Angel War escrita por Kajji Snow


Capítulo 5
Joseph


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoal!
Neste capitulo conheceremos um pouco de Joseph.
e veremos também o salto no tempo que a trama fez.



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Belém. 18 anos depois

Os raios de sol atravessaram a janela entreaberta do pequeno apartamento.

Não havia muitos moveis apenas um sofá no centro da sala, uma TV sobre uma estante envelhecida, as paredes possuíam um branco manchado pelo tempo, a cama ficava próxima da janela, um guarda roupas surrado despontava no que parecia ser um quarto sem paredes.

Um balcão fazia a divisão da cozinha onde um fogão simples e um frigobar tomava o maior espaço, a única coisa nova ali era o aparelho de microondas recém comprado e uma grill que veio no pacote.

O celular despertou fazendo com que Joseph abrisse os olhos.

—Porcaria. – Resmungou ele saltando da cama. – perdi o horário.

Rapidamente ele tratou de correr ao pequeno banheiro da sua caixa de fósforos.

No espelho do armário ele pode ver os cabelos loiros totalmente desgrenhados, seus olhos azuis rodeados de olheiras mostravam a realidade.

Já fazia três dias que o garoto não dormira bem tendo uma serie de pesadelos.

Rapidamente calçou seus all star surrados e tratou de correr para não se atrasar para a escola.

Ele estava no ultimo ano de ensino médio em uma escola particular onde conseguira uma bolsa de estudos.

—Não há um dia que eu não chegue tarde.

O porteiro José já estava acostumado com os atrasos do garoto e sempre dava um jeitinho de segurar o portão para ele.

—Atrasado outra vez, esse Joseph não tem jeito.

Logo depois de pronunciar essas palavras José avistou o jovem correndo desembestado.

—Fala ai tio José, Segura ae!

Gritou ele fazendo o homem rir.

—Vamos Joseph!

Ele então entrou em cima da pinta.

—Valeu tio. – falou ele apertando a mão de José. – você sempre me quebra esse galho.

José então o advertiu.

—É bom se apressar, hoje a sua primeira aula é com o Modesto, você já sabe que ele quer te ferrar.

Aquelas palavras bastaram para fazer Joseph correr de novo.

Ao aproximar-se da sala Joseph pode perceber que o professor já havia começado a aula.

Tou ferrado! Ferrado!

Quando ele aproximou-se da porta Heitor Modesto logo tratou de falar.

—Christopher, como sempre menosprezando as oportunidades que a vida te dá.

—Perdão professor, ontem eu não dormi bem e...

—Calado! – falou o homem o encarando com desprezo. – Gente como você não sabe aproveitar as suas oportunidades, deve ser uma vergonha para os seus pais.

Joseph não queria brigar.

—E que... Eu não tenho pais professor, me perdoe vou me esforçar para não acontecer de novo.

Respondeu ele de cabeça baixa.

O homem então respondeu.

—Mais um motivo pra você procurar ser alguém na vida, sente-se e essa será a ultima vez que não levo o caso para a direção.

Joseph dirigiu-se então para a cadeira de costume.

As aulas transcorriam como sempre, nada de novo acontecia.

Joseph sentia que algo estava acontecendo em sua volta porem não conseguia explicar como ou até mesmo o que.

Mergulhado em pensamentos ele não percebeu o final da aula.

—não dormiu ontem de novo?

Perguntou a garota de longos cabelos pretos.

—Não. – respondeu ele olhando para ela. – Não sei o que esta acontecendo Luiza.

Luiza era uma das poucas amigas de Joseph.

—Escuta, não liga pro que o professor disse, ele é um babaca.

Ele então riu.

—Sabe Luiza eu não me importo, na verdade aprendi que discutir com um idiota não nos leva a lugar algum.

Respondeu ele levantando.

—Te admiro por isso sabia. – Falou ela segurando a mão dele. – você tem mil motivos pra reclamar, mas só vive de bem com a vida e leva tudo na esportiva.

Os dois caminhavam pelo corredor em direção a cantina.

—Bom eu acredito que a vida seja curta demais para perder tempo com coisas mínimas.

Luiza tinha uma curiosidade a respeito de Joseph.

—Joseph Christopher. – Falou ela. – Seu nome claramente é de origem Européia.

Continuou ela preparando o terreno.

—É somente o nome ou seus pais eram Europeus?

Ele então deu uma risada.

—Sabia que você ia me perguntar cedo ou tarde, todos perguntam.

Eles fizeram o pedido e sentaram-se para comer.

—Bom segundo consta nos meus dados que o orfanato onde cresci possui, minha família é originaria de Londres, Inglaterra, porém há muitos anos mudou-se para cá e naturalizou-se e daí vem o nome incomum.

Luiza não conseguia conter sua curiosidade.

—E você não possui nenhum parente vivo, digo nem mesmo na Inglaterra?

Ele então respondeu.

—Pelo que sei meu avô paterno e meus pais eram, como dizer, “os últimos Christopher”.

Falou ele ironizando.

—E com a morte deles somente eu sobrei. – Os olhos dele assumiram uma expressão triste. – Agora sou o ultimo Christopher, literalmente.

Luiza sentiu que tocou em algo que não deveria.

—Me desculpe eu não queria...

—Calma tudo bem.

Respondeu ele fazendo um carinho na cabeça dela.

—Às vezes é complicado cair na real que eu nem mesmo tive oportunidade de conhecer meus pais, e carregar esse titulo de ultimo e meio tenso.

Alguns garotos rodearam a mesa.

—Olha a Luiza agora se entrosa com mendigos. – falou um deles sentando ao lado de Joseph. – Se bem que, o Joseph é um mendigo chique.

Os outros riram da piada sem graça.

—Rogério isso não tem graça.

Falou Luiza irritada.

—E se eu não parar você vai fazer o que?

Perguntou Rogério segurando o rosto de Luiza.

—Se você quer zuar comigo beleza, mas tira a mão da cara dela.

Falou Joseph segurando o braço de Rogério.

—Olha só o mendigo importado ta com raivinha é?

Ironizou Rogério.

Joseph sentiu seu corpo formigar algo estranho estava acontecendo.

—Cara, cai fora daqui hoje eu não estou com paciência.

Advertiu Joseph diante aquela sensação desconhecida.

—Te bota no teu lugar seu rato!

Falou Rogério acertando um soco em Joseph que caiu.

—Rogério para com isso!

Gritou Luiza.

Joseph sentiu uma raiva incontrolável tomar conta de si.

—Eu te falei...

Falou ele levantando Rogério pelo colarinho.

—Que hoje eu não tava com paciência!

Em um movimento impensável Joseph girou Rogério que caiu sobre a mesa a partindo em duas.

Os três garotos que estavam com Rogério correram para cima dele.

—Joseph corre!

Gritou Luiza desesperada.

Porém Joseph derrubou os três como se fossem crianças.

Luiza não estava reconhecendo o amigo.

—Joseph!

Gritou ela porem quando ele se virou ela pode constatar que seus olhos estavam vermelhos.

—Christopher, o que significa isso?

Perguntou o professor Modesto aterrado com a cena.

Joseph voltou a si e observou o estrago que havia feito e isso o deixou completamente confuso.


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Notas finais do capítulo

espero que vocês curtam!



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