Ousadia escrita por Ahava


Capítulo 1
Palácio


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!
Só para avisar: Galik é um reino com influências árabes e ocidentais.
Se tocarem as músicas indicadas no tempo certo, será melhor de acompanhar as cenas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/703679/chapter/1

Reino de Galik, 309 d.C.

O salão nobre do palácio estava ricamente adornado e tão iluminado que nem parecia ser noite. As paredes estavam enfeitadas com cortinas coloridas, que davam um tom alegre ao ambiente. Flores perfumadas estavam espalhadas por todos os cantos, e um tapete vermelho estava estendido no centro do salão, sinalizando por onde o rei deveria passar. Uma música sensual e envolvente era entoada pelos músicos, enquanto belas dançarinas expunham seus corpos para o entretenimento dos convidados.

Com a taça de vinho na mão, Sasuke atentava a cada detalhe do grandioso evento. Analisando aos convidados à sua volta, reconheceu alguns homens importantes. Começando pela porta, percebeu Chouji, príncipe de Hazur. Mesmo longe, era impossível não notá-lo, em especial pela sua largura exagerada. Pelo visto, o príncipe não havia perdido a fama de glutão. Acompanhado de uma bela mulher negra de cabelos ruivos, Chouji deliciava-se com guloseimas entregues por servos. Então, a péssima fama do príncipe não o havia impedido de achar uma linda mulher.

Do lado esquerdo do salão, Sasuke encontrou o rei Gaara e seu fiel conselheiro e cunhado Shikamaru, ambos do reino de Suna. Mesmo em lados opostos, seus olhares se cruzaram. Cumprimentando os velhos amigos, Sasuke ergueu a sua taça, sendo retribuído.

Ainda ao seu lado oposto, mais perto do trono, estava Neji, governador da província de Zur. Ao seu lado, a bela esposa Tenten. Sasuke sorriu discretamente ao rever Tenten, lembrando-se que haviam sido amantes há anos, antes que se casasse com Neji. Por ironia do destino, Sasuke seria seu cunhado pois em breve se casaria com a irmã do governador.

“Pare de olhar para Tenten dessa forma, Sasuke.” Naruto sussurrou ao seu ouvido. “As pessoas já estão notando.”

“Eu não estou olhando para Tenten, idiota. Estou analisando o marido dela, meu futuro cunhado.” - Sasuke deu uma risadinha debochada. “Espero que a irmã de Neji seja bonita. Não suportarei me casar com uma mulher feia.”

“Segundo o que ouvi, a moça se parece muito com o irmão. Dizem que tem um corpo muito voluptuoso.”

“Se for verdade, sou um homem de sorte.”

Naruto era o amigo mais íntimo que Sasuke teve em sua vida. Conheceram-se ainda crianças, lutaram e venceram inúmeras batalhas juntos. Na conquista do reino de Taka, quando Itachi tornou-se rei, Sasuke e Naruto foram nomeados cavaleiros. “A Cobra e a Raposa”, como a dupla era conhecida, havia feito fama por todo o mundo. Reinos temiam a fúria do rei Itachi, chamado de Gavião Negro, e de seus cavaleiros mais destemidos. O trio era invencível.

Cada um era dono de uma beleza incomum. Naruto, com vinte e nove anos, era alto e corpulento. A pele bronzeada destacava os olhos azuis, tão sedutores quanto a água do oceano. Os cabelos loiros, cortados curtos, aparentavam ser macios ao toque. Com um sorriso sempre estampado no rosto, Naruto conquistava mulheres sempre que queria.

Por sua vez, Sasuke era conhecido por sua frieza. Mesmo sendo um guerreiro que lutava até mesmo ao sol do meio-dia, sua tez era incrivelmente pálida, contrastando com os olhos tão negros como a noite sem estrelas. Os cabelos eram longos até os ombros, com fios que caíam sobre a sua face perfeita, tão perfeita que parecia ser esculpida pelas mais talentosas mãos. Seus olhos eram sérios e sombrios. Não perdia em altura para Naruto, embora fosse mais magro e com menos músculos que o amigo. No auge dos trinta anos, Sasuke encantava as mulheres, que eram decididas a descobrir os segredos da Cobra de Taka.

O conselheiro do rei de Galik, Kakashi, saiu de seu lugar para falar com Sasuke. Assim como Naruto e Sasuke, Kakashi tinha um título de guerra: o Lobo. Por ser inteligente na hora da batalha e feroz, o conselheiro era um guerreiro respeitado entre as nações. Assumiu o posto de braço direito do rei quando sua sobrinha tornou-se rainha.

“Ora, se não são a Raposa e a Cobra.” Kakashi sorriu discretamente, cumprimentando os amigos com um rápido abraço.

“A Cobra e a Raposa, Kakashi.” Sasuke o corrigiu em tom provocativo. “Não esqueça que eu sou mais esperto que Naruto, por isso meu título vem antes dele.”

Naruto lançou um olhar estarrecido a Sasuke, embora houvesse um brilho de diversão em seus olhos. Rindo, Kakashi concordou com um aceno de cabeça.

“Como quiser, sir Sasuke. Devo confessar que estou feliz em revê-los. Há quanto tempo não nos víamos? Meses? Anos, talvez?”

“Se não estou enganado, nossa última batalha juntos foi no vale de Soreque, quando conquistamos Taka. Desde que meu irmão coroou-se, tenho vivido no seu reino. É a primeira vez em meses que saio do país, mas cumprindo uma missão importante.” Sasuke explicou.

Antes que Kakashi pudesse respondê-lo, um servo falou-lhe algo ao ouvido. Kakashi assentiu e logo em seguida, disse aos amigos:

“Senhores, tenho que me retirar. O rei está chegando e é o meu dever anunciar a sua entrada. Até breve.”

“Até breve.” Naruto e Sasuke responderam ao mesmo tempo.

O trono real estava posto em um lugar elevado, destacando a posição do rei. Subindo ao primeiro degrau do tablado, Kakashi deu sinal para que os músicos parassem de tocar. Logo todo o salão ficou em silêncio.

“Anuncio a entrada do Senhor da Grande Coroa, Poderoso da Terra de Galik, o soberano rei Hideki e a grande rainha Sakura.”

As mulheres que dançavam no centro do salão afastaram-se e abriu-se uma ala. As pesadas portas de carvalho se abriram, e todos puderam ver o rei. Hideki, usando uma capa de veludo vermelha e a coroa real, dirigiu-se ao trono. Logo atrás, vinha a rainha e duas de suas damas, seguidas de alguns soldados.

Sasuke dirigiu o olhar para a rainha e os seus olhos quase se arregalaram. “Pelos deuses”, pensou.

Era a mulher mais linda que ele já havia visto em sua vida. Seu porte era elegante, digno de uma verdadeira rainha. A pele branca e, aparentemente, sedosa, combinava perfeitamente com o vestido azul escuro. As mãos cruzadas em frente ao corpo, pareciam ser macias. Sasuke sentiu vontade de beijá-las. Os cabelos ruivos eram tão claros que pareciam rosados. Sem dúvida, uma cor exótica. Os olhos eram tão verdes que lhe lembravam duas grandes esmeraldas, e os lábios perfeitamente desenhados estavam coloridos de vermelho. Seu cabelo estava solto, com cachos longos caindo pelo belo corpo delineado pelo vestido. O véu azul, um pouco mais claro que o vestido, arrastava-se pelo chão do salão. A coroa real, posta sobre sua cabeça, não era necessária: a beleza da rainha emprestava o brilho à joia.

Embora andasse rápido, aos olhos de Sasuke a rainha parecia andar lentamente. Era como se o tempo houvesse parado para que o guerreiro apreciasse a delicadeza e a beleza da soberana. O cavaleiro a acompanhou com o olhar, até que ela postou-se ao lado do rei, em cima do tablado. A elegância e a graça com que se movia era de encher os olhos de qualquer um. Aquele corpo era capaz de excitar o desejo dos homens e a inveja das mulheres.

“Meus caros súditos e estimados convidados...” Hideki começou a falar, despertando Sasuke de seus devaneios. “É uma honra para mim, como soberano de Galik, recebê-los em meu palácio. Peço-vos que apreciem a festa em comemoração ao meu vigésimo ano de reinado próspero. Comam, bebam e dancem em honra ao seu rei. Como o poderoso senhor dessa terra, em vinte anos, fiz mais que todos os reis antes de mim. Galik hoje é um dos maiores reinos do mundo, graças a Deus, e a mim. Com meu poder, transformei Galik em uma extraordinária potência...”

E Hideki continou com seu ataque de melagomania, segundo Sasuke. E aquele rei ainda tinha coragem de falar de Deus... Que homem patético. Sasuke não podia negar que Galik havia feito grandes coisas pelo reino e pelo povo, mas não era necessário tamanha demonstração de seu enorme ego. Discretamente, Sasuke comentou com Naruto sobre a soberba do rei e obteve concordância. O seu amigo confessou-lhe não reconhecer o antigo Hideki, que conhecera há anos atrás.

Tentando ignorar as palavras egoístas do rei, Sasuke retomou o seu olhar para a belíssima rainha. Em pé ao lado do marido, ela exalava elegância e classe. A cabeça erguida e o nariz empinado lhe davamum ar altivo, nobre. Sasuke sinceramente esperava que Sakura não tivesse a soberba de Hideki. Se assim o fosse, seria um desperdício de beleza.

“Veja, Sasuke.” Naruto interrompeu os pensamentos do cavaleiro, cutucando-o discretamente. “Observe uma das damas da rainha, a moça morena. Ela parece com Neji; talvez ela seja a sua noiva.”

Sasuke voltou os olhos para as damas de Sakura, que estavam postas elegantemente ao lado direito do palanque do trono. As duas usavam vestidos iguais, de cor azul escura e com detalhes dourados. Os cabelos estavam soltos, mas com duas pequenas tranças em volta da cabeça, ornamentando o cabelo em um penteado semi-preso. Parecia um tipo de uniforme.

A moça mais alta era loira, com cabelos compridos até abaixo do quadril. Os olhos azuis, claros como a água, exalavam orgulho e altivez. Era uma verdadeira beldade, embora a mais baixa competisse em igual beleza. A dama apontada por Naruto possuía cabelos negros, tão negros como os de Sasuke. Os olhos eram de um azul tão claro que pareciam perolados, tais como os de Neji. Sem dúvida, aquela era a moça escolhida para ser a sua noiva.

Sasuke respirou aliviado.

“Ela é bela, Naruto. Espero que o corpo seja tão belo quanto o rosto.” Sasuke comentou. Por usar vestes leves, o corpo da dama não estava tão definido sob o vestido, como era o da rainha.

“Se é bela de corpo, eu não sei.” Respondeu Naruto. “Mas ela é farta de seios, isso eu posso ver. Sasuke, meu amigo, você teve sorte em tal quesito.”

“Pelo menos nisso os deuses foram benevolentes comigo. Eu temia uma esposa feia.”

“Ela parece ser tímida. Veja como mantém os olhos baixos, ao contrário da moça loira.”

“Quanto a isso, não há problemas. As tímidas costumam ser muito ferozes na cama.”

Os dois amigos riram de forma maliciosa. “Que trio de beldades.” Sasuke pensou, observando a rainha e suas damas. Uma ruiva, uma loira e uma morena: a combinação perfeita.

Sendo o banquete servido, os soberanos se alimentaram sem descer do trono. A comida estava deliciosa, digna de grandes reis. Pratos que Sasuke nunca vira antes eram saboreados com os olhos de tanta beleza que lhes eram postos. Com certeza, rios de dinheiro foram gastos. A festa se seguiu sem perder a animação um só segundo. Já havia se passado da meia-noite, mas sem dúvida alguma, ninguém queria ir embora.

Do alto da poltrona real, Sakura observava os convidados do seu marido. Pessoas que ela nem conhecia estavam presentes, o que despertava a sua característica curiosidade e a fazia ter vontade de descer e conversar com cada um. Às vezes, a rainha se sentia solitária no palácio, mesmo com a companhia de suas queridas amigas, Ino e Hinata. Mas, agora que Hinata se casaria, provavelmente Ino acharia um noivo à sua altura.

A comemoração estava tão animada que Sakura sentiu vontade de dançar. Por vezes, o fato de ser rainha mostrava-se um verdadeiro tédio. Mesmo sendo soberana e podendo fazer tudo o que quisesse, Sakura deveria sempre manter a classe e a elegância pertencentes a uma nobre. Suspirou.

“Como eu queria dançar...” Sussurrou.

“Disse alguma coisa, minha querida?” Hideki a interrogou, se servindo de mais uma taça de vinho. Sakura já havia perdido a conta de quantas taças o marido havia bebido. Provavelmente, ele estava bastante “alto”.

“Não, meu marido. Apenas estava observando que nossos convidados não gostam de dançar.”

“Provavelmente são tímidos ou preguiçosos.” Hideki riu de sua própria piada.

“Por que meu rei não pede que as pessoas dancem? Isso tornará a festa bem mais animada. Aproveite e venha dançar comigo, meu marido.” Sakura pediu, lançando mão de seu maior artifício: o sorriso sensual que derrubava Hideki.

“Não dançarei contigo, minha rainha. Sabe que eu não gosto. Mas chame suas damas para lhe fazer companhia se quiser dançar.”

“Então tenho sua permissão, meu rei?”

“Sim.”

Sorridente, Sakura levantou-se e fez uma rápida reverência ao rei. Hideki tomou a mão da esposa e a beijou, olhando-a nos olhos.

“Você está deslumbrante, minha rainha.”

“Tudo para o meu soberano.”

A soberana de Galik desceu do tablado e chamou a Ino e a Hinata.

“Meninas, tenho vontade de dançar. O rei não quis vir e disse que vocês deveriam dançar comigo. Podem me fazer esse favor?”

“Claro que podemos, senhora!” Hinata respondeu com sua voz doce e sentiu as bochechas corarem. Não gostava de dançar em público, principalmente com tantos homens no recinto. Já Ino não perdeu tempo. Correu para a ala dos músicos e pediu para que tocassem uma música animada.

Os músicos se entreolharam e sorriram.

“Três, dois, um.”

Música

A música começou. Sakura a reconheceu: era uma de suas favoritas. Tomando as mãos de suas damas, as três beldades começaram a andar em um círculo. Toda a atenção das pessoas voltou-se às lindas mulheres, que dançavam divinamente.

Sasuke voltou os olhos ao trio, mas não conseguia tirá-los de Sakura. A forma com que ela mexia os ombros, batia palmas, levantava a saia para girar... Era como se estivesse hipnotizado.

O público que assistia a dança começou a bater palmas no ritmo da música. Do seu trono, Hideki sorria. Havia feito uma ótima escolha quando se casou com Sakura. Era a mulher mais linda daquele recinto.

As beldades que dançavam deram-se as mãos novamente e giraram, sem deixar de mexer os ombros e os quadris no ritmo da música. Soltando-se, batiam palmas, sem perder o compasso e a linha do círculo. Começavam a girar em torno de si mesmas, sorridentes. Logo, as mulheres que participavam da festa juntaram-se às três moças. Um grande círculo se formou; todas dançavam animadas. Quando a flauta parava de tocar, ficando apenas o som das cordas, elas mexiam os ombros e os quadris. Quando o doce som do instrumento de sopro voltava, as moças giravam em torno de si mesmas, sem deixar de bater palmas. Às vezes, mexiam o corpo junto com o ritmo dos tamborins. Era uma dança alegre e, ao mesmo tempo, sensual.

Quando a música terminou, foram aplaudidas efusivamente. Sakura se sentia como uma criança. Ela adorava dançar assim, chamando a atenção dos homens. A rainha sabia do seu potencial.

“Queremos ver a rainha dançar!” Uma voz masculina gritou no meio do público. Imediatamente, todos os homens ergueram suas taças e gritaram em uníssono. Hideki sorriu, debochado.

“Desculpem, senhores, mas a beleza da rainha me pertence.”

“Ora, Hideki.” Era Gaara, que aproximava-se do trono. “Você tem a companhia da soberana todos os dias. Deixe que apreciamos a beleza da rainha apenas por alguns instantes.” Os homens gritaram em concordância mais uma vez. Deliciada, Sakura riu. Talvez tivesse bebido demais, pois estava adorando ser tão desejada.

Sasuke estava com o estômago revirado. Ele queria ver a rainha dançar sozinha, mas ao mesmo tempo, se sentia enojado ao saber que todos os homens estavam a desejando naquele momento. Queria ele ter a sorte de ter Sakura dançando apenas para ele...

Hideki, irônico, deu permissão para que a esposa dançasse para os homens. Sakura esperou que Ino tirasse o véu de sua cabeça, pois ele a atrapalharia. Ela já sabia que música dançaria: algo que deixaria os homens loucos.

Sem a coroa e o véu, Sakura se sentiu livre. Postando-se no centro do salão, deu ordem aos músicos para que tocassem. Houve um silêncio de expectativa. Todos os olhos estavam em Sakura.

Música

A música começou com um leve suspense, logo iniciando a batida dos tambores. Com os quadris, Sakura acompanhava o ritmo. Sinuosa como uma serpente do deserto, ela mexia o corpo e as mãos, lembrando uma odalisca que dançava para o seu sultão. A rainha executava perfeitamente a famosa dança do ventre, que aprendera com uma princesa árabe que a visitara.

Erguendo os braços, Sakura deu meia-volta e se aproximou do trono, olhando o marido nos olhos. Sorrindo sensualmente, a rainha movimentou os braços como se fossem ondas, sem perder o movimento dos quadris.

Os cachos de seu cabelo acompanhavam o seu corpo. Quando ela girava, se formava um lindo círculo de fios róseos.

Nem mesmo as melhores dançarinas chegariam aos pés de Sakura naquele momento. Sasuke não conseguia tirar os olhos daquela visão magnífica. Não apenas Sasuke: todos os olhos masculinos e femininos acompanhavam os movimentos do corpo da soberana.

Inclinando-se para trás, Sakura mexeu os braços em círculos. Voltando a ficar reta, começou a andar em volta do salão, sem perder o ritmo do corpo. Aquele sorriso sensual estava deixando todos os homens absolutamente encantados e excitados.

Em um dado momento, Sakura se aproximou de um grupo. No meio dele estava alguém que a fez prender a respiração. Era o homem mais lindo que Sakura já havia visto. O cavaleiro não tirava os olhos dela, parecia hipnotizado. A rainha dançou de forma ainda mais sensual, sem parar de olhar para o belo homem de cabelos negros. A música acabou, e Sakura terminou a sua dança, sendo ovacionada por todos.

Ino colocou a coroa de volta em sua cabeça, e ela sentou-se, ofegante.

“Você está em dívida comigo, Sakura.” Hideki sussurrou ao seu ouvido. “Sabe que não gosto de te dividir com ninguém. Sua beleza é apenas minha. Só minha.”

“Eu tenho plena consciência disso, meu marido. Depois da festa, pagarei minha dívida com o senhor.” A sensualidade nos olhos de Sakura fez o rei ter desejo de agarrá-la ali mesmo.

As dançarinas voltaram a dançar, embora nenhuma conseguisse ter metade da atenção que a rainha teve. Atenção essa que agora Sakura voltava para certo homem de olhos e cabelos tão negros como o ébano. Como se sentisse que estava sendo observado, Sasuke ergueu os olhos e se deparou com a rainha o encarando.

A troca de olhares foi rápida, mas intensa.

“Meu rei, sinto-me cansada. Peço permissão para me retirar.” Sakura pediu. Ela realmente estava cansada, queria voltar para o seu quarto, dar um beijo em Satoru e dormir a noite inteira, mas tinha uma dívida a cumprir com o marido. Recebendo permissão para sair, Sakura chamou as suas damas e levantou-se. Mais uma vez, a soberana de Galik atraía olhares.

Encantado, Sasuke pensava como seria possível uma mulher ser tão linda. Só podia ser uma fada, ou até mesmo um anjo. Quem dera ele pudesse tê-la em seus braços. Maldito e sortudo Hideki...

“Sasuke, veja quem está olhando para você.” Naruto apontou com a cabeça para Tenten, que olhava para Sasuke descaradamente.

“Acho que terei companhia para essa noite, Naruto.” Riu, sarcástico.

“Cuidado, dizem que Neji é perigoso.”

“Não se preocupe. Eu sei me cuidar.”

Sasuke acenou para o amigo e retirou-se do salão nobre, lançando um olhar para a esposa de Neji. Quando o cavaleiro finalmente saiu, a moça esperou alguns instantes e alegou cansaço. Tendo permissão, deixou sua taça de vinho com o servo e saiu do salão. Mal havia atravessado a porta, sentiu mãos fortes a agarrando pela cintura. Deu uma risada divertida e com um toque de sensualidade.

“Há quanto tempo, Sasuke.”

“Shhhh. Fale baixo. Não queremos ser descobertos.”

“Não mesmo.”

Selaram-se os lábios com um beijo sôfrego. Sasuke pegou Tenten pela mão, e no escuro do palácio, a levou até o aposento onde estava hospedado. Em minutos, havia roupas espalhadas por todos os lados, e os amantes se deliciavam no prazer mútuo que sentiam.

Ao mesmo tempo, nos aposentos reais, Sakura se preparava para deitar. Com aquela dança e sorrisos provocativos, com certeza o marido estaria muito bem disposto. Para tornar a noite ainda mais especial, usou o perfume favorito do rei.

Vestida apenas com um robe de seda chinesa, Sakura deitou-se na cama, esperando o esposo. O tempo foi se alongando, os minutos se tornaram horas. Cansada de esperar, a rainha repousou a cabeça no travesseiro e adormeceu, para logo em seguida, sonhar com um homem de lindos olhos negros.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até a próxima...
Mereço reviews?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ousadia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.