Angel War escrita por Kajji Snow


Capítulo 10
Preludio


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pelo atraso galera, problemas técnicos.
Finalmente a verdade será revelada, estão prontos?



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Miguel não permitiu que Joseph ficasse sozinho.

—Agora, por sua segurança, você ficara aqui em minha casa.

Começou ele enquanto Joseph entrava na casa que aparentava pertencer a alguém de classe média alta.

Saindo da garagem os dois entraram na sala/cozinha em estilo americano, a casa aparentava possuir vários quartos, coisa que Joseph descobriria depois.

—Se você é um anjo, porque precisa de um carro ou de uma casa?

Questionou o jovem enquanto sentava-se.

—Dificilmente anjos precisam descer ao Assiah na forma humana. – Respondeu Miguel gesticulando. – Quando temos de fazer isso, precisamos manter as aparências.

Joseph continuou com seus questionamentos.

—Esse Assiah que você fala, é a terra correto?

Miguel então continuou.

—Sim, o Assiah é o mundo material, a terra onde os homens vivem. – Falou ele numerando nos dedos. – Existem três céus, o primeiro é esse que você vê, já no segundo habitam as criaturas demoníacas.

Joseph não compreendeu.

—Achei que demônios ficavam no inferno. – Respondeu pasmo. – Como ficam nos ares?

Miguel deu uma risadinha.

—Fabulas criadas por humanos. – Falou ele. – Paulo descreveu em uma de suas cartas a necessidade de vocês revestirem-se da armadura de Deus para combaterem as criaturas celestiais do mal....

—Nas regiões celestiais.

Completou Joseph lembrando de uma noite em que seu pai lhe ensinava algumas coisas.

***

Alex esperava seu pai adotivo para ter a conversa esperada.

A porta da imensa sala de estar se abriu dando passagem a um homem jovial e elegante.

—Boa noite Alex. – falou ele abraçando-o. – Como foi seu dia.

—Caim. – começou o jovem. – quando você vai realmente se mover para procurar Sarah?

O tom de Alex era ameaçador.

—Você deu ouvidos aquele pivete outra vez, Alex filho...

—Você não é meu pai!

Explodiu Alex esmurrando uma mesa que estava próxima a janela.

Caim reconheceria aquela atitude em qualquer lugar.

—Que modos são esses Alex? – questionou Caim enquanto seu coração palpitava de emoção. – A convivência com aquele lá tem te deixado arrogante.

Alex avançou contra o homem o segurando pelo colarinho.

—Veja como fala com quem o gerou maldito! – Falou ele entre dentes. – Quer que eu te ensine bons modos?

A cor dos olhos do garoto mudou, um negro havia tingido suas íris.

—N ... não senhor... pai.

Respondeu Caim sufocando.

Alex então voltou a si e largou Caim.

—Me... Me desculpe, não sei o que deu em mim. – falou ele confuso botando as mãos no rosto. – Vou pro meu quarto.

***

Uma batida na porta fez Joseph dar um salto.

—Quem será uma hora dessas?

Miguel riu.

—Disse que alguns amigos chegariam pela manhã. – explicou ele.

—Bom, pela manhã. – começou Joseph olhando as horas. – São uma da madrugada.

Miguel então se dirigiu a porta.

—Então, chegaram pela manhã.

Ao abrir-se a porta três homens extremamente belos adentraram.

O primeiro deles possuía longos cabelos loiros que desciam até o meio das costas em um rabo-de-cavalo, o segundo aparentava possuir a idade de Joseph, possuía cabelos castanhos e olhos cor de mel, o terceiro era loiro e corpulento, possuía uma cara de poucos amigos.

—A quanto tempo meu irmão. – Começou o primeiro cordialmente. – trago-lhe novas que com certeza o aliviaram.

Miguel o abraçou. – Fico feliz de te ver bem, Raphael.

O segundo sentou-se no sofá ao lado de Joseph.

—Queria poder dizer o mesmo. – Resmungou ele. – As coisas estão pretas em Londres.

Raphael então riu.

—As coisas estão sempre pretas no Assiah, meu querido Raviel.

O último deles esmurrou a parede abrindo um pequeno buraco, os olhos de Joseph arregalaram-se.

—Aqueles malditos já estão agindo. – falou ele olhando para os companheiros. – Mataram Pierre.

Falou ele enquanto seus companheiros o olhavam.

—Irmãos. – Começou Miguel. – Quero que conheçam alguém que está bastante confuso.

Explicou ele enquanto os olhos se viraram para Joseph, que devido à explosão de fúria de Michael se colocará de pé.

—Enlouqueceu Miguel? – Perguntou incrédulo Raviel. – Revelou nossa identidade para um humano.

Miguel respondeu.

—Ele não é um humano comum, possui poderes surpreendentes.

—Você suspeita que ele seja um exorcista?

Indagou Michael.

—É a única explicação plausível.

Raphael até então manteve-se nos fundos da sala, mas seus olhos encontraram o jovem Joseph confuso e assustado e ele então aproximou-se.

—Filho. – Começou ele. – Por um acaso você chama-se Joseph Christopher, filho de Joshua e Sandra Christopher?

Joseph sentiu-se surpreso.

—Sim... Sou eu. – respondeu nervoso. – Mas eu não quero confusão com ninguém, só quero entender o que ou quem eu sou.

Raphael então colocou a mão no ombro de Joseph.

—Você é a pessoa que pode evitar uma desgraça meu jovem.

Os três arcanjos fitaram Raphael abismados.

—Vocês está dizendo que ele é a criança que buscávamos?

Perguntou Miguel tentando assimilar tudo aquilo.

—Espera. – Disse Joseph sentando-se. – O que vocês estão tentando me dizer?

Miguel então começou.

—Lembra daquele nome que o demônio falou mais cedo. – Disse ele aproximando-se. – na casa da sua amiga?

Joseph não conseguia tirar aquele nome da cabeça.

—Samael?

Raviel estremeceu.

—Isso só confirma tudo.

Falou ele sentando em uma poltrona.

—Nos descemos até aqui, porque a dezoito anos atrás nossa casa foi atacada por um inimigo. – Começou Raphael. – Perdemos muitos amigos naquele dia cinzento.

O arcanjo tentou preparar Joseph para a verdade sobre a sua existência.

—Entre eles o quinto arcanjo, nosso irmão Gabriel. – O pesar na voz daquele anjo era notório. – Ele levou consigo a localização de uma relíquia poderosa que pode impedir a aniquilação da sua raça.

Joseph não estava compreendendo.

—O que eu tenho haver com isso. – falou ele. – Porque está me dizendo essas coisas?

Miguel tomou a palavra.

—Quando chegamos ao Assiah, precisamos nos dividir para encontrar duas pessoas. – começou ele. – Uma delas traz dentro de si Samael, a outra... Bom Raphael estava procurando essa outra pessoa em São Paulo, era a única pista que tivemos.

Joseph então começou a lembrar-se que sua família havia se fixado em São Paulo quando chegou ao Brasil e só depois viera para o norte.

—A família Christopher carregava consigo uma dadiva divina. – prosseguiu Raphael. – Joseph, não vou mais me alongar em rodeios, até porque não temos tempo.

Joseph então preparou-se para a verdade tão desejada.

—O que sou eu?

Perguntou olhando Raphael nos olhos.

—Você carrega em si a essência do arcanjo Gabriel.

Disse enfim Raphael fazendo Joseph perder completamente o chão.


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Notas finais do capítulo

Que revelação!
E agora o que será do nosso herói?



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