sabe da despedida – Jane disse. – Há duas horas, eu também não sabia. Darcy foi lá em casa e disse que iria levá-lo ao clube de golfe… Fui ao clube de golfe – pausou e limpou a garganta. – Estava com uma impressão ruim.

Elizabeth riu, era típico de sua irmã ficar com uma pulga atrás da orelha. Contudo, chegar ao ponto de desvendar o mistério que tirava o seu sossego era novidade.

— Depois, fui até a casa dele e encontrei Caroline. Ela disse, com alto e bom-tom, que Darcy levou Charlie para uma despedida de solteiro surpresa! Preciso impedir!

— Caroline é meio cobra, sabia? – Lizzy interrogou, entrou no elevador e apertou o botão que descia até o hall do seu prédio. – Como eu disse, vocês devem decidir isso. Sozinhos.

Jane disse alguma coisa com choramingo e continuou:

— Querida, Caroline não é cobra. Ela foi gentil e me deu o endereço da casa do amigo de Charlie e você vai me ajudar.

— Querida,  – a mais nova disse com ironia e saiu do elevador –  não vou te ajudar, porque estou fora da cidade. Encontrei as passagens que George comprou no nosso aniversário de dois anos e entrei no avião…

Elizabeth ficou muda quando ao abrir o portão do condomínio vertical deparou-se com Jane. A loira estava séria demais e com as sobrancelhas arqueadas, seus lábios exibiam um sorriso discreto, todavia irritado. Não estava indignada com a mentira de Elizabeth, sabia tudo o que ela estava passando e como estava sendo doloroso não ter notícias de George. Porém, não deixaria a irmã fugir da missão que lhe daria.

— Entre no carro – ordenou com a voz suave demais para parecer ameaçadora.

Lizzy soltou uma risada de incredulidade, guardou o celular na bolsa e seguiu Jane até o carro. Novamente, o automóvel da moça estava estacionado em frente a garagem e dessa vez, bloqueava a passagem de um morador. O homem observou de sua caminhonete as duas mulheres, irritado com a demora, xingou quando elas arrancaram rumo à avenida principal.

— Tenho um plano – Jane comentou quando estacionaram na frente de uma loja de fantasias. Saiu do carro e foi até a porta do passageiro. – Você vai entrar disfarçada na despedida de solteiro.

— Eu?! – Elizabeth perguntou e Jane puxou a garota para fora do automóvel. – Você está maluca. Seu noivo me conhece, inteligente.

Jane prendeu o braço de Lizzy e caminharam grudadas até a loja. Conhecia Elizabeth o bastante para saber que se fosse possível sairia correndo na primeira oportunidade. Ao passarem pela porta, uma campainha soou e um senhor baixinho e careca apareceu para atendê-las. Vestia uma camisa florida com gravata borboleta vermelha de bolinhas brancas. Apesar de ter várias rugas, os seus dentes eram branquinhos e extremamente alinhados. Encararam os seus pés e no lugar de sapatos comuns - oxford ou qualquer outra coisa discreta -, ele calçava tênis de palhaço.              

— Procuro uma fantasia de garçom e outra de odalisca – Jane disse e beliscou a irmã que se empurrava para o mais longe possível. Olhou para Elizabeth e piscou com o olho direito: - Dei uma passada na casa de Darcy e vi que tem garçons no local.

— Não vou vestir fantasia para te ajudar, não vê que já sou palhaça em tempo integral – Lizzy disse com um sussurro para não ofender o homem que as atendia.

O senhor levou-as para a parte central do local e exibiu dois trajes. Jane não perguntou pelo preço, pegou as peças e disse que levaria. Logo, perguntou onde ficava o provador e obrigou Elizabeth a colocar a roupa de odalisca. Junto com a irmã, colocou a roupa de garçom, prendeu os cabelos e comprou um bigode loiro. Não demorou, as duas vestiram a roupa e saíram da loja, uma com um sorriso no rosto e a outro escondendo-se com o véu rosa da "quase" roupa azul-marinha. 

— Isso é tão errado – Elizabeth comentou analisando seu “look”; uma saia cheia de fendas, top bordado com pedras azuis e verdes, pulseiras dourados e um cinturão que fazia mais barulho do que duas escolas de sambas tocando juntas no Carnaval. – Sabia que é um desrespeito usar essa roupa?

— A temática da festa pede uma roupa como essa.

Elizabeth suspirou. Não queria perguntar, mas alguma coisa lhe dizia que precisava interrogar Jane até descobrir tudo que a irmã sabia e como conseguiu tais informações.

— Quem te disse a temática da festa?

— Caroline – Jane não hesitou na resposta e Lizzy, finalmente, entendeu o que estava acontecendo.

Ficou em silêncio por um tempo, Jane estava concentrada no trânsito. Esperou para falar até chegarem no bairro onde aconteceria a tal despedida de solteiro. A mais velha estacionou o automóvel atrás de um arbusto no parque e ligou o celular com a finalidade de ligar para Charlie, queria dar a oportunidade dele falar a verdade.

— Jane, eu acho que Charlie não estará na casa do amigo dele – Elizabeth falou. – Posso estar exagerando, mas creio que isso tudo é invenção de Caroline… Esse negócio de despedida de solteiro surpresa… Ela é meio cobra…

— Cale a boca, Lizzy! – Jane gritou e girou a chave na ignição. – Olhe, lá! Charlie!


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Notas finais do capítulo

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