Angel War escrita por Kajji Snow


Capítulo 8
Um jogo perigoso parte: 01


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoal, espero que esteja tudo bem.
No capitulo de hoje teremos algumas lembranças escondidas de Joseph.



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Joseph pela primeira vez em tempos não se atrasou para a escola, um estranho e prudente presente lhe fora deixado em sua porta pela manhã.

—Aquele cara. – Começou ele rindo. – Quer ser meu pai?

Ele então se lembrou de ter levantado cedo depois de uma noite tranqüila de sono.

Ao abrir sua porta, uma bicicleta nova se mostrava e uma carta com o nome dele escrita presa ao guidão.

Um pequeno presente para que você possa se locomover mais depressa e honrar seus compromissos.

“Assinado: Miguel.

Ao chegar a sua sala de aula, olhos curiosos se fitaram nele.

Ok sou o cara que derrubou quatro sem esforço.

—Joseph- Luiza então correu para abraçá-lo. – Que bom que está recomposto.

Alex levantou-se e veio ter com o amigo.

—Parece que você anda com um azar e tanto meu velho. – Começou ele gozando da cara do amigo. – Passou por baixo da escada, espelhos quebrados, gato preto?

Os três riram.

A professora de português entrou na sala.

—Bom dia pessoal.

Todos responderam enquanto ela olhava Joseph.

—Ou Christopher, é bom tê-lo de volta conosco.

—É bom estar de volta. – Respondeu ele enquanto notava uma presença na cadeira ao seu lado.

Elisa era uma das meninas mais radiantes da turma, porém por alguma razão desconhecida Joseph notará que a jovem estava profundamente abatida.

As aulas transcorreram tranquilamente e a hora do intervalo chegou.

—Alex, aconteceu algo com a Elisa?

Perguntou ele.

Alex demonstrou uma expressão pesarosa.

—Sim eu havia esquecido que você ficou fora por uma semana. – Começou ele girando o dedo na latinha de refrigerante. – Na verdade não a ela, mas ao irmão mais velho.

Joseph conhecia o irmão de Elisa, ele havia terminado o ensino médio no ano passado e estava cursando engenharia em uma universidade de renome.

—O que houve com o Diogo?

Alex então respondeu.

—Ele sofreu um acidente semana passada. – A voz do garoto falhou um pouco e ele baixou a cabeça, Diogo era uma pessoa querida por todos por ser simples e educado.

—Mas ele está bem, foi algo grave?

Alex amassou a latinha e foi Luiza quem respondeu.

—Ele... Não resistiu Joseph. – Respondeu ela segurando as mãos dele. – O Dio está morto.

Aquela noticia foi como um soco no estomago.

—O... O Dio... Morto?

Depois daquela noticia, Joseph também ficou desanimado ele queria dizer algo a Elisa, mas não sabia como.

O professor modesto adentrou na sala com sua arrogância.

—Não quero saber de cochichos, celulares ou qualquer coisa que atrapalhe a minha aula. – Seus olhos bateram em Joseph. – Hora, hora o valentão resolveu aparecer.

Joseph cerrou os punhos e sentiu vontade de arrebentar o professor, porém surpreendentemente Elisa segurou sua mão.

—Não vale à pena. – Sussurrou ela. – Deixe que ele fale, o coração dele é ruim.

Joseph sentiu algo transcorrer pelas mãos de Elisa e foi ai que viu uma sombra atrás da garota.

Que merda é essa?”

—Muito bem senhores e senhoras. – Continuou o professor. – Faremos um trabalho dividido em duas partes, primeiro: um manuscrito de no mínimo cinco paginas falando sobre a guerra fria.

Segundo: Um seminário explanando o seu manuscrito de forma coerente e compreensiva.

Podem formar as duplas.

Instintivamente Joseph falou a Elisa.

—Vamos fazer juntos? – perguntou ele sem entender muito o porquê de estar fazendo aquilo. – Digo o trabalho.

A jovem o fitou sem entender muito.

—T... Tudo bem, na verdade eu ia falar a mesma coisa.

Respondeu ela.

Ao final da aula Luiza foi falar com Elisa enquanto Alex foi tirar uma duvida com o amigo.

—Você e seu instinto protetor. – falou ele rindo. – Porque decidiu fazer o trabalho com ela?

Questionou ele.

Joseph o fitou com um semblante serio.

—Tenho meus motivos. – falou ele. – E um dia eu vou te contar tudo

Alex botou a mão no ombro do amigo.

—Ela está andando com a Kátia, e você sabe que essa Kátia e as amigas mechem com o que não devem, tome cuidado.

Joseph sabia muito bem do que Alex falava, a tal Kátia era conhecida por mexer com ocultismo e coisas obscuras.

—Vou me cuidar.  – Respondeu ele enquanto botava a mochila nas costas.

Ele estava temporariamente de licença devido aos incidentes dos últimos dias, porém tinha um compromisso com Miguel.

—Preciso mesmo falar com você.

Ao montar na bicicleta, Joseph viu Elisa conversando com Kátia e mais duas garotas.

O que vocês tanto conversam?

Quando as garotas se separaram Elisa tomou o caminho de costume.

Não se meta onde não é chamado Joseph.

Questionou ele a si mesmo, mas havia algo em toda aquela situação que parecia chamá-lo

—Talvez me arrependa disso depois.

Falou ele enquanto se aproximava da jovem.

—Oi Elisa. – Disse ele assustando a garota que deixou a bolsa cair.

—Que susto! – exclamou ela nervosa. – Quase me matou Joseph!

Ele então se abaixou para ajudar à amiga.

—Me desculpe, eu ajudo. – Disse ele quando tocou um tabuleiro estranho que havia caído de bruços.

—Cuidado, não mecha ai.

Disse Elisa enquanto Joseph se surpreendeu com o que viu.

—Ouija? – Perguntou ele. – Desde quando joga isso?

Ela puxou o tabuleiro da mão de Joseph.

—Isso não é da sua conta!

Gritou ela.

Joseph percebeu a mesma sombra atrás da garota.

—É melhor não meter o nariz onde não é chamado.

Ameaçou uma voz distorcida na mente dele.

—Me desculpe. – Disse ele a Elisa. – Não queria soar intrometido.

Ela então botou as mãos na cabeça.

—Me perdoe Joseph, não sei o que deu em mim para te tratar assim.

Respondeu ela desnorteada.

Joseph sabia muito bem que aquela voz não pertencia a este mundo.

***

Ao chegar em casa, Joseph notou que Miguel já o aguardava.

—Até que enfim. – Falou ele erguendo os braços. – Achei que não voltava mais.

Joseph entrou sem dizer palavra e guardou a bicicleta.

—Tive alguns contratempos. – Ele então abriu a geladeira. – O que vai me ensinar hoje?

Questionou enquanto tomava água.

—O mais essencial, visto que você possui habilidades especiais precisa aprender a controlar sua energia espiritual.

Respondeu Miguel abrindo as janelas.

—Como faremos isso?

Indagou Joseph.

—Concentração é a chave.

Finalizou Miguel.

—Primeiro você precisa entender que a energia espiritual e a força que rege a natureza, e tudo o que respira e a fonte dela é o seu espírito.

Começou Miguel enquanto o vento invadia o cômodo.

—Se você esquecer seus problemas. – Começou ele movimentando os braços em uma dança improvisada. – esquecer suas dores e tudo o que te impede. – As lufadas de ar se tornaram em uma esfera. – Então você terá domínio da sua energia espiritual. – Finalizou ele disparando a esfera na parede, o choque fez todo o apartamento estremecer.

—Como você fez isso?

Indagou Joseph impressionado.

—V... Você... Você manipulou o vento!

Exclamou ele maravilhado.

—Como te falei, algumas pessoas seletas conseguem assim como você ver e tocar criaturas espirituais. – prosseguiu ele em sua explicação. – Nos os chamamos de “Exorcistas”.

Joseph estava atento a cada nova informação.

—Eles são muito raros, a chance de nascer um é de uma em um milhão. – Miguel continuava mantendo a atenção do aluno. – Entre as suas habilidades peculiares eles podem manipular um dos elementos primais, os quais seriam: água, fogo, vento, terra e raio.

—Você acha que eu posso ser um desses exorcistas?

Perguntou Joseph.

—É a única explicação lógica para seus poderes.

Miguel pediu a ajuda de Joseph para arredar os moveis do que parecia ser a sala e deixar o espaço limpo.

—Você vai precisar se concentrar para encontrar a fonte de sua energia espiritual. – Disse Miguel enquanto Joseph sentava-se. – Talvez seja um processo doloroso e também perigoso.

Joseph não entendeu muito bem a ultima parte.

—Doloroso e perigoso?

Questionou ele.

—Você vai entrar em sua mente, com certeza lembrara-se de coisas que se forçou a esquecer e isso muita das vezes e doloroso. – explicou Miguel. – E Perigoso porque se alguma presença demoníaca estiver próxima vira atrás de você.

Joseph levantou-se.

—Esquece não vou fazer isso. – Falou ele. – Tá dizendo que um demônio como aquele pode vir me pegar?

Miguel riu.

—Não se preocupe com isso, eu estou aqui para te proteger.

Garantiu-o.

—Tudo bem. – respondeu Joseph sentando-se e fechando os olhos. – vou confiar em você.

—Escute com atenção, você vai ter que se concentrar em organizar suas lembranças para descobrir onde está a fonte da sua força. – explicou. – Quando encontrar, segure com força e guarde a forma de alcançar esse poder, enquanto estiver nesse processo não poderei falar com você e nem você comigo.

Finalizou Miguel se afastando.

—Boa sorte.

Joseph então se concentrou em tudo o que conseguia lembrar, os tempos que Alex e ele viveram no orfanato junto com as outras crianças.

Encontrou lembranças dolorosas como Miguel havia falado e isso começou a perturbá-lo

Miguel observava tudo de fora e percebeu a energia de Joseph começar a fluir.

—Ao que parece você entendeu.

Uma presença se fez percebida na casa.

— Quem é. – Miguel estava alarmado tentando encontrar a ameaça. – Não pode ser.

Joseph estava indo cada vez mais fundo em suas lembranças, ele chegou há um lugar que havia se forçado a esquecer uma lembrança que nunca dividira com ninguém.

“Este lugar...”

Chovia forte naquela noite, Joseph tinha oito anos e olhava as gotas caírem pela janela.

—Joseph meu anjo. – chamou a figura conhecida. – Hora de dormir.

A imagem da mãe e seus cabelos vermelhos fizeram o coração de Joseph bater mais forte.

—Mãe.

Miguel tentava localizar seu inimigo invisível.

—Onde está, maldito covarde.

Joseph ainda se mantinha preso aquela lembrança.

—Filho, amanhã vou levar você ao parque de diversões. – Disse o homem de cabelos loiros.

—Que maneiro pai!

Ele queria sair dali, mas as palavras de Miguel eram claras em sua mente.

“isso será doloroso...”

Agora ele dormia no quarto e um barulho o fez levantar.

Ao chegar à sala sentiu um liquido quente em seus pés, e foi ai que notou os corpos dos pais sem vida.

Nesse momento Joseph foi transportado a um corredor onde uma porta de madeira estava fechada.

Ao abrir pode ver Elisa jogando o estranho tabuleiro que vira pela manhã.

“O que significa isso?”

A sua frente uma criatura surgira, olhos vermelhos e ameaçadores.

—Você não deveria ter metido o nariz onde não devia!

Joseph sentiu a sensação de formigamento de antes e então pode ver um facho de luz.

“Segure!”

Orientou uma voz em sua mente ao que ele obedeceu.

No apartamento um feixe de luz tirou tudo do lugar.

—Conseguiu? . Indagou Miguel preocupado ao ver Joseph levantar-se envolto em ondas de energia.

—Não sei quem você é. – Falou ele olhando para frente. – Mas não deveria estar aqui!

Ao dizer isso Joseph avançou segurando um ser inumano pelo pescoço.

—Comece a piar. – Ameaçou ele. – Agora!


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Notas finais do capítulo

Nossa!
Quem será este inimigo que surgiu? O que Joseph tem haver com Elisa e seu jogo?
Tudo isso e mais um pouco em Angel War 09.
abraços e até logo.



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