➳ T R O U B L E M A K E R ➳ escrita por c l a r a


Capítulo 7
Cap 7 - O que você está fazendo?


Notas iniciais do capítulo

Voltei ~aleluia~. Não pude atualizar antes por que essa semana estava muito corrida por conta de um projeto na escola, acabei de escrever o capítulo e não tive como revisar já que sair, relevem os erros se houver algum.
Não fiquem bravos cmg ~kisses~



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Já iria completar duas semanas amanhã desde tudo o que tinha acontecido. Suga tinha se mudado já que não queria receber uma visita inesperada do Namjoon em sua casa, ele passou dois dias inteiros dormindo no meu apartamento só saindo do quarto para comer e ir ao banheiro. Às vezes eu era acordado no meio da noite com seu choro, ele realmente estava em choque. Desde que o conheci, o Yoongi sempre teve essa pose de quem não estava ligando para nada, mas bastava um pouco de esforço para conseguir quebrar o muro de gelo que rodeava seu coração para ver que ele era alguém doce e que se preocupava com os outros.

E também havia o Taehyung.

Ele não me procurou, não mandou mensagens, e sua janela vivia fechada. E sim, eu constantemente vigiava a janela, admito. Eu vinha tendo sonhos... os sonhos. Eles sempre começavam comigo na sala assistindo a tv e então alguém batia à porta, que logo eu descobria ser o Taehyung. Ele simplesmente me empurrava de volta para o sofá e me beijava de um jeito que me fazia ter arrepios, e sempre que as coisas estavam começando a ficar quentes eu acordava suado e com uma bela ereção que durava um bom tempo. Resumindo, eu estava desejando o Taehyung mesmo depois de tudo o que tinha acontecido. E não me orgulhava disso, só queria me esquecer dele, fingir que nunca tinha o conhecido na vida... mas não eram assim que as coisas funcionavam.  

Agora eu me encontrava frustrado por minha tv ter dado problemas e a imagem estar em preto e branco e com legendas em inglês, um idioma que eu não dominava. Voltei a sentar no sofá desligando a tv e a encarando. Minha vida andava uma merda nos últimos dias, era fato.

*TOC TOC*

Batidas fortes na porta fizeram-me pular com o susto que tomei. Quem poderia ser? Eu não estava esperando por ninguém. Andei lentamente até a porta, espiei pelo olho magico, mas tudo o que enxerguei fora uma cabeleira castanha e bagunçada. A abri, receoso.

— Taehyung?

Ele estava ali parado, me encarando com aqueles olhos perigosos e doces que agora estavam avermelhados, ele andou chorando? Meu coração acelerou com a ideia do Taehyung estar chorando pelos cantos. E por que eu me importava?

Fechei a expressão e tentei fechar a porta, mas ele pôs o pé para dentro do apartamento e escancarou a mesma, entrando e logo a fechando.

— Pensei em ter dito que eu não queria mais ver a sua cara — cruzo os braços em frente ao peito carrancudo.

Ele suspirou parecendo frustrado e bagunçou ainda mais os cabelos.

— Eu não aguento mais — disse simplesmente.

O encarei confuso, do que diabos ele estava falando?

— O que você não aguenta mais?

— Eu não aguento mais esconder, eu sinto algo por você Jin. E tentar negar isso foi a pior coisa que já fiz.

Meus olhos arregalaram na medida em que a frase foi-se chegando ao fim.

— O-o que? — Engasguei com a minha própria saliva.

Taehyung se virou de costas e abraçou a própria barriga. Deixei os braços caírem ao lado do corpo completamente atordoado.

— Eu sinto muito por tudo o que eu fiz você passar, sinto muito pelo seu amigo, e sinto mais ainda por ter entrado na sua vida. Mas eu não consigo mais ficar longe de você, não consigo mais esconder que sinto algo.

E eu paralisei no lugar sem acreditar no que estava ouvindo. Meu coração agora batia tão alto e desesperado que me perguntei se Taehyung podia ouvi-lo.

Taehyung, o cara bad boy que parecia querer me matar a três semanas atrás por eu estar espiando sua janela estava se declarando para mim, aqui e agora. Não consegui formular sequer uma palavra, minha boca se abria e fechava logo em seguida por não conseguir emitir nenhum som. Senti o meu nariz começar a arder. Não, eu não iria começar a chorar agora, não mesmo.

Ele se virou e fiquei surpreso ao notar seus olhos cheios d’água. Começou a se aproximar segurando os meus pulsos e me prensando contra a parede.

— O que você está fazendo? — Concentrei toda a minha energia para não começar a gaguejar feito um pateta.

— Eu quero você Jin, agora — sussurrou contra o meu ouvido me fazendo arrepiar da cabeça aos pés.

Engulo em seco. Uma parte de mim dizia para me afastar, e outra dizia para deixa-lo continuar. E todo o conflito interno foi deixado de lado pela sensação de seus lábios quentes e macios no meu pescoço, onde depositava chupões. Fechei os olhos e tornei os meus lábios uma linha fina para não deixar nenhum gemido escapar.

Querem saber? Foda-se essa merda.

O agarrei pela gola da camisa e o lancei no sofá, sentando em seu colo e pondo os joelhos cada um ao lado de sua cintura. Rasguei o tecido de sua camisa ao meio e vi os olhos de Taehyung brilharem em surpresa. Avancei contra seus lábios de um jeito feroz.

Eu mesmo não estava mais me reconhecendo. Quando estava com Taehyung eu me tornava outra pessoa, e devo admitir, eu gostava de quem eu me tornava.

Taehyung respondeu aos beijos com a mesma intensidade, e aquilo me fez feliz.

Suas mãos param em minha cintura apertando-a contra seu quadril, onde senti um volume ali. Sorri. Quando me dei conta estávamos às cegas tentando chegar ao quarto, Tae abriu a porta com um chute e eu fui lançado na cama, minha camisa foi jogada para longe e então ele ficou por cima descendo os beijos por todo o meu tronco.

Tae... — grunhi quando senti as mãos apertarem minhas coxas com força. Logo fui calado com sua boca que procurava a minha.

Beija-lo era como ir ao céu e ao inferno ao mesmo, talvez fosse o certo, talvez fosse o errado, mas tudo que sabia era que eu queria aquilo. Ele era perigoso, eu sabia, também sabia que não conseguia ficar longe dele por muito tempo e essas duas semanas foram quase insuportáveis, eu sentia falta de suas piadas sem graça e das invasões repentinas. E acima de tudo eu gostava de vê-lo sorrir. Por mais que eu tentasse negar talvez eu estivesse desenvolvendo sentimentos por ele também.


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